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E.B.D

Uma firme decisão de não se contaminar

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 186 – 3º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 04 – 28 de julho de 2024

TEXTO PRINCIPAL

“E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.” (Dn 1.8)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – I Pe 3.16
Uma boa consciência
Terça-feira – II Tm 7.17
Deus não nos deu o Espírito de temor
Quarta-feira – Lc 16.10
Fidelidade em tudo
Quinta-feira – Pv 11.3
A sinceridade dos íntegros
Sexta-feira – I Pe 3.16
Com mansidão e temor
Sábado – Ef 5,26
Purificando pela Palavra

TEXTO BÍBLICO

Daniel 1

11 Então, disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias
12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, fazendo que se nos dêem legumes a comer e água a beber.
13 Então, se veja diante de ti a nossa aparência e a aparência dos jovens que comem a porção do manjar do rei, e, conforme vires, te hajas com os teus servos,
14 E ele conveio nisso e os experimentou dez dias.
15 E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores: eles estavam mais gordos do que todos os jovens que comiam porção do manjar do rei.
16 Desta sorte, o despenseiro tirou a porção do manjar deles e o vinho que deviam beber e lhes dava legumes.

INTRODUÇÃO

Um dos segredos da vida vitoriosa de Daniel foi sua firmeza de caráter. Desde o início ele expressou profunda convicção em Deus e força de vontade para resistir a contaminação na Babilônia, Tendo como referência o episódio no qual o jovem hebreu se recusou a partilhar das finas iguarias do rei, nesta lição aprenderemos que pequenos gestos podem resultar em grandes vitórias.

I – O BANQUETE DO REI

1- A oferta do manjar. Durante o período de treinamento para o serviço da corte, os jovens cativos estariam submetidos a uma dieta diária específica (Dn 1.5). Eles deveriam se alimentar da mesma refeição que era servida ao rei. Para o senso natural isso seria uma grande oportunidade, O simples fato de não precisarem fazer a própria comida já seria uma boa notícia, não é mesmo? Além disso, eles teriam o privilégio de desfrutar dos banquetes reais e da melhor comida e bebida servidas no palácio. Poderia parecer para alguns a chance perfeita de adquirir status. Daniel, porém, era um jovem espiritual, e seu coração não estava na satisfação momentânea. Seu propósito não era agradar o rei da Babilônia, mas o Rei do Universo.
2- Uma decisão firme. O texto bíblico ressalta que Daniel propôs em seu coração não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia, pedindo que ele e seus amigos fossem dispensados (Dn 2.8). Eles se alimentavam somente de legumes. Foi uma decisão convicta e com firmeza. Antes de dizerem “não” ao rei, os quatro rapazes haviam dito ‘sim’ a Deus. Antes de expressar em palavras o que queriam, eles estavam preparados para se absterem da contaminação. Foi a manifestação de uma fé firme e sincera (I Pe 3.16; 5.9; II Tm 1.5). A recusa em participar dos manjares foi um ato de bravura prudente. A vida deles estava em perigo, mas mesmo assim, manifestaram o protesto. Uma fé verdadeira não compactua com a covardia (II Tm 1.7). Infelizmente, o medo da rejeição social tem levado muitos ao fracasso espiritual, negando a fé e os valores cristãos.
3- Uma decisão pequena, mas poderosa. Para alguns, aceitar uma simples refeição ou um pequeno convite não faz qualquer diferença. Eles poderiam pensar em ter feito somente essa concessão, acreditando – como muitos – que não haveria maiores repercussões na vida: ‘Não tem problema fazer só isso’. Talvez, eles estivessem sendo exagerados com a decisão, muitos poderiam dizer. Contudo, eles sabiam que pequenas decisões provocam grandes consequências (Gl. 6.7). Tinham consciência que ceder um pouco seria abrir a porta para o pecado entrar. 

