Adultos - CPAD
Superando o complexo de inferioridade
LIÇÃO – 102 – 8 de junho de 2014
TEXTO ÁUREO
“E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.” Jz 6.15
VERDADE APLICADA
O complexo de inferioridade nos torna incapazes de perceber nosso verdadeiro potencial.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Definir o que é complexo de culpa;
2. Explicar os perigos dessa enfermidade;
3. Apresentar o caminho para a cura.
Textos de referência
Jz 6.11-15
INTRODUÇÃO
A enfermidade que vamos tratar nesta lição é o complexo de inferioridade, tal complexo está diretamente relacionado à imagem que fazemos de nós mesmos, quem sofre deste complexo geralmente tem uma imagem distorcida de si e é levado a desenvolver o mesmo tipo de imagem em relação aos outros, em relação a sua vida e também em relação ao Criador, isto é, passa a ver tudo e todos distorcidamente.
I. O QUE COMPROVA O COMPLEXO DE INFERIORIDADE
Gideão se revelou um grande general da história do povo de Israel. Com seu pequeno exército, derrotou seus inimigos forte e poderosamente armados. Foi um feito militar inigualável até os dias atuais. Ele desconhecia sua própria capacidade, mas Deus sabia do seu valor. O Senhor acreditava em seu servo, e quando ele passou a acreditar em si mesmo, tudo começou a mudar.
Os principais sintomas do complexo de inferioridade. O indivíduo que sofre de complexo de inferioridade, em muitos casos, sofre constantemente com diversos sintomas, o sentimento de culpa, a depressão, a irritabilidade e ainda as confusões quanto a sua existência acabam por torna-lo extremamente instável emocionalmente, esta instabilidade pode provocar um comportamento agressivo que irá funcionar como mecanismo de defesa, pois leva o indivíduo a desenvolver uma posição desdenhosa em relação ao resto do mundo, esta posição, na realidade, é apenas um meio encontrado por ele para proteger-se.
Complexo de inferioridade na igreja. Não é difícil encontrarmos na Igreja pessoas com claros sintomas que podem ser diagnosticados como complexo de inferioridade. Muitos de nossos irmãos se sentem incapazes para fazer algo mais na obra do Senhor por não se verem como competentes. Em alguns casos, o indivíduo que sofre de complexo de inferioridade tende a apresentar-se pessimista diante da vida. O pessimista tem sempre uma visão embaçada dos acontecimentos cotidianos como se vivesse constantemente em dias nublados (Jz 6.15).
Como se comporta quem sofre desta enfermidade. Quem vive o passado vive triste, quem vive o futuro vive ansioso, o ideal é viver o presente. Pessoas com sintomas de complexo de inferioridade, na maioria das vezes, apresentam um intenso desinteresse por projetos atuais, ficam sempre presos a acontecimentos do passado nos quais obtiveram sucesso, ou então focando insistentemente em sonhos e projetos futuros. No caso de indivíduos que não valorizam o presente, é normal que desenvolvam um imenso vazio existencial que acabará por levá-los a um processo de queda emocional ocasionando um quadro depressivo.
II. GIDEÃO E O ANJO DO SENHOR
O diálogo de Gideão com o Anjo do Senhor nos mostra o quanto se considerava incapaz. Gideão se apresenta como o menor entre os menores (Jz 6.15), deixando claro a impressão acerca de si. O fato de o povo de Israel estar sofrendo há sete anos nas mãos dos Midianitas (Jz 6.1) era preponderante na visão que Gideão fazia do povo de Deus. Essa visão se refletia no complexo de inferioridade desenvolvido por ele (Pv 27.19) que surgia a partir do momento em que se via como integrante de um povo que não tinha como se defender de seus algozes.
Sentimento de negatividade. Ao fazerem o que era mal aos olhos do Senhor, o povo de Israel perdeu a proteção divina vindo sobre eles a perseguição dos Midianitas, Amalequitas e de outros povos do Oriente (Jz 6.3). O povo de Israel acomodou-se preferindo construir covas e cavernas para se esconderem a enfrentarem seus opressores (Jz 6.2). Podemos observar que se abateu sobre eles um sentimento de negatividade natural em pessoas que sofrem com o complexo de inferioridade, declarações como: “não vamos conseguir vencer”, “sabia que isso ia acontecer”, “não temos condições de enfrentar esta situação”, são algumas das posições tomadas por pessoas que sofrem deste mal.
Sentimento de impotência. Ao se verem empobrecidos (Jz 6.6) os filhos de Israel se sentiam cada vez mais inferiores e entravam assim em uma roda viva de negatividade. O complexo de inferioridade leva a um sentimento de impotência em relação às adversidades da vida, sempre que se depara com uma dificuldade a tendência de quem sofre desse mal é mudar o curso de sua trajetória para não ter de enfrentar os possíveis
percalços que poderão surgir em seu caminho. O complexo de inferioridade age oprimindo o indivíduo, tirando as forças; impedindo-o de superar uma condição que lhe é imposta por uma determinada circunstância. No caso de Israel, as constantes investi das dos povos inimigos era o agente opressor que os impedia de reagir.
