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Adultos - Betel

O novo homem e sua conduta diante do mundo

Publicado

em

EDIÇÃO: 100 – 4º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 10 – 05 de dezembro de 2021

TEXTO ÁUREO

“E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade Efésios 4.24

VERDADE APLICADA

Nosso comportamento pode influenciar a fé de nossos ouvintes, tanto de modo positivo, quanto negativo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Efésios 4

  1. E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade do seu sentido,
  2. Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração,
  3. Os quais, havendo perdido todo sentimento, se entregaram à dissolução, para, com avidez, cometerem toda impureza.
  4. Mas vós não aprendestes assim a Cristo,
  5. Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Jo 8.44
O diabo é pai da mentira.

Terça -feira – Rm 6.6
A graça nos livra do poder do pecado.

Quarta-feira – I Co 3.16
Somos templo do Espírito Santo.

Quinta-feira – Gl 5.16-22
As obras da carne e o fruto do Espírito.

Sexta-feira – Cl 3.8-10
É preciso despojar-se do velho homem.

Sábado – I Ts 5.22
É preciso abster-se de toda aparência do mal.

INTRODUÇÃO

A ênfase de Paulo agora é sobre a relevância da nossa conduta diante daqueles que não são cristãos. A nova vida gerada pela habitação do Espírito Santo deve produzir no cristão um novo comportamento.

I – UMA VIDA NOVA EXIGE UM NOVO PROCEDER

Paulo fala de padrões de vida opostos um ao outro. Os gentios cristãos tinham sido pagãos e ainda viviam no mesmo ambiente. O alerta era para não viver mais segundo os antigos padrões, ainda que todos em derredor deles continuassem a fazer.

  1. Não andeis mais como andam também os outros. Ao descrever os pagãos, Paulo diz que eles andam na vaidade dos seus próprios pensamentos, e acrescenta que estão obscurecidos de entendimento, atribuindo sua alienação de Deus ao modo ignorante em que vivem. Para o apóstolo era importante que seus leitores pudessem compreender a diferença que havia entre o que eles foram e o que representavam a partir de suas conversões. Os pagãos eram pessoas naturais, que viviam uma vida descompromissada, e estavam muito aquém da verdade, agora conhecida por aqueles que foram alcançados pela graça. Além disso, o apóstolo fez questão de lembrar-lhes a base teológica sobre a qual essa mudança se alicerçava, que era Cristo (Ef 4.20-21).
  2. Despojando-nos do velho homem. Existe uma fabulosa diferença entre o homem natural e o homem espiritual (I Co 2.14-16). E Paulo faz alusão à origem das trevas nas mentes pagãs. Pois, sendo o próprio Deus a luz, e estando continuamente falando com a humanidade, essas trevas possuem uma fonte originária: a dureza do coração humano (Ef 4.18). “A palavra que Paulo usa para a petrificação dos corações é: “porosis”. Porosis vem de poros, que originariamente fazia referência a uma pedra mais dura que o mármore” (BARCLAY, 1984). O andar de uma nova criatura é um andar santo, inspirado pelo Espírito Santo e alicerçado na Palavra de Deus. A nova vida exige que os hábitos da velha natureza sejam retirados e que andemos a cada dia em novidade de vida (Rm 6.4, 6).
  3. Revestindo-nos do novo homem. O pecador é aquele que vive tanto sem o senso moral, quanto sem o senso espiritual. Através da pessoa do Espírito Santo, nos tornamos novas criaturas, e toda a maldição, juntamente com todo o lixo da natureza pecaminosa, foi cravada no madeiro. Aqui os leitores de Paulo são convidados a despojarem-se da vida passada como alguém que se despoja de uma velha roupa, que com o passar do tempo já não se ajusta mais ao corpo (Ef 4.22; Cl 3.8-10). É como se alguém com vinte anos vestisse uma camisa de quando tinha cinco anos. Esta roupa não lhe cairá bem, e será motivo de chacota. Na nova vida, nada da velha se aproveita (II Co 5.17). A ideia é vestir-se da justiça e da santidade que Deus os pode dar.

II – NOVO HOMEM, NOVA FORMA DE VIDA

Aprendemos que quando alguém se torna cristão deve despojar-se de sua vida antiga assim como se despoja de um objeto que não usará futuramente. Agora veremos aquilo que deve desaparecer da vida cristã.

  1. Devemos abandonar uma vida mentirosa. A palavra grega usada para “mentira” é “pseudo”, que pode representar qualquer tipo de desonestidade ou falsidade proferida ou vivida. Uma das características da nova vida em Cristo é a “verdade”, pois estamos em Cristo, e Ele é a verdade (Jo 14.6). A mentira não se aplica a essa nova vida, sabemos de onde ela se origina e quem é seu pai (Jo 8.44). A mentira pode ser tanto proferida, quanto vivida nas atitudes diárias de uma pessoa. Sempre que dizemos a verdade, o Espírito de Deus opera, mas sempre que contamos uma mentira, Satanás entra em ação. O motivo pelo qual devemos viver em verdade é que sendo membros do Corpo de Cristo, não podemos edificá-lo sem a verdade (Ef 4.15-16).
  2. Podemos nos irar, mas não devemos pecar. Avaliando as significações do contexto que Paulo está falando, veremos que “irai-vos” se apresenta numa forma permissiva. Todavia, o final do texto (e não pequeis) tem um sentido negativo. Como concordam os mais laureados comentaristas do Novo Testamento, existe um tipo de ira permitida, um tipo de indignação justa que deve ser avaliada sob o ponto de vista moral e espiritual, a ira que surge como reação natural contra toda e qualquer forma de pecado ao nosso derredor. O grande problema aqui não é irar-se, é permitir que esse sentimento nos domine e venhamos dar ocasião ao inimigo para pecar (Ef 4.26-27). Sabemos que a ira é uma obra da carne (Gl 5.20). Por isso devemos andar em Espírito (Gl 5.16).
  3. Não devemos dar lugar ao diabo. O diabo é perseverante e incansável. Sempre cheio de artimanhas astutas com as quais procura desvirtuar o crente de sua jornada rumo à salvação. Por que somos alertados a não dar lugar ao diabo? (Ef 4.27). Porque ele rapidamente aproveitará a oportunidade para mudar nossa indignação, seja ela justa ou injusta, em agravo, rancor, fonte de ira, resistência ao perdão. Dar lugar é abrir a porta para que o diabo entre em nossas vidas e faça uma verdadeira arruaça. Nenhum lugar deve ser concedido, nenhuma entrada, nenhuma brecha deve ser deixada para que tire proveito e alcance seus propósitos sinistros. Portanto, devemos manter constante vigilância, permanecer firmes e resisti-lo (I Pe 5.8-9; Ef 6.11; Tg 4.7).

III – OS CUIDADOS COM A NOVA VIDA

Neste ponto aprenderemos acerca de alguns cuidados especiais que devemos ter em nossa caminhada cristã, para que afastemos de nosso caminho atitudes e ações desagradáveis.

  1. Não entristecer o Espírito Santo. Com essa expressão, Paulo deseja imprimir em nossa mente que fora de Deus não podemos ser salvos; pois tudo aquilo que existe de bom em nossas vidas tem sua origem na pessoa do Espírito Santo. É Ele que transmite vida e, também, a sustenta. Ele faz com que ela se desenvolva e chegue ao destino. Ele é, portanto, o autor de toda a virtude cristã, de todo o bom fruto. Por isso, sempre que o crente contamina sua alma, dando origem a pensamentos enganosos ou sugestões de vingança, ganância ou sujeira, ele está entristecendo o Espírito Santo. Isso se torna ainda mais real, porque o Espírito habita no coração dos crentes, fazendo deles o seu santuário, o seu templo (Ef 2.22; I Co 3.16-17; 6.19).
  2. Removendo de si as manifestações pecaminosas. A nova vida produzida pelo Espírito Santo deve gerar no crente novos hábitos. Todo amargor, ira, cólera, gritaria, blasfêmias, e toda a malícia, devem ser tiradas de nosso convívio. Quando essa classe de vida avessa se evidencia na vida cristã, revela que determinada pessoa ainda não experimentou uma conversão real. Se já nos despimos do velho homem, por que ainda usar as vestes de mortos? (Rm 6.6; Ef 4.22, 24-31; Cl 3.9). A expressão “sejam tiradas dentre vós” é no grego um imperativo que requer uma ação única e decisiva para que o Espírito Santo não seja entristecido. Ou seja, uma decisão concreta deve ser tomada para que todos esses pecados sejam tirados de nossas vidas.
  3. Benignos uns para com os outros. Aqui temos a cortesia cristã. Isso nos fala de um afeto profundo e maduro. Todos nós conhecemos cristãos com esse caráter que expressam seus sentimentos com seus gestos e demonstrações de afeto. Misericórdia é o aspecto compassivo da pessoa gentil. Ser benigno é ser: bondoso, útil, amoroso, gentil. Barclay escreve que “é a disposição mental que pensa nos interesses do próximo, como faz com os seus próprios”. A benignidade sempre olha para fora, não para dentro, preocupa-se dos pesares, lutas e problemas de outros como dos próprios. Faz com que perdoemos a outros como Deus nos perdoou (Ef 4.32; Cl 3.12-15).

CONCLUSÃO

Nosso discurso nada vale diante de um comportamento avesso. O pecador não tem nada a ver com Deus, mas sabe perfeitamente quando também não temos. A nova vida requer novas atitudes e comportamentos coerentes.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

 

Fonte: Editora Betel

 

 

 

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