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O Sistema de Viver do Mundo

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INTRODUÇÃO
O “sistema do mundo”, conforme denominado pela Bíblia, além de manipular, subjugar e manter os seres humanos sob o domínio de Satanás, também objetiva desviar, por todos os meios, os crentes dos caminhos do Senhor. A Igreja jamais pode minimizar, ou ignorar, as ardilosas tramas deste sistema. Ela precisa, sim, posicionar-se contra ele, a fim de prosseguir vitoriosamente em Cristo Jesus ( 1 Jo 5.4,5).

I. O QUE É O MUNDO?
A palavra “mundo”, conforme expressa na Leitura Bíblia em Classe, não diz respeito aos campos, mares, escarpas, acidentes geográficos e nem à ordem geral da criação. Este “mundo” designa a maneira de viver organizada, conduzida por Satanás e caracterizada pela indiferença, rejeição e oposição a Deus, à sua Palavra e ao seu reino. Trata-se de um sistema constituído de pessoas, idéias, leis, instituições, comportamentos e atividades. Ler Jo 3.19; Tg 4.4; 1.27; 2 Co 4.4.
No princípio, Deus criou o mundo perfeito e bom (Gn 1.31). Todavia, lá no Éden, Satanás, em forma de serpente, induziu Eva a desejar ser igual a Deus (Gn 2.15-17; 3.1-6; 2 Co 11.3; 1 Tm 2.14). Foi a partir desta infeliz circunstância que todos os descendentes de Adão tornaram-se internamente portadores de uma natureza pecaminosa, e externamente opositores de Deus (Rm 5.12; Tg 1.14,15).
Com a contaminação do pecado, “o cosmos” (1 Jo 5.19) tornou-se um sistema maligno (Ef 2.2; GI 1.4; 2 Co 4.4), controlado por Satanás, o príncipe deste mundo (Mt 4.8; Jo 14.30; 16.11; 2 Tm 2.26; 1 Jo 5.19). Ele exerce autoridade sobre grande parte das atividades típicas deste mundo e chefia um sistema invisível de maldade e destruição, no qual anjos malignos e homens ao seu serviço fazem direta oposição a Deus (At 8.4), à sua Palavra e ao seu povo (1 Pe 1.18,19; At 26.18). Isto pode ser claramente visto na mentalidade mundana dos nossos dias, expressa pelas idéias, opiniões, posicionamentos, leis, objetivos e metas do povo, dos governos, das nações e até mesmo de “certas igrejas” semelhantes á Laodicéia (Ap 3.14-18). Ler 2 Co 4.4; 2 Tm 3.1-5.

OS ATRATIVOS DO MUNDO (V.16). Quando o cristão se deixa enganar pelas propostas desse mundo espiritualmente tenebroso, torna-se escravo de um sistema maligno que rouba, mata e destrói (Jo 10.10). Sua única saída é retornar imediatamente ao seio do Pai, por Jesus Cristo, nosso libertador (Jo 8.36). Foi o que aconteceu com o filho pródigo: desprezando o amor do pai e a vida abençoada no lar, resolveu bandear-se para o mundo, a fim de desfrutar de seus prazeres. Todavia, após perder toda a sua herança, abandonado e miserável, decidiu regressar a sua família. Retornando ao aconchego do lar, foi festivamente recebido pelo pai, que lhe restituiu tudo o que, no mundo, havia perdido (Lc 15.11-32). Todo crente fiel a Cristo deve evitar tal experiência (1 Jo 2.15). Ananias e Safira não tiveram a mesma sorte: amando o dinheiro e o engano, mentiram ao espírito Santo e foram punidos com a morte (At 5.1-11).