A ação da Graça sobre o complexo de inferioridade. Gideão, embora estivesse contaminado pelo complexo desenvolvido pelo povo, mantinha a sua esperança. Ao sair todos os dias para malhar o trigo (Jz 6.11), deixava claro que, apesar de todo o sentimento negativo que impregnava os seus irmãos, ele podia obter êxito, este fato foi decisivo para que fosse o escolhido por Deus em busca de uma solução em relação aos perseguidores de Israel. Já observamos que, quando Gideão foi confrontado pelo Anjo do Senhor, a sua primeira fala foi de impotência diante dos fatos, no entanto vemos que havia algo nele que podia ser utilizado por Jeová em favor do seu povo. Quando o Senhor nos observa, assim como fez com Gideão embaixo do carvalho, Ele sempre está nos proporcionando a oportunidade de experimentar a ação integral de sua Graça, que nos regenera, isto é, nos faz nascer de novo, nos renova fazendo de nós novas criaturas e restaura-nos devolvendo à comunhão com Deus.
III. O CAMINHO PARA CURAR-SE DO COMPLEXO DE INFERIORIDADE
Assim como outras enfermidades da alma, o complexo de inferioridade também pode não desaparecer com a conversão ao evangelho. No entanto a busca pela presença de Deus pode se tornar uma arma poderosa associada a tratamentos terapêuticos em direção à cura. Ao experimentar a Graça, passa-se por processo total de limpeza que abrange o espírito a alma e o corpo.
Como se vê o indivíduo que sofre com esse problema. Gideão se colocou como inapto para realização do grande projeto que Jeová tinha para Israel. Primeiramente apresentou a sua condição social, menor dentre a família mais pobre da tribo de Manasses (Jz 6.15), em seguida, exigiu que o Anjo do Senhor lhe desse sinais de que era realmente quem dizia ser (Jz 6.17). Pessoas com complexo de inferioridade tendem a desconfiar de tudo e de todos, diante de suas incapacidades, forjam uma imagem distorcida em relação aos outros, semelhante a que forma de si próprio. “Como imaginou a sua alma assim é” (Pv 23.7).
Ação do complexo de inferioridade na personalidade. A atitude de Gideão em relação ao Anjo do Senhor pondo-o a prova deixa claro a falha produzida pelo complexo de inferioridade em sua personalidade. Alfred Adler apresenta em seus estudos o termo arrogância compensatória que leva o indivíduo a desconfiar da capacidade de outros em realizarem determinadas tarefas que eles não podem realizar. Diante de todos os seus pedidos atendidos, Gideão partiu para a nova etapa do projeto de Deus, a escolha de seu exército. O fato de sofrer por anos pela perseguição dos inimigos, mais uma vez, leva Gideão a crer que seria necessário um grande número de homens para que pudesse vencer. O complexo de inferioridade produz o que Adler chama de “o protesto masculino” que é uma luta interior para combater a dependência emocional, construir autonomia e obter a superioridade. Ao reunir um grande número de homens, Gideão creu que seria superior aos seus inimigos.
Como Deus age nos casos de complexo de inferioridade. Na história de Gideão vemos que Deus queria não só livrar o povo da opressão dos povos vizinhos, mas mostrar também que, com Ele no comando, não existe complexo de inferioridade que possa derrotar os seus servos, visto que o maior inimigo que o homem pode ter é ele mesmo, sendo assim, provou que, com apenas trezentos homens, pode-se vencer uma multidão. Certa vez, ouvi alguém dizer “um mais Deus é sempre a maioria”. Quando alguém se acha incapaz para realizar algo grandioso na obra de Deus e acha Graça aos seus olhos, o Senhor o capacita jogando por terra todo complexo que possa servir de impedimento para realização do seu projeto.
CONCLUSÃO
O menor no povo de Deus é o maior (Lc 7.28c); o Senhor, quando nos olha, não vê o que somos, mas o que podemos vir a ser. O complexo de inferioridade não é e nunca será suficientemente grande diante da grandiosidade do poder de Deus na vida de seu servo, logo podemos concluir que, mesmo que pensemos que não alcançaremos êxitos em nossos projetos ou nos projetos de Deus para nós, o Espírito do Senhor nos levará a vitória (II Co 12.10).
Postado por: Pb. Ademilson Braga
Fonte: Revista – Enfermidades da Alma – Editora Betel – 2º Trimestre 2014
NATHALIA HONORIO DA SILVA
3 de novembro de 2017 at 0:24
Que texto abençoado e rico em detalhes… chorei rios lendo isso agora😭 eu preciso que Deus me liberte do complexo de inferioridade.