II – O FIRME PROPÓSITO DE NÃO SE CONTAMINAR

1- Contra a contaminação. Apesar da ausência de detalhes no relato, há diversas razões para Daniel ter se recusado a comer da mesma refeição do rei, O sentido original da palavra ‘contaminar’ indica algo impuro ou manchado. Eles queriam se manter puros. A primeira explicação estaria no cuidado dos jovens em não violar as leis alimentares estabelecidas aos israelitas (Lv 11; 17.11). Os alimentos também poderiam ter sido sacrificados aos ídolos, ou de algum modo faziam parte de rituais do paganismo babilônico, contrariando a lei mosaica (Dt 6.13-15).
2- Cuidado com as companhias. A razão mais aceita para motivar a recusa dos jovens, liderados por Daniel, seria o cuidado para não partilhar habitualmente a mesa com o rei. Na antiguidade, participar da mesma refeição era um ato que demonstrava comunhão, algo que Daniel não estava disposto a fazer. Sua fidelidade era inteiramente a Deus. Uma coisa é o crente se relacionar socialmente com descrentes e pessoas que não possuem as mesmas convicções que as suas, outra é manter comunhão. O apóstolo Paulo, igualmente, adverte sobre o cuidado que devemos ter com quem nos associamos (II Co 5.9-11). Isso nos leva a refletir sobre as pessoas com quem convivemos. São pessoas que nos inspiram para o bem e querem o melhor para as nossas vidas? Ou são pessoas tóxicas cuja proximidade poderá nos destruir? Até nos relacionamentos é preciso ser firme para evitar contaminações (II Co 15.33.
3- Gentileza e favor divino. Ao formular o pedido a Aspenaz, Daniel foi firme e ao mesmo tempo gentil. Isso foi uma atitude de sabedoria e educação. Ao defendermos a nossa fé diante dos outros devemos ser mansos e educados (I Pe 3.15). Coragem sem prudência e tolice. Outro aspecto importante a ser observado nesse episódio é que Deus concedeu a Daniel misericórdia (Dn 1.9). A Bíblia está mostrando, mais uma vez, que tudo o que alcançamos na vida deve-se ao favor divino, a sua imensa graça. Apesar de todo empenho e dedicação de Daniel, todo o mérito estava no Senhor.

III – O RESULTADO DA FIDELIDADE A DEUS

1- A prova de Daniel. Embora fosse simpático para com os rapazes, o oficial tinha receio do desfecho, Ele temia perder a sua vida, caso os jovens se mostrassem com aparência menos saudável ao se apresentarem diante do rei, em comparação com os demais (1.10). Daniel propõe então um teste: durante dez dias eles comeriam somente legumes e beberiam somente água. Ao final desse período, poderiam ser inspecionados junto com os outros. A audaciosa prova proposta por Daniel mostra que o servo de Deus não precisa temer os desafios do mundo. Isso não significa sair por aí querendo demonstrar superioridade, e sim, confiança no Senhor, Depois dos dez dias, os hebreus se apresentaram com melhor semblante e mais fortes que os outros jovens que comiam do manjar do rei da Babilônia (1.15). Esse é o resultado de servir e ser fiel ao Senhor. Ninguém perde coisa alguma quando se recusa a comprometer a sua fé.
2- O Senhor garante e aprova. Passado algum tempo, os jovens foram conduzidos diante de Nabucodonosor (1.18-20). Depois de lhes fazer perguntas para medir o conhecimento, descobriu que se tratavam dos jovens mais sábios do seu reino, superando a todos. Não eram somente eruditos, mas também piedosos e tementes a Deus. Daniel, em especial, recebeu do Senhor o dom de interpretar todo tipo de visões e sonhos (1.17). Isso nos faz perceber que é possível conciliar conhecimento, com graça; inteligência com poder. Os quatro moços foram aprovados por Nabucodonosor, mas antes disso foram aprovados por Deus, alcançando posição de destaque. Esse é o resultado de servir e ser fiel ao Senhor. Em uma sociedade que gosta de fazer comparações, que mede as pessoas pelo desempenho e coloca a todos nos mesmos moldes e padrões, devemos ter o entendimento de que somos diferentes e nossos métodos são distintos do mundo. Vale a pena ser cristão. Vale a pena ser puro, Vale a pena ser fiel!
3- Rejeitando as tentações do mundo. É importante lembrar que a rejeição dos “manjares do mundo” não se limita apenas a banquetes extravagantes, mas abrange todas as áreas da vida. Um coração incontaminável demonstra firmeza ao dizer “não” não apenas a pornografia e a fornicação, mas também a idolatria e a todas as obras da carne (GL 5.19-21). Num mundo de apatia e indiferença espirituais, esta postura é um lembrete constante da importância de permanecer fiel aos princípios espirituais, independentemente das tentações que possam surgir no caminho. 

CONCLUSÃO

Como manter a pureza de caráter em meio a uma sociedade corrompida? Como foi possível aprender com Daniel, a resposta a esta pergunta tem início com uma resolução firme que nasce no coração. A conduta íntegra simplesmente resulta desse compromisso interno com a intenção de agradar a Deus.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

 

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