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Adultos - Betel

O maravilhoso proposito da Salvação

Publicado

em

EDIÇÃO: 92 – 4º Trimestre – Ano: 2021- Editora: BETEL

LIÇÃO – 01 – 03 de outubro de 2021

TEXTO ÁUREO

“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade.” Efésios 1.4

VERDADE APLICADA

Deus nos deixou essa epístola para revelar a grandeza de Seu plano de salvação, um projeto elaborado antes de tudo existir.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Efésios 1

1. Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus:

2. A vós graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

3. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo,

4. E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,

5. Para louvor da glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Rm 3.23-24
A justificação pela fé em Jesus Cristo.

Terça-feira – Rm 5.1
Justificados pela fé, temos paz com Deus.

Quarta-feira – II Co 2.14-15
Para Deus somos o bom cheiro de Cristo.

Quinta-feira – Gl 4.1-7
Deus enviou Seu Filho.

Sexta-feira – Fp 2.5-11
Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus.

Sábado – Cl 1.13-17
Jesus Cristo: a imagem do Deus invisível.

INTRODUÇÃO

A narrativa paulina da Epístola escrita aos Efésios nos revela o maravilhoso plano da salvação idealizado por Deus desde a fundação dos tempos (Ef 2.8,9)

I – CONHECENDO A EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS

A Epístola aos Efésios relata a fantástica história da salvação humana. Inspirado pelo Espírito Santo, Paulo nos revela a nova dimensão alcançada através dela, a qual insere toda a raça humana debaixo da poderosa e imensurável graça divina.

1. A Epístola aos Efésios. A Epístola é uma contemplação do plano de Deus realizado em Jesus Cristo e na Igreja, com a consequente exortação de colocá-lo em prática em todos os atos da vida. Paulo destaca a função “cósmica” de Cristo, Seu domínio sobre os poderes angélicos e Sua soberania sobre todo o universo (Ef 1.20-21). A Igreja é apresentada como resultado da obra salvífica de Cristo, sendo Seu Corpo, “a plenitude daquele que cumpre tudo em todos” (Ef 1.22-23), formada por judeus e gentios nascidos de novo e feitos um único povo de Deus (Ef 2.14-18). E é também o Templo, que tem o próprio Jesus Cristo como a “pedra angular” e que está sendo construído pela ação do Espírito Santo (Ef 2.19-22).

2. A apresentação do mistério de Cristo e da Igreja. A Carta começa com um hino solene que reflete as características do estilo litúrgico que é inspirado nas grandes bênçãos judaicas. Seu tema é o “mistério de Cristo” (Ef 3.3-4), isto é, o desígnio divino da salvação, escondido em Deus desde a eternidade, anunciado pelos profetas e plenamente realizado em Jesus Cristo. A iniciativa deste desígnio pertence ao Pai. Foi Ele quem nos escolheu e nos predestinou para sermos Seus filhos adotivos. Mas quem cumpre a ação salvadora do Pai é “seu Filho amado” (Ef 1.6), através do Espírito, que é “o penhor de nossa herança” na glória (Ef 1.14).

3. A essência da Epístola. Paulo deixa muito claro que não basta apenas contemplar o “mistério de Cristo” e bendizer ao Pai por seu desígnio de amor. É necessário viver esse mistério e ser coerente com esse desígnio. Se todas as coisas foram “reunidas” em Jesus, como os cristãos podem viver desunidos? Na Igreja existe uma diversidade de dons e funções, mas essa diversidade necessária, longe de ser um obstáculo à sua unidade, deve contribuir para enriquecê-la e torná-la mais manifesta. Como todo corpo e à maneira de um “edifício”, a Igreja deve crescer constante e harmonicamente com a contribuição de todos, até atingir “à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).

II – OS PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS POR JESUS CRISTO

Paulo sabia reconhecer perfeitamente que Deus era a verdadeira fonte de onde tudo se originava. Ele tinha todos os motivos para bendizer ao Senhor em todo o tempo. Ele conhecia perfeitamente o que a graça nos havia proporcionado e como nos tornamos abençoados por meio de nossa aliança com Jesus Cristo.

1. Graça e paz. Graça e paz era uma saudação muito comum na Igreja Primitiva (Ef 1.2; Fp 1.2; II Pe 1.2). A tradição judaica usava somente a palavra hebraica “shalom” (traduzida como paz). Mas Paulo, divinamente inspirado, dá um sentido muito mais especial a essa saudação quando lhe acrescenta o termo grego “charis” (que pode ser traduzido como graça ou encanto). A palavra graça possui dois conceitos importantes: aparece como um dom imerecido, e retratando algo amável. Indica que na vida cristã deve haver bondade e encanto. O “shalom” (paz) significa tudo o que se relaciona com o bem supremo do homem. Paz, do grego “eirene”, indica a tranquilidade, bênçãos que desfrutam todos que estão em Cristo, por terem sido reconciliados com Deus. Portanto, graça e paz são duas expressões de enorme significado para a fé cristã.

