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Adultos - Betel

O sal da terra e a luz do mundo

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 132 – 3º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 04 – 24 de julho de 2022

TEXTO ÁUREO

“Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insulso, com que o adubareis? Tende sal em vós mesmos e paz uns com os outros.” Marcos 9.50

VERDADE APLICADA

Em um mundo em trevas e corrupto, somos chamados e capacitados a sermos diferentes e influenciadores para a glória de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mateus 5

13- Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.
14- Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15- Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16- Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Mc 7.21-23
O interior do coração dos homens.
Terça-feira – Jo 15.16
Jesus nos escolheu para frutificar.
Quarta-feira – Fp 2.15
Filhos de Deus: luz no mundo.
Quinta-feira – Hb 12.1
Perseverança no meio das provações.
Sexta-feira – I Pe 2.9
A geração eleita, o povo adquirido.
Sábado – I Jo 1.1-3
A Palavra da vida foi manifesta na carne.

INTRODUÇÃO

Jesus ressaltou a importância de sermos o sal e a luz do mundo (Mt 5.13-16). O sal e a luz são metáforas que denotam a influência positiva que os filhos de Deus devem exercer no mundo.

I – VÓS SOIS O SAL DA TERRA

Ao fazer tal declaração, Jesus revela a dupla função que devemos exercer nesse mundo avesso e pecaminoso. Somos sal e luz: os agentes influenciadores (Fp 2.15).

  1. A importância de uma vida constante. Jesus não disse que temos “sal” ou que temos “luz”, Ele disse: “Vós sois” (Mt 5.13-14). Com essa afirmação Jesus nos apresenta a responsabilidade que temos de viver uma vida de constância. Jesus conta com cada cristão para ser, neste mundo, um agente influenciador para um viver saudável e que glorifique a Deus. Ser como o sal é isso, é ter influência por ocasião de sua presença. Assim como o sal dá sabor e influencia o ambiente em que é colocado, assim devemos ser. Do mesmo modo é a luz. Ela está em oposição às trevas, e aonde ela chega, as trevas devem sair porque não existe comunhão entre ambas. Ou a luz predomina, ou as trevas. Ser luz é manifestar ao mundo e impactá-lo com as boas obras, de tal maneira que Deus seja glorificado.
  2. O poder relevante do sal. John Stott disse que a salinidade do cristão é o seu caráter conforme descrito nas bem-aventuranças, é discipulado cristão verdadeiro, visível em atos e palavras (I Pe 2.9). No comentário “Todas as parábolas da Bíblia”, há uma citação feita pelo Dr. Campbell Morgan acerca do sal. Ele nos diz que o sal é asséptico, não antisséptico. O antisséptico é contrário ao veneno, é capaz de curar. Asséptico é algo destituído de veneno. Nesse caso, o sal nunca cura a corrupção, ele a previne. Ou seja, se a carne estiver contaminada e corrompida, ele nem a descontaminará nem purificará; ele impedirá que a corrupção se espalhe, não permitindo que todo o resto se contamine. Agindo como sal, cada servo de Deus é um instrumento do Senhor que impede a proliferação do mal. Eis a importância de não se tornar insípido nesse mundo (c 9.50).
  3. O sal que provoca sede. Sabemos que o sal provoca a sede. E a pergunta é: que tipo de sede estamos provocando nas pessoas acerca de Cristo? Será que nossa vida está atraindo as pessoas para virem a Cristo ou expulsando-as? O mundo está embriagado de materialismo e insípido de espiritualidade. Ele está intoxicado de valores errados e insípido dos valores eternos. Ele está intoxicado com o conhecimento humano e insípido com a sabedoria divina. É por isso que Jesus nos diz que devemos ser sal, para dar ao mundo que nos rodeia este sabor que Deus deseja que tenha. Como podemos ser sal para a nossa sociedade? Vivendo de modo santo, honrado e com um autêntico testemunho acerca de Jesus Cristo (Lc 14.34-35; Cl 4.5-6).

II – VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO

Não existe outro motivo para a existência da luz, a não ser para que ilumine. Não existe outra forma de iluminar esse mundo de trevas a não ser testemunhando (Mt 5.16).

