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Adolescente - CPAD

Um exílio e uma esperança

Publicado

em

EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 129 – 2º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 13 – 25 de junho de 2023

TEXTO BÍBLICO

II Reis 17.9-23 – II Crônicas 36.11-21

DESTAQUE

[…] Povo de Israel, não fique assustado! Eu os libertarei dessa terra distante, da terra onde vocês são prisioneiros. Os descendentes de Jacó voltarão e viverão em paz […]. Jeremias 30.10

LEITURA DEVOCIONAL

Segunda-feira – II Rs 17.5,6
Terça-feira – Jr 25.1,2,9
Quarta-feira – II Rs 25.21
Quinta-feira – Ez 1.1-3
Sexta-feira – Hc 2.1-4
Sábado – S L 126.1-6

I. O JUÍZO DE DEUS SOBRE ISRAEL

O Reino do Norte se manteve por um pouco mais de dois séculos. Nesse período, 20 reis governaram Israel. Ao longo dos anos, os reis e o povo pecaram contra Deus, que enviou seus profetas. Os profetas anunciaram que o juízo viria sobre a nação, exatamente como descrito por Moisés (Dt 28.45,63-65). Elias, Eliseu, Amós, entre outros, profetizaram contra Israel, alertando sobre os seus pecados.
Era uma oportunidade de arrependimento que o Senhor estava oferecendo. Entretanto, eles rejeitaram a mensagem dos profetas fiéis a Deus (II Rs 17.13,14). O Reino do Norte tornou-se uma nação de idólatras, que edificava imagens e altares a Baal e outras divindades pagãs da época (II Rs 17.10). O povo chegou ao ponto de queimar os seus filhos em altares pagãos, além de crer em adivinhações (II Rs 17.17).
Então, no governo do rei Oséias, a nação foi tomada pela Assíria. Oséias não temia ao Senhor e seus pecados contaminaram toda a nação que, inclusive, vinha em uma sequência de reis maus (II Rs 17.2). Portanto, foi o declínio espiritual e moral de Israel que gerou o juízo. Deus levantou a Assíria para punir Israel pelos seus pecados (Is 10.5). Os motivos da queda de Samaria foram, sobretudo, espirituais (II Rs 17.16,18).
A Assíria atacou Israel e, em 722 a.C., o povo se rendeu. Esse ano marca o fim do Reino do Norte. Os judeus foram levados cativos e os que ficaram no território tiveram que pagar tributos. Eles perderam a autonomia e a liberdade quando se tornaram servos da Assíria. O cativeiro trouxe ao povo dor, sofrimento, perdas, mortes e consciência de pecado.

II. O JUÍZO DE DEUS SOBRE JUDÁ

A queda de Samaria, ou seja, o cativeiro de Israel, ocorreu durante o 6o ano de reinado de Ezequias em Judá (II Rs 18.9-11). Após esse advento, em Judá, ainda governaram sete reis, em um intervalo de pouco mais de 100 anos. Durante esse período, o povo de Judá também abandonou o Senhor, praticou a idolatria, profanou o culto e desobedeceu aos mandamentos. O juízo de Deus sobre seus irmãos, não despertou nos hebreus do sul o arrependimento, exceto durante o governo de reis que decidiram instruir o povo no caminho justo, tais como Ezequias e Josias.
Então, Deus também levantou uma nação estrangeira e inimiga para instrumentalizar seu juízo sobre Judá (Jr 27.1,6). Após grandes conquistas, a Assíria perdeu força e deixou de ser a grande potência da época. A Babilônia, aproveitando-se desse enfraquecimento, atacou e conquistou o Império Assírio. Em um esforço para expandir o império, a Babilônia começou a tentar conquistar o território de Judá.
Nabucodonosor conseguiu o controle sobre Jerusalém pela primeira vez em 605 a.C. e levou para a Babilônia um pequeno grupo de cativos, entre eles estavam Daniel, Ananias, Misael e Azarias (Dn 1.3,6). Em 597 a.C., Nabucodonosor cercou novamente Judá. O rei Joaquim se rendeu ao invasor, que levou outra parte dos utensílios do Templo para a Babilônia, além de um grupo de cativos de 10 mil pessoas (II Rs 24.11-15), dentre elas, o profeta Ezequiel (Ez 1.3).
Mais tarde, a fim de enfrentar uma séria revolta liderada pelo rei de Judá, Zedequias, Nabucodonosor cercou novamente Jerusalém . Em 586 a.C., após um prolongado cerco, o imperador babilônico destruiu a cidade de Jerusalém (2 Rs 2 5.1,2). Nessa ocasião, o Templo foi destruído e a maior parte dos habitantes de Judá foi levada cativa, deixando em Jerusalém apenas os mais pobres, em uma situação de miséria e destruição (2 Rs 25.9).
A destruição da cidade, do Templo e o cativeiro do povo de Judá ocorreram devido aos pecados, a prática de idolatria, a falta de temor a Deus e a decadência moral e espiritual dos hebreus. O juízo de Deus trouxe grande tristeza sobre o povo, que sofreu profundamente nas mãos das nações inimigas. A devastação gerada em Jerusalém está registrada em detalhes no livro Lamentações, escrito pelo profeta Jeremias.

