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E.B.D

Santidade – de dentro para fora

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 110 – 1º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 07 – 12 de fevereiro de 2023

TEXTO PRINCIPAL

 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia.” (Mt 23.27)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – Mt15.11
O que contamina o ser humano
Terça-feira – Mt 15.19
Os pensamentos maus
Quarta-feira – Is 29.13
A falsa religiosidade
Quinta-feira – Nm 5.1-4
O leproso e o imundo
Sexta-feira – Mt 23.27
Jesus exorta a respeito da hipocrisia
Sábado – Mt 24.24
Uma santidade somente exterior

TEXTO BÍBLICO

Mateus 15

10 E, chamando a si a multidão, disse-lhes: Ouvi e entendi:
11 O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.
12 Então, acercando-se dele os seus discípulos, disseram-lhe: Sabes que os fariseus, ouvindo essas palavras, se escandalizaram?
13 Ele, porém, respondendo, disse: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada.
14 Deixa-os: são condutores cegos; ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.

Mateus 23

25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniquidade.
26 Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.
27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia.
28 Assim, também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.

INTRODUÇÃO

Na Lição deste domingo, vamos conhecer a respeito dos fariseus e escribas e suas atribuições para a sociedade judaica da época. Os escribas e fariseus são, por diversas vezes, confrontados por Jesus por serem hipócritas. Eles são desmascarados por Jesus em suas muitas “pegadinhas” teológicas cujo intento era apanhar o Mestre em alguma contradição. Veremos que Jesus advertiu aos escribas e fariseus, e a nós também, que a santidade deve vir de dentro para fora e não o contrário.

I – A HIPOCRISIA DOS FARISEUS E ESCRIBAS

1- A Origem dos fariseus. Josefo defendia que o judaísmo, nos tempos de Jesus, estava subdividido em três escolas principais: os saduceus (que desfrutavam do apoio da elite), os fariseus (que tinham o apoio popular) e os essênios (partido sacerdotal que buscou o afastamento do Templo e do restante do sacerdócio). A origem dos fariseus, cujos membros eram oriundos de todos os níveis sociais, sobretudo da “classe” média, deu-se na época dos Macabeus (século II a.C.).
Eles preferiram priorizar a manutenção do seu status político e garantir os direitos religiosos por meio de uma adaptação parcial ao sistema dominante. Outra característica no farisaísmo é sua proximidade com os escribas, que eram os responsáveis pelas ideologias dos fariseus.

2- Os escribas e fariseus acreditavam ser os verdadeiros mestres (Mt 23.2-4). Jesus afirma que os escribas e fariseus estavam assentados na cadeira de Moisés, dando a entender que conheciam bem a Lei de Moisés. Eles eram reconhecidos pelos judeus como os herdeiros da autoridade de Moisés para ensinar.
Jesus não nega a capacidade intelectual deles, inclusive, afirma que como mestres eles têm o seu devido valor. No entanto, Ele recomenda: “não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam” (v. 3). Eles colocavam pesados jugos sobre os ombros do povo com base em suas próprias interpretações da Lei.

3- Jesus repreende a falsa devoção dos fariseus (Mt 23.25-28). Jesus fez uma crítica ao comportamento hipócrita dos escribas e fariseus e, também, quanto às regras de purificação, que ressaltava uma falsa “santificação” à mesa (v. 25). As regras de purificação serviam como pretexto para impedir as pessoas, tidas como impuras por eles, de compartilhar da mesma mesa. Por isso, Jesus condena as atitudes dos escribas e fariseus.
Eles, que eram tidos como “santos” e que faziam parte de uma elite entre os judeus, viviam de aparência, enquanto interiormente estavam “cheios de hipocrisia e iniquidade” (v. 28). Podemos concluir que a santidade que Deus requer de nós, é a verdadeira, aquela que vem de um coração puro, quebrantado diante do Senhor. É essa maneira de viver santa que faz diferença no dia a dia. 

II – A EXTERIORIDADE DA SANTIDADE E A PRÁTICA DA INJUSTIÇA

1- Os escribas e fariseus faziam acusações injustas a Jesus e aos seus discípulos (Mt 15.1,2). Jesus e seus discípulos estavam na terra de Genesaré pregando as Boas-Novas e curando os enfermos quando alguns escribas e fariseus, vindos de Jerusalém, perceberam que os discípulos de Jesus comiam sem lavar as mãos. O que os incomodava não era a falta de higiene, mas sim a questão cerimonial, a tradição.
A Torá previa alguns procedimentos quanto ao ritual de pureza (Lv 11-15; Nm 5.1-4). Todavia, a questão levantada pelos escribas e fariseus não constava nela, mas sim na tradição dos anciãos. Portanto, eles acusaram Jesus e seus discípulos injustamente. A tradição deles, na verdade, era acréscimo feito pelos homens e não por Deus.

