Adultos - Betel
Os dons de elocução
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 148 – 4º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 07 – 13 de novembro de 2022
TEXTO ÁUREO
“Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação.” I Coríntios 14.3
VERDADE APLICADA
As manifestações do Espírito em profecia, variedade de línguas e interpretação de Línguas resultam em edificação, exortação e consolação ao Corpo de Cristo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
I Coríntios 14
- Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
- E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, ou quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.
- Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
- E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
- Mas, se o outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
- Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Am 3.7
Deus revela Seus planos aos profetas.
Terça-feira – Mt 7.15
O cuidado com os falsos profetas.
Quarta-feira – I Co 12.31
A busca pelos dons
Quinta-feira – I Co 14.3
Os objetivos da profecia.
Sexta-feira – I Co 14.22
As línguas são um sinal para os infiéis
Sábado – I Co 14.39
Não proibir falar em línguas estranhas.
INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos os dons conhecidos como dons de elocução. Esses dons devem ser empregados exclusivamente para edificação, exortação e consolação, para que não haja desordem no seio da Igreja.
I – DONS RELACIONADOS A ELOCUÇÃO
A profecia, a variedade de línguas e a interpretação das línguas, são manifestações do Espírito Santo classificadas como dons de elocução. Os mesmos capacitam o membro do Corpo de Cristo a falar sobrenaturalmente. Essas manifestações sobrenaturais vindas da parte de Deus visam edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo. Infelizmente, o que temos visto é que muitos, de forma incorreta, dizem serem possuidores destes dons e assim enganam a muitos com suas falsas manifestações.
- Profecia.Este dom nos permite ouvir a palavra inspirada do Espírito Santo e sermos edificados, exorta dos ou consolados por ela. Esta voz profética se consolida pelo cumprimento fiel e pelos resultados: “Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado. Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós, (I Co 14.24-25). O Espírito Santo nos capacita com este dom para servirmos a Igreja de Cristo (l Co 14.2-5).
- A importância do dom de profecia para a Igreja de Cristo. O apóstolo Paulo possuía uma visão profunda sobre a importância do dom de profecia para a Igreja de Cristo. Em um dos seus textos sobre o assunto, ele exorta a igreja para buscá-lo: “Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar” (I Co 14.1). Importa-nos reiterar que a sua importância é tamanha, pois aquele que profetiza edifica toda a igreja. Assim, através do dom de profecia, o Senhor fala abertamente de forma simples e direta com o ser humano, com o intuito de edificá-lo, exorta-lo e consolá-lo.
- Julgar a profecia.A Igreja de Cristo, bem doutrinada, não tolera os falsos profetas em seu meio e faz o uso correto dos dons espirituais, de acordo com a Palavra de Deus. Joao em suas palavras, sedimenta que é dever da igreja julgar as profecias, para ver se estão de acordo com a Palavra de Deus (I Jo 4.1). Ele manda provar a veracidade dos profetas para ver se está em conformidade com a Bíblia. O apóstolo Paulo também orienta a igreja sobre a necessidade de julgar (I Co 14.29). A igreja deve julgar, como comentou Stanley Horton, “meticulosa e publicamente, com deliberada consideração e avaliação, o que o Espírito está dizendo. Isto incluiria como a profecia se alinha com a Palavra de Deus, como satisfaz a necessidade, qual é o propósito de Deus e o que os crentes devem fazer com o que ouvem para edificar o corpo”.
II – VARIEDADE DE LÍNGUAS
Em meio a tantas dúvidas que surgem sobre o dom de variedade de línguas, na condição de dom, assim como os demais catalogados na Bíblia, podemos dizer que este dom é uma das manifestações do Espírito Santo, quando este se revela através de uma expressão falada de maneira divina nunca aprendida pela pessoa que fala.
