Adultos - CPAD
O mundo de Deus no mundo dos homens
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 596 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 13 – 24 de setembro de 2023
TEXTO ÁUREO
“Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco).” (Mt 1.23)
VERDADE PRÁTICA
Na dispensação da graça, a Igreja deve refletir os valores do Reino de Deus no mundo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda-feira – Rm 5.12,18,19
O pecado entrou no mundo por Adão, mas pela pessoa de Cristo veio a salvação
Terça-feira – Mt 3.2; 9.13
A mensagem do Reino de Deus tem um forte apelo ao arrependimento
Quarta-feira – Ef 5.8
Os filhos do Reino devem expressar os valores cristãos no dia a dia
Quinta-feira – GI 3.13; Cl 1.13
A expiação de Cristo libertou o homem da maldição da lei
Sexta-feira – Ef 1.6,12,14
A remissão de pecados para o louvor e glória de Deus
Sábado – II Pe 2.12-14
Os que não obedecem ao Evangelho e estão debaixo de maldição
LEITURA BÍBLICA
Mateus 1
21 – E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 – Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
23 – Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco).
Gálatas 4
3 – Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo;
4 – mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
5 – para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.
6 – E , porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.
7 – Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.
INTRODUÇÃO
As Escrituras revelam que haverá um futuro reino literal, porém, na presente dispensação da graça, esse reino é espiritual: “o Reino de Deus está entre vós” (Lc 17.21). Nesta lição, que encerra o atual trimestre, estudaremos a respeito da implantação do Reino de Deus no mundo, do contraste entre quem vive sob a égide desse reino e os que vivem de acordo com os valores do mundo. Assim, o propósito é lembrar como Deus age para habitar conosco e reforçar que, embora vivamos grandes desafios, o Reino de Deus permanece agindo no mundo por meio da Igreja (Mt 5.16).
I – O REINO DE DEUS NO MUNDO
- A encarnação de Cristo. Mateus assevera que a profecia messiânica se cumpriu no nascimento de Jesus (Mt 1.21,22; Is 7.14). Esse evento se deu pela concepção de nosso Senhor pelo Espírito Santo no ventre da virgem Maria em que os Evangelhos ratificam que Ele é “filho do Altíssimo” (Lc 1.32) e que o “Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14), ou seja, nosso Senhor e o Emanuel, o Deus conosco (Mt 1.23). Assim, no tempo determinado, Cristo se fez homem (Gl 4.4), de modo que Ele participou da nossa natureza para expiar os nossos pecados (Hb 2.14-18).
- A mensagem do Reino. Após a tentação no deserto, nosso Senhor deu início ao seu ministério: “desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mt 4.17 ). Aqui, fica claro que a mensagem do Reino de Deus contém um apelo ao arrependimento (Mt 3.2), em que o termo grego para arrependimento é metanoia, que significa mudança de mente, abrange o abandono do pecado e o voltar-se para Deus (Lc 24.46,47); compreende uma nova atitude espiritual e moral, bem como uma nova conduta (At 26.20; Ef 4.28). Somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Cristo podem restaurar o pecador diante de Deus (At 3.19; Rm 3.23-25; 2 Co 7.10). Por conseguinte, é papel da Igreja proclamar a mensagem do Reino em todo o mundo (Mt 24 .14 ).
- Os valores do Reino. No Sermão do Monte, Cristo revela a ética e a moral do Reino, onde destacam-se: o necessário controle da ira (Mt 5.21,22); a fuga da imoralidade sexual (Mt 5.27,28); o casamento indissolúvel (Mt 5.31,32); a honestidade no falar (Mt 5.33-37); o não revidar as ofensas (Mt 5.38-44); a esmola, a oração e a jejum a partir de um coração sincero (Mt 6.115,16); o não julgar os outros (Mt 7.1,2); o alerta sobre os dois caminhos (Mt 7.13,14); a advertência contra os falsos profetas (Mt 7.15-23); e a exortação para a prática desses valores (Mt 7.24-35). Nesse sentido, o sermão nos chama para uma vida de perfeição em Cristo (Mt 5.48) e nos convida a priorizar o Reino de Deus e sua justiça (Mt 6.33). Assim, os filhos do Reino devem expressar esses valores em seu viver diário (Ef 5.8).
