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E.B.D

O ensino de Jesus sobre santificação no Sermão do Monte

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 111 – 1º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 08 – 19 de fevereiro de 2023

TEXTO PRINCIPAL

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” (Mt 5.14)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – I Tm 4.12
Seja o exemplo dos fiéis
Terça-feira – I Ts 1.6,7
Uma igreja que era exemplo para os fiéis
Quarta-feira – I Pe 5,3
A liderança como exemplo
Quinta-feira – Lv 19.15
Com justiça julgarás o próximo
Sexta-feira – Mt 5-7
O código de ética dos seguidores do Reino
Sábado – Jo 13.13
Jesus, Mestre e Senhor

TEXTO BÍBLICO

Mateus 5.13-17

13 Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens,
14 Vós sois a Luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.
15 Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.
17 Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim abrogar, mas cumprir.

Mateus 6.1-3; 5-7.16-18

1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.
5 E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos.
16 E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
17 Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e Lava o rosto.
18 Para não pareceres aos homens que jejuam, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.

INTRODUÇÃO

Na lição deste domingo, veremos no evangelho de Mateus os ensinos práticos de Jesus no Sermão do Monte. Este sermão é um dos cinco grandes discursos deste Evangelho. Ele expõe os ensinos de Jesus sobre uma vida de santificação. Neste estudo serão destacados o poder do testemunho do crente como “sal” da terra e “luz” do mundo e a prática da justiça para a glória de Deus.

I – OS SANTOS SÃO BEM-AVENTURADOS

1- Os bem-aventurados (Mt 5.1-12). Na abertura do Sermão do Monte encontramos oito bem-aventuranças. Como entender o Reino e a promessa de que os pobres e os excluídos seriam felizes? Os pobres e os que sofrem encontrariam a verdadeira felicidade nos ensinos de Cristo. Os aflitos encontrariam conforto e justiça sendo confortados pelo amor de Deus. Jesus Cristo inicia a proclamação do Reino de Deus indicando o caminho da felicidade.
Diferente do que alguns defendem, a santidade não é sinônimo de semblante fechado e sério, pois os santos têm a alegria como fruto do Espírito; e a alegria do Senhor é sua força e aformoseia o seu rosto (Ne 8.10; Pv 15.13).
2- Os santos são “sal” da terra e “luz” do mundo (Mt 5.13-16). As pessoas que se comprometem com os ensinos de Jesus e os vivendo em seu dia a dia são o “sal” da terra e a “luz” do mundo. Na concepção bíblica, o sal serve para temperar o alimento (Jó 6.6); está relacionado às ofertas (Lv 2.13) e purifica a água (II Rs 2.19-22).
Os discípulos de Jesus devem ter uma vida “temperada”, purificada e sacrificial, comprometida e fiel aos propósitos de Deus na Terra. A figura do discípulo como “sal” da terra e ‘luz’ do mundo está relacionada com o bom testemunho e a influência positiva na sociedade por meio de uma vida de santidade.
3- O contraste entre a justiça da tradição e a justiça do Reino de Deus. Jesus critica a justiça propagada pelos líderes religiosos da época. Estes, com base em uma interpretação equivocada das Escrituras, diziam ser prósperos porque eram justos e santificados. O reinado de Deus propagado por Jesus traria bem-estar, prosperidade e felicidade para todos e não para um grupo específico.
Jesus adverte “se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5.20). A Lei tinha como objetivo produzir justiça e uma vida solidária (Lv 19.15; Dt 4.5-8). Jesus mostrou que esse infelizmente não era o ensino, muito menos a prática dos principais mestres e Líderes do judaísmo. 

