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E.B.D

Santidade integral

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 114 – 1º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 11 – 12 de março de 2023

TEXTO PRINCIPAL

 “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Ts 5.23)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – Gn 2.7
Deus criou nosso corpo, alma e espírito
Terça-feira – I Ts 5.23
Deus nos santifique em tudo
Quarta-feira – Tg 2.26
O corpo sem o espírito está morto
Quinta-feira – I Co 15.50
Carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus
Sexta-feira – I Pe 1.22
Purificando a alma
Sábado – I Co 15 42-58
Jesus morreu na cruz para nos resgatar de forma integral

TEXTO BÍBLICO

Gênesis 2.7
7 E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.

I Tessalonicenses 5.21-23
21 Examinai tudo. Retende o bem.
22 Abstende-vos de toda aparência do mal.
23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

Gálatas 5.24-26
24 E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.
26 Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

INTRODUÇÃO

O texto de I Tessalonicenses 5.23, apresenta o ser humano integral: espírito, alma e corpo. Na lição deste domingo veremos que a santificação também deve ser integral, abrangendo o ser humano em sua totalidade. Para isso, será analisado o impacto da santidade nestas três áreas, começando pelo espírito.

I – O SER HUMANO É INTEGRAL: ESPÍRITO, ALMA E CORPO

1- O conceito de ser humano integral. Para entender o conceito do ser humano integral e a influência deste na construção teológica no primeiro século, se faz necessário conhecer um pouco da visão da cultura helênica para contratá-la com a judaica. Os gregos acreditavam em uma antropologia especialmente platônica, que era dicotomista (o ser humano em duas partes: corpo e alma).
Nesta visão, a alma era supervalorizada, sendo considerada parte do bem; já o corpo era tido como a parte do mal, consequentemente desvalorizado e considerado o cárcere da alma. Entretanto, a concepção judaica considerava o ser humano em sua totalidade. Na Bíblia, a criação do homem é de forma integral (Gn 2.7).
No Novo Testamento, por influência paulina, prevaleceu o ponto de vista judaico. O apóstolo Paulo, apesar de ser um conhecedor da cultura grega, assegurou aos crentes de Tessalônica, que Deus vê o ser humano como um todo (I Ts 5.23).
2- Corpo: a parte material do ser humano. A dicotomia dos gnósticos, por influência do pensamento grego, defendia que a matéria era má e distinta do espírito, considerado a parte boa. A doutrina gnóstica, com base neste pensamento dualista, provocava dois tipos de comportamentos errôneos: o primeiro levava as pessoas a fazerem o que bem entendessem com o corpo, uma vez que a crença era de que não afetava o espírito. O segundo comportamento era o inverso, já que o corpo era a matéria má, melhor não fazer nada com ele para modificá-lo.
Portanto, dois extremos, onde o primeiro comportamento pecava pelo excesso e segundo por falta. O Novo Testamento demonstra que tanto os judeus, como os judeu-cristãos e os cristãos-gentios defendiam a preservação do corpo em santidade, evitando os pecados contra ele (1 Co 6.18,19). O corpo humano é o lugar de habitação do espírito (II Co 5.1; II Pe 1.13,14). O corpo, sem o espírito e a alma, é morto (Tg 2.26).
3- Alma e espírito, a parte espiritual do ser humano. Tanto no Antigo Testamento, como no Novo, temos textos que distinguem bem a parte imaterial do ser humano (alma e espírito). Dentre outros textos do Antigo Testamento, o profeta Isaías faz uma afirmação que destaca a alma e o espírito (Is 26.9). Dentre outros textos do Novo Testamento, pode ser destacada a adoração de Maria (Lc 1.46-56); bem como o versículo de Hebreus (Hb 4.12).
O espírito humano foi gerado a partir do Criador (Gn 2.7), nele o ser humano tem consciência de Deus e das coisas espirituais e tem conexão com as realidades divina e espiritual (1 Co 6.17). Enquanto a alma é a sede da personalidade, lugar dos sentimentos, pensamentos e decisões. Tanto o espírito quanto a alma são eternos e se mantêm unidos após a morte. O cristão deve cuidar das partes do ser como um todo. 

