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O filho do homem e o pecador perdido
O Senhor Jesus estava se dirigindo à Jerusalém para Sua entrada triunfal e isso O forçou a cruzar uma importante cidade chamada Jericó. Era por essa cidade que passava a carga principal do comércio entre Jope, Jerusalém e a região a leste do rio Jordão.
Zaqueu morava exatamente ali e nela cobrava os impostos decorrentes das transações comerciais para os opressores romanos.
De certo, Zaqueu era um dos homens mais odiados da cidade. Os publicanos, como eram chamados os coletores de impostos, nunca foram vistos com bons olhos pelas pessoas porque estas se sentiam traídas, defraudadas e exploradas por eles. Na lista dos pecados e das pessoas vis, geralmente a palavra ‘publicano” estava presente.
Foi este homem que resolveu apartar-se um pouco de seu negócio para ir ao encontro do Salvador. Embora tivesse tentado, ele acabou descobrindo que Jesus estava rodeado por pessoas e, por ser de baixa estatura, concluiu que essa era uma tarefa impossível.
Feita a primeira tentativa, Zaqueu, num ato de desespero, subiu em um sicômoro a fim de ver Jesus. Ele era famoso, Seus gestos e palavras ecoavam em todas as partes, o que despertava o coração das pessoas para querer vê-Lo.
Mas o que exatamente fez Zaqueu perder a compostura?
O que fez tal homem rejeitado pelas pessoas subir em uma árvore e ficar visível perante os transeuntes?
A busca interior do homem por Deus e a atração de Cristo, que arrasta para Si homens, mulheres, ricos e pobres de todas as raças, línguas e nações é a resposta. Foram esses dois pontos que o impeliram a buscar Jesus. É bem possível que ele tenha ouvido que Jesus era chamado de amigo dos publicanos. Isso o encorajou a ir ao encontro do Senhor.
Quando Jesus chegou ao lugar onde ele estava, olhou para cima e, sem ninguém revelar o nome dele, disse: “Zaqueu, desce depressa, pois convém ficar hoje em tua casa”(Lucas 19:5). A busca de Zaqueu por Deus resultou na busca de Deus por Zaqueu. Ele mais que depressa desceu e abriu sua casa, com alegria, para receber o Salvador do mundo. As pessoas naturalmente
estranharam muito que um homem como Jesus estivesse na casa do pecador e odiado Zaqueu, por isso murmuravam entre si.
Depois de um tempo, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma cousa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais” (v. 8). Que confissão, que declaração! O texto que trata do período que Jesus passou na casa de Zaqueu não revela uma única vez o Senhor falando com ele. O Senhor Jesus não falava, mas iluminava. Ele é a vida e a vida é a luz dos homens.
A presença santa e iluminadora de Jesus penetrou fortemente na vida daquele homem de modo que ele não se conteve; ele se levantou e confessou diante de todos que ia restituir às pessoas o que porventura tinha defraudado.
Esse texto revela o maioral dos publicanos se encontrando com o maioral dos senhores.
Caro leitor, se confessarmos nossos pecados, o Senhor Jesus é justo para nos purificar de todos eles e de todo o passado. O nome Zaqueu quer dizer, puro ou justo. Essa não era a condição inicial daquele homem, mas, sem dúvida, torna-se o estado final de alguém que busca o Senhor Jesus e que é encontrado por Ele.
“O Filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (v.10).
Extraído: Jornal Árvore da Vida
Postado por: Pb. Ademilson Braga