Connect with us

E.B.D

Quem segue a Cristo compreende o Reino de Deus

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 83 – 3º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 06 – 07 de agosto de 2022

TEXTO PRINCIPAL

“Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Rm 14.17)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – I Co 2.4
O Reino é simples
Terça-feira – Lc 17.20
O Reino não é produto humano
Quarta-feira – Cl 1.15
Os santos creem no invisível
Quinta-feira – Mc 9.50
Todo cristão é moderado
Sexta-feira – Rm 15.5
Quem vive para o Reino tem paciência
Sábado – Sl 89.14
O Reino é de justiça

TEXTO BÍBLICO

Lucas 17.20-25

20 E interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus, respondeu-lhes e disse: O Reino de Deus não vem com aparência exterior.
21 Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque eis que o Reino de Deus está entre vós.
22 E disse aos discípulos: Dias virão em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.
23 E dir-vos-ão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Não vades, nem os sigais.
24 Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia.
25 Mas primeiro convém que ele padeça muito e seja reprovado por esta geração.

INTRODUÇÃO

Quanto tempo e energia as pessoas perdem confundindo preferências pessoais com o Reino de Deus. Muitos, erroneamente, não desejam mais congregar, quando nossa vocação é para servir a Cristo em uma igreja. Vamos refletir, nesta lição, a respeito do que é o Reino de Deus, suas características e importância em nossas vidas, como membros do Corpo de Cristo.

I – O QUE É O REINO DE DEUS

1- A simplicidade do Evangelho do Reino. O Reino de Deus é uma experiência simples (I Co 2.4), descomplicada (Mt 10.16), porém nunca simplória, franqueada a todas as filhas e filhos de Adão. Nas palavras de Jesus, o ingresso no Reino está disponível a todos (Jo 7.37-39). Jesus sempre fez da transmissão do Evangelho uma experiência acessível a todos, desde o mais erudito religioso até o mais iletrado pecador, pois os pressupostos para seguir a Jesus não são altas habilidades cognitivas, mas a humildade (Mt 18.4).

2- A miserável condição dos fariseus. Jesus estava diante dos religiosos de sua época, mas eles eram incapazes de percebê-Lo. Aqueles indivíduos não conseguiam acreditar que o filho de um simples carpinteiro (Mt 13.55). proveniente de Nazaré (Jo 1.46), pobre (II Co 8.9) poderia ser o Messias divino. Eles esperavam alguém de sucesso que desejasse o trono de César e não uma cruz de pecador. Por isso, o Mestre afirma em Lucas 17.20 que o Reino não era produto de uma conjuntura político humana, ou seja, sua presença e efeitos não poderiam ser mensurados por critérios humanos como sucesso financeiro ou adesão popular, mas por princípios intangíveis como amor e misericórdia. Os membros dos partidos religiosos da época de Jesus, trabalhavam hipocritamente, esforçavam-se para serem vistos como piedosos e santos, quando não passavam de profanos cegos por poder, surdos para o clamor de socorro da sociedade, incapazes de fazer qualquer bem às filhas e filhos de Deus (Mt 23.4).

3- O “agora” e o “porvir” do Reino de Deus. Para os incrédulos, o Reino de Deus é só uma promessa lançada ao vento, para os discípulos de Cristo é uma realidade encarnada e já vivenciada hoje. Os fariseus, assim como os discípulos de Jesus, em determinado momento de suas jornadas, não tinham maturidade espiritual suficiente para perceber que a transformação prometida pelos profetas no Antigo Testamento não iniciaria com uma mudança governamental, como a restauração política de Judá, mas com a libertação dos corações da opressão do Inferno (Jo 14.8,9). O problema de muitos dos crentes carnais é exatamente este: como eles são afeitos às manifestações exteriores (Mt 23-5-7). sua compreensão do Reino também é refém de sinais materiais (Lc 17.21). Só os santos vêem o invisível (Cl 1.15). 

II – O QUE NÃO É O REINO DE DEUS

1- Não confunda o Reino de Deus com suas opiniões pessoais. Vivemos um tempo difícil, uma época de muitos desentendimentos. Assim como nos dias atuais, Paulo enfrentou um conflito entre grupos intolerantes em Roma. Nos capítulos 14 e 15 de Romanos, somos apresentados a um enorme alvoroço que se originou entre aqueles irmãos. O cerne de todo o problema era um debate a respeito da obrigatoriedade da observância de prescrições dietéticas pelos cristãos não judeus. Parte da igreja cristã em Roma entendia que era necessário se abster da ingestão de carne, por questões cerimoniais e culturais; já para outra parcela daquela igreja local, tal renúncia não passava de um exagero cerimonial sem valor. Como mediador desse conflito, Paulo sintetiza sua orientação em Romanos 15.2,  não tomando partido de nenhum dos lados da disputa e lembrando de que o dever de todos era se edificar mutuamente em amor e humildade. Paulo não foi omisso, ele foi cristão, comedido, sábio e amoroso (Mc 9.50).

