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E.B.D

O treinamento de líderes segundo o modelo de Jesus

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 99 – 4º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 09 – 27 de novembro de 2022

TEXTO PRINCIPAL

 “E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal.” (Mt 10.1)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – Mc 16.15-20
Jesus garantiu poder aos seus discípulos
Terça-feira – Mt 7.21-23
Quem entra no Reino dos Céus
Quarta-feira – II Co 12.9
A graça do Senhor nos basta
Quinta-feira – II Co 4.7-15
Às fragilidades dos servos
Sexta-feira – Rm 15.1-13
Cristo, exemplo de sacrifício
Sábado – Mt 28.18-20
Fazei discípulos

TEXTO BÍBLICO

Mateus 10

1 E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.
2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;
4 Simão, o Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
5 Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;
6 Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;
7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.
8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
9 Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos,
10 Nem alforges para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordões; porque digno é o operário do seu alimento.
11 E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí, até que vos retireis.
12 E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a;
13 E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz.
14 E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
15 Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.

INTRODUÇÃO

Jesus é o modelo de líder. Um dos aspectos mais significativos da sua liderança é o cuidado que Ele teve de chamar os seus discípulos e treiná-los para darem continuidade a sua obra. Nesta Lição estudaremos os aspectos da liderança de Jesus.

I – JESUS ESCOLHE OS SEUS DISCÍPULOS

1- Os apóstolos são convocados. O capítulo 10 de Mateus retrata o momento em que Jesus chamou os doze primeiros discípulos, aqueles que vieram a ser os seus apóstolos. Mateus diz que ele “chamou os seus doze discípulos” (10.1), a expressão indica um chamado para si, uma convocação, ou mesmo, uma reunião solene. O evangelista Marcos registra o mesmo episódio informando que Jesus “chamou para si os que ele quis” (3.13) e no caso de Lucas a informação é de que Jesus fez essa escolha após ter orado uma noite inteira (6.12).

Estes textos nos mostram que, antes de cumprirem a missão para a qual foram designados, os apóstolos tiveram que conhecer pessoalmente Jesus. Depois foram vocacionados e antes de testemunharem foram autorizados por Jesus. Então eles foram chamados, vocacionados e autorizados pelo Mestre.

2- Os apóstolos são enviados. Depois de selecionar aqueles que seriam o seus apóstolos (Lc 6.12.13), o Senhor Jesus os enviou, dando-lhes as orientações necessárias (Mt 10.5-42). Ao retratar o mesmo episódio, o evangelista Marcos utiliza o termo “nomeou” ao se referir aqueles que foram escolhidos por Jesus como apóstolos (Mc 3.14). Esse termo diz respeito a alguém que com autoridade, empenha o seu próprio nome para designar alguém para que cumpra uma função.

Os apóstolos foram nomeados por Jesus para que pudessem representá-lo na propagação do Evangelho e na implementação de seu Reino na Terra. A designação dos doze apóstolos se deu no início do ministério de Jesus. Depois, no auge do seu ministério na Galileia. Ele constatou que “a seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros” (Mt 9.35-38). Diante disso, o Mestre não se contentou com o sucesso imediato, mas viu a necessidade de avançar ainda mais e de enviar representantes na propagação de sua mensagem.

Jesus demonstrou ser um líder visionário e corajoso. Visionário ao perceber a necessidade de ampliar os limites de sua atuação e corajoso ao destacar homens para auxiliá-lo em sua missão. O Senhor Jesus não somente separou os doze apóstolos, mas também os enviou, sendo este o método por Ele escolhido para estruturar a sua igreja.

3- Os apóstolos são orientados. Depois de separar os Doze e conceder a eles autoridade, o Senhor Jesus passou a orientá-los a respeito da missão que haveriam de cumprir e de como deveriam se comportar diante das diferentes situações a que seriam submetidos. Jesus dá a incumbência, mas também oferece orientações e deixa claro que o cumprimento da missão é tão importante quanto a sua forma.