- O ensino de Paulo sobre o dom de variedade de línguas. Entre os ensinamentos do apóstolo Paulo a respeito do dom de variedades de línguas em I Coríntios 14, ele escreve sobre este dom com a finalidade de constituir algumas diretrizes para ajustar a forma desorganizada de culto que a igreja de Corinto estava realizando. Ainda a respeito deste dom, o apóstolo afirma que o falar em línguas serve como um sinal para os infiéis (I Co 14.22).
- Expressão em línguas em Atos e em I Coríntios. David Lim (Teologia Sistemática, 1997, p. 476): “A diferença básica entre o fenômeno das línguas em Atos e em I Coríntios está no seu propósito. Em Atos, as línguas visam a edificação pessoal, deixando evidente que os discípulos realmente haviam recebido o dom prometido do Espírito Santo, para revesti-los “do poder do alto” (Le 24.49; At 1.4-5, 8; 2.4). Não precisavam ser interpretadas. Em I Coríntios, o propósito era a benção a outras pessoas na congregação, por isso era necessária a comunicação”. É preciso notar que nem todos que foram batizados com o Espírito Santo exercerão um ministério contínuo de falar em línguas na igreja local (I Co 12.30).
- O dom de variedade de língua serve para edificação do crente. O crente em Jesus, hoje, mais do que nunca, necessita do recobrimento de poder do Espírito Santo e das manifestações dos dons espirituais. Daí a necessidade de buscar estes dons espirituais em toda a sua plenitude. Entre os dons difundidos pelo Espírito Santo, encontramos o dom de variedade de línguas, que exerce a função da edificação pessoal do crente. O apóstolo Paulo deixou registrado que este dom serve para que o crente edifique a si mesmo (I Co 14.4). Os pentecostais entendem que o crente, através do dom de variedade de línguas, pode ser usado para a edificação da igreja, e, também, através do dom de interpretação de línguas, pois, por meio desse, todos podem entender a mensagem em sua própria língua.
III – DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS
Ao tratar deste dom, o Bispo Primaz Manoel Ferreira afirmou: “O dom de interpretação de línguas é a revelação divina do Espírito Santo que emprega um crente para declarar a Igreja o significado das palavras pronunciadas pelo profeta em outras línguas’
- Uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo.Na igreja de Corinto havia desordens de toda natureza e os crentes assistiam a tudo sem dar aos dons a devida importância. Algo que estava trazendo confusão a igreja era a ausência do dom de interpretação de línguas. Em outras palavras, estava ocorrendo a manifestação da variedade de línguas sem a interpretação das línguas. Portanto, Paulo deixou registrada a seguinte orientação: “E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus” (I Co 14.27-28).
- O dom de interpretação de línguas está sujeito a outro dom. Percebemos na Bíblia de maneira incontestável que o dom de interpretação de línguas não atua só, ele sempre estará atrelado a outro dom: variedades de línguas. Pastor Elinaldo Renovato os chamou de “dons geminados”. Pastor Esequias Soares em sua conhecida análise sobre o tema diz: “Este dom não é autônomo como os demais e o único que depende da manifestação de outro, o dom de variedades de línguas”. Ainda sobre o assunto o Pastor Pentecostal Gordon Chown de maneira inteligente nos legou uma importante informação sobre a necessidade de estes dois dons atuarem juntos: “A interpretação é tão milagrosa quanto a própria Língua, e isto quer dizer que quem possui o Dom de línguas não vai procurar decifrá-la com a mente, mas, sim, pede e recebe a Interpretação da mesma fonte divina de onde surgiu a Língua”.
- Este dom deve ser empregado para a edificação da igreja. As línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, para que a igreja conheça o conteúdo e o significado da mensagem: “E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus” (I Co 14.27-28). A par da importância deste dom para a edificação da igreja, o apóstolo Paulo deixou registrada a seguinte orientação: “E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também intérprete, para que a igreja receba edificação.” (I Co 14.5).
CONCLUSÃO
Que o presente estudo contribua para não ignorarmos e nem desprezarmos a variedade das manifestações do Espírito, mas procuremos com zelo abundar nos dons espirituais para edificação da igreja e a glória de Deus.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel