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Adultos - Betel

Povo de Deus – ovelhas do Seu rebanho

Publicado

em

EDIÇÃO: 110 – 1º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 07– 13 de fevereiro de 2022

TEXTO ÁUREO

“Porque assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.” Ezequiel 34.11

VERDADE APLICADA

O povo de Deus é comparado a ovelhas do rebanho do Supremo Pastor.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ezequiel 34

17- E, quanto a vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu julgarei entre gado pequeno e gado pequeno, entre carneiros e bodes.
18- Acaso não vos basta pastar o bom pasto, senão que pisais o resto de vossos pastos a vossos pés? E beber as profundas águas, senão que enlameais o resto com os vossos pés?
19- E, quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que foi pisado com os vossos pés e bebem o que tem sido turvado com os vossos pés.
20- Por isso, o Senhor Jeová assim lhes diz: Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre o gado gordo e o gado magro.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Sl 95.7
Povo do seu pasto e ovelhas da Sua mão.
Terça-feira – Is 53.6
Ovelhas desgarradas.
Quarta-feira – Jo 10.11
Jesus, o Bom Pastor.
Quinta-feira – Rm 15.1-2
Suportando as fraquezas em amor.
Sexta-feira – I Co 11.30
Atitudes erradas e falta de amor na igreja.
Sábado – I Tm 4.7-8
A importância de exercitar a piedade.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, abordaremos o relacionamento de Deus com o Seu povo, destacando Seu cuidado, julgamento e promessas, bem como algumas características e atitudes presentes no meio do povo de Deus.

I – O POVO DE DEUS COMO REBANHO DE OVELHAS

Em diversos textos bíblicos encontramos referências metafóricas do povo de Deus como ovelhas (Sl 23; Is 53.6; Ez 34, Jo 10). Assim, é fundamental refletir sobre esta comparação bíblica, pois muito contribuirá na compreensão acerca das características dos que pertencem ao Senhor, suas necessidades, limitações e como se dá nosso relacionamento com Deus. Que o Espírito Santo nos esclareça em tão valioso estudo.

  1. Algumas características de uma ovelha. As Escrituras Sagradas contêm uma rica diversidade de expressões literárias, usadas por diversos escritores, sob a inspiração divina, para comunicar a mensagem de Deus à humanidade. Assim, quando Deus falou por Ezequiel que os judeus eram “ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto” (Ez 34.31), o público de Ezequiel tinha em mente o que significava um rebanho de ovelhas, pois fazia parte do cenário palestino. A Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia registra alguns motivos para os crentes serem chamados de ovelhas: “

1) Ovelha é um símbolo claro de dependência do crente a Deus;

2) Uma natureza semelhante às ovelhas de impotência (em relação à existência terrena e da vida além);

3) Ovelhas são usadas como emblemas de mansidão, simplicidade, inocência”.

  1. A ovelha conhece o seu pastor. Quando o Senhor Jesus proferiu a parábola do bom pastor em João 10, Ele menciona uma importante característica da ovelha: “o seguem, porque conhecem a sua voz” (Jo 10.4) e “das minhas sou conhecido” (Jo 10.14). São expressões que retratam uma relação íntima entre pastor e ovelhas. Trata-se de um conhecimento fruto de relacionamento. Cada pessoa que diz ser discípula de Cristo precisa crescer no conhecimento acerca de Jesus Cristo (II Pe 3.18]. Conhecimento que resulta em seguir (Jo 10.4) e confiar (Sl 9.10).
  2. A ovelha ouve e segue o pastor. Como resultado de conhecer, as ovelhas ouvem e seguem o pastor (Jo 10.4). F. F. Bruce escreveu: “Mais de um rebanho podia ser abrigado em um destes cercados (curral das ovelhas); o pastor precisava somente chamar da entrada, e suas ovelhas reconheciam sua voz e se aproximavam”. É preciso que cada cristão esteja atento para ouvir e distinguir a fala do Bom Pastor, bem como disposto para obedecer. Em certa ocasião o Senhor disse a alguns ouvintes que quem é de Deus (ou seja, quem verdadeiramente tem Jesus como seu Pastor), escuta – não apenas ouvir com atenção, mas obedecer – as Palavras de Deus (Jo 8.47).

II – OVELHAS DEBILITADAS

Há ovelhas que, espiritualmente, portam deficiências, ou seja, necessidades especiais. Muitas delas andam em cadeiras de rodas ou de muletas da fé, vivendo todo dia como aquele coxo na porta chamada formosa do Templo em Jerusalém, pedindo esmolas, morrendo à míngua, perto do alimento, da cura e da saúde espiritual (At 3.1-8).

