Adultos - CPAD
Noé, o milagre do livramento e da cura
LIÇÃO – 120 – 12 de outubro de 2014
TEXTO ÁUREO
“Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca”. Gn 7.23
VERDADE APLICADA
Livramento e cura são dois aspectos pertinentes a salvação, uma graça exclusiva oferecida por Deus aos seus filhos.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1- Demonstrar a importância de sermos um milagre de Deus para a nossa geração;
2- Apresentar a necessidade de trabalharmos naquilo que Deus nos fala para a nossa salvação;
3- Mostrar o valor da salvação conferida pela graça de Deus para todos os que creem.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Gn 6.5-7,17
INTRODUÇÃO
Diante de uma sociedade perversa e corrompida, Noé achou graça diante de Deus, e foi escolhido juntamente com sua família para se tornar o salvador de seu tempo. Sua missão era construir uma arca, anunciar um dilúvio, e preparar-se para o dia final.
I. NOÉ, O MILAGRE DE LIVRAMENTO
Nos dias de Noé a corrupção humana chegou a tal ponto que o Senhor se entristeceu de ter feito o homem (Gn 6.6). Salvar os justos e reiniciar uma nova civilização foi o único meio que Deus encontrou para aquele mundo imperdoável.
A corrupção generalizada daqueles dias
A época de Noé foi marcada por grandes avanços, o que contraria o pensamento de muitos que veem aquela civilização como primitiva e recém-saída das “cavernas”. Havia trabalhos como o cultivo de sementes e armazenamento de colheitas, e o pastoreio de vários tipos de animais eram coisas comuns. Porém veio a construção de grandes cidades, a descoberta da metalurgia, a música e a ciência da guerra, pois havia famosos valentes da antiguidade (Gn 6.4b). Estes tais são responsáveis pela grande corrupção, pois a mistura da linhagem piedosa com a impiedosa levou a corrupção que houve naquele período. Deus criou o homem bom e perfeito, isso significa que ele trouxe uma lei em seu coração, mas o pecado se incrustou de tal forma na vida humana que Deus não teve outro jeito a não ser destruir aquela sociedade impiedosa (Gn 6.5-7).
O Juízo de Deus para o fim daquela sociedade
Toda terra foi invadida por uma onda de maldade tão grande que incomodou os céus. A alma humana ficou tão contaminada que tudo quanto pensava refletia egoísmo, violência desmedida e desprezo às coisas de Deus. Cremos que Deus não permitiu que tais coisas continuassem, porque certamente iriam comprometer o plano messiânico da redenção, aliás, esse era o verdadeiro propósito de Satanás, impedir a vinda do Messias. A maldade foi tanta que até mesmo os animais foram afetados, por isso, disse Deus: “Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até o réptil, e até a ave dos céus” (Gn 6.7). Então, o fim daquela geração foi marcado pelo juízo Divino através de um dilúvio universal que seria o único remédio para aquela situação.
Noé, o homem com quem Deus contou
De toda aquela geração, o único justo encontrado por Deus foi Noé (Ez 14.14). Ao contrário de Moisés, Elias e do Senhor Jesus, Noé não fez milagres, ele foi o milagre em pessoa. Numa época em que a inversão de valores se tornou comum, o certo era errado, e qualquer que fizesse o contrário era humilhado e ridicularizado, podemos dizer que Noé foi um milagre por inteiro (Gn 6.9). Deus pôde contar com esse homem, ele não falhou, foi honrado o suficiente para ir contra a correnteza da maldade, perseverando em fazer a vontade de Deus. Àqueles que defendem que a linhagem de Sete era santa, veem aqui um fator crítico, visto que ela também se perdeu em meio à corrupção. Noé, porém, conservava a sua piedade e integridade, influenciava a sua família, tornando-se assim, um milagre extraordinário de liderança (Gn 6.8).
II. OS TRABALHOS DE NOÉ EM PROL DA SALVAÇÃO
Não devemos pensar que somente a justiça de Noé lhe salvaria juntamente com sua família. Sua fé deveria ser acrescida de obras, ou seja, ele precisava trabalhar por sua salvação e garantir a vida de tudo quanto Deus lhe confiou (Hb 11.7; Tg 2.14-18).
Noé recebe instruções
Noé jamais coxeou entre dois pensamentos, ele sempre esteve atento ao que Deus lhe falou, e trabalhou para que a vontade de Deus se cumprisse, renunciando aos seus prazeres e se tornando inimigo dos malfeitores (Tg 4.4). O registro do Gênesis é tão impressionante que demonstra que Noé foi capaz de ouvir não apenas a voz de Deus, mas também foi hábil em atendê-lo. Noé ouviu da parte de Deus instruções precisas de como construir uma arca capaz de salvar a sua família, animais e algum outro humano que estivesse disposto a crer nesse tipo de salvação. Para ouvir a voz de Deus devemos, primeiramente, sufocar outras vozes como: a voz do nosso coração que sempre gosta de se acomodar ao peado; as vozes da sociedade afastada de Deus. Essas vozes contrárias à vontade de Cristo ganham o mundo, porém, perdem a eterna salvação (Mc 8.36).
