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Adolescente - CPAD

Vamos conhecer a Carta de Judas

Publicado

em

EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 141 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 12 – 17 de setembro de 2023

TEXTO BÍBLICO

Judas 1-5, 20,21

DESTAQUE

[…] Então senti que era necessário escrever agora para animá-los a combater a favor da fé que, uma vez por todas, Deus deu ao seu povo. Judas 3

LEITURA DEVOCIONAL

Segunda-feira – Mt 7.15-20
Terça-feira – At 20.28-32
Quarta-feira – II Pe 1.10-13
Quinta-feira – Jo 8.30-32
Sexta-feira – II Tm 3.14-17
Sábado – I Pe 3.15

I. UMA VISÃO PANORÂMICA DA CARTA DE JUDAS

A Carta de Judas foi escrita provavelmente entre 65 e 80 d.C. Trata-se de um texto relativamente curto, porém com uma mensagem atual e necessária: “lute pela fé”. Mergulharemos em suas palavras a fim de compreendermos o que ela tem a nos ensinar.

  1. Você sabe quem escreveu essa Carta? O autor se identifica como “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago” (Jd 1). Trata-se do filho de José e Maria (Mt 13.55; Mc 6.3), irmão de Tiago (líder da igreja de Jerusalém) e meio-irmão de Jesus. Inicialmente, ele não cria em Jesus (Jo 7.5), mas, se tornou um dedicado e fiel servo do Senhor (At 1.14). Ele tinha plena convicção de que o seu parentesco físico com Jesus não lhe conferia privilégios (Mt 12.46-50), pelo contrário, tinha prazer em se identificar como “servo de Jesus Cristo” (Jd 1).
  2. Para quem a Carta foi escrita?Diferente dos destinatários de Paulo, que são indivíduos (Timóteo, Tito e Filemon) ou igrejas geograficamente definidas (igrejas que estavam em Roma, Filipos, Tessalônica etc), essa Carta é endereçada a um público bem abrangente: “aos que foram chamados, isto é, aqueles a quem Deus, o Pai, ama e a quem Jesus Cristo protege” (Jd 2). Uma leitura atenta da Carta mostra-nos que esses irmãos conheciam bem o Antigo Testamento, pois o autor os lembra da saída do Egito (v.5), dos anjos caídos (v.6), da imoralidade dos moradores de Sodoma e Gomorra (v.7), bem como dos maus exemplos de Caim, Balaão e Corá (v .ll). Provavelmente, eram judeus convertidos a Jesus Cristo que moravam em diversos territórios do império romano.
  3. Afinal de contas, por que a Carta foi escrita? Judas tinha em mente escrever “a respeito da salvação” (Jd 3), entretanto, ao perceber o perigo que esses irmãos estavam expostos, por causa dos falsos mestres que não temiam a Deus, ele preferiu dar um tom de urgência à Carta convocando os leitores a: “combater a favor da fé que, uma vez por todas, Deus deu a seu povo” (v.3). Por essa razão, podemos dizer que a Carta foi escrita e direcionada aos irmãos com o propósito de adverti-los contra o perigo de se desviarem da fé, mediante a influência dos falsos mestres, bem como para exortá-los a perseverar na fidelidade a Jesus.

II. OS FALSOS PROFESSORES E SUAS MENTIRAS

A Igreja de Jesus, historicamente, teve de aprender a lidar tanto com a perseguição dos de fora quanto com as heresias dos de dentro, ou seja, daqueles que falsamente alegavam ser cristãos. E é exatamente sobre esse segundo grupo, os falsos professores, que Judas está advertindo seus destinatários. Vejamos quem são, o que ensinam e qual será seu destino.

