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Adultos - Betel

Rendendo graças ao Senhor

Publicado

em

EDIÇÃO: 23 – 2º Trimestre – Ano: 2020 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 10 – 07 de junho de 2020

TEXTO ÁUREO

Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre.”, Salmo 118.1

VERDADE APLICADA

Render graças ao Senhor em todo o tempo é um princípio de vida que caracteriza aquele que está em Cristo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Salmo 118

1. Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre.

2. Diga agora Israel que a sua benignidade dura para sempre.

5. Invoquei o Senhor na angústia; o Senhor me ouviu, e me tirou para um lugar largo.

14. O Senhor é a minha força e o meu cântico; e se fez a minha salvação.

22 – A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina.

27. Deus é o Senhor que nos mostrou a luz; atai a vítima da festa com cordas, até às pontas do altar.

28. Tu és o meu Deus, e eu te louvarei; tu és o meu Deus, e eu te exaltarei.

29. Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.

INTRODUÇÃO

O estudo do Salmo 118 destaca a relevância de exaltarmos o caráter de Deus, confiarmos nEle em todo o tempo e testemunharmos os Seus maravilhosos feitos.

I. LOUVOR COMO RESULTADO DA CONFIANÇA

A Salmo 118 é um chamado para louvar a Deus pela Sua bondade e Seu socorro. Interessante o testemunho do salmista sobre o valor da confiança em Deus.

1. Parte integrante dos Salmos do Hallel.

“Hallel” significa “Louvor”. Um grupo de Salmos são identificados como “Salmos de Hallel” – 113 a 118. Os judeus identificam o Salmo 136 como o “Grande Hallel”. Os Hallel eram citados nos cultos da sinagoga e nas três grandes festas de peregrinação: Páscoa, Pentecostes e Cabanas (Tendas), além da festa de dedicação do Templo. Constituem os salmos de exaltação dos atributos de Deus e à Sua obra salvadora. A Bíblia informa que Jesus, por ocasião da última Santa Ceia, juntamente com os discípulos cantaram um hino [Mc 14.26; Mt 26.30]. Segundo a maioria dos comentaristas, tratava-se de um Hallel, por meio do qual expressaram gratidão ao Senhor naquele momento.

2. Título.

Segundo a Bíblia de Estudo da Fé: “O Salmo 118 não tem nenhum título que apresente uma ocasião história para sua composição. Por um lado, ele se encaixa perfeitamente no retorno do cativeiro de Babilônia. A nação (representada pelo orador) tinha sido severamente punida pelo pecado, cercado quase até a extinção pelas nações. Porém, o Senhor livrou o seu povo, e a nação começou a se reconstruir conforme Deus havia planejado e a louvá-lo por permitir que vivessem. Por outro, esse salmo era uma cerimônia que celebrava uma vitória do rei na batalha; a ideia é a mesma dos salmos de Davi. O rei que representava toda a nação estivera em grande perigo, mas fora livrado da morte e fez um voto de contar as grandes obras do Senhor.”.

3. Um salmo que expressa gratidão.

Percebemos, ao longo dos versos que compõem o Salmo 118, que o salmista procurou expressar sua gratidão a Deus, rendendo a Ele graças em decorrência da Sua bondade. Louvando a benignidade, ressaltando os livramentos e a salvação alcançada por meio da ação de Deus. Bendizendo o fato de que Deus é Aquele que fortalece. Ao agradecer e louvar o Senhor, o salmista expressa seu amor a Deus de forma pura, sem fingimento e desinteressado. Ralph H. Alexander: “A ação de graças acompanha o louvor, pois quando alguém declara os atributos e obras de Deus, não pode deixar de ser agradecido por isso. O louvor conduz regularmente à ação de graças.”. Em tempos tão difíceis é importante ser enfatizada a atitude de gratidão a Deus – Romanos 1.21 – notar este texto: conheceram a Deus, mas não O glorificaram e nem lhe deram graças. Todo aquele que está em Cristo precisa ter uma contínua atitude de gratidão ao Senhor [Fp 4.6; Cl 3.15]. O próprio Senhor Jesus expressa gratidão [Mt 11.25; 26.27; Jo 6.11; 11.41].

II. O CARÁTER DE DEUS

O Salmo 118 é um convite para que o povo de Israel verbalize sua gratidão ao Senhor em decorrência das características que compõem o Seu caráter: bondade, benignidade e o Deus que escuta.

1. Louvei ao Senhor porque Ele é bom.

O primeiro motivo para louvar ao Senhor consiste no fato dEle ser bom. O texto instiga os cantores a uma reflexão sobre um dos atributos morais de Deus. A bondade é o mais elevado princípio moral de Deus. Ao qualificá-lo como bom informa-nos que nEle não há defeitos. Ele não age com perversidade, nEle há luz e não trevas [I Jo 1.5]; não há maldade, enfim, tudo que provém de Deus é bom, os Seus caminhos, os Seus decretos. Deus é bom em Sua essência. Tony Evans escreveu sobre a bondade de Deus: “Na verdade, a bondade de Deus pode ser definida como as perfeições coletivas de sua natureza e a benevolência de seus atos. Traduzindo isso para as palavras do Salmo 119.68: “Tu és bom e fazes o bem”. É uma explicação bastante simples. Deus é bom por natureza e bom no que faz.”.

