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Adultos - Betel

Os dois alicerces

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 141 – 3º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 13 – 25 de setembro de 2022

TEXTO ÁUREO

“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” Tiago 1.22

VERDADE APLICADA

O Senhor chama de bem-aventurados aqueles que não são apenas ouvintes, mas praticantes de Sua Palavra.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Lucas 6

47- Qualquer que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante.
48- É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre rocha.
49- Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Pv 1.7
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.
Terça-feira – Pv 15.5
O tolo despreza a correção.
Quarta-feira – Mt 7.24-27
Devemos ouvir e cumprir as palavras de Jesus.
Quinta-feira – Lc 6.46-49
A importância de estar firmado em Cristo.
Sexta-feira – Jo 8.36-45
A missão de Jesus.
Sábado – I Co 3.11-15
O fundamento é Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO

Jesus nunca desejou que Suas palavras fossem deixadas em ouvidos surdos, mas quer que produzam uma verdadeira transformação na vida de cada um que ouve, crê, recebe e obedece.

I – A IMPORTÂNCIA DE OUVIR E PRATICAR A PALAVRA

Essa parábola foi dada ao fim do Sermão da Montanha, com a intenção de mostrar que nada adianta viver um evangelho superficial e sem raízes profundas (Mt 7.21).

  1. Entendendo a dimensão da parábola. Mateus e Lucas registram a parábola de dois construtores com os quais Jesus conclui o sermão (Mt 7.24-27; Lc 6.46-49). O Mestre por excelência empregava o método das parábolas para ensinar verdades importantes sobre o reino. A parábola é uma comparação, é “um relato terrenal que ilustra uma verdade celestial”. As parábolas têm a virtude de serem breves, fáceis de lembrar e partem de algo muito conhecido. A verdade central desta parábola é que a obediência é indispensável no discipulado. No reino dos céus, ouvir as palavras do evangelho sem o fazer o que é ordenado conduz à ruína espiritual. Em contrapartida, o ouvir e o fazer (obediência) servem como base para edificar uma vida capaz de suportar ataques de todos os elementos e permanecer de pé.
  2. Aquele que ouve e põe em prática. Vivemos em uma cultura em que todos querem ser livres, cada um expressando seu ponto de vista sobre o bem e o mal, mas Deus nos deu Sua santa Palavra pelos lábios de nosso amado Jesus Cristo, para sabermos antecipadamente o que é bom e agradável. Sendo assim, não basta ouvir a palavra, mas também colocá-la em prática (Mt 7.24). Jesus ilustra isso nesta parábola que lida com um homem que deseja construir uma casa, mas coloca as fundações em cima de uma rocha firme, porque quando a tempestade ou inundação chega, ela não abala sua estrutura nem pode derrubá-la. O mesmo não acontece com quem a constrói na areia e não a põe fundação (Mt 7.25-27).
    3. A rocha e a areia. Neste sermão, Jesus nos apresenta dois fundamentos: rocha e areia. A rocha simboliza a pessoa de Cristo, e construir sobre a rocha é construir sobre os fundamentos de Sua Palavra. A areia simboliza os ditames do mundo, uma vida guiada pela razão e fora dos preceitos divinos (Sl 18.2, 46; Sl 46.1-2; Mt 16.18; I Co 3.10-11). Ao descrever os dois construtores, Jesus deixa claro a importância do fundamento de nossas vidas. A tempestade vem para ambos, a diferença está no alicerce. A casa que estava sobre a rocha suportou, mas a que estava alicerçada na areia, teve um prejuízo muito maior, ela não somente caiu, mas foi grande a sua ruína (Mt 7.27; Lc 6.49).

II – EDIFICANDO DE MANEIRA CORRETA

O que Jesus deseja ressaltar nessa parábola é sobre o que estamos fundamentando a nossa fé. Ao descrever os acontecimentos, Ele aponta para dois tipos de construtores: os prudentes e os insensatos.