Não basta fazer o que é certo é preciso fazer do jeito certo. Além disso, Jesus não fala a respeito de resultados numéricos do trabalho, mas dá ênfase a forma de realizá-lo. O que nos mostra que os resultados quantitativos são de responsabilidade divina (I Co 3.6) e os Doze foram chamados para serem fiéis naquilo para o qual foram vocacionados. As orientações que Jesus deu aos apóstolos nos mostram que é preciso ter foco naquilo que realmente é importante. Também é necessário saber qual a mensagem que deve ser pregada: ser simples, mas ao mesmo tempo prudente e cauteloso no cumprimento da missão. 

II – O TREINAMENTO DE JESUS

1- Força na fraqueza. Nenhum dos doze apóstolos fazia parte da alta cúpula religiosa judaica, mas ao contrário disso, a marca principal de cada um deles é a sua irrelevância no cenário espiritual da época. Homens simples, pescadores e cobradores de impostos, são algumas das características dos que foram escolhidos por Jesus para fazerem parte de seu grupo mais íntimo e que vieram a receber dEle o treinamento para que pudessem representá-lo, disseminando assim os princípios de seu reino.

A maior parte dos homens escolhidos por Jesus para serem apóstolos não tinha o perfil de um líder. Foi exatamente nas Limitações e nas fraquezas de cada um deles que Cristo manifestou o seu poder (II Co 12.9). Contrariando as expectativas humanas, o Senhor Jesus escolheu homens improváveis, mas que sob o poder do Espírito Santo, foram responsáveis pela propagação do Evangelho em seus dias, lançando os primeiros fundamentos da fé cristã de tal forma que ainda hoje os seus frutos são colhidos. Deus operou e continua operando o seu poder por meio da fraqueza dos homens.

2- O processo do treinamento. Lucas 6.13 mostra que aos Doze escolhidos foi dado o nome de apóstolos. Contudo devemos levar em conta que para chegar a este ponto eles passaram por um processo lento, gradual e progressiva. Em um primeiro momento, acompanhavam Jesus para ouvi-lo, sem um compromisso permanente. Depois é possível identificá-los sendo encorajados a deixar tudo para seguir ao Mestre integralmente. Finalmente eles são designados a representarem a Cristo e realizarem obras miraculosas, vindo a ser chamados de apóstolos (Mt 10.1-15).

O treinamento que Jesus deu aos seus discípulos durou em média de­zoito meses, isto é, um ano e meio. Tratou-se de um treinamento intensivo, completo e bem fundamentado. Há muito que se falar do treinamento a que os Doze foram submetidos, mas veremos somente alguns pontos:

  1. a) Jesus abriu o entendimento deles para que compreendessem no que estavam envolvidos:
    b) Jesus tratou o egoísmo, a soberba e a prepotência, tornando-os humildes para o trabalho:
    c) Fortaleceu a fé deles:
    d) Revelou o aspecto eterno da missão na qual eles estavam envolvidos e deu-lhes poder espiritual para cumprir a missão.

Durante o treinamento, Jesus tocou em partes difíceis da personalidade de cada discípulo, mas sem ofendê-los ou desanimá-los. O Mestre demonstrou um amor verdadeiro e deixou claro que não obstante as muitas fraquezas dos discípulos, Ele contava com cada um deles (Jo 21.15-19).

3- O resultado do treinamento. Após a sua ressurreição e momentos antes de ascender ao céu, o Senhor Jesus ordenou aos seus discípulos para que não se ausentassem de Jerusalém até que fossem cheios do Espírito Santo, o que veio a acontecer dias depois, quando cerca de cento e vinte irmãos puderam desfrutar do cumprimento dessa promessa (Lc 24.49; At 2.1-4). Este acontecimento marcou um novo tempo na história dos discípulos.

Pois, no momento da prisão, da crucificação e da morte de Jesus, parecia que tudo o que haviam aprendido no treinamento deixou de fazer sentido. Entretanto, a descida do Espírito Santo não só reacende a chama apagada, mas também potencializa todos os ensinamentos recebidos na companhia de Jesus, e assim cada um desses discípulos se encoraja e avança na implementação do Reino de Deus em todos os lugares (At 1.8).