  1. A luz deve brilhar. Brilhar faz parte da natureza da luz, é para isso que ela existe. Jesus disse que somos luz para esse mundo. Como filhos de Deus devemos brilhar em meio às densas trevas desse mundo pecaminoso (Mt 5.14-16). Como podemos nos tornar um luzeiro moral e espiritual neste mundo avesso à vontade de Deus? Vivendo de acordo com as Escrituras. Nosso compromisso com Jesus Cristo deve nos conduzir a viver uma vida que sirva também de modelo para aqueles que estão ao nosso redor. Em meio às trevas morais que ofuscam a humanidade, a Igreja faz resplandecer o brilho da esperança (Fp 2.15).
  2. Não se pode esconder uma luz. Jesus deixou bem claro que a luz foi criada para iluminar, e isto não pode acontecer se ela estiver escondida. A instrução divina é que possamos reluzir e se fazer conhecidos em todos os segmentos, pois quando restringimos a dimensão de nossa vida espiritual somente aos limites dos cultos ou de nossos lares, estamos escondendo o que deveria ser amplamente apresentado (At 5.42). Devemos observar bem o que Jesus está dizendo, pois podemos estar apenas pregando para nós mesmos, e com isso, estamos limitando o alcance do potencial que nos foi oferecido por Ele. Devemos ampliar nossas fronteiras (Rm 15.20).
  3. Cristo, nossa fonte de luz. Acerca de si mesmo, Jesus disse ser a luz do mundo, a fonte de luz que jorra para todos (Jo 8.12). Assim como uma lâmpada, naquele tempo, precisava de combustível para produzir luz, nós dependemos da fonte e precisamos estar conectados a ela em todo o tempo para poder manter a chama sempre acesa (Jo 15.5b). Jesus disse que não há como ficarmos escondidos sendo luz, todos estão nos vendo, reparando nossas atitudes e testemunho (Hb 12.1). Somos como uma cidade sobre um monte, cujo brilho chama a atenção de todos (Mt 5.14). O texto nos ensina que é a nossa luz que “deve brilhar” e não “nós”. A luz que brilha em nós é a vida compartilhada por Cristo.

III – NOSSAS RESPONSABILIDADES COMO SAL E LUZ

Existe uma perfeita harmonia ente o sal e a luz. Porém, num gesto muito elegante e amoroso, Jesus nos advertiu acerca de nossa importância em mantê-los sempre ativos.

  1. Tende sal em vós mesmos. Com essa amorosa advertência, o Senhor nos convida a priorizar nossa essência. Ter sal em si mesmo é julgar o pecado primeiramente em nossas próprias vidas. Que honra existe em ensinar outros a fazerem o que nunca fizemos? Ter sal é permitir que o Espírito Santo e a Palavra nos limpem e eliminem os elementos destrutivos que existem dentro de nós (Sl 119.9; Mc 7.21-23). A Palavra de Deus nos limpa, nos traz paz e nos prepara da melhor maneira para a obra mais importante para a qual fomos chamados neste mundo: anunciar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Somos o sal da terra e nosso Deus espera que exerçamos essa influência benéfica e purificadora, para manter o verdadeiro caráter cristão e integridade (Mt 5.13).
  2. Quem pratica a verdade vem para a luz. Observemos que a mesma advertência dada ao sal, também foi dada à luz. Se o sal pode perder o sabor, a luz também pode perder seu brilho (Mt 5.16). Duas coisas importantes chamam nossa atenção: primeiro, os que praticam a verdade vêm para a luz; segundo, quem é luz deve ser exemplo da verdade. Essa é a nossa responsabilidade para com aqueles que nos observam (Jo 3.21). Que influência pode ter uma lamparina apagada na escuridão? Assim também é a vida de um cristão sem o brilho da graça divina em sua vida. Cuidemos para que nossas lâmpadas não se apaguem como as das cinco virgens loucas (Mt 25.8). A ausência da luz na vida de um cristão pode significar várias coisas, inclusive, uma vida de trevas (II Co 6.14).
  3. Sal e luz, uma perfeita combinação. Enquanto o sal serve para dar sabor onde penetra, a luz deve, por sua vez, iluminar o ambiente onde a escuridão é predominante. Como seria um mundo sem sal e sem luz? Somente assim podemos compreender a importância do que Jesus falou acerca de nossa posição nesse mundo. O sal impede e interrompe a corrupção, essa é nossa responsabilidade, impedir que o mal avance, e como luz, devemos compartilhar a verdade, mostrando o caminho de Deus aos perdidos. Ser sal e luz é uma questão apenas de identidade, é isso o que Jesus disse que somos (Mt 5.13). Somos veículos por meio dos quais a luz brilha, para que os homens tenham fome e sede de Cristo e possam conhecer o caminho.

CONCLUSÃO

Ao dizer que somos sal da terra e luz do mundo, Jesus não somente revelou a responsabilidade que temos nesse mundo, ressaltou, também, as virtudes que acrescentou na vida de todos nós.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

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