2- O Reino não deve sofrer: Jamais torne imprescindível o que é supérfluo. Para o apóstolo, aquela igreja estava enfrentando uma perigosa situação. Não em virtude de uma questão alimentar, mas pela terrível confusão entre aquilo que é essencial e o que é fútil. Como já havia sido discutido no Concílio de Jerusalém, com o crescimento das igrejas cristãs e a rápida ampliação para outras culturas além da judaica, muito cedo a liderança apostólica entendeu que era necessário os crentes se absterem das coisas sacrificadas aos ídolos e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação (At 15.28,29). Paulo nada mais fez em Roma do que renovar entre aqueles irmãos as orientações basilares da boa convivência cristã: paciência (Rm 15.5), misericórdia (Rm 15.7) e empatia (Rm 15.14). Nossa missão é muito importante, não podemos perder tempo com provocações uns contra os outros (Gl 5.15), difamando os irmãos e gerando ataques mútuos.

3- O que importa é o Reino. Mas por fim, o que é o Reino? São todas as ações originadas no amor, que promove justiça, paz e alegria para a glória de Deus. Nunca abandone a alegria que vem do Céu (Ne 8.10) por momentos efêmeros de prazeres fugazes.

III – VIVENDO O REINO

1- Os “super apóstolos” e o império da morte. Paulo constatou um grave problema na Igreja em Corinto: Um pernicioso grupo de indivíduos rebeldes, insubmissos e arrogantes (II Co 11.5; 12.11), aqueles a quem Paulo denomina ironicamente de “super apóstolos”. Estes estavam promovendo crises relacionais e contendas por poder entre aqueles irmãos. Para o apóstolo, esses embusteiros, que se anunciavam como verdadeiros representantes de Deus, nada mais eram do que falsificadores da Palavra (II Co 11.13). Na atualidade não é muito diferente, há os que se acham fiéis a Palavra de Deus, os quais vivem a semear contendas dentro da Igreja de Cristo.

2- O verdadeiro caráter do Reino. Paulo, de uma forma eloquente, caracteriza o modo como devemos servir ao Reino de Deus. Nossos juízos acerca dos outros devem ser carregados da misericórdia de Cristo, caso contrário, não passam de acusações covardes e injustas contra as filhas e filhos de Deus. A vida no Reino é de doação, de dedicação ao outro, quem vive no egoísmo serve ao Maligno, nunca ao Altíssimo. É sempre importante destacar que, na medida em que o apóstolo afirmava as qualidades intrínsecas do Reino de Deus, ele estava, em 1 Coríntios 4, desmascarando o estilo de vida reprovável daqueles que, de modo arrogante, tentavam trazer confusão sobre os coríntios.

3- O poder do Reino. Por fim, mas não menos importante, Paulo denuncia o caráter meramente retórico dos discursos daqueles crentes que estavam inchados (I Co 4.18-20). Não nos esqueçamos: o Cristianismo é uma experiência espiritual mediada pela Palavra, todavia, a encarnação do Verbo é um fundamento inamovível de nossa fé (Jo 1.1-3). O convite para ser discípulo de Cristo aponta para uma vida na qual as palavras demonstram sua força e validade ao tocarem o mundo. Nosso Cristo não foi apenas um reprodutor de histórias, Ele viveu tudo o que pregou e fez, de cada instante de sua vida, uma maneira de glorificar ao Pai e proclamar o Reino. Nós, como cristãos, fomos convocados a uma missão evangelística que segue os mesmos princípios que foram apresentados pelo nosso Salvador. Nossa pregação deve ser complementada com os sinais que foram apontados pelo próprio Cristo (Mc 16.15-18). As palavras que portamos tem poder para mudar a realidade, o mundo, aqui e agora. 

CONCLUSÃO

Como servos do Reino de Deus, nosso dever é colaborar para manifestar o rosto de Cristo nesta geração. Logo, não cabe a nós os muitos desentendimentos. As divergências são naturais entre os seres humanos, mas falta de comunhão não pode existir entre nós, Não podemos esquecer de que as palavras que portamos tem poder para mudar a realidade, o mundo, aqui e agora.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

Compartilhe!
Clique aqui para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidos

Copyright © Seara de Cristo - Todos os direitos reservados