III. DEUS NÃO DESAMPAROU O SEU POVO

A Bíblia mostra que Deus não desamparou o seu povo. Ao longo da história, antes, durante e depois do exílio, Deus continuou falando, através dos seus profetas. Habacuque, Jeremias e Ezequiel viveram nesse período. O ministério deles marcou o povo hebreu.

1- Habacuque. O profeta Habacuque viveu em Judá. Na sua época, a Babilônia crescia e tinha domínio sobre muitas nações. Judá seria dominada em breve por esse império. O profeta sabia  que os últimos reis de Judá foram homens que não temiam ao Senhor e que oprimiram seu próprio povo. Habacuque viveu em um tempo de grandes dilemas morais e espirituais. Ele questionava a Deus por, aparentemente, não punir a iniquidade na sociedade (Hc 1.2-4). Mas Deus mostrou ao profeta que os babilônios eram o instrumento do seu juízo sobre Judá (Hc 1.5-7). Habacuque foi confrontado pelo Senhor, que lhe disse que o justo viveria pela fé (Hc 2.4). Por fim, o profeta entendeu que deveria ter fé em Deus, e se alegrar na presença dele, independente das circunstâncias (Hc 3.17-19).
2- Jeremias. Jeremias era filho de sacerdote (Jr 1.1), todavia, Deus o chamou para ser profeta, desde o ventre de sua mãe (Jr 1.5). Ele enfrentou muitas dificuldades por ser um profeta fiel a Deus: foi proibido de se casar e ter filhos (Jr 16.2); foi Lançado num poço (Jr 38.6); lutou contra falsos profetas (Jr 28.10); foi desacreditado (Jr 43.1,2); foi ameaçado de morte (Jr 26.7,8); viu a fome, o luto, a miséria e a guerra destruírem o povo hebreu e assistiu a cidade de Jerusalém ser queimada (Lm 1.1-5). Jeremias anunciou, diversas vezes, o cativeiro babilônico. Todavia, falsos profetas anunciavam que em dois anos a nação retornaria do cativeiro (Jr 28.11). Isso confundiu o povo, mas Jeremias, por ser um verdadeiro profeta, tinha certeza de que o cativeiro duraria 70 anos, conforme anunciado por Deus (Jr 25.11). A história, o ministério e mensagem deste profeta estão registrados no livro de Jeremias e no livro Lamentações de Jeremias.
3- Ezequiel. Ezequiel, assim como Jeremias, também era filho de sacerdote e foi chamado para ser profeta (Ez 1.1). Ezequiel viveu no mesmo período de Jeremias, todavia era mais jovem. Ele foi levado prisioneiro pela Babilônia e passou a viver às margens do rio Quebar. Foi nesse lugar que Ezequiel teve visões e viu a glória de Deus (Ez 1.3). Ali mesmo, na Babilônia, o profeta foi instrumento de Deus anunciando juízo a muitas nações ímpias (Ez 25.11) e esperança para Judá (Ez 37.14). Ezequiel foi usado por Deus para instruir os judeus que estavam no cativeiro. Através dele, Deus anunciou promessas ao povo escolhido, especialmente, sobre um tempo de restauração após o cativeiro (Ez 36.24-28) e sobre a vinda do Messias (Ez 34.15,23; Jo 10.11). O ministério de Ezequiel era um sinal vivo da presença e do cuidado de Deus para com o seu povo (Ez 3.16,17) Durante o cativeiro uma nova geração de hebreus foi formada. Ali eles reaprenderam a adorar somente ao Senhor.
O pecado da idolatria foi destituído do meio do povo. Após o período de 70 anos, Deus começou a cumprir sua promessa de restauração. Um novo império se estabeleceu: a Pérsia passou a dominar a antiga Babilônia. O novo imperador, sendo usado por Deus, permitiu, por meio de decreto , o retorno dos judeus para Jerusalém (II Cr 36.22,23). Assim, centenas de judeus começaram a retornar para a região de Judá, a fim de reconstruir o Templo e a cidade de Jerusalém e, o que de fato foi realizado mediante a liderança de Zorobabel, Esdras e Neemias (Ed 2.1,2,64,65; Ne 7.1,8.1-3). Alguns séculos depois, nessa mesma região, Deus cumpriu a sua grande promessa: o Messias, Jesus Cristo, nasceu em Belém, na região de Judá (Mt 1.1, 2.1).

CONCLUSÃO

O mesmo Deus que puniu o seu povo com o exílio, por constantes desobediências e intensa idolatria, os trouxe de volta, por sua imensa misericórdia. Deus anunciou o juízo e a esperança e cumpriu toda a sua Palavra.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

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