  1. Quem são os falsos mestres? Os falsos professores sempre estiveram presentes ao longo do tempo, colocando em risco a vida e a pureza da igreja, tentando distorcer, seduzir e enganar os fiéis com seus falsos ensinamentos. Eles se fazem de ovelhas, mas são verdadeiros lobos (Mt 7.15). Judas os descreve com as seguintes características: não temem a Deus, são dissimulados, praticam e ensinam imoralidade, são incrédulos acerca de Jesus Cristo, estão destinados à condenação (Jd 4); desprezam a autoridade divina (v.8); são blasfemos (v.10), egoístas, hipócritas (w.12,13), e vivem resmungando e acusando os outros (v.16). Não foi sem motivos que Paulo, escrevendo a Timóteo, após descrever o perfil dos falsos ensinadores, recomenda ao jovem obreiro que “fique longe dessa gente” (II Tm 3.5).
  2. O que eles ensinavam?Os falsos professores, a quem Judas se refere em sua Carta, ensinavam uma distorção da doutrina da graça – onde perdão e poder são oferecidos para justificar o erro e não triunfar sobre o pecado. Para eles, a graça era uma boa desculpa para continuarem praticando seus pecados de estimação: “eles torcem a mensagem a respeito da graça do nosso Deus a fim de arranjar uma desculpa para a sua vida imoral” (Jd 4). Eles creditavam que o juízo divino não viria porque Deus os amava. Eles também, em nome de uma pretensa espiritualidade, não se submetiam a ninguém (v.8).
  3. Qual será o destino deles? A partir de três exemplos extraídos da Antiga Aliança – os incrédulos e rebeldes de Israel (Jd 5; Nm 14.27-30), os anjos caídos (Jd 6) e os homens imorais de Sodoma e Gomorra (Jd 7; Gn 19.24,25) – onde Deus aplicou seu justo juízo sobre os que resistiram sua autoridade e se afastaram da verdade, Judas garante aos seus leitores que Deus julgará os falsos mestres. Assim como os incrédulos foram enterrados no deserto, os anjos rebeldes estão presos na escuridão e Sodoma e Gomorra foram queimadas, da mesma forma, os falsos mestres receberão sua condenação. Judas afirma que o juízo de Deus será inevitável, universal e justo (Jd 14,15).

III. O DESAFIO DO CRISTÃO É PERMANECER FIEL

De acordo com Judas, os cristãos são desafiados a nunca se esquecerem da Palavra de Deus (Jd 17-19), pois ela é o antídoto contra as heresias. Eles devem progredir na fé, edificando uns aos outros e a si mesmos por meio da oração (v.20) e do amor (v.21). E, por fim, os cristãos também devem tratar de modo afetuoso e com encorajamento aqueles que estão começando a duvidar da fé (v.22), a fim de fortalecê-los e recuperá-los. Quanto aos outros que estão se perdendo, devem buscá-los com toda a prudência necessária (v.23).
A sua vida deve fazer a diferença onde quer que estiver, afinal, você é um adolescente cristão. Avalie, primeiramente, o seu coração e veja se você não está sendo atraído por ensinamentos estranhos à Palavra de Deus. Fortaleça sua fé através do conhecimento da Palavra e da prática da oração e do jejum. Conte com o Espírito Santo neste processo. Numa época plural como a nossa, onde cada pessoa quer viver da maneira que deseja, somos convidados a um comprometimento com Jesus Cristo, pois só Ele é poderoso para nos guardar e nos conduzir à glória eterna (Jd 24,25). Já que na caminhada em direção à Eternidade há muitas tentações e perigos. Então, seja fiel a Jesus e jamais se dobre às propostas mundanas tão presentes nesta geração. Ser fiel a Deus é fundamental e inegociável para a salvação.

CONCLUSÃO

Batalhar pela fé é um dever de todo cristão. Fazer isso com educação, respeito e amor ao próximo é o nosso maior desafio. Dedique-se, a cada dia, a ler e a obedecer a Palavra de Deus. Aumente seu tempo de oração com Deus e busque a santificação. Esse é o caminho da fidelidade a Deus. Prossiga nele, em todo o tempo!

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

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