II – A SANTIDADE DO ESPÍRITO E DA ALMA

1- Jesus morreu na cruz para resgatar o ser humano de forma integral. Cristo morreu na cruz para resgatar o ser humano em sua totalidade. O pensamento dualista grego levava as pessoas a não acreditarem na ressurreição do corpo. Por isso, os crentes de Corinto tiveram dúvidas em relação à ressurreição pregada por Paulo. Então, o apóstolo assevera: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (I Co 15.19). Ele reafirma a fé na ressurreição de Jesus (I Co 15.20-28).
Cristo ressuscitou em corpo, alma e espírito. Tanto que as pessoas o reconheceram depois de sua ressurreição, como por exemplo Tomé, que queria ver as marcas dos pregos nas mãos de Jesus e a ferida profunda do seu lado (Jo 20).
2- A santificação do espírito. A santificação do espírito ocorre no momento da justificação e regeneração, e se mantém contínua e progressiva de acordo com as experiências essencialmente do crente com Deus. Trata-se de uma mudança diante de Deus, de morto espiritualmente para vivo, pois o Espírito Santo vem habitar no crente (Ef 2,1). Por meio da santificação do espírito, essa nova criatura mantém comunhão com Deus, tornando-se coparticipante da natureza divina, e não vive mais na prática do pecado (I Jo 3.9).
Quando o crente se afasta de Deus ele morre espiritualmente porque o seu espírito se afasta do Espírito Santo de Deus. Adão e Eva receberam a recomendação para não tocar no fruto da árvore da vida, pois se desobedecessem, eles morreriam (Gn 2.17). Todavia, quando eles tomaram o fruto não morreram fisicamente, mas espiritualmente.
3- A santificação da alma. A santificação da alma também está diretamente ligada à Palavra de Deus (Tg 1.21). Quando o crente ouve e cumpre a Palavra de Deus, seu espírito e alma são fortalecidos. Na Justificação e santificação iniciais, o pecado é perdoado e removido, todavia a velha natureza continua presente em luta constante para sobrepor sobre o intelecto, emoções e vontade, que são vivenciados por meio da alma. À medida que vamos tendo mais comunhão com Deus, Ele vai limpando o nosso interior e curando nossas emoções.

III – A SANTIDADE DO CORPO

1- Dominando a concupiscência da carne (I Jo 2.16). A concupiscência no sentido etimológico tem sua origem do latim concupiscens e significa “O que tem um forte desejo”. A concupiscência da carne é a falta de domínio sobre os prazeres carnais (Rm 7.18). João adverte o cristão a vigiar e buscar o controle e não se deixar dominar pela natureza humana, caída e pecaminosa. Algumas pessoas atribuem suas imoralidades à ação de Satanás, mas o apóstolo Tiago deixa bem claro que as pessoas cometem pecados motivados pela própria concupiscência (Tg 1.14).
2-Dominando a concupiscência dos olhos (I Jo 2.16). Os olhos são considerados as janelas da alma. Se controlados e conduzidos pelos interesses egoístas, podem levar o ser humano a uma cobiça desenfreada cometendo toda a sorte de torpeza. Tomemos como exemplo Davi. Ele estava no terraço quando avistou uma mulher se banhando. Aquele olhar fez com ele cometesse um adultério e depois um homicídio (II Sm 11).
3- Dominando a soberba da vida. A soberba da vida é a ostentação pretensiosa (riqueza, poder, inteligência, status social, carros, entre outros). Algumas pessoas querem, a todo custo, fama, dinheiro e prestígio. Aqueles que não têm o temor de Deus buscam, erradamente, a ostentação a qualquer preço e acabam renunciando a prática da honestidade e dos valores divinos. 

CONCLUSÃO

Na lição deste domingo, aprendemos que o ser humano atinge a santidade integral quando busca um relacionamento sincero e íntimo com Deus por meio do Espírito Santo. Quando permitimos que o Consolador controle os nossos sentimentos, emoções e vontade, passamos a viver de modo que o nome de Senhor é glorificado em nossas vidas. Cristo tem sido glorificado em toda a sua maneira de viver?

 

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

 

 

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