2- Jesus demonstrou que os acusadores eram, na verdade, os transgressores (Mt 15.1-20). Os escribas e fariseus acusaram Jesus e os discípulos de comer sem lavar as mãos. No entanto, Jesus os repeliu e mostrou que eles estavam equivocados e o quanto eram hipócritas. Então, o Mestre questiona o fato deles transgrediram os mandamentos de Deus (v. 3). Jesus repreende os fariseus e escribas afirmando: “E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus” (v. 6).
Jesus cita a lei mosaica em que os filhos deveriam honrar o pai e a mãe (o quinto mandamento), cuja penalidade para tal transgressão era a morte. Mas, para não atenderem as necessidades materiais de seus pais alegavam que o bem que possuíam era Corbã, isto é, oferta ao Senhor (Mc 711).
Segundo A. T. Robertson na obra Comentário Mateus e Marcos, “os rabinos permitiam que o filho infiel fizesse a mera declaração dessas palavras para deixar de usar o dinheiro necessário para o sustento do pai ou mãe.” Na verdade, os acusadores eram os verdadeiros transgressores da Lei de Deus.

3- O profeta Isaías já havia alertado a respeito da falsa santidade em nome da religião (Mt 15.7-9). Jesus exorta os escribas e fariseus, demonstrando que eram eles que estavam burlando a lei de Moisés por ganância. O Mestre chama os fariseus e escribas de hipócritas e afirma a atitude errada deles citando Isaías 29.13.
O profeta Isaías já havia, por diversas vezes, reprovado a exterioridade da santidade do seu povo. Ele afirmou que seu povo adorava a Deus somente com palavras, mas o coração deles estava bem longe do Senhor. Da mesma forma também estavam os judeus na época de Jesus, como também muitos cristãos nominais de nossos dias.

III – A CEGUEIRA ESPIRITUAL

1- A cegueira espiritual dos escribas e fariseus (Mt 15.10-14). Jesus não se intimidou diante dos fariseus e dos escribas. Ele os exortou de forma segura e eficaz, chamando-os de cegos e condutores de cegos. Os fariseus e escribas se apegavam tanto às questões secundárias e irrelevantes (tradições humanas) que se privavam da observância da Lei divina. Na realidade, o que os incomodava era a popularidade.
O reconhecimento e o respeito que Jesus e seus discípulos vinham conquistando diante da população. Os testemunhos dos feitos de Jesus se espalhavam rapidamente e todos queriam ouvir e ver o Senhor. Os líderes religiosos, com suas tradições, discursos monótonos e repetitivos, já não chamavam mais a atenção do povo.

2- Pedro pede que Jesus os ensine (Mt 15.15). Em alguns momentos, os discípulos também tiveram dificuldades para entender os ensinos de Jesus. Entretanto, Pedro, tomando a palavra pediu a Jesus: “Explica-nos essa parábola” (Mt 15.15). O discípulo Pedro não se preocupava em declarar publicamente que não havia compreendido.
Ele estava certo, pois quem quer aprender tem de perguntar e não pode se importar com a reação das pessoas. Muitas pessoas deixam de aprender por receio de perguntar. Jesus fica admirado com a atitude de Pedro e diz: “Até vós mesmos estais ainda sem entender?” (V. 16). De acordo A. T. Robertson, Comentário Mateus & Marcos, “os discípulos ainda estavam sob o ‘encanto’ da perspectiva teológica dos fariseus.” Por isso, a dificuldade de entendimento.
Os fariseus e escribas ouviam os ensinos de Jesus e não aprendiam, pois seus interesses pessoais e a hipocrisia impediam que seus “olhos fossem abertos” para entender a mensagem do Reino. Já os discípulos de Jesus realmente desejavam compreender e aplicar, às suas vidas, o ensino do Mestre.

3- O que contamina o ser humano é o que está no seu coração (Mt 15.16-20). Jesus explica aos discípulos que o que contamina o ser humano não é o que entra pela boca, mas o que procede do seu coração. É do interior do ser humano que provém os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.
As práticas, os ensinos errôneos e perversos dos escribas e fariseus ainda influenciam muitos religiosos na atualidade, pois, infelizmente, ainda há pessoas que valorizam mais as tradições humanas do que a Palavra de Deus. Jesus deixa claro que a falsa santidade contamina o ser humano, e não o fato de comer sem lavar as mãos. O Mestre critica duramente o ritualismo hipócrita e a falsa santidade dos fariseus e escribas. 

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos que a santidade vem de dentro para fora. Os escribas e fariseus viviam uma falsa santidade exterior e foram duramente criticados por Jesus. Eles acusaram os discípulos de Jesus de não cumprirem as tradições religiosas. Entretanto, Jesus derruba o argumento deles demonstrando que em nome de uma falsa santidade, eles estavam dando mais importância às tradições humanas do que à essência da Palavra de Deus.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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