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Sofonias: O dia do juízo está chegando

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 35– 3º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 10 – 05 de setembro de 2021

TEXTO DO DIA

Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra. que pondes por obra o seu juízo, buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do SENHOR. (Sf 2.3)

AGENDA DE LEITURA

Segunda-feira – Sl 96.13
O Senhor vem julgar a terra

Terça-feira – Hb 4.13
Todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos de Deus

Quarta-feira – Lm 4.11
A ira de Deus derramada sobre Sião

Quinta-feira – Pv 18.10
O justo e protegido por Deus

Sexta-feira – Tg 1.21.22
A Palavra de Deus traz salvação do juízo vindouro

Sábado – I Ts 5.5-8
A necessidade da vigilância e da sobriedade

SINTESE

A profecia de Sofonias forneceu os fundamentos teológicos para a compreensão de um juízo vindouro que alcançará toda a humanidade.

TEXTO BÍBLICO

Sofonias 1.1-2

1- Palavra do SENHOR vindo a Sofonias filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Ananias, filho de Ezequias, filho de Josias filho de Amom, rei de Judá.

2- Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra, diz o Senhor.

INTRODUÇÃO

O livro de Sofonias adicionou um tom final à compreensão teológica do juízo divina. As oportunidades de Deus foram desperdiçadas pelos israelitas, por causa disto, o “Dia do Senhor” se aproximava. Este livro nos traz uma advertência muito bem fundamentada a respeito da abominação de Deus pelo pecado. Igualmente, contém a revelação mais completa do Antigo Testamento sobre o conceito dos profetas em relação ao “Dia de Senhor

I – SOFONIAS

1. Sua vida. Sofonias significa “o Senhor esconde”. Ele nasceu durante o reinado de Manassés, uma época marcada pelo derramamento de muito sangue inocente (2 Rs 2116; 24.3-4). É provável que o seu nome seja uma menção à proteção que o Senhor lhe deu, visto que foi escondido pelo Senhor das maldades do rei. Enquanto Isaías – segundo a tradição morreu durante este reinado ímpio. Sofonias nasceu e, posteriormente, começou a desenvolver o seu ministério. É o único dentre os profetas menores que possuía o sangue da realeza, sendo tataraneto do rei Ezequias (Sf 1.1).

Diferente dos outros profetas, sua genealogia retrocede quatro gerações para destacar a sua linhagem real. Por causa de sua nobreza, provavelmente desfrutou do acesso ao palácio durante o reinado de Josias, seu primo distante (640-609 a.C). Alguns estudiosos chegaram a propor que a reforma religiosa do jovem rei Josias iniciou-se por influência de Sofonias.

2. Contexto histórico. Os pecados de Judá descritos parecem refletir os momentos que a nação viveu antes do início da reforma religiosa de Josias iniciada apenas no décimo segundo ano do seu reinado (aproximadamente 627 a.C.). O rei Josias se empenhou em banir a idolatria de Judá, purificando os locais sagrados e restabelecendo o verdadeiro culto ao Senhor (2 Rs 23.1-25). Acreditamos que Sofonias profetizou por volta de 630 a.C., antes destes acontecimentos, pois a condição de pecado retratada pelo profeta indica que sua profecia se deu em um período por-reforma, nos primeiros anos do reinado de Josias, visto que o livro denuncia um estado de apostasia em Judá.

Sabemos que depois do reinado de Ezequias em Judá, o Reino do Sul sofreu durante cinco décadas com os reinados dos ímpios Manassés e Amom. Foram cinquenta anos de escuridão, pecado, idolatria, assassinatos de profetas, corrupção religiosa e judiciária paganismo, sincretismo e apostasia em Jerusalém. Sofonias também profetizou a destruição da Assíria sendo assim sua mensagem foi entregue antes da queda de Nínive em 612 a. C., ele também não fez menção a Babilônia, indicando que esta nação ainda não tinha se consolidado como uma grande potência internacional. Portanto a data de 630 aC.se ajusta a estas conjecturas.

