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Os Dons Espirituais

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INTRODUÇÃO
No Credo das Assembleias de Deus no Brasil, acha-se mui explícita a crença nos dons concedidos pelo Espírito Santo: “Cremos na atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais”. Através desta verda­de, ressurgida na Rua Azusa em Los Angeles, no início do século passado, os pentecostais vêm anun­ciando o evangelho completo de nosso Senhor Jesus Cristo em todo o mundo: Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo, concede dons, e vem outra vez.

I. O QUE SÃO OS DONS ESPIRITUAIS
Não importa o que dizem os descrentes, argumentando contra a atualidade e a realidade do ba­tismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais. A Bíblia, que é nossa suprema autoridade, além de ser clara sobre essa matéria de fé, é confirmada por incontáveis testemunhos, que ratificam a vali­dade da promessa pentecostal.
Definição. Os dons espiri­tuais são dotações e capacitações sobrenaturais que o Senhor Jesus, por intermédio do Espírito Santo, outorga à sua Igreja, visando a expansão universal da sua obra e a edificação dos santos. Por intermédio deles, segundo o Espí­rito, o crente fala, conhece e age sobrenaturalmente.
Origem. Ao contrário do que pensavam certos crentes de Corinto, os dons espirituais, em­bora diversos, são procedentes do Único e Verdadeiro Deus Triúno – o Espírito Santo (v.4), o Se­nhor Jesus (v.5), e Deus Pai (v.6). Antes acredita­vam em diversos deuses (l Co 8.5,6). Entretanto, foram eles ensinados, que há um só Deus, eternamente subsisten­te em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (2 Co 13.13).

II. A ATUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS
O falso ensino dos sensacionistas. Deduzem, erra­damente, que os dons espirituais cessaram após a era apostólica, pois o Evangelho, de acordo com a geografia daqueles dias, já ha­via chegado aos confins da terra (At 1.8; 13.47). A Bíblia anula esse falso ensino. Interpretando equivocadamente as Escrituras, eles citam 1 Coríntios 13.8: “mas, havendo profecias, serão aniqui­ladas; havendo línguas, cessarão (… )”. Eles se esquecem do versí­culo l0 que afirma: “Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado”. Toda­via, essa “era perfeita” ainda não começou; quando chegar, “então, veremos face a face” (v.12).
Os dons prometidos profética e historicamente. De conformidade com a profecia de Joel, o derramamento do Espírito Santo e a distribuição dos dons es­pirituais, seriam mais intensos nos últimos tempos (Jl 2.28,29). Em Je­rusalém, no Dia de Pentecostes, esta profecia cumpriu-se parcialmente (At 2.16-18). Desde então continua a cumprir-se onde quer que o evan­gelho seja ouvido e crido.
Em nossos dias, o derrama­mento do Espírito recomeçou em 1906, na Rua Azusa, em Los Ange­les, Califórnia, Estados Unidos da América, sob a liderança de William Joseph Seymour (1870-1922). Este pastor era metodista, oriundo do Movimento da Santidade, e filho de pais batistas de origem africana. Desde então, o pentecostalismo expandiu-se, chegando ao Brasil em 1910. No momento, a Assembleia de Deus no Brasil já começa a comemorar o seu primeiro cente­nário, que teve início em 1911.

III. OBJETIVOS DOS DONS ESPIRITUAIS
Deus concede dons primeira­mente para a edificação da igreja, mas também para o progresso do crente (1 Co 14.1-4). Os dons espirituais seguem-se ao batismo com o Espírito Santo: “e falavam línguas e profetizavam” (At 19.6). Não o contrário.
Objetivos congregacio­nais. Os dons espirituais, princi­palmente os de expressão verbal, visam à edificação, consolação e exortação do povo de Deus. O capítulo 14 de 1 Coríntios discorre amplamente sobre o assunto. O termo “edificar” é ali empregado constantemente.
Objetivos individuais. Os dons espirituais não devem ser usados para o nosso deleite, mas para o enriquecimento de nossa vida cristã: “O que fala língua es­tranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” (1 Co 14.4). Quando alguém é batizado com o Espírito Santo e fala em línguas, em seu espírito ora, exalta e louva a Deus secretamente. E um relacionamento íntimo entre o salvo e Deus. Ninguém o entende, a não ser Deus (1 Co 14.2).