II – A SANTIFICAÇÃO SE DÁ POR MEIO DA PRÁTICA DA JUSTIÇA E DA SOLIDARIEDADE

1- Dar esmola por amor e não por ostentação (Mt 6.1-3). No Sermão do Monte, Jesus revelou que a generosidade em socorrer os necessitados é um dever dos súditos do Reino de Deus. Na época de Jesus, existia uma cultura de dar esmolas e se fazer visto por todos. Uma pessoa com boa condição financeira também poderia “compensar” suas falhas e manter as aparências, dando esmolas aos menos favorecidos.
Dessa forma, alguém que havia conseguido seus bens de forma ilícita, poderia, por meio da doação de esmolas, manter a imagem de uma pessoa piedosa e santa. Alguns estavam tão “cegos” que até acreditavam que realmente eram piedosos. Pode-se manter as aparências e aplacar a ira da consciência, mas diante do Justo Juiz não tem como camuflar as intenções e motivações do coração e se apresentar como um “santo”.
2- Orar em secreto (Mt 6.5,6). Algumas pessoas, quando oram em público, têm a tendência de se preocupar com o que vão falar. Fazem isso como se o importante fosse a aprovação da sua oração pelos ouvintes ou a demonstração de sua habilidade linguística ou conhecimentos teológicos. Os escribas e fariseus oravam para serem vistos.
Contudo, Jesus recomenda que a oração seja realizada em segredo, com as portas fechadas, “face a face” com Deus. A oração deve ser um diálogo sincero com o Pai Celeste. Entretanto, na atualidade, vemos pessoas que, ao orarem, fazem como os escribas e fariseus. O que vale não é a quantidade de palavras e nem o tempo de oração, como muitos alardeiam, mas um coração quebrantado e contrito diante do Senhor.
3- O jejum deve ser acompanhado com práticas de justiça e solidariedade. A doação de esmolas (Mt 6.1-3), a oração (Mt 6.5-7) e o jejum (Mt 6.16-18) eram práticas comuns dos judeus, ouvintes de Jesus. Ele inicia geralmente com a palavra “quando”, demonstrando que essa era uma prática comum. Todavia, Jesus adverte quanto às motivações durante essas práticas.
O profeta Isaías já havia exortado o povo de Deus pela prática do jejum sem justiça e solidariedade (Is 58.6-14). A mensagem de Isaías é reforçada pelo profeta Jeremias (Jr 14.12). A preocupação de algumas pessoas, erroneamente, era fazer da prática da oração e jejum um “marketing pessoal”, a fim de demonstrarem uma falsa santidade.

III – A EFICÁCIA DO ENSINO DE JESUS SOBRE A SANTIDADE

1- A didática do ensino de Jesus. A eficácia do ensino de Jesus era surpreendente. Ele falava para um público diversificado e por um longo período sem cansá-lo, em locais sem a mínima estrutura, mas com uma didática que possibilitava o entendimento da maioria, senão de todos os ouvintes. Ao final, Ele tinha a satisfação de vê-los saírem abismados com o ensino recebido.
Esse é o sonho de todo educador sério e comprometido com o Reino de Deus. Jesus utilizou ilustrações em cerca de um terço do Sermão do Monte. Tudo para facilitar a compreensão e demonstrar que o caminho da santidade é formado de coisas simples do dia a dia. Não há como simular a santificação; é preciso viver de modo santo e irrepreensível.
2- A vida do crente deve ser construída sobre a rocha (Mt 7.24-27). Na conclusão do Sermão do Monte, Jesus utiliza o exemplo da construção de duas casas: a primeira construída sobre a rocha por um homem prudente, que Jesus o assemelha com aquele que ouve a sua Palavra e a coloca em prática, vivendo uma vida de santidade.
A segunda, construída sobre a areia por um homem insensato, que Jesus assemelha com aquele que ouve a sua Palavra, mas não a coloca em prática. Jesus, desde o início do Sermão do Monte, vem contrastando a diferença entre a justiça dos homens, praticada pelos fariseus e escribas (casa construída sobre a areia), e a justiça do Reino de Deus (casa construída sobre a rocha).
Ele ensina que a vida (nossa casa) é construída por meio de opções fundamentais que vão nortear os comportamentos ao longo de nossa caminhada. Nesta parábola, a rocha significa os ensinos de Jesus colocados em prática.
3- A autoridade do ensino está na coerência entre a teoria e a prática (Mt 7. 28,29). Um dos grandes anseios dos judeus da época de Jesus era a chegada do Reino de Deus, anunciado por séculos, e que alimentava as esperanças daquele povo subjugado pelos romanos. Jesus aparece ensinando que somente é possível alcançar o Reino de Deus mediante a santidade.
O caminho que oferece arrependimento e perdão dos pecados e em novo tipo de relacionamento com Deus, sem intermediários. Jesus afirmou que sua vida e ministério eram o cumprimento da Lei (Mt 5.17-20). A sua morte expiatória perfeita e definitiva, derruba qualquer ensino da necessidade de sacrifícios para se ter uma vida de santidade e que agrade a Deus. Jesus ensinou o que Ele estava vivendo, ai estava a autoridade que causava admiração em seus ouvintes (Mt 7.28,29). 

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos que aqueles que vivem em santidade, experimentam a verdadeira alegria, que é fruto do Espírito e reflete a luz de Cristo. Jesus confrontou o ensino e a prática hipócrita dos escribas e fariseus e mostrou que, para viver uma vida de santidade, o crente precisa agir com justiça e solidariedade. O exemplo era sua própria vida e ministério.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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