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Adultos - Betel

O verdadeiro discípulo de Cristo exerce o seu chamado em amor

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 196 – 4º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 03 – 15 de outubro de 2023

TEXTO ÁUREO

“Que em presença da igreja testificaram da tua caridade; aos quais, se conduzires como é digno para com Deus, bem farás.” III João 6

VERDADE APLICADA

Como discípulos de Cristo, busquemos abundar em amor, pois os últimos dias são marcados pelo egoísmo e a indiferença.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

I Coríntios 13

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.
4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Jo 3.16
O amor deve motivar o coração do discípulo.
Terça-feira – I Co 16.14
Tudo deve ser feito em amor.
Quarta-feira – Hb 13.1
O amor deve ser permanente.
Quinta-feira – I Pe 4.8
O amor deve ter mão dupla
Sexta-feira – I Jo 4.8
Deus é amor
Sábado – I Jo 4.16
Quem está em amor está em Deus.

INTRODUÇÃO

O apóstolo João adverte que quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor (I Jo 4.8). Ele não apenas sente amor, Ele é o próprio amor, esta é a sua natureza, por isso Seus filhos também devem amar (I Jo 4.20).

I – O AMOR DE DEUS

João mostra que o amor é mais que um sentimento, é uma Pessoa: Deus. Nele reside toda benevolência (Sl 136), misericórdia (Lc 1.50), perdão (Mq 7.18). O termo usado em I João 4.8 para amor é ágape (grego), o mesmo que Paulo utiliza em I Coríntios 13, onde diz que esse amor deve mover o uso de qualquer dom espiritual e o cultivo da piedade humana, bem como estar acima dos próprios interesses. Esse “tipo” de amor nos faz servir aos nossos irmãos (GI 5.14), manifestando bondade, misericórdia e perdão, como o Senhor faz conosco (Jl 2.13).

1. Fruto do Espírito. Em Gálatas 5.22, o amor “ágape” aparece como Fruto do Espírito Santo. Ou seja, é o amor divino, “produzido” pela Terceira Pessoa da Trindade. Sendo assim, podemos adquirir esse amor e manifestá-lo graciosamente quando estamos em Jesus (Jo 15.5). O termo fruto vem do grego karpos, alguns significados são: “aquele que se origina ou vem de algo” ou “aquilo que é produzido pela energia inerente de um organismo vivo”. Os filhos de Deus só podem produzir o que vem dele.

2. Jamais acaba. Deus é eterno (Is 40.28), sendo assim, o amor de Deus não pode ter fim. Paulo destaca essa característica do amor divino, ao dizer que ele nunca perece (I Co 13.8). Isso significa que não há o que possa nos tirar do coração de Deus, como Paulo mesmo nos mostra em Romanos 8.35a: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. O salmista deixa essa ideia clara ao repetir 26 vezes: “…porque o seu amor dura para sempre: O amor de Deus também é traduzido por “misericórdia”, termo do latim composto por misere, “sentir piedade, sentir compaixão”, mais cor, “coração”. Quando Jeremias diz: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22), entendemos a eternidade do amor de Deus. Em João 15, Jesus deixou um mandamento: que Seus discípulos amem uns aos outros, como Ele ama a todos (Jo 15.12) e falou que é esta característica do Fruto do Espírito que deve permanecer (Jo 15.16).

3. É destinado a todos. Gaio amava aos irmãos e aos estranhos (III Jo 5). deixando esse amor visível por suas atitudes, como a de recebê-los e cuidar deles. Isso era claro para a igreja (3 Jo 6), como deve ser (Jo 13.35). Um discípulo de Cristo que não ama a todos não conhece a Deus (I Jo 4.8), que ama indistintamente. A força de um verdadeiro discípulo não está na função que ocupa, mas no amor que demonstra sem acepções.

II – O DOM DO AMOR

O termo dom em grego é dorea que significa “dádiva, presente: O maior presente que o homem recebeu foi Jesus. João diz que o Filho de Deus foi dado (de presente) ao mundo por um amor divino cuja dimensão é indefinida, sendo descrito como “de tal maneira” (Jo 3.16). Jesus é esse dom, o presente do amor de Deus que recebemos sem merecer (Rm 5.8). Sua missão foi nos resgatar do pecado e da morte (I Jo 4.10), demonstrando o amor do Pai.

