Adultos - CPAD
O caminho da fidelidade conjugal
LIÇÃO – 137 – 08 de fevereiro de 2015
TEXTO ÁUREO
“Não obstante, vós, cada um em particular também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido” Ef 5.33
VERDADE APLICADA
A fidelidade conjugal é uma decisão que se toma com consciência, regada e movida pelo amor.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ef 5.22-25
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1- Demonstrar que a fidelidade é um princípio bíblico;
2. Fortalecer a relação conjugal, entendendo que a mutualidade é o desenvolvimento de uma realidade partilhada entre o casal;
3. Desenvolver o amor incondicional, evidente na própria natureza de Deus
INTRODUÇÃO
Vivemos um tempo de escassez de fidelidade na área dos relacionamentos. A cultura do descartável prega cada vez mais a superficialidade, frieza e distância (Mt 24.12). A fidelidade conjugal é um caminho estabelecido pelo próprio Deus. É uma decisão movida pelo amor que se toma com consciência, liberdade e antecedência.
I. O COMPROMISSO DE FIDELIDADE NO CASAMENTO
O casamento não é meramente um acordo sexual que se mantém inviolável, mas um compromisso santo diante de Deus. Por meio desse compromisso, o homem aceita a responsabilidade de agir com fidelidade em relação à sua esposa. O Senhor considera esses votos como uma prova do desejo do homem de amar a esposa assim como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25). Quando o homem viola a lei do amor, quebra seus votos e enfraquece a aliança com sua mulher. As evidências desse compromisso de amor são o altruísmo, a vontade de fazer o bem à pessoa amada e o desejo de viver em unidade.
Amor e mutualidade entre homem e mulher
Para que uma relação perdure deve haver mutualidade, o que implica no envolvimento comum numa história de vida, no desenvolvimento de uma realidade partilhada entre o casal, na compreensão das semelhanças e diferenças entre eles e em um esforço mútuo para equilibrar a relação. Por isso a Palavra de Deus afirma que o marido deve amar sua esposa e a esposa deve, em uma missão conjunta, sujeitar-se a seu marido (Ef 5.22,25).
Fidelidade dos cônjuges
A fidelidade conjugal é uma decisão que se toma com consciência regada e movida pelo amor. Ninguém é forte o suficiente para lidar com as paixões da carne sem ter se preparado para isso (Pv 4.23). Um cônjuge fiel fecha os olhos, tampa os ouvidos, evita lugares, pensamentos e momentos que o levarão ao pecado. O casamento precisa ser um jardim regado e cuidado todos os dias pela Palavra de deus. Por conseguinte, a prática do amor sacrificial levará à compreensão, comunhão e respeito e culminará na fidelidade (Ct 6.3). A cama do adultério pode ser macia e cheia de encantos, mas ela deixa espinhos no coração, peso na consciência e tormentos na alma. Somente o temor do Senhor, o compromisso de fidelidade e o amor altruísta podem livrar os cônjuges da sedução, das propostas fáceis e das ofertas tentadoras.
As necessidades sexuais de cada um
O apóstolo Paulo fala sem reservas e com clareza a respeito da importância e das realidades das relações sexuais no casamento ( I Co 7.3-5 ). Em uma época em que a esposa era considerada legalmente propriedade do marido. Paulo faz uma declaração muito a frente do seu tempo. Essa declaração instrui os casais sobre a responsabilidade de se relacionarem sexualmente de forma fiel. O sábio Salomão também registrou essa importância dando a clara evidência de que homem e mulher têm o direito a relações sexuais mútuas no casamento (Ct 2.16).
II. OS DESAFIOS DA FIDELIDADE
Fidelidade significa um compromisso duradouro com o bem-estar e o crescimento do outro. É comprometer-se com integridade e felicidade para que cada dom, talento e capacidade tenha a oportunidade de desabrochar e florescer. Tanto o marido quanto a esposa são chamados a sacrificar-se pelo progresso do outro. Fidelidade significa que nos recusamos a tomar atitudes superiores um para com o outro. Devemos rejeitar os jogos pelo poder, a falsa superioridade e a hierarquia artificial nos relacionamentos. A fidelidade está intimamente ligada à honestidade e à transparência de ambas as partes.
O amor incondicional do esposo
Quando Deus diz em Sua Palavra que o homem deve amar a esposa como Cristo amou a Igreja, cabe a ele descobrir como cristo o fez, para que saiba a maneira correta de agir (Ef 5.25). As evidências do amor são altruísmo, a vontade de fazer o bem à pessoa amada e o desejo de viver em unidade. Geralmente o amor entre os cônjuges é associado de forma romântica e apaixonada, pois a vida de encantamento. No entanto, a afirmativa de Paulo leva ao amor que se fundamenta na disposição de sacrificar, sem vantagens, sem benefícios, em favor da esposa. O amor que nivela as diferenças é o amor sacrificial, o amor de renúncia, de doação e de entrega.