II – AS BÊNÇÃOS DE UMA VIDA NO REINO
- Remissão dos pecados. Aos Gálatas, Paulo retrata a nova posição dos crentes em Cristo. O apóstolo afirma que “éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo” (Gl 4.3). Isso quer dizer que, antes do Evangelho do Reino, a percepção espiritual tanto de judeus quanto de gregos era limitada, legalista e supersticiosa. Entretanto, no tempo assinalado, “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4) para remir a humanidade da escravidao do pecado (Gl 4.5a). Desse modo, a morte expiatória de Cristo libertou o homem da maldição da lei e da potestade das trevas (Gl 3.13; Cl 1.13). Assim, como pecadores, outrora escravos, e agora perdoados, fomos elevados à condição de filhos por adoção e herdeiros de Cristo (Gl 5.4,5b).
- Adotados e Herdeiros de Cristo. Noutro tempo, éramos estranhos e inimigos, mas agora somos filhos reconciliados em Cristo (Cl 1.21). Deus concedeu aos filhos a dádiva de um novo nome e uma nova imagem: a imagem de Cristo (Rm 8.29; Ap 2.17). Como resultado de nossa adoção, agora como filhos, somos “também herdeiros de Deus por Cristo” (GI 4.7). Nessa herança estão inclusas as promessas a Abraão (Gl 3.29) e a vida eterna (Tt 3.7; Ef 3.6). Ao ser aceitos, fomos transformados em filhos para o seu louvor e glória (Ef 1.6). o propósito da remissão de pecados, a filiação e a herança, não tem outro alvo senão louvar e glorificar a Deus (Ef 1.6,12,14). Portanto, a Igreja nunca terá glória em si mesma; toda a glória é exclusivamente tributada para Deus por intermédio da obra de Cristo (Sl 115.1, Jo 13-31,32). Assim, a Igreja é o campo onde se exterioriza o Reino de Deus aqui no mundo (Ef 3.10-12).
III – OS MALES DE UMA VIDA NO MUNDO
- A escravidão do pecado. A Bíblia assevera que aquele que comete pecado é servo do pecado (Jo 8.34). Isso significa que o ser humano é escravo daquilo que o controla (II Pe 2.19), pois o pecado torna ao homem incapaz de aceitar a Palavra de Deus (Jo 8.43). Além disso, a soberba o impede de reconhecer a própria escravidão (Jo 9.41). Subjugado pela carne, o pecador se entrega à desonestidade, injustiças, glutonarias, álcool, nicotina e demais vícios (Rm 13.13). É o retrato de uma vida miserável, sem paz de espírito, que trilha o caminho das trevas e necessita de urgente libertação (Jo 8.36).
- Filhos da ira e condenação eterna. As Escrituras enfatizam que os homens escravizados pelos desejos e pensamentos da carne são “por natureza filhos da ira ” (Ef 2.3). Refere-se à inclinação em satisfazer as paixões e praticar o mal inerente ao homem não-regenerado (Gn 6.5). As inclinações carnais, a impureza, a avareza, e a idolatria, entre outros, resultam na “ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Ef 5.3-6). Por isso, nosso Senhor ensinou que aquele que “não crê já está condenado” (Jo 3.18b). Quem não entrega sua vida ao Salvador é condenado porque se recusa a crer “no nome do Unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18c). Assim, o pecado da incredulidade é o clímax da rebeldia que resiste à salvação ofertada em Cristo (Lc 7.30; At 7.51). Assim sendo, somos exortados: “aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24.13 – ARA).
CONCLUSÃO
Os judeus aguardavam um reino literal para libertá-los da opressão política, social e econômica. Cristo os corrigiu e afirmou que o “Reino de Deus não vem com aparência exterior” (Lc 17.20), isto é, não seria terreno, mas espiritual. O reino literal ainda será implantado. Nesse aspecto, Cristo veio para resgatar o homem do pecado. Isso requer arrependimento e fé no sacrifício da cruz. Os que recusam a ética e a moral do Reino são condenados à morte eterna. Assim, os valores cristãos devem ser observados pela Igreja, cuja missão é anunciar o Reino de Deus num mundo dominado pelo Império do Mal.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Revista CPAD