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Para onde vão os mortos?

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Todos os seres humanos têm curiosidade sobre as coisas do futuro e especialmente no que diz respeito ao que vem após a morte. Há muitas respostas à pergunta acima nas religiões e seitas, mas muitas delas estão ba­seadas em filosofias, conceitos esotéricos e experiênci­as pessoais, e em interpretações errôneas da Bíblia.

As Testemunhas de Jeová, por exemplo, negam o Céu e o Inferno, a alma e a sua sobrevivência à morte. Elas acreditam que a vida humana termina na morte, e se a pessoa tornou-se membro da Sociedade Torre de Vigia, a organização delas, Jeová tornará a trazer a vida depois do Armage­dom. As religiões e seitas seculares e não cristãs, por sua vez, não têm a Bí­blia. Com eles não há uma base comum para discussão, o que é diferente das seitas pseudocristãs, que afirmam crer na Bíblia.

A Torre de Vigia e os adventistas do sétimo dia não acreditam que a alma sobreviva à morte, por isso afirmam que a morte é o fim da vida. Charles Taze Russell trouxe essa crença dos adventistas, de onde veio antes de fun­dar seu movimento. Quanto à existên­cia do inferno de fogo ardente, Russell também acreditava nisso, mas foi der­rotado em um debate com um cético sobre o assunto, e por isso tomou-se também cético quanto a essa doutrina.

As Testemunhas de Jeová não acre­ditam que o destino dos salvos seja o Céu. O segundo presidente dessa or­ganização, Joseph F. Rutherford, en­sinou que o número dos que vão para o Céu se completou em 1935, como se Jeová colocasse uma placa no Céu com esses dizeres: “Não há vagas”. Por isso acreditam que no Céu há va­gas apenas para 144 mil pessoas, as demais Testemunhas de Jeová têm de se conformar em herdar a Terra. Elas acreditam ainda que o destino dos incrédulos é a sepultura, e não o Inferno, isso porque receberam tal ensino de Russell, através dos periódicos e publicações da Torre de Vigia, e não porque exista base bíblica para tal doutrina, apesar de a organização delas afir­mar que acredita na Bíblia. A Torre de Vigia ensina que o Inferno é um estado e não um lugar, e que é sepultura comum da humanidade.

O que acontece de fato é que sua organização pinça a Bíblia aqui e acolá para fundamentar uma crença muito antiga que depois passou a ser defendida pelo fundador do movimento das Testemunhas de Jeová. Além disso, procuram reinterpretar a Bíblia. Quando não conseguem depois de tudo isso moldar suas crenças à Bíblia, falsificam seu texto, como acontece na Tradução do Novo Mundo.

A Bíblia diz que há um lugar preparado para o “Diabo e seus anjos”, que se chama Inferno (Mt 25.46). Há várias palavras na Bíblia para identificar esse lugar de tormento, de maldição eterna, como Sheol, Hades, Geenna, Tártaro, que são traduzidas por “inferno”. A palavra hebraica Sheol aparece 65 vezes no Velho Testamento e segundo os dicionári­os de hebraico significa “o lugar invisível dos mor­tos, a habitação dos mortos”. Jacó não pensava numa sepultura quando desejou descer o seu filho José no Sheol, visto que para ele José teria sido devora­do por uma fera (Gn 37.33-35).

Hades é a forma grega da palavra hebraica Sheol. É o estágio intermediário dos mortos. Lá eles estão aguardando o Dia do Juízo, quando todos os mortos, juntamente com o Hades, serão lançados no Lago de Fogo ( Ap 20.13-14). O Hades não é ainda o Inferno propriamente dito. É uma prisão temporária, até que venha o Dia do Juízo. Os condenados estão lá, conscientes e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão nesse lugar, aguardando o Juízo Final (Ap 20.14 ), pois não é ainda o Lago de Fogo e Enxofre o Inferno propriamente dito. O Hades, portando, não é sepultura. Quando morre um justo, o homem interior, alma e espírito vão para a presença de Deus, enquanto o corpo é sepultado ( Ec 12.7 ; Ap 6.9 ). O incrédulo vai para o Hades ( Lc 19.22,23).

Geena é uma referência ao Vale de Hinom ( Js 15.8;18.16 e Jr 32.35 ). Era lugar de prática pagã (Jr 7.31 ), onde alguns reis de Israel sacrificaram a ídolos, e dentre eles o rei Salomão. O rei Josias fez uma devassa no local, fazendo dele lugar de lixo (II Reis 23.10). Desde a era interbíblica que esse vale já ti­nha relação com o castigo dos ímpios. Os rabinos aplicaram Hinom ao inferno de fogo escatológico, que é identificado com o Lago de Fogo do Apocalipse. Geena é uma palavra grega, embora não apareça na Septuaginta. O Senhor Jesus empregou essa palavra como símbolo da condenação eterna (Mt 5.29-30; 18.9 e Mc 9.47-48). Tártaro é uma palavra grega que só aparece uma vez no Novo Testamento (II Pd 2.4) e etimologica­mente significa “prisões eternas”. Pelo fato de aparecer só uma vez no Novo Testamento é necessário recor­rer aos escritores clássicos para se saber seu significado. Na literatura latina, o Tártaro representa o mesmo que o Hades representava para os gre­gos. Virgílio, na Eneida, descreve a descida de Enéias ao Tártaro, de for­ma semelhante à de Ulysses, descrita por Homero. Era crença na época dos apóstolos que o Tártaro estava debai­xo do Hades.

A Bíblia diz que os salvos vão para a presença de Deus. O apóstolo Pau­lo cria que na sua morte estava com o Senhor (IICo 5.1-2,6,8 e Fp 1.23). Isso pode ainda ser visto em Apocalipse 6.9-11. O Senhor Jesus disse ao mal­feitor que fora crucificado ao seu lado: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”, Lc 23.43. Esse texto foi adulterado na Tradução do Novo Mundo, que pôs uma vírgula depois da palavra “hoje”, mu­dando completamente o sentido da mensagem, simplesmente para adaptá-Ia às suas crenças peculiares.

No conhecido texto de Lucas 16.19­-31, “O rico e Lázaro” é uma prova indestrutível de que a vida não termina na morte, e que há um lugar preparado para os salvos e outro para os incrédu­los. Os céticos procuram escapar dessa realidade afirmando que se trata de pa­rábola. Ora, parábola é uma ilustração para extrair lições e verdades espiritu­ais. É uma maneira figurada de se ensinar uma verdade, e não um passe de mágica com po­deres para mudar o sentido da mensagem. Além dis­so, Jesus não disse e nem deu a entender que era pará­bola. Sua estrutura é diferente das parábolas. Não diz “o Reino dos Céus é semelhante” e nem “assemelha-­lo-ei” ou algo desse tipo. Os títulos usados em cada texto da Bíblia vêm dos editores e não fazem parte do texto original.

O que acontece é que os sectários querem escapar do Inferno por meio de distorções, na tentativa de extinguí-lo da Bíblia por meio de traduções falsas e interpretações errôneas, recusando o Senhor Jesus e o plano de Deus para Salvação ( Jo 3.16-18).

Extraído

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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