Submissão da mulher
O apóstolo Paulo ordena que a mulher seja submissa a seu marido (Ef 5.22-24). Infelizmente, uma das maiores artimanhas do inimigo é esvaziar o sentido das palavras. Nenhuma palavra foi mais distorcida do que “submissão”. Precisamos, então, compreender o significado deste termo. Para isso, vejamos o que não é submissão. Submissão não é inferioridade. Devemos desinfetar a palavra “submissão” de seus sentidos adulterados. A mulher não é inferior ao homem. Ela é tão imagem de Deus quanto o homem. A mulher, de acordo com a Palavra de Deus, é auxiliadora, do marido e não uma escrava. Os homens devem coabitar com as mulheres com honra (I Pe 3.7), isso é tão imperativo que está sob pena de suas orações serem impedidas. Nunca foi propósito de Deus que a mulher fosse hostilizada, como aconteceu ao longo da história, a ponto de serem mutiladas e impedidas em seus direitos civis e sociais. Muito pelo contrário, a mulher é vista na Bíblia como alguém tão digna de ser amada a ponto do homem ter que deixar pai e mãe para unir-se a ela, formando com ela uma só carne (Gn 2.24).
Promiscuidade e pornografia
Em meio à enxurrada de informações do cotidiano, podemos receber com a maior facilidade o ataque desenfreado ao mais íntimo dos nossos pensamentos, com mensagens e convites para acesso fácil e rápido a pornografia. Ao mesmo tempo em que a tecnologia nos auxilia, também polui a nossa mente. Vê-se que a sexualidade está muito distorcida em nossos dias. Nossa tarefa, enquanto cristãos, é passar cuidadosamente e com integridade por tudo isso. Não devemos jamais alimentar nossa mente com pornografia, pois ela vagueia através dos pensamentos e pecamos, podendo inclusive nos levar a concretizar o pecado. A mente desocupada leva ao pecado (II Sm 11.2).
III. OS BENEFÍCIOS DA FIDELIDADE
Deus valoriza a fidelidade e prometeu bênçãos transformadoras ao povo de Israel se fosse obediente e fiel a Ele (Lv 26.3-13). Na vida conjugal, quando nos comprometemos com o nosso cônjuge, desfrutamos das bênçãos que uma relação a dois pode proporcionar.
Segurança no casamento
A fidelidade traz segurança e estabilidade para o casamento. A Bíblia declara que no temor do Senhor há firme confiança e Ele será um refúgio para seus filhos (Pv 14.26). A fidelidade proporciona segurança espiritual e emocional que é indispensável ao bom relacionamento conjugal. Fator indispensável à estabilidade no casamento. Sem fidelidade, o casamento desaba, As estruturas do matrimônio não foram preparadas para suportar o peso da infidelidade, cujos efeitos sobre toda a família são devastadores. A fidelidade estabelece confiança e segurança no casamento, que por sua vez cria um ambiente de estabilidade, um relacionamento seguro e duradouro em alicerces sólidos. É através da fidelidade que se cumpre em nossas vidas a Palavra de Deus (Mt 19.6).
Prosperidade no lar
A fidelidade é o princípio da verdadeira prosperidade entre casais e na família, e só é possível através do amor a Deus. Quem ama verdadeiramente é fiel. Se quisermos viver em prosperidade, precisamos buscar incessantemente a fidelidade. Ela traz em si a honra tanto para o Senhor quanto para o servo (Pv 8.17, 18). Aplicando em nossos corações o amor incondicional, o amor de Deus, experimentaremos a verdadeira prosperidade em nossas vidas.
Paz com Deus
O princípio da paz em Cristo rege-se pela fidelidade a Ele e à Sua Palavra. Quando nosso coração se aplica à fidelidade no relacionamento, podemos deitar em nossa cama e com mente tranquila ter paz com Deus e com nossa família. Paulo, ao escrever aos Filipenses (Fp 4.6-8), fala de uma paz que excede todo o entendimento que guarda nossos corações e sentimentos. Vale a pena ser fiel, o resultado será traduzido no lar com o cônjuge e os filhos, e, consequentemente, em toda nossa maneira de viver.
CONCLUSÃO
O voto solene de fidelidade no casamento não é uma mera formalidade, é um compromisso diante de Deus (Ml 2.14). A fidelidade deve ser praticada para preservação do casamento, da família e da comunhão com Deus.
Postado por: Pb. Ademilson Braga