3. Estrutura e mensagem do livro. O livro possui um estilo predominantemente poético e está organizado em três partes principais. Começa anunciando o juízo sobre as nações da terra, incluindo de modo mais detalhado a situação de Judá (Sf 1.1;2.3). Na segunda parte há uma particularização de nações estrangeiras que prestarão contas com Deus neste julgamento: Filístia, Moabe, Amom, Etiópia e Assíria (Sf 2.4-15). Por fim, trata do juízo divino sobre Judá apresentando a purificação do povo e a restauração dos remanescentes fiéis (Sf 3.1-20). “O Dia do Senhor é um tema que atravessa toda a profecia de Sofonias no fito de indicar o agir de Deus na história, no propósito de concretizar Seus planos.

Esse ‘Dia’ tinha como objetivo a instalação da ordem divina no mundo Logo, antes do Dia do Senhor escatológico existem diversos ‘dias do Senhor’. A queda de Nínive da  Babilónia e a própria derrocada de Jerusalém são considerados como “dias do Senhor! Foi a partir desta expressão que surgiu a compreensão de um “Dia do Senhor” escatológica e final: Cremos que há momentos específicos na história em que Deus “se levanta do trono’ para fazer valer sua justiça por isso devemos viver como servos tementes e vigilantes (Mt 24.42; 25 13)

II – O JUÍZO VINDOURO

1. A ira do Senhor. Sofonias iniciou sua mensagem com severidade destacando que a ira do Senhor consumia tudo sobre a face da terra (Sf 1.2,3). A Ira do Senhor não pouparia Judá, pois Jerusalém praticava o sincretismo religioso e a idolatria (Sf 1.4,5). Naquela época os homens se inclinavam diante de Baal, o deus cananeu da fertilidade. Influenciados pela astrologia, os judeus também adoravam o “exército do céu”, expressão que aponta para os corpos celestiais. Eles desprezaram o verdadeiro culto ao Senhor introduzindo novas formas de adoração em Judá. Eles tentaram misturar o culto ao Senhor com práticas pagãs.

Como estamos prestando o nosso culto a Deus? O Senhor estava preparando o holocausto. Os babilônios eram os convidados e Judá seria o sacrifício (Sf 1.7). Em Judá havia idolatria (Sf 1.4-6); líderes corruptos (Sf 1.8); violência e fraude (Sf 1.9). Devemos repensar nossas ações pois prestaremos contas a Deus de tudo o que fizermos (Sl 96.13), Nossa vida precisa ser santa. assim como nosso culto.

2. Judá não teria imunidade. Os judeus se iludiam com a ideia de que o Dia do Senhor seria um dia de livramento e festa, onde Deus destruiria para sempre os seus inimigos. Jamais esperavam que também fossem julgados neste dia. Amós foi o primeiro profeta a desmistificar esse pensamento (Am 5.18-20). O juízo do ‘Dia do Senhor’ viria, não contra os inimigos do povo de Deus, mas contra os inimigos do Senhor. Neste contexto, Judá agia como um inimigo do Senhor. Israel já tinha sido destruído em 722 a.C, e agora estava chegando a hora do juízo ser executado em Judá (Sf 1.14). Sofonias descreve esse momento como “dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e desolação” (Sf 1.15).

Nesse dia, os homens ficariam angustiados por causa dos seus pecados (Sf 1.16) e nem mesmo a riqueza os livraria (Sf 1.17). Sofonias nos ensina que os recursos humanos jamais reverterão a sentença de Deus. Se não andarmos em conformidade com a Palavra de Deus o “Dia do Senhor” trará espanto em vez de alegria. E por este motivo que há crentes que se assustam quando pensam sobre a “Segunda Vinda de Cristo”. Mesmo frequentando a igreja, crentes infiéis não serão poupados da ira do Senhor. Não é o lugar ou a adesão a um grupo social que nos salvará, mas a forma como vivemos diante de Deus (Mt 7.20-23).

3. O juízo sobre as outras nações. Para os ímpios judeus, não adiantava tentar se esconder do juízo buscando abrigo em outras nações (Na 1.6) A única atitude que os esconderia do “Dia do Senhor” era o arrependimento (Am 5.4-6; Sf 2.3). Assim como Judá, todas as outras nações ímpias provariam da ira do Senhor (Sf 2.11). No capítulo dois, as cidades e locais especificados representavam todas as nações que cercavam territorialmente Israel: Filistia (oeste). Moabe e Amon (leste), Etiópia (sul) e Assíria (norte).

