Adultos - Betel
Silêncio no céu e o julgamento vindouro
EDIÇÃO: 123 – 2º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 08 – 22 de maio de 2022
TEXTO ÁUREO
“E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora.” Apocalipse 8.1
VERDADE APLICADA
A certeza de que o juízo divino está prestes a vir sobre o mundo deve despertar-nos à santidade e evangelização.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Apocalipse 8
7- E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda erva verde foi queimada.
8- E o segundo anjo tocou a sua trombeta; e foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar.
10- E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios e sobre as fontes das águas.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Is 13.6
O Dia do Senhor está perto.
Terça-feira – Is 46.9-10
Deus anuncia o fim desde o princípio.
Quarta-feira – Ap 8.7
A terça parte da vegetação será destruída.
Quinta-feira – Ap 8.10
A água se tornará imprópria para beber.
Sexta – Ap 8.12
Um juízo atingirá os luzeiros celestes.
Sábado – Ap 9.15
Um juízo terrível virá sobre a humanidade.
INTRODUÇÃO
Os capítulos 4 a 7 do Apocalipse são uma preparação para a abertura do sétimo selo, que desencadeará uma sucessão de manifestações do juízo divino sobre a Terra, com intensidade jamais vista. Antônio Gilberto: “Ler o Apocalipse é ler hoje o jornal de amanhã”.
I – O JUÍZO É INEVITÁVEL
O último dos sete selos é aberto e com sua abertura se desencadeia uma sucessão de manifestações do juízo divino com grande intensidade. Até aqui toda a atenção está no céu, onde João vê o trono, os 24 anciãos e os 4 seres viventes adorando a Deus (Ap 4-5). Agora, com a abertura do sétimo selo, o livro do juízo é aberto e toda a atenção volta-se para a Terra.
- Silêncio no céu. Vemos algo inédito aqui: silêncio no céu (Ap 8.1). Todo louvor, que é característica do céu, cessa por quase meia hora. Este silêncio nada tem a ver com a passagem de Isaías 6.8 ou com a morte de Cristo na cruz. O silêncio aqui fala da perplexidade diante do que está por vir. Significa que o que ocorrerá no mundo, será tão sobrenatural, tão terrível e impactante, que até os anjos se calaram.
- Os juízos serão consecutivos. Ao estudarmos sobre o juízo divino na Grande Tribulação, devemos ter em mente que, tudo indica, que os juízos não serão paralelos, mas consecutivos. Vemos Deus trazendo Suas mensagens numa sequência de sete cartas às igrejas da Ásia, o livro selado com sete selos, o último selo abre o juízo das sete trombetas, as sete trombetas terminam e inicia o juízo das sete taças da ira divina e após temos Cristo com os exércitos dos céus. Enquanto os juízos das sete trombetas atingem parcialmente a terra, onde um terço das coisas é atingida, os juízos das taças atingem de forma total os elementos atingidos na terra.
- A revelação na forma de pretérito. Um detalhe nas profecias chama a atenção: o fato dos juízos serem narrados no passado ou como eventos que já aconteceram. Isso não significa que as profecias da Grande Tribulação e seus respectivos juízos já tenham chegado e se cumprido, mas revela uma linguagem que só o Eterno pode usar. Quando falamos do nosso futuro, sejam circunstâncias, ações e planos, lidamos com hipóteses ou possibilidades. Por isso em nosso vocabulário usamos palavras como “talvez”, “é possível”, “com a ajuda de Deus”. Porém, quando o Pai da eternidade fala do futuro como se já tivesse acontecido, revela que o que está por vir acontecerá inevitavelmente e é irrevogável (Is 46.9-10).
II – O JUÍZO DIVINO SOBRE A NATUREZA
As primeiras trombetas são tocadas e anunciam juízos divinos, que atingirão elementos da natureza. Dois detalhes devem ser observados: o que ocorrerá não é resultado da irresponsabilidade ou mau uso dos recursos naturais pelo homem, mas a ação direta daquele que está sentado sobre o trono (Ap 8.12). Assim como foram literais os flagelos no Egito, no tempo do Êxodo, assim serão também na Grande Tribulação.