IV. OS DONS DE MANIFESTAÇÃO VERBAL
Os dons de expressão ver­bal são os mais destacados na igreja. Ocupam o maior espaço no capítulo em estudo, o qual trata primariamente da operação dos dons “decentemente e com ordem” (v 40). Esses dons se mani­festam sobrenaturalmente através de mensagens orais, segundo a orientação do Espírito Santo.
Dom de variedade de lín­guas. Através do dom de variedade de línguas, os crentes, em espírito, oram, adoram e louvam a Deus de modo sobrenatural. É uma comuni­cação direta com Deus, mediante o Espírito Santo, sem quaisquer impedimentos (1 Co 14.2).
Dom de interpretação de línguas. É evidente que este dom opera juntamente com o dom anterior, formando ambos uma profecia (vv.5, 13,27,28).
Dom de profecia. A profe­cia, como dom de expressão verbal, é enunciada claramente no idioma de quem a profere, “para edificação, exortação e consolação” de todos (v.3). O dom de profecia, hoje, não tem a mesma autoridade canônica das Escrituras (2 Pe 1.20), que são infalíveis. A profecia atual deve ser julgada (1 Co 14.29).

V. OS DONS DE SABER
Por intermédio dos dons de saber, a Igreja de Cristo manifesta sabedoria, ciência e discernimento sobrenaturais. Eles são de grande necessidade aos santos, habilitan­do-os a entenderem muito mais e a combaterem os espíritos do erro e suas artimanhas por toda parte. Considere-se a proliferação, inclu­sive dentro das igrejas, de falsas doutrinas, de imitação dos dons, de modernismos teológicos, de inovações antibíblicas, de falsos avivalistas, de “milagreiros” am­bulantes, etc.
O dom da palavra da sabedoria (1 Co 12.8). É o saber extraordinário e sobrenatural, ou­torgado diretamente pelo Espírito.
O profeta Daniel tinha deste dom, segundo relata o escritor sagrado (Dn 1.17; 5.11,12; 10.1).
O dom da palavra da ciência (v.8). Este dom provê um conhecimento extraordinário e so­brenatural. Ele certamente operava nos profetas Eliseu ( 2 Rs 5.25,26) e Aías (1 Rs 14.1-8).
O dom de discernir os espíritos (v.10). É a identificação sobrenatural de operações de espíri­tos quanto à sua origem e intenções: ­espíritos enganadores, demoníacos e humanos. É um dom defensivo que evita que sejamos enganados pelo adversário. Paulo tinha o dom de discernimento de espíritos (At 16.16-18).

VI. OS DONS DE PODER
Mediante os dons de poder, a autoridade e o poder divinos manifestam-se no crente de maneira sobrenatural sobre o mundo físico. Esses dons são: Fé, Curas, e Opera­ção de Maravilhas.
Dom da fé (v.9). É a operação sobrenatural da fé para a realização de coisas tidas como impossíveis na expansão do Reino de Deus. O profeta Elias tinha o dom da fé segundo o relato de 1 Reis 1.10-12.
Os dons de curar (v.9). São um dom plural na sua constituição e operação. A palavra “curar” está no plural no texto grego, indicando diferentes “curas” para vários tipos de moléstias ou enfermidades.
Dom de operação de maravilhas (v.10). Estes dois vo­cábulos que designam este dom, no original, estão no plural. São operações de milagres extraordi­nários, surpreendentes e espan­tosos para levar os incrédulos à conversão; convencer os céticos e fortalecer os crentes fracos e duvi­dosos quanto à suficiência infinita de Deus. Ver Jo 6; At 8.6,13; 19.11; Js 10.12-14. Moisés, Elias, Eliseu, Paulo, e inúmeros outros servos de Deus tinham esse dom.

CONCLUSÃO
Todos os dons espirituais são necessários e imprescindíveis tanto para a Igreja como um todo como para os seus membros em particular. Por isso, devemos buscar com zelo os dons espirituais. Afinal, eles são uma grandiosa dádiva da graça divina ao nosso dispor.

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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