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Uma obra de macumbaria pode afetar um crente fiel a Deus?
A prática da feitiçaria é mencionada no Código de Hamurabi, rei que pertencia à Dinastia Amorréia Babilônica Antiga e que reinou de 1728 a l686aC, embora o exemplar do Código preservado numa Estela seja de data posterior.
O Antigo Testamento via a magia como rival em potencial à adoração a Javé e uma ameaça ao bem-estar do povo. Ela era proibida por lei e aqueles que a praticavam eram executados. A feitiçaria era punida com pena de morte (Ex 22.18). Agoureiros e adivinhos eram excluídos do meio do povo de Deus (Pv 19.26), que não podia consultar adivinhadores nem encantadores (Lv 19.31).
Deus estabeleceu dura sentença para quem fosse à busca de adivinhadores e encantadores (Lv 20.6). Quem se envolvesse com adivinho e encantador seria morto apedrejado (Lv 20.27). Em toda a trajetória de Israel, a feitiçaria e prática de agoureiros foram proibidas pelo Senhor (Mq 5.12). As práticas da magia eram encaradas, juntamente com o sacrifício humano, como malignas, uma abominação diante do Senhor. Os desobedientes sempre pagaram um alto preço (II Rs 17.17 e IICr 33.6). Os profetas denunciavam a magia como sendo mentira e engano (Is 44.25; 57.3; Jr 27.9,10; Ez 22.28; Zc 10.2 e Ml 3.5).
Deus sempre foi contra toda espécie de feitiçaria. Jezabel foi condenada como feiticeira (II Rs 9.22). As práticas apóstatas de Manassés incluíam várias formas de magia, adivinhação e sacrifícios humanos (II Rs 21.3-6).
Alguns aspectos comuns da magia são o encanto, o rito e o executante. O encanto é o pronunciamento de palavras segundo uma determinada fórmula, sem as quais os feiticeiros acreditam que não é possível obter controle sobre a potência em questão. O rito é o complexo de ações que visam transmitir ao respectivo objeto o encanto, tratando-se da imitação da ação desejada ou o emprego de substâncias semelhantes. Já o executante deve buscar um determinado estado emocional necessário para o cumprimento dos atos estipulados.
Atestam-se numerosas formas de magia no mundo greco-romano. Para levar a efeito a morte de alguma pessoa, poder -se- ia fazer uma imagem dela e destruí-Ia ou traspassá-Ia. Platão acreditava que os homens não poderiam ser impedidos de crerem em tal magia homeopática, nas encantações e nos mágicos, por isso argumentava em favor do castigo conforme a lei, inclusive a pena de morte.
Macumba não pega em crente
No Antigo Testamento, reconhece-se a realidade dos poderes do ocultismo, mas aos israelitas proibia-se qualquer forma de magia ou envolvimento com ela. Em Deuteronômio 18.10-14, vemos as práticas dos povos circunvizinhos, mas a Lei do Senhor neste texto as proíbe categoricamente nestes termos: “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho”, ou sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém, a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal coisa”.
Quanto à macumba ou qualquer tipo de encantamento pegar em crente, você deve crer no que diz a Palavra de Deus. Conheça a Palavra de Deus. O crente medroso, que teme haver sido atingido ou afetado por algum trabalho de macumba, ainda não foi liberto de suas crendices.
Em 1 João 5.18, lemos: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus, não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca”. A macumbaria é uma prática de influência diabólica. Logo, o crente que guarda sua comunhão com Deus está imunizado contra quaisquer obras de macumba. Os que têm medo e dúvida é porque ainda não foram libertos e ignoram a proteção do Senhor.
Salmos 34.7 diz: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”.De que o Senhor os livra? De tudo que é ruim. De feitiçaria, de despachos, de mal olhar e de tudo que feiticeiros possam fazer. Nada disso funciona contra o crente.
Deuteronômio 28.1-13 traz as bênçãos do Senhor para o crente fiel. Essas bênçãos deixam claro que maldição alguma pode atingir aquele que é fiel a Deus. Em Mateus 22.29, lemos: “Jesus, porém, respondendo, disse-Ihes: Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”. Se muitos pensam o contrário, é porque desconhecem as Escrituras e o poder de Deus.
Em Romanos 8.1, apóstolo Paulo afirma: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. O poder que escraviza e corrompe está no pecado. Se o crente nasceu de novo, é nova criatura em Cristo (IICo 5.17). Ele deixou a velha vida de pecados. Não vive mentindo, se corrompendo. Deixou os velhos costumes, a tradição e crendices. Ele vive em novidade de vida. Pensa nas coisas lá de cima. Busca as coisas lá de cima (CI 3.1-2). Ao ouvir falar de “saravá”, de quaisquer coisas ligadas à macumba, deve falar às vítimas dessas influências. e às pessoas duvidosas e medrosas que em Jesus há completa liberdade, paz, gozo, alegria, saúde e prosperidade.
Quanto a alguém dizer que fizeram um saravá para você e que isso pode pegar, não creia em tal revelação. Não é verdade, não passa de uma mentira da mente dessa pessoa. Os falsos profetas, até muitos chamados crentes espirituais, são pessoas que ignoram os verdadeiros princípios bíblicos e teológicos sobre o assunto. Devemos perdoa-Ihes essa ignorância, pois não sabem o que dizem.
Lembremo-nos sempre das palavras de João – “E o maligno não lhe toca”, I Jo 5.18 – e prossigamos firme, protegidos pelo Senhor, sem nenhum temor de coisa alguma.
Extraído
Postado por: Pb. Ademilson Braga