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Adultos - Betel

O Deus Uno e Trino

Publicado

em

EDIÇÃO: 78 – 2º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 13 – 27 de junho de 2021

TEXTO ÁUREO

“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém”. II Coríntios 13.13

VERDADE APLICADA

A doutrina da santíssima Trindade nos faz sermos mais conscientes da nossa completa dependência de Deus e nos motiva ao necessário crescimento no conhecimento do Senhor.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

João 10

30- Eu e o Pai somos um.

João 14

10- Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.

11- Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.

João 15

26- Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Is 45.21-22

Não há outro Deus.

Terça-feira – Jo 14.11

Jesus está no Pai e o Pai está em Jesus.

Quarta-feira – I Co 8.6

Um só Deus, o Pai, e um só Senhor, Jesus.

Quinta-feira – II Co 1.21-22

Deus nos ungiu e nos deu o penhor do Espírito.

Sexta-feira – Ef 1.12-14

As bênçãos espirituais de Deus em Jesus Cristo.

Sábado – Jd 20-21

Orar no Espírito e conservar o amor de Deus.

INTRODUÇÃO

O presente estudo acerca da Trindade oportuniza profunda reflexão sobre o mistério: um só Deus em três pessoas. No Ser Supremo há uma só natureza, uma só essência, uma só substância, que subsiste nas três pessoas divinas.

I- O DEUS PAI

“Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos.” (Ef 4.6). Ele tem existência própria sem dissociar-se da divindade. O Deus Pai é o único Senhor (Dt 6.4). Não há outro Deus, senão um só (I Co 8.4; 12.6; I Tm 2.5). Uno: Único no seu gênero ou espécie, indivisível, um Deus único. Trino: Que consta de três, um só nome para definir três coisas ou aspectos. Essa divisão é puramente didática, não implica a existência de uma divisão ontológica na natureza de Deus ou de uma divisão entre Seus atributos. Pedro relata as três pessoas, mas sem deixar a harmonia, posicionando cada um na sua atividade: “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas.” (IPe 1.2).

1. O Criador. “Os céus manifestam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” (Sl 19.1). “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” (Gn 1.1). Deus criou o sol, a lua e as estrelas; criou o homem e a mulher; criou todo ser vivente; criou o mar e toda uma exuberante natureza admirada por todos nós. Ninguém pode negar o poder criador de Deus. A perfeição na criação é de encher os olhos. Tudo o que foi feito, viu Deus que era muito bom (Gn 1.31). O que mais impressiona é que o mar não derrama nem o firmamento cai. Nenhum artista plástico renomado, como foi Roberto Burle Marx, conhecido internacionalmente ao exercer a profissão de paisagista, poderia descrever ou desenhar a natureza de Deus com tamanha formosura.

2. O Sustentador. Paul Washer: “Deus é o sustentador de tudo que existe. As Escrituras Sagradas nos ensinam que Deus não é apenas o Criador dos céus e da terra, mas Ele também é o seu sustentador. Nada do que existe existiria fora dEle. Se Ele abandonasse Sua criação apenas por um momento, tudo pereceria”. O movimento da terra devemos a Ele. As estações do ano. O equilíbrio da natureza e do universo como um todo está na palma das suas mãos. Ele é o controlador supremo. O ser humano, mesmo o mais intelectual, não consegue explicar tamanho milagre. Foi Deus que determinou todas as leis que regem o universo, por isso nada sai do Seu controle. Ele sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1.3)

3. O Provedor. Jeová Jirê, em hebraico, quer dizer: “O Senhor que provê”. Deus provê todas as coisas. Mas muitas delas não se limitam aos filhos de Deus, todos os seres viventes poderão usufruir. Algumas são declaradas a nós: “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.” (Ef 3.20). “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” (Fp 4.19). Quando Deus nos criou, Ele era sabedor de todas as nossas necessidades, por isso Ele é o provedor de todas elas.

II- O DEUS FILHO

As três pessoas da Trindade são distintas em suas manifestações, mas pertencem à mesma essência indivisível e eterna. Como registra Thissen (Palestras em Teologia Sistemática – Ed. Batista Regular): “O Credo Atanasiano expressa a crença trinitariana da seguinte maneira: “Adoramos um Deus em trindade, e trindade em unidade, sem confundir as pessoas, sem separar a substância”. “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. (…) E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.1-2, 14). Jesus veio cumprir a Sua missão e foi fiel e obediente ao Pai em tudo, mesmo sendo em forma de Deus (Fp 2.6-11).

1. O Libertador. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8.32). “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (Jo 8.36). Jesus não só liberta da ignorância espiritual ou concernente à salvação, mas também liberta oprimidos e cansados (Mt 11.28). Jesus liberta endemoninhados, liberta de doenças do físico e da alma.

2. O Mediador. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At 4.12). “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3.11). “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14.6). Somente em Jesus, o filho do Deus Vivo, há salvação (I Tm 2.5).

3. O Salvador. “Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus.” (Jo 6.68-69). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (Jo 3.16-17). Daniel Pecota (Teologia Sistemática – Stanley Horton): “A obra salvífica de Cristo é a coluna central no templo da redenção divina. Podemos compará-la também ao eixo em torno do qual gira toda a atividade de Deus na revelação.”

III- O DEUS ESPÍRITO SANTO

Nas Escrituras Sagradas o Espírito Santo é expressamente chamado Deus; Ele possui os atributos de Deus e realiza atos e obras de caráter divino (Hb 9.14). Ele é o próprio Deus Espírito (Jo 4.24). Ele tem existência própria sem dissociar-se da divindade. O Espírito Santo tem muitas funções: Ele nos ensina todas as coisas e nos faz lembrar de tudo o que Jesus nos falou (Jo 14.26). É identificado como Senhor (II Co 3.18).

1. O Consolador. Jesus chama o Espírito Santo de “Consolador”. Trata-se da tradução da palavra grega Parakletos, que significa literalmente “alguém chamado para ficar ao lado de outro para o ajudar” (Jo 14.16). “Presença consoladora”. Ele habitará nos seguidores de Jesus para sempre. Na ausência física de Jesus, Ele atua como um emissário, intercedendo, confortando e consolando os Seus.

2. O Convencedor. “Todavia, digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.” (Jo 16.7-11).

3. O Intercessor. “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.” (Rm 8.26-27).

CONCLUSÃO

Por tudo que se deve agradecer, devemos ser gratos a Deus por ter nos revelado tamanho mistério. Aceitando por meio da fé: o Pai que nos criou, o Filho que nos remiu e o Espírito Santo que nos santifica.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

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