2. A fonte de onde tudo se origina. Dirigindo-se ao povo de Éfeso, Paulo faz duas importantíssimas colocações. Acerca de si mesmo e de seu apostolado, ele não usa de vanglória quando afirma que se tornou apóstolo pela vontade de Deus (Ef 1.1). Paulo vivia um assombro e uma grande admiração por Deus ter escolhido um homem como ele para tal missão. Ele sabia perfeitamente que sua eleição aconteceu devido à imensa graça de Deus, não porque fosse merecedor (Ef 2.8-9). Em forma de gratidão, ele usa o termo: “bendito”, para dar exclusividade a Deus, e legitimar Aquele que é a fonte de todas as bênçãos. Somente o Senhor é digno de ser chamado de “bendito”, porque Ele é a fonte de onde tudo se origina (Ef 1.3).

3. Abençoados com todas as bênçãos espirituais. Paulo também nos apresenta duas poderosas perspectivas acerca das bênçãos divinas. Primeiro ele fala da abrangência de nossas bênçãos. Temos “todas as bênçãos espirituais” (Ef 1.3). No Antigo Testamento, Deus prometeu bênçãos materiais a Israel como uma recompensa por sua obediência (Dt 28.1-13). Agora Ele promete suprir todas as nossas necessidades segundo a Sua riqueza (Fp 4.19). Em segundo lugar, Paulo fala da esfera das nossas bênçãos. Elas se encontram “nas regiões celestiais”. Além das bênçãos que suprem as nossas necessidades terrenas, o Senhor tem bênçãos celestiais para nos capacitar para todas as coisas.

III – AS GRANDIOSAS RIQUEZAS DA GRAÇA

Nesta seção, Paulo faz um relato das bênçãos recebidas em Cristo Jesus. Ele apresenta os propósitos de nossa eleição em Deus, os efeitos da redenção e como nos tornamos filhos para que pudéssemos desfrutar das riquezas dessa tão grande salvação.

1. Eleitos em Cristo. A doutrina da eleição nos causa maravilha e perplexidade. O fato de que Deus nos escolheu mesmo antes de criar o universo, nos revela Sua presciência e Seu propósito. Paulo ressalta duas coisas maravilhosas advindas dessa escolha: primeiro, Ele nos escolheu, essa escolha não parte da vontade de homem algum (Jo 15.16; Rm 3.10-11). Ele não nos escolheu porque éramos bons, mas nos escolheu para que pudéssemos fazer algo de bom. Em segundo lugar, Ele nos escolheu “nele” (em Cristo), não em nós mesmos (Ef 1.4). Também nos escolheu com um propósito: para sermos santos e irrepreensíveis.

2. Uma poderosa redenção. A redenção da humanidade está intimamente ligada à ideia de sacrifício com derramamento de sangue (Lv 17.11; Hb 9.22). A morte de Cristo e o derramamento de Seu sangue precioso resultaram na remissão dos pecados de toda a humanidade. Desse modo, a redenção trouxe como efeito a nossa justificação diante de Deus. A graça que foi derramada sobre nós é tão poderosa que, além de quitar completamente nossa dívida diante de Deus, ainda nos abriu a porta de acesso para que pudéssemos conhecer as riquezas de Sua graça. Acerca da graça, Paulo faz a seguinte afirmação: nos fez agradáveis (Rm 3.23-24; 5.1; Ef 1.6-7).

3. Filhos adotivos. Paulo nos diz que Deus nos predestinou para sermos adotados como Seus filhos por meio de Jesus Cristo, de acordo com a pura afeição de Sua vontade (Ef 1.5). A adoção é o ato pelo qual Deus coloca os que nasceram de novo em uma posição de filhos adultos dentro de sua família. Ele age dessa maneira para que possamos imediatamente nos apropriar de nossa herança e a desfrutar nossas riquezas espirituais outorgadas pela graça. Um bebê não pode herdar legalmente uma herança (Gl 4.1-7). Isso significa que não precisamos esperar até nos tornarmos experientes na fé para nos apropriarmos de nossas riquezas em Cristo.

CONCLUSÃO

De acordo com o bom propósito de Sua vontade, Deus em Sua presciência e adorável graça elaborou desde a eternidade uma poderosa redenção para toda humanidade em Jesus Cristo. Ele nos resgatou e nos adotou para nos tornar participantes das promessas em Cristo (Ef 3.6).

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

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