A citação destes povos aponta para a amplitude do juízo divino que não ficaria circunscrito apenas em Judá. O Dia do Senhor abarcaria todos os povos pagãos que foram hostis ao Senhor, Sofonias apresenta um Deus ativo que não apenas observa, mas faz a própria história acontecer (Sf 2.9). O profeta nos ensina que aqueles que não querem entregar-se nas mãos da misericórdia de Deus, não serão livrados do derramar de sua justiça

III – O DIA DO JUÍZO ESTÁ CHEGANDO

1. Uma cidade opressora. Os juízos expedidos não pouparam a Cidade Santa identificada como uma cidade opressora (Sf 3:1) Como nós somos identificados por Deus? É fácil transmitirmos uma boa impressão para as pessoas. Isto é reputação. Deus não se ilude.com com nossa reputação, porque enxerga o nosso caráter (1 Sm 16.7). Reputação é o que somos diante das pessoas, caráter é o que somos quando ninguém está nos vendo. Não nos esqueçamos: os olhos do Senhor contemplam todos os nossos caminhos e ações (Pv 15.3). Em Jerusalém havia rebeldia: desobediência, resistência a começar corrupção, falta de temor e impiedade. Os habitantes de Jerusalém não ouviam a voz do Senhor (Sf 3.2).

2. Oportunidade de arrependimento. Apesar de todas as investidas de Deus para que o povo se arrependesse, os judeus permaneceram resolutos em seus pecados ignorando a correção do Senhor. Eles madrugaram com o desejo de pecar. Para eles o pecado não era um acidente mas um ato idealizado, maquinado e pintado com cores atraentes (Sf 3.7). O Senhor congregaria os povos da terra (Babilônia) e toda a ira do Senhor seria despejada sobre Jerusalém (Sf 3.8). Deus não se congregaria com o pecado. Aquele que deseja viver no pecado atrai juízo sobre si (Jr 5.25; Ez 8.18).

O Senhor nos dá oportunidades para o arrependimento. A porta da graça está aberta (Is 55.6). Hoje temos a oportunidade de abraçarmos tão grande salvação (Ef 1.13; Rm 2.4). Enquanto o “Dia do Senhor” para Jerusalém representou uma oportunidade de purificação e restauração por meio de um juízo temporário, o “Dia do Senhor final e escatológico representara a consumação de todas as coisas.

3. Promessas de bênçãos futuras. Depois de apresentar o lado sombrio do “Dia do Senhor”, o profeta encerrou sua mensagem destacando o seu lado festivo. A destruição, apesar de ser gigantesca, não será total, pois não destruirá o selo das promessas para Israel. Sofonias destacou o livramento que Deus concederia aos remanescentes de Israel em meio a destruição das nações. Os justos receberiam ‘Lábios puros” e abandonariam a blasfêmia, servindo a Deus em um mesmo espírito (Sf 3.9).

O povo disperso viria de lugares longínquos para adorar ao Senhor (Sf 3.10). A soberba seria extirpada do meio do povo (Sf 3.11). Sofonias foi categórico em afirmar que haveria em Israel um grupo restaurado identificado como “os remanescentes de Israel” (Sf 3.13). A presença de Deus seria perceptível no meio do seu povo (Sf 3.17). No final da história, haverá os remanescentes fiéis, que estarão para todo o sempre diante de Deus. Zelemos e vigiemos para que possamos estar entre os tais

CONCLUSÃO

O julgamento divino profetizado por Sofonias para Jerusalém não foi final embora tenha sido severo. Foi derramado pedagogicamente, não destrutivamente. O propósito era possibilitar o surgimento de um remanescente purificado. Para o mundo atual haverá um juízo vindouro muito mais severo, visto que representará o Julgamento Final marcando o fim das oportunidades. A reflexão escatológica não pode ser ignorada pela Igreja E urgente e requer de nós vigilância constante.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

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