Noé executa diligentemente às ordens de Deus
Noé recebeu ordens cuja obediência representava: a salvação da raça humana; a de diversos animais e também do plano Divino em relação ao Messias. Essa salvação consistiu em obedecer a detalhes minuciosos da construção da arca como: o acolhimento dos animais; a provisão de viveres para sua família e animais, e por fim, a ordem de Deus para entrar na arca (Gn 6.22;7.5). Embora fosse Noé o construtor da arca, a salvação foi um ato da Graça Divina que se consolidou através de sua completa submissão (Gn 6.8). E aqui cumpre ressaltar essa diligência que é tão aclamada pelo Senhor no Sermão Profético: cinco virgens prudentes; dos três servos, somente dois foram fiéis em relação aos talentos a eles confiados pelo Senhor; e finalmente, as nações fiéis que serão tratadas como ovelhas na sua vinda (Mt 25.1-46)
Noé o pregoeiro da justiça
Entre vários aspectos da integridade de Noé em seus dias, a Escritura o declara como pregoeiro da justiça (II Pd 2.5). Ele denunciava que Deus iria trazer o dilúvio sobre aquele mundo, e sobre todos aqueles que desprezassem a oportunidade. Isso se daria porque, de acordo com as palavras de Jesus os homens comiam, bebiam, casavam e se davam em casamento, o que traduz com perfeição a palavra: “ímpio” ou irreligioso. A postura de Noé como pregador indica a nossa responsabilidade e compromisso em anunciar o juízo de Deus (II Tm 4.1-5).
III. NOÉ E O VALOR DA SALVAÇÃO ALCANÇADA POR ELE
A arca é uma imagem luminosa de nossa salvação em Cristo (I Pd 3.18-22). Jesus falou que muitos estariam desatentos para esse evento, e que Ele viria de forma inesperada, como um ladrão. Noé já estava na arca quando veio o dilúvio, e nós onde estaremos? Será que sabemos o valor desse dia?
Noé o valor do livramento
Assim que vieram as águas do dilúvio Noé e sua família estavam seguros dento da arca. A arca foi o lugar idealizado por Deus para o escape na hora do juízo. Noé alcançou essa grandiosa salvação através da sua fé, ele vivia numa terra árida e seca onde a chuva parecia ser uma piada de mau gosto. Enquanto todos viviam despreocupados e zombando, veio o dilúvio e consumiu a todos. O mais interessante é que a mesma arca que livra também condena. O tempo se aproxima, Jesus está às portas, e devemos estar atentos porque como as virgens, muitos estão com as lamparinas apagando e dormem acomodados desperdiçando a oportunidade de comprar azeite (Mt 25.7-10).
O valor da cura
A salvação das águas do dilúvio significou a eliminação de toda uma civilização. Se fosse nos dias de hoje seria a eliminação de oito bilhões de pessoas, e aí muitos pensam: Como Deus foi capaz de condenar tantos assim? Seriam todos culpados de fato? Não podemos jamais esquecer que Deus é amor, mas também é justiça e juízo (Dt 4.24; Hb 12.29). No modo de Deus agir, as águas do dilúvio lavaria a humanidade, que totalmente suja pelo pecado, apenas manchava o mundo que Ele criou. Todavia, em meio à sujeira, havia no bom sentido da palavra, alguém para ser aproveitado no começo de uma nova história. Desse modo, Deus, usando de misericórdia deu a Noé um mundo novo e totalmente limpo por causa de sua justiça. O mesmo ele fará conosco, Sua Igreja. Ele purificará esse mundo perverso e nos entregará um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1,4-7).
O valor eterno
Jamais devemos pensar no dilúvio como um mero evento natural, mas uma intervenção divina com propósitos eternos. Alguns cientistas atribuem ao dilúvio meras causas naturais removendo consequentemente a intencionalidade divina. Ao salvar Noé e sua família Deus estava recomeçando a humanidade inteira, pois por ela repovoaria o mundo. Foi através de Noé e de Sem, que Deus estabeleceu a linhagem pela qual viria o Messias (Lc 3.36). Fica nítido que a corrupção geral humana foi uma tentativa de Satanás frustrar a vinda do Messias. O dilúvio foi, portanto, a reação Divina para manter a sua palavra e seu plano de salvação, nisto reside o eterno valor da salvação. A justiça de Deus trouxe o dilúvio e também não poupou os anjos que se rebelaram contra Deus. Assim, Deus os prendeu em prisões reservando-os para o juízo final (II Pd 2.4-5).
CONCLUSÃO
O dilúvio foi o antídoto para cura a perversão da humanidade. Durante cento e vinte anos ele trabalhou para garantir a salvação da raça humana, representada apenas por oito pessoas. Noé foi o milagre de Deus para aqueles últimos dias. Deus quer que façamos o mesmo em nosso tempo.
Postado por: Pb. Ademilson Braga