Este resultado foi tão significativo que, com exceção de João, todos os demais apóstolos tiveram as suas vidas oferecidas como mártires em amor e devoção ao seu Mestre e a sua causa.

III – UMA LIDERANÇA DISCIPULADORA

1- Jesus e o discipulado. Jesus não somente ordenou acerca do discipulado (Mt 28.19-20), mas durante o seu ministério terreno esteve envolvido nesta tarefa, servindo de modelo a Igreja, e de uma forma especial aos líderes cristãos. O termo ‘discipulado’ vem do latim dis­cipulatus, e aponta para o trabalho de ensinar e instruir a outros. O discipulador é aquele que trabalha na formação de discípulos, que, por sua vez, são aqueles que aceitam aprender em sua companhia. A relação de Jesus com os seus apóstolos é uma demonstração perfeita da dinâmica de uma liderança fundamentalmente discipuladora.

O Mestre dedicou o seu tempo para ensinar aos seus discípulos e permitiu que estes entrassem em sua vida para o processo de treinamento. Jesus não ensinou somente com palavras, mas, sobretudo, pelo exemplo, como no episódio em que lavou os pés de seus discípulos (Jo 13.1-15). O Filho de Deus ensinava como quem tem autoridade, pois vivia aquilo que ensinava (Mt 7-28,29). Os discípulos foram tão influenciados pelos ensinos e pela vida de Jesus que, de acordo com as palavras de Pedro, eles não desejavam estar em outra companhia que não fosse a do Mestre (Jo 6.67-68).

Há outras passagens bíblicas que podem confirmar o envolvimento de Jesus com o discipulado, como o compromisso dos apóstolos após a ressurreição de Jesus e a sua ascensão, demonstrado pelo martírio da maioria deles. Jesus exerceu a sua liderança, preparando os seus representantes por meio do discipulado.

2- O modelo do discipulado de Je­sus. O Senhor Jesus não só treinou seus ajudantes, mas Ele deixou um modelo de discipulado para nós. Jesus não tratou o discipulado como algo isolado em seu ministério, pelo contrário, essa prática permeou toda a sua trajetória terrena, afinal de contas, todas as suas ações se deram na presença de seus discípulos (Jo 20.30).

O modelo de discipulado deixado por Jesus é algo que flui naturalmente na vida da igreja, como demonstração clara de que, assim como o seu Senhor, essa igreja está envolvida com a formação do caráter de Cristo nas pessoas. Seguir o modelo de discipulado de Jesus é viver os princípios deixados por Ele: o princípio do amor, do perdão e da misericórdia. O discipulado foi parte inseparável do ministério de Jesus.

3- O Líder discipulador. À semelhança de Jesus, todo líder cristão deve se empenhar para que a sua Liderança seja caracterizada pelo discipulado. O modelo deixado por Jesus é o de um Líder discipulador. Podemos afirmar que a Liderança discipuladora e dedicada aos outros (Rm 12.10): honra e aceita o próximo (Rm 15.7): instrui os outros: é compassiva e pronta a perdoar (Ef 4.32) e encoraja os outros (I Ts 5.11). O líder discipulador não busca o próprio benefício, mas está interessado no bem do outro, isto é, de seus Liderados, com o objetivo de gerar Cristo neles (Gl 4.19).

Além disso, o líder discipulador compreende que a formação do caráter de Cristo em seus Liderados não é uma tarefa de alguns dias, nem de poucos meses, e nem mesmo de vários anos, mas é um trabalho de uma vida inteira. Jesus dedicou todo o tempo que teve para treinar e preparar os seus discípulos, e prometeu que, ao deixá-los, enviaria o Espírito Santo para conduzi-los naquilo que aprenderam (Jo 16.12.13). 

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos a respeito do modelo de liderança deixado por Jesus. O Mestre chamou aqueles que foram os seus apóstolos e se dedicou em treiná-los, preparando-os de diferentes formas, potencializando as suas respectivas qualidades, mudando aquilo que precisava, e servindo-lhes como discipulador. Jesus capacitou seus apóstolos para a tarefa a que eles foram incumbidos.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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