  1. A ovelha fraca. Não se trata daquela fraqueza da qual Paulo mencionou: “quando estou fraco, então sou forte” (II Co 12.10) – ou seja, plenamente consciente de sua dependência da graça e do poder de Deus. Aqui se refere àquele que faz parte de uma igreja local, tem à disposição dele tudo o que é necessário para um contínuo fortalecimento espiritual, mas não aproveita. Não prioriza o necessário e diário cuidado espiritual. Não se exercita na piedade (I Tm 4.7-8). Como resultado, não tem resistência contra as adversidades da vida na terra, as tentações e os ataques das hostes espirituais da maldade. Falta-lhe aperfeiçoamento e crescimento (Ef 4.12). Assim, estão suscetíveis a doenças espirituais; são infantis, melindrosas e se sentem ofendidas por qualquer coisa (I Co 13.4-7, 11).
  2. A ovelha doente. O texto diz: “e a doente não curastes” (Ez 34.4). Assim como a “fraca”, a doença de uma ovelha pode ser de diferentes tipos e causas. Os pastores e a Igreja precisam estar atentos, agir com prudência e buscar serem guiados pelo Espírito Santo para lidarem com “ovelhas doentes”. Pois há doenças físicas, emocionais e espirituais. Assim como há diversas origens da doença. Por exemplo, Paulo disse que muitos estavam “fracos e doentes” (I Co 11.30) por causa de atitudes erradas e falta de amor no contexto de uma igreja local. É possível que a doença seja causada pelo pecado (Mc 2.1-12; Tg 5.14-15). É possível que a ovelha esteja doente como resultado da negligência relatada no tópico anterior.
  3. A doença espiritual. Há textos bíblicos onde os escritores, inspirados pelo Espírito Santo, para descrever a situação espiritual do povo, utilizam linguagem metafórica, como se o povo estivesse enfermo (Is 1.5-60). David F. Payne comenta sobre o texto de Isaías: “Com o intuito de ampliar a metáfora do profeta, poderíamos descrever os v. 2-9 como o diagnóstico da enfermidade da nação, os v. 10-23, como a receita para a cura, e os v. 24-31 como o prognóstico. A enfermidade é dupla: é moral e religiosa (v.2ss) e também psicológica (v.5-9)”. Interessante ser feita, também, a seguinte comparação entres as dimensões física e espiritual: nem sempre a pessoa percebe que está doente de imediato. Portanto, espiritualmente, é necessário um constante exame, sempre à luz da Palavra de Deus e do Espírito Santo (II Co 13.5; Sl 139.23-24).

III – JULGAMENTO E PROVIDÊNCIA DE DEUS

No capítulo 34 de Ezequiel, o profeta anuncia o julgamento divino contra os maus pastores – os governantes e líderes de Israel – e, também, contra os que estavam no rebanho e adotavam atitudes prejudiciais ao bem-estar coletivo (Ez 34.1-2, 10, 17-31). Porém, este texto também revela as ações de Deus em favor de Suas ovelhas e a mensagem de esperança futura, com a vinda do Pastor Messiânico, o Bom Pastor.

  1. Atitudes soberbas e egoístas. O Senhor inicia o pronunciamento de julgamento condenando posturas que indicam soberba e egoísmo – “pisais o resto” e “enlameais o resto” (Ez 34.18). São atitudes que lembram irreverência, ausência de amor fraternal e ganância. São atitudes que caracterizam os últimos dias da Igreja na terra, identificados como tempos trabalhosos (II Tm 3.1-7). Interessante notarmos que tais posturas partiam de pessoas que estavam ali, no meio do rebanho, causando dificuldades para as “ovelhas” do Senhor (Ez 34.19). É um alerta para cada membro do rebanho de Jesus não se deixar levar pela soberba, competição, egoísmo e autossuficiência (Rm 15.1-4; Fp 2.3-4; I Co 10.24).
  2. Atitudes que causam feridas e tropeços. A seguir o Senhor se volta contra os que “empurram”, desprezam e procuram colocar outros para fora do rebanho (Ez 34.21). Tais atitudes são totalmente contrárias ao que determina a Palavra de Deus quanto à convivência no seio da Igreja: “…tenham os membros igual cuidado uns dos outros” (I Co 12.25). É preciso cuidado, pois é possível que, não apenas ações, mas palavras e omissões também provoquem “empurrões” e tropeços, dificultando, assim, o desenvolvimento do rebanho do Senhor. Fomos introduzidos no Corpo de Cristo pela ação do Espírito Santo (I Co 12.13). Agora, é preciso andar em Espírito para que sejam produzidas em nós algumas virtudes que nos norteiem na convivência no seio da Igreja (Cl 3.12-16).
  3. A providência divina. O capítulo 34 de Ezequiel não apenas anuncia o julgamento divino, mas contém, também, diversas expressões que apontam para o agir do Senhor, como Pastor, em favor de Suas ovelhas: “livrarei, procurarei, buscarei, apascentarei… levantarei um só pastor”! São termos que lembram a mensagem do Salmo 23. Como escreveu Phillip Keller: “Como o Senhor é meu pastor, nada me faltará. A expressão “nada faltará” traz um conceito de não sofrer deficiência de nada – nem de carinho, nem de orientação, nem de cuidados”. Para aquele povo no cativeiro, tal mensagem era um refrigério e cheia de esperança.

CONCLUSÃO

Como ovelhas do rebanho do Senhor precisamos saber que o cuidado de Deus com o Seu povo inclui julgamento, disciplina e promessas. É necessário nos submetermos ao pastoreio do Senhor Jesus.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

 

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

 

 

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