- Um terço de toda a vegetação. “E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada” (Ap 8.7). A terça parte de toda a vegetação da terra será destruída. Todo o ecossistema, toda a biodiversidade será abalada neste tempo. É impossível supor o que será este juízo sobre a terra, sendo que nada igual aconteceu no mundo até hoje.
- Um terço de toda a vida marinha e embarcações. A segunda trombeta mostra a morte de um terço de toda a vida marinha, bem como a destruição de um terço de todos os instrumentos de navegação no mar (Ap 8.8-9). A Bíblia fala que foi lançada no mar “uma coisa como um grande monte ardendo em fogo”, que nós não sabemos o que é. É possível que se trate de um asteroide, mas o fato é que a destruição será real e em larga escala.
3. Um terço de toda a água potável e um terço de todos os luminares. A Bíblia mostra que, após o toque da terceira trombeta, um terço de toda a água potável do planeta se tornará imprópria para beber (Ap 8.10). Haverá muitas mortes neste tempo por consequência destas águas (Ap 8.11). O profeta Isaías chama este tempo de juízo divino sobre a terra de “assolação do Todo-Poderoso” (Is 13.6). Enquanto as três primeiras trombetas mostram juízos que atingirão diretamente a terra, a quarta trombeta fala de um juízo que atingirá os luzeiros celestes (Ap 8.12). O sol, a lua e as estrelas perderão um terço do seu brilho. O mundo está acostumado a ver catástrofes climáticas em larga escala, nas produções cinematográficas. Só que o que vemos aqui, não é ficção e vai acontecer.
III – O JUÍZO DIVINO SOBRE A HUMANIDADE
Enquanto os juízos anteriores mostram Deus tocando na natureza, as próximas pragas, vistas na quinta e sexta trombetas, atingirão o homem. Estas duas pragas abalarão de forma profunda o mundo e atingirão bilhões de pessoas.
- A praga dos gafanhotos. A quinta trombeta mostra-nos um enxame de gafanhotos que aterrorizaram a Terra (Ap 9.3). Possuem aparência horripilante e infernal (Ap 9.7-10) e terão como alvo exclusivamente pessoas (Ap 9.4). Por cinco meses agirão causando um tipo de chaga maligna (Ap 9.5). Aqui se dirime uma dúvida muito comum no estudo do Apocalipse. A Bíblia não diz que na Grande Tribulação as pessoas não morrerão. Mas mostra que, durante a ação destes gafanhotos, as pessoas atingidas por esta chaga maligna sofrerão terrivelmente, mas não morrerão (Ap 9.6).
- Um terço da população mundial. Esta trombeta anuncia um juízo terrível que virá sobre a humanidade: “E foram soltos os quatro anjos, que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens.” (Ap 9.15). Enquanto na quinta trombeta pessoas sofrem, mas não morrem e a praga dura cinco meses, nesta, agora, em apenas um momento, numa data marcada e num momento exato mais de 2 bilhões de pessoas morrerão (considerando a população mundial em 2020 – cerca de 7,8 bilhões). É indescritível o que vemos ocorrer nesta primeira metade da Grande Tribulação.
- A oração dos santos. Antes do juízo das sete trombetas acontecerem, Deus nos mostra as orações chegando como incenso a Deus (Ap 8.3-4). Antes da destruição de Sodoma e Gomorra, encontramos o patriarca Abraão junto a Deus intercedendo pela cidade e Deus livra Ló (Gn 19). Diante da revelação que recebemos, de tudo que está prestes a acontecer, precisamos orar. É tempo de orar! É necessário buscarmos a face de Deus com coração contrito e quebrantado. Nós que cremos que seremos arrebatados por Cristo e não passaremos por estas coisas, devemos anunciar a Cristo, pois Deus pode ainda salvar muitas vidas, pela pregação do Evangelho.
CONCLUSÃO
Precisamos perseverar em oração confiantemente, no caminho da santificação e no cumprimento da missão de fazer discípulos, enquanto há tempo, pois o plano de Deus inclui a manifestação do juízo divino sobre toda a terra.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel