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Adultos - CPAD

O reinado de Ezequias

Publicado

em

EDIÇÃO: 480 – 3º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 11 – 12 de setembro de 2021

TEXTO ÁUREO

“No Senhor, Deus de Israel, confiou, de maneira que, depois dele, não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.” (II Rs 18.5)

VERDADE PRÁTICA

Deus sempre ouve e guarda os sinceros de coração, que o obedecem e procuram agradá-Lo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – I Ts 4.1
Viver para obedecer e agradar a Deus deve ser o objetivo de vida de todo cristão

Terça-feira – Mt 28.20
O Senhor prometeu estar com os seus até o fim dos tempos

Quarta-feira – Sl 9.10
Quem conhece Deus sabe que Ele jamais abandona quem o busca

Quinta-feira – Is 26.3
Quem está com o pensamento firme em Deus é guardado por Ele

Sexta-feira – II 5m 22.31
O Senhor é escudo para os que nEle confiam

Sábado – Is 41.10
Deus sustenta os seus filhos com sua mão

LEITURA BÍBLICA

II Reis 18

1- E sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, o filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.

2- Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e vinte e nove anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abi, filha de Zacarias.

3- E fez o que era reto aos olhos do SENHOR, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai.

13- Porém, no ano décimo quarto do rei Ezequias subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortes de Judá e as tomou.

28- Rabsaqué, pois, se pôs em pé, e clamou em alta voz em judaico, e falou, e disse: Ouvi a palavra do grande rei, do rei da Assíria.

29- Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar da sua mão;

II Reis 19

1- E aconteceu que Ezequias, tendo-o ouvido, rasgou as suas vestes, e se cobriu de pano de saco, e entrou na Casa do SENHOR.

5- E os servos do rei Ezequias vieram a Isaías.

6- E Isaías lhes disse: Assim direis a vosso senhor: Assim diz o SENHOR: Não temas as palavras que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria me blasfemaram.

7- Eis que meterei nele um espírito e ele ouvirá um ruído e voltará para a sua terra; à espada o farei cair na sua terra.

15- E orou Ezequias perante o SENHOR e disse: Ó SENHOR, Deus de Israel, que habitas entre os querubins, tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra.

16- Inclina, SENHOR, o teu ouvido e ouve; abre, SENHOR, os teus olhos e olha: e ouve as palavras de Senaqueribe, que ele enviou para afrontar o Deus vivo.

20- Então, Isaías, filho de Amoz, mandou dizer a Ezequias: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: O que me pediste acerca de Senaqueribe, rei da Assíria, eu o ouvi.

21- Esta é a palavra que o SENHOR falou dele: A virgem, a filha de Sião, te despreza, de ti zomba; a filha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti.

INTRODUÇÃO

O reinado de Ezequias foi um dos melhores de Judá. Seu governo foi reto, justo, honesto e agradável aos olhos do Senhor. Ele fez importantes reformas no culto e na adoração a Deus. A partir da destruição dos ídolos de Judá, reestruturou todo o sistema religioso, o que culminou num grande avivamento para o povo de Deus.

I – O JUSTO REINADO DE EZEQUIAS

1. Um rei reformista. Ezequias instaurou uma ampla renovação espiritual do povo de Deus, em Jerusalém. Reuniu os sacerdotes e levitas e lhes propôs uma nova aliança com Deus (II Cr 29.4-11). Esta aliança incluiria uma reforma radical no comportamento e na espiritualidade do povo. O rei mandou destruir os altares pagãos; reabrir as portas do Templo; restabelecer as ofertas e os sacrifícios; restituir os ofícios sacerdotais e, ainda, celebrar a Páscoa.

A despeito de tudo isso, o que mais se destaca nas atitudes de Ezequias é que ele “se chegou ao SENHOR, não se apartou de após ele e guardou os mandamentos que o SENHOR tinha dado a Moisés” (II Rs 18.6). Assim, o rei Ezequias tinha um coração disposto a fazer a vontade de Deus no Reino de Judá. Por isso ele reuniu os sacerdotes, demais levitas e lideranças para reconhecer o verdadeiro estado pecaminoso da nação (II Cr 29.4-11). Ezequias tinha um coração quebrantado e, por honrados isso, foi reformista.

2. A purificação dos lugares sagrados. Com a convocação de Ezequias, os sacerdotes e os levitas se reuniram e se prontificaram a purificar e santificar a casa do Senhor (II Cr 29.3-5). Retiraram e jogaram fora todas as coisas impuras que estavam no Templo e restabeleceram o culto e os sacrifícios, conforme a Lei de Moisés (II Cr 29.18-21). A purificação foi tão completa que, no relato do segundo livro de Crônicas, capítulo 29 e versículos 18 e 19, a palavra “todos” é repetida várias vezes no texto. Nada ficou de fora!