O MUNDO SOB A ÓTICA DE DEUS. A Bíblia adverte-nos a não amarmos o mundo, uma vez que ele é dominado pelas trevas (Ef 6.12) e “jaz no maligno” (1 Jo 5.19; Jo 14.30). O mundo, ou seja, as pessoas são alvos do amor de Deus. Nesta perspectiva, temos a responsabilidade  de resgatar do mundo todos os que vivem sem Deus, sem luz e sem salvação. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho” (Jo 3.16). Em sua oração sacerdotal, Jesus rogou ao Pai que não nos tirasse do mundo, mas que nos livrasse do mal. Ele, na verdade, queria que pelo evangelho, alcançássemos a humanidade perdida neste cosmos (Jo 17.15,18). Deus não tem prazer na condenação do homem. O Senhor tem manifestado seu infinito amor desde que o primeiro homem que lhe desobedeceu (Gn 3.15,21; Ez. 18.4; 1 Tm 2.4). Todavia, este mundo não escapará da condenação eterna, caso não se arrependa de seus pecados, especialmente da incredulidade. É por isso que o apóstolo João registrou em seu evangelho: “a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz” (Jo 3.19).

II. COMO O CRISTÃO DEVE VIVER NESTE MUNDO
A expressão ”não ameis o mundo nem o que no mundo há”(v.15) não é uma sugestão ou conselho, mas uma ordenança severa da Palavra de Deus. Toda desobediência tem suas conseqüências. Imagine o que aconteceria se, diante de um semáforo assinalando vermelho para os pedrestes, resolvêssemos atravessar uma avenida de grande fluxo. Provavelmente, sofreríamos uma terrível e traumática conseqüência. Consideremos, pois, este exemplo na perspectiva de nossa salvação eterna (Hb 2.1-3).

OS ELEMENTOS DO MUNDO (V. 16). A Palavra de Deus nos alerta contra a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida.
a)  A concupiscência da carne engloba desejos impuros, vícios e prazeres sensuais. A Bíblia exorta-nos a fugir de toda e qualquer impureza (1 Co 6.18). O corpo não é mau em si mesmo, mas é uma presa fácil para o pecado. Por isso, devemos vigiar e orar sem cessar. O crente deve estar ciente de que ele é templo do Espírito Santo (1 Co 3.16; 6.19) e, portanto , deve viver uma vida piedosa e consagrada a Deus. Seu corpo deve ser um sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor (Rm 12.1,2).
Os vícios podem ser considerados concupiscência da carne. Ninguém que se deixa vencer por eles herdará o Reino dos céus (GI 5.21, Ef 5.3-5).
b) Pela concupiscência dos olhos, o homem se torna cativo daquilo que ele vê. Para que isto não aconteça, é preciso que o crente mantenha-se constantemente em vigilância e oração (Mt 26.36). Foi por essa via que Eva desobedeceu (Gn 3.6). O mesmo se deu com Acã: “vendo” entre os despojos dos inimigos do povo de Deus uma capa babilônica, desejou-a, trouxe-a para si e morreu com toda sua família (Js 7.20-26). Davi também foi atraído pela concupiscência dos olhos. Olhando com lascívia, deu lugar ao pecado, arruinando sua fidelidade a Deus (2 Sm 11.2). A Palavra de Deus exorta-nos a não nos conformarmos com este mundo, afim de que possamos viver no centro da vontade do Eterno (Rm 12.1,2).
c) A soberba da vida. Desde o princípio, Satanás engana o ser humano com a falsa idéia de que é possível ser igual a Deus (Gn 3.5). Com isso, o homem tenta a todo custo viver à parte de seu criador, buscando sua própria exaltação, através de riquezas, “status”, títulos e posições, com o intuito de ser honrado por seus pares.
Muitos lutam aferradamente pelo poder, pelo direito de exercer autoridade sobre seus semelhantes, ou pelo simples deleite que isso possa lhe trazer. Ser visto e admirado por todos é o objetivo máximo da vida de muitas pessoas. A Palavra de Deus nos assevera que isto não vem  de Deus, mas do mundo; deste sistema que Satanás governa (1 Jo 2.16). Jesus nos ensinou qual deve ser o maior objetivo da nossa vida: buscar o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.33). Nesta busca devemos investir todas as nossas energias.

CONCLUSÃO
O autêntico crente, que pratica os princípios do cristianismo bíblico, não deve adequar-se ao presente sistema mundano que engoda a humanidade e, se possível, até mesmo os filhos de Deus. Fomos chamados a viver uma vida separada deste mundo, com objetivos infinitamente mais nobres e que honram o nome do Altíssimo , que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9).

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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