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Adolescente - CPAD

Pagarei o mal com o bem

Publicado

em

EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 32 – 3º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 07 – 15 de agosto de 2021

TEXTO BÍBLICO

II Reis 5.1-19

DESTAQUE

Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês; pois isso é o que querem dizer a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas” (Mt 7.12).

LEITURA DEVOCIONAL

Segunda-feira – Rm 12.21

Terça-feira – Mt 6.12

Quarta-feira – Lc 6.26

Quinta-feira – Pv 29.23

Sexta-feira – II Rs 5.14

Sábado – II Rs 5.15

Domingo – Sl 107.15

LEVADA COMO ESCRAVA

O episódio que narra a história de Naamã é bastante conhecido. Entretanto, na maioria das vezes, não damos a devida importância para a personagem principal dessa história. Não se trata do general Naamã, ou mesmo do profeta Eliseu, e, sim, da menina israelita que a Bíblia não menciona o nome. Uma adolescente muito especial que foi levada como escrava para servir na casa do general sírio. O histórico de conflitos entre Israel e Síria tornou essas nações grandes inimigas. E Naamã era chefe do exército sírio, um homem de muita honra e respeito entre os seus pares (II Rs 5.1).

Entretanto, de acordo com alguns historiadores, os sírios eram bárbaros e sanguinários. Nas guerras, eram extremamente cruéis e impiedosos. Já pensou na possibilidade de essa menina ter presenciado a morte dos próprios pais quando os sírios invadiram as terras israelitas, como também de seus amigos e demais familiares? Nas lutas, os sírios não poupavam ninguém. Raras eram as exceções. Normalmente, mulheres e crianças eram sequestradas e levadas como escrava, igual ao caso da nossa jovem heroína. Imaginemos que eles tenham poupado sua vida por apenas ser uma menina, porém, a levaram como escrava (II Rs 5.2).

Agora, longe de sua terra, do seu povo, sem os seus pais, a menina não tinha muita escolha, pois vivia na casa de estranhos e em condições precárias, como era a vida de uma escrava. Provavelmente, ela sofreu muitos traumas, alguns até irreparáveis, sendo humilhada por ser israelita no meio de um povo inimigo. As Escrituras não mencionam, mas os fatos históricos nos permitem pensar assim.

Essa pequena serva:

1. Como convém a uma legítima israelita, considerou a honra do seu país, e, embora fosse apenas uma criança, pôde dar um relatório do famoso profeta que eles tinham. [Os adolescentes] devem aprender cedo a respeito das maravilhas de Deus, para que, a qualquer lugar que forem, possam falar delas (SI 8.2).

2. Como convém a uma boa serva, ela desejou a saúde e o bem estar de seu senhor, embora fosse uma cativa, forçada a ser uma serva. Muito mais devem os servos por escolha, buscarem o bem de seus senhores. Os judeus na Babilônia deviam buscar a paz da terra em que estavam cativos (Jr 29.7).

Eliseu não purificou nenhum leproso em Israel (Lc 4.27), mas essa pequena serva, a partir de outros milagres que ele tinha operado, inferiu que ele podia curar o seu senhor, e da sua beneficência geral, que Eliseu o curaria, embora Naamã fosse um sírio. Os servos podem ser bênçãos às famílias onde eles estão, ao falarem o que sabem da glória de Deus e da honra de seus profetas” (Texto adaptado do Comentário Bíblico Matthew Henry; Antigo Testamento – Josué a Ester. CPAD, 2010, pp.562,63).

Um general leproso

Naamã era leproso, e a lepra era uma doença que gerava muitos preconceitos nos tempos bíblicos. As pessoas leprosas viviam isoladas da sociedade. Apesar disso, Naamã era considerado um general de muita importância e respeito.

A compaixão da menina

A menina teve compaixão de seu senhor e lembrou-se do profeta Eliseu, um grande homem de Deus, conhecido entre o povo de Israel. Em vista disso, ela manifesta a sua intenção à sua patroa: “— Eu gostaria que o meu patrão fosse falar com o profeta que mora em Samaria, pois ele o curaria da sua doença” (II Rs 5.3). Aqui está o ápice da história! Ela certamente tinha motivos para não mencionar nada a respeito do profeta, ou mesmo por vingança, devido a tudo que sofrera, deixá-lo morrer aos poucos pela doença. No entanto, sua atitude foi diferente. Ela teve compaixão de seu senhor, mesmo após todo o mal que ele lhe causara.

É importante lembrar que naquele período ainda predominava a chamada “Lei de Talião”, que dizia que os relacionamentos deveriam ser pautados na ideia de “olho por olho, dente por dente”. Todavia, a jovem israelita estava muito à frente do seu tempo e reuniu características próprias do caráter cristão, encontradas apenas no Evangelho. Ela “devolveu” o mal com o bem, amou e perdoou seu inimigo, independentemente de qualquer atitude dele no passado.

Nesse episódio, aprendemos a importante lição: jamais devemos ter o sentimento de vingança sobre as pessoas que nos fizeram mal. Caro adolescente, nossa heroína era como você, jovem e cheia de sonhos. O seu passado era de dor, mas ela não permitiu que o ódio e o rancor entrassem em seu coração. Inspire-se nessa menina! E lembre-se: a identidade do cristão é o amor (Jo 13.34,35).

A humilhação e a cura

Quando as palavras da menina chegaram aos ouvidos do general, ele se levantou e foi falar com o rei, a fim de pedir permissão para ira Israel (II Rs 5.4). O rei sírio escreveu uma carta ao rei de Israel e sugeriu que Naamã levasse ofertas e vestes, pedindo-lhe que o restaurasse de sua lepra (II Rs 5.5,6). O rei sírio e o seu oficial humilharam-se perante um dos seus maiores inimigos, isto é, Israel, a ponto de Naamã ir até Somaria suplicarão rei israelita pela cura (II Rs 5.6,7). Este ficou indignado com tal pedido, acreditando ser uma afronta contra o seu povo. Todavia, Eliseu pediu ao rei que permitisse que o general viesse até o profeta (II Rs 5.8).

E, quando Naamã chegou à porta de Eliseu, um mensageiro do profeta disse-lhe que “fosse se lavar sete vezes no rio Jordão, pois assim ficaria completamente curado da sua doença” (II Rs 5.10). A princípio, Naamã se indignou com a orientação do profeta, menosprezando as águas do rio Jordão (II Rs 5.11-13). Contudo, obedeceu: “Então Naamã desceu até o rio Jordão e mergulhou sete vezes, como Eliseu tinha dito. E ficou completamente curado. A sua carne ficou firme e sadia como a de uma criança” (II Rs 5.14). Naamã reconheceu o poder do Deus de Israel (II Rs 5.15), do Deus da menina que vivia em sua casa, o Deus do profeta Eliseu que, apenas com uma ordem, curou um homem leproso!

CONCLUSÃO

Aquela menina, talvez, não tivesse ideia da imensidão de seu ato. O profeta mais uma vez foi usado com coragem e poder nas mãos de Deus. O leproso é alcançado pelo amor, pela graça e pela cura divina, simplesmente pelo fato de ter se humilhado e reconhecido a soberania do Deus de Israel.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

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