  1. A semelhança entre os construtores. Ambos ouvem, enfrentam os mesmos testes, têm as mesmas oportunidades e aparentemente construíram casas semelhantes. Mas havia contrastes fundamentais: eles tinham naturezas diferentes porque um era prudente, atencioso, se fixava no que fazia. O outro, era insensato, não prestou muita atenção ao que estava fazendo. A diferença é que um obedeceu às palavras de Jesus, o outro não. Um edificou sobre um fundamento sólido, a rocha (Mt 7.24); o outro na areia, um fundamento inseguro. Os fundamentos não são visíveis ao olho humano, mas os testes revelam a classe desses fundamentos (Mt 7.25, 27). Existe um contraste radical na maneira como ambos suportaram as provas. A casa construída pelo prudente passou por todos os testes, enquanto a casa do outro se desfez.
  2. O alicerce indica o que a casa suporta. Uma casa não se constrói primeiro pelo telhado, ou pelas paredes. A primeira coisa deve ser o alicerce. Isto nos fala de fundamento, de raízes que devem ser fixadas. Jesus apresentou um quadro muito assustador para aqueles que construíram sobre a areia: “E foi grande a ruína daquela casa” (Lc 6.49). As chuvas, os rios, os ventos se referem a problemas que podem existir na vida das pessoas, como doenças, problemas econômicos, mortes etc. Jesus não isentou ninguém da tempestade, ela veio tanto para o sábio quanto para o tolo. A grande verdade aqui é que a única casa que vai resistir é aquela que estiver firmada na rocha. Estar em Cristo é estar debaixo de uma graça protetora, mesmo diante das tempestades (Lm 3.22).
    3. A rocha da construção é Cristo. O que seria mais fácil, cavar sobre a rocha para se obter um alicerce seguro, ou construir sobre a areia? Por uma questão de natureza, sempre somos conduzidos a tomar o caminho mais fácil. O que era a areia, que não oferecia segurança futura em caso de tempestades? O ensino dos fariseus, um fundamento inseguro para a vida presente e para a vindoura [Mt 16.6; Jo 8.36-45]. A rocha básica sobre a qual os homens deveriam construir para o tempo e eternidade era a palavra que o Senhor lhes entregou. Contudo, não bastava apenas ouvir e conhecer que Ele era o caminho, isso não salva ninguém. Enquanto não houver uma rendição à verdade e à Pessoa que a proferiu, não haverá posse dessa classe de vida [Lc 6.47-48].

III – ENSINAMENTOS PRÁTICOS ACERCA DA PARÁBOLA

Uma casa bem edificada pode resistir com firmeza aos ataques externos da vida cotidiana. O futuro de nossa casa espiritual não está garantido na aparência, mas em estar fundamentado em Cristo.

  1. A casa não deve ter aparência, deve ter firmeza. Devemos prestar muita atenção a essa mensagem, pois nos traz uma séria advertência: “Tudo aquilo que não se sustenta em Cristo irá desabar” (Mt 7.27). Isso nos leva ao ponto principal da advertência: “Não seja apenas ouvinte da palavra, seja cumpridor. Não viva um evangelho vazio, apenas de aparência, conheça a Cristo, não por aquilo que Ele possa lhe oferecer, conheça-o pelo que Ele é”. A grande censura feito por Jesus nesse sermão é contra a religião vazia, que é cheia de rituais e que em nada pode transformar o ser humano. Jesus não nos deixou uma religião, nos deixou um reino. Não somos apenas filhos, somos a geração eleita para anunciar Suas virtudes (I Pe 2.9).
  2. O perigo das incertezas futuras. A casa é o conjunto de todos os aspectos da nossa vida neste mundo. A casa é sua conquista como pessoa, sua realização na vida. Essa casa é o objetivo no qual você investe o esforço de sua vida. Uma casa não se edifica de forma instantânea ou sem um grande investimento. Em que estamos investindo nossa existência? Em que estamos gastando a maior parte do nosso tempo e trabalho? Muitos estão investindo tudo em busca da aparência, diversão, comida, bebida, prazeres. Mas onde realmente está alicerçada nossa casa? De que material ela é feita? Quem é o seu Deus afinal, seu maior bem? É preciso que “nossas construções” sejam feitas conforme os valores, princípios e diretrizes revelados na Palavra de Deus. Somente assim estaremos em condições de suportarmos as adversidades e dificuldades nesta vida e sermos aprovados no dia do juízo.
  3. Jesus é o fundamento das nossas vidas. Nossas ações são o produto do exercício de nossa liberdade para escolher. O recebimento de uma abordagem de Deus, em qualquer forma que venha, implica na obrigação moral de escolher o curso de ação que Ele recomenda. Assim, como escreveu John Stott (A Mensagem do Sermão do Monte – ABU Editora – p. 216), o Senhor Jesus conclui Seu sermão convocando a todos a termos uma “reação adequada à instrução que acaba de dar”. Ele coloca “diante de nós a escolha radical entre a obediência e a desobediência”. Obedecer às instruções de Deus de acordo com as Escrituras é ter um fundamento sobre a rocha (Mt 7.24; Lc 6.47-48).

CONCLUSÃO

O sermão é concluído enfatizando as reações de Seus ouvintes. Devemos estar atentos, pois o Senhor apresentou-nos apenas duas reações: “pratica” (Mt 7.24) ou “não cumpre” (Mt 7.26). Que o Espírito Santo opere em cada coração para que tenhamos uma reação adequada às instruções que estudamos ao longo deste trimestre: “Sim, Senhor, queremos viver conforme a Tua vontade”! Então, vivamos! Implica em querer e fazer.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

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