3. A adoração nacional. A fim de restabelecer o culto a Deus, Ezequias convocou os maiorais da cidade para estarem na Casa do Senhor (II Cr 29.20). Ali foram oferecidos diversos sacrifícios para a reconciliação de todo o Israel. Foi nesse momento de muita comoção, que o rei, seus assessores, e toda a congregação de Israel se prostraram diante do Senhor (II Cr 29.28,29). Que cenário maravilhoso! Uma nação inteira se prostrando e adorando àquele que é digno de toda honra, glória e louvor.

Além de toda a reforma, Ezequias também mandou celebrar a Festa da Páscoa, que há muito tempo não se via (II Cr 30.1). Todos foram convidados a participar, inclusive as tribos do Norte. Houve um grande ajuntamento de pessoas em Jerusalém. Depois, Ezequias, aos sacerdotes e os levitas, oraram pela cura e santificação do povo (II Cr 30.27).

A convocação do rei Ezequias ao povo para a santidade, adoração a Deus e amplas reformas espirituais ocasionou um dos maiores avivamentos do Antigo Testamento. Houve um impacto espiritual tão grande que, ao voltar para a casa, o povo destruiu as estátuas dos falsos deuses, rompeu com a idolatria. Deus ainda levanta líderes para promover verdadeiras reformas espirituais

II – SENAQUERIBE INVADE JUDÁ

1. As ameaças de Senaqueribe. O Império Assírio estava em franco crescimento. Ele havia invadido várias nações do Oriente Médio, inclusive, Israel, que fora levado para o cativeiro (II Rs 18.11,12). Agora, Senaqueribe, rei da Assíria, expedir seu poderoso exército para sitiar Jerusalém e ameaçar o rei Ezequias, visto que ele havia se rebelado contra o governo assírio (II Cr 32.1). Durante o cerco a Jerusalém, Senaqueribe, por meio de seus oficiais, usou como estratégia intimista a difamação de Ezequias e o afrontamento da grandeza de seu Deus (II Cr 32.10-15). Como seu propósito era abalar o moral do rei e do povo, todas essas injúrias foram pronunciadas em hebraico.

2. O temor do rei Ezequias. As ameaças dos assírios pasmaram Ezequias e o medo se espalhou por toda a corte de Judá (II Rs 18.37: 19.1); o que levou o rei a consultar o profeta Isaías (Is 37.1-7). E a palavra dele foi de vitória para o povo de Deus. Aqui aprendemos que a obediência a Deus não é sinônimo da ausência de problemas e enfrentamentos. Entretanto, a mão protetora do Altíssimo nunca deixa seu povo desamparado.

III – A ORAÇÃO DO REI E O LIVRAMENTO DO SENHOR

1. A oração confiante de Ezequias. Para intensificar ainda mais sua estratégia do medo, o rei assírio enviou cartas atrevidas e ameaçadoras ao rei Ezequias (II Cr 32.17). A mensagem exigiu a rendição de Jerusalém. Mas o rei de Judá apresentou essas cartas diante do Senhor, e orou fervorosamente (Is 37.14-20). Nessa oração Ezequias agradeceu a Deus e declarou sua soberania sobre tudo e todos. E, apresentando as afrontas de Senaqueribe, pediu ao Eterno que o livrasse daquele ímpio.

2. Deus conforta o rei. Deus usou o profeta Isaías para confortar o rei Ezequias e mostrar que estava com ele. O Senhor disse que tinha ouvido as orações do rei a respeito do atrevimento de Senaqueribe (Is 37.6,7,21,22). Aquele ímpio havia afrontado e blasfemado do verdadeiro e único Deus. Naquela mesma noite, sem que Ezequias usasse qualquer arma, o Senhor dos Exércitos lhe deu o livramento. Um anjo do Senhor foi enviado por Deus e matou, de uma só vez, cento e oitenta e cinco mil assírios (II Rs 19.35). O fim de Senaqueribe não poderia ser mais trágico. Foi assassinado pelos próprios filhos (II Cr 32.21).

CONCLUSÃO

A lição que aprendemos nesta história é que ninguém pode afrontar e zombar do Todo-poderoso e ficar impune. O reinado de Ezequias foi muito diferente da maioria dos reis de Judá, pois ele foi temente ao Senhor e confiou nEle nos momentos mais difíceis de seu reinado. Ezequias nos deixou uma grande lição: Deus sempre ouve os sinceros de coração, que confiam nEle mesmo diante do medo e da insegurança.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista CPAD

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