2. Louvai ao Senhor porque a Sua benignidade é para sempre.

O salmista inicia e termina anunciando: “…porque a Sua benignidade é para sempre” [118.1, 29]. Trata-se de um termo que abrange diversas características importantes do caráter de Deus. Assim, são encontradas em diferentes versões da Bíblia algumas dessas características: amor (NTLH); graça (Bíblia Judaica Completa); misericórdia (RA). Segundo Strong: “O texto clássico para se compreender o significado e a importância desta palavra é o Salmo 136, onde ela é usada vinte e seis vezes para proclamar que a bondade e o amor de Deus são eternos.”. Trata-se de um tema tão relevante que a mensagem de restauração do povo de Deus que havia sido levado para o cativeiro babilônico, contém o conteúdo do hino que será entoado: “Louvai ao Senhor porque a Sua benignidade é para sempre” [Jr 33.10-11].

3. O Senhor é aquele que escuta.

O salmista após ressaltar a bondade e benignidade do Senhor por intermédio do louvor, testifica que tais aspectos do caráter de Deus se tornaram evidentes também quando invocou a Deus e foi socorrido [Sl 118.5, 21]. Muito interessante refletirmos em dois textos dos evangelhos que registram palavras de Jesus sobre a oração apresentando os contrastes entre o caráter do homem e de Deus [Mt 7.7-11; Lc 18.6-8]. Podemos clamar com confiança e perseverança, pois Deus, nosso Pai, não é mau e nem injusto.

III. O AGIR DE DEUS

No tópico anterior, ressaltamos a benignidade e a bondade de Deus relatadas no Salmo 118. Destacamos que o nosso Deus é aquele que nos escuta. Em continuidade, vemos, em outros trechos, a profundidade do agir de Deus em prol do ser humano e tomamos consciência do quão é maravilhosa a ação de Deus.

1. Aquele que concede a luz.

O verso 27 testifica que o “Senhor nos deu a luz”. Outras versões registram que Ele nos dá a sua luz ou Ele é a nossa luz. O termo “luz” no hebraico pode indicar, entre outras ideias: iluminar; brilhar, ser iluminado. Em I Pedro 2.9 encontramos que Deus nos chamou “das trevas para a sua maravilhosa luz”. As trevas causadas pelo pecado, que obscurece a mente da pessoa e afeta também todas as áreas da vida. Mas a luz de Deus raiou, “sua maravilhosa luz” ou admirável, Champlin: “Ele nos deu a luz, fazendo Seu rosto brilhar sobre nós. Ver Salmo 31.16; 67.1; 80.3,7,19; 119.135. […] O rosto brilhante representa a bênção divina, pois aquele que vê o rosto do Senhor é automaticamente abençoado, por fiat divino.”.

2. Aquele que dá força.

No verso 14, o salmista declara que o Senhor é a sua força. Segundo alguns comentaristas, este versículo é a citação do cântico da vitória verbalizado por Moisés após a travessia do Mar Vermelho [Êx 15.2]. O salmista, certamente, tendo conhecimento desta passagem, percebeu que pela força do Senhor o povo de Israel pôde escapar das mãos dos egípcios. Nessa reflexão, entendeu que as batalhas somente são vencidas em decorrência do Senhor fortalecer os Seus filhos [Is 40.29; Ef 6.10]. Quando procuramos nos fortalecer em Deus, indubitavelmente, seremos vitoriosos diante dos dardos e das armadilhas que são preparadas para a nossa destruição.

3. A pedra angular.

O salmista declara, no verso 22, que “a pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça de esquina”. A pedra de esquina ou pedra angular é aquela que une duas paredes de um edifício. A pedra angular também se refere à pedra mais importante, a pedra de remate, a pedra-chave. No tempo da composição do salmo, conforme vários comentaristas, o salmista está se referindo a Israel perseguido e desprezado. Porém, como encontramos no Novo Testamento, o próprio Senhor Jesus cita este verso aplicando a Si [Mt 21.42; Lc 20.17-18]. Os apóstolos Pedro e Paulo identificaram Cristo como a pedra principal [At 4.10-11; Rm 9.32-33; Ef 2.20; I Pe 2.6-8].

CONCLUSÃO

O Salmo 118 instrui os servos do Senhor a uma vida de gratidão a Deus, a reconhecer a bondade de Deus e a Sua benignidade. Ele é digno de ser adorado, não somente pelos Seus benefícios, mas pela Sua natureza.

Postado por: Pr. Ademilson Braga


Fonte: Revista Betel

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