1. Liberta o homem do pecado. O amor de Deus foi a razão para que o pecador recebesse um presente diretamente do céu: Jesus. Ele foi prometido tão logo houve a queda no Éden (Gn 3.15) e a promessa salvadora foi cumprida com o anúncio do anjo à jovem Maria: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1.21). Jesus subiu em uma cruz para nós não descemos ao inferno. A melhor definição de amor não está nos dicionários, e sim no Calvário!

2. Constrange o homem à santidade. Paulo diz que o amor de Deus constrange o homem (II Co 5.14). Etimologicamente, a palavra “constranger” no grego significa “pressionar por todos os lados” e no latim “apertar, ligar, estar fortemente unido”. Assim, entendemos que se trata de um amor dado a nós para nos proteger, corrigir e nos fazer viver em novidade de vida porque o passado de pecado ficou para trás (II Co 5.17). Diótrefes não apresentava transformação de caráter. Suas acusações feitas contra João não eram apenas tolices sem base, mas premeditadamente maliciosas e malignas (III Jo 10). Por não praticar o amor, em vez de reproduzir o caráter de Deus, ele manifestava a face de Satanás

3. Ordena-nos a amar. É por causa do amor que devemos amar, porque o amor procede de Deus (I Jo 4.7), Paulo termina I Corintios 13 dizendo que apenas a fé, a esperança e o amor permanecerão, mas o maior destes é o amor. Jesus diz que, depois de amar a Deus sobre todas as coisas, devemos amar ao nosso próximo (Jo 15.17). Há uma ordem divina para amar e a todos os discípulos de Cristo não resta outra opção, pois como Cristo amou, devemos amar dando a vida pelas suas ovelhas [Jo 10.11]. Foi o amor manifesto por Gaio e Demétrio que chamou a atenção do apóstolo João, em contraste com a atitude desleixada de Diótrefes, que só pensava em si.

III – MANIFESTAÇÕES DE AMOR

João exalta a atitude de amor manifestada por Gaio, que serviu como testemunho perante aquela igreja local. Essa verdade diz respeito ao próprio Deus para conosco [Jo 3.16], ao enviar Seu Filho para entregar a vida por amor dos homens [Jo 15.13].

1. Discipulando em amor. O discipulador precisa amar seus discípulos, ensinando e zelando pelo rebanho de Cristo (Hb 13.17). É necessário conduzir os discípulos no caminho de Cristo. Paulo diz que sem amor nada mais importa (I Co 13). Foi o amor de Deus pelo mundo que trouxe Jesus a esta terra (Jo 3.16). O dever é amar a igreja como Jesus a amou, tornando-se o exemplo de amor sacrificial a ser seguido: “…ame como eu vos amei a vós” (Jo 13.34).

2. Perdoando por amor. Uma grande demonstração de amor é o perdão (Lc 7.47). Ainda que tenha sido traído, cabe ao discípulo perdoar os que lhe fizeram mal, a exemplo do Salvador, nossa maior referência (Lc 23.34). Um discípulo verdadeiro deve se espelhar na conduta de Jesus, amando e perdoando (Ef 5.1-2). Através de Cristo descobrimos que Sua graça é suficiente para cobrir uma vida inteira de pecados (Jo 8.11). No encontro com o Cristo ressuscitado, o qual ele havia negado anteriormente, Pedro ouviu do Senhor: “Tu me amas?”. Após a resposta positiva do apóstolo, Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.17).

3. Entregando-se por amor. O pastor deve proteger suas ovelhas, arriscar-se por elas (Jo 10.4), ir atrás da perdida (Lc 15.4-7). Deus chamou os pastores segundo o Seu coração (Jr 3.15). Para amar o rebanho de Cristo como Ele o amou, devemos ser homens de genuína humildade, “mansos e humildes de coração” (Mt 11.29). O discipulador não vive mais como uma pessoa comum, mas sua vida manifesta a vida de Jesus, marcada por amor e entrega (GI 2.20).

CONCLUSÃO

Quando alguém ama a Igreja, ele não apenas prega o amor, mas vive e manifesta este sentimento com atitudes que o próprio Deus manifestou aos homens, como perdão, misericórdia, benevolência. O verdadeiro poder de um cristão está em imitar Jesus, a fonte e o modelo do perfeito amor de Deus.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

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