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Adultos - Betel

Não farás para ti imagem de escultura: A devoção e a reverência ao único e verdadeiro Deus

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 248 – 4º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 03 – 20 de outubro de 2024

TEXTO ÁUREO

“Porque te não inclinarás diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso; Deus zeloso é ele.” Êxodo 34.14

VERDADE APLICADA

Idolatria não é apenas adorar uma imagem, mas representa tudo aquilo que pode ocupar o lugar de Deus em nossos corações.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Êxodo 20

4- Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5- Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.
6- E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Êx 34.14
O Senhor é Zeloso.
Terça-feira – Is 45.20
Imagem de escultura: deuses que não salvam.
Quarta-feira – Ez 16.38-43
A Justa Retribuição de Deus.
Quinta-feira – Mt 22.37
O dever de amar o Senhor de todo o coração.
Sexta-feira – Mt 23.32-36
Jesus censura os, escribas e fariseus.
Sábado – II Co 4.3-4
A luz do evangelho da glória de Cristo.

INTRODUÇÃO

No primeiro mandamento, Deus exige exclusividade para aqueles que fazem parte de Sua aliança. Agora, no segundo mandamento, Ele ordena que os ídolos sejam banidos. Ele não divide Sua glória com ninguém (Is 42.8).

I – O SEGUNDO MANDAMENTO

O primeiro mandamento estabelece a adoração somente a Deus e a mais ninguém. Já o segundo mandamento ordena adorar a Deus diretamente, sem mediação de qualquer objeto. Nele, Deus dá um basta na idolatria.

  1. Entendendo o segundo mandamento.A diferença entre o primeiro e o segundo mandamento é que o primeiro nos fala de uma adoração ao Deus certo, ele nos chama a adorar o verdadeiro Deus e a rejeitar o “deus falso”. Já o segundo nos ensina a adorar o Deus certo do modo certo. Na verdade, o Deus Criador não pode ser comparado com ídolos feitos à semelhança de homens. Enquanto o primeiro mandamento nos ensina a adorar o Deus certo, o segundo mandamento nos estimula a rejeitar e nos proíbe de adorar os falsos deuses ou ao Senhor Deus de maneira falsa. O uso de imagens na prática litúrgica de adoração tende a estimular ou induzir as várias formas de politeísmo. Deus nos deu uma maneira certa de adorá-lo. Para Deus importa tanto a forma de adorar quanto a quem adorar. Não podemos adorá-lo de qualquer forma (Dt 12.1-4).
  2. A proibição do mandamento. A ordenança era simples: Não fazer imagens de escultura (Êx 20.4ª). E o que era um ídolo? Era uma arte criada com ferramentas, moldada por mãos humanas e esculpida em madeira, pedra ou metal como sendo a representação de algum ser divino (Lv 26.1; Is 45.20; Na 1.14). O segundo mandamento não rejeita a arte de inventar coisas, rejeita o ato de fazê-las para que sirvam de objeto de adoração. Quase todos os deuses do Egito eram apresentados em forma de animais. O deus Anúbis tinha corpo de homem e cabeça de chacal; o deus Seth tinha corpo de homem com a cabeça de um cão de orelhas alongadas e cauda ereta; o deus Hórus tinha a cabeça de falcão e assim por diante. O mandamento informa os tipos de ídolos que Deus proíbe: nada no céu; nada na terra, nada no mar. Logo em seguida vemos mais proibições (encurvar e servir – v. 5) e o porquê: “… porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso”.
  3. A explicação do mandamento. Deus se recusou a ser representado pela imagem de qualquer coisa existente na criação. Mesmo assim, Ele declara uma razão para tal regra: o amor (Êx 20.5). Deus proíbe a idolatria porque é um Deus zeloso e ciumento. Quando retratamos o zelo divino, não o comparamos com um sentimento doentio, invejoso, ou que deseja obter algo que não lhe pertence. Falamos de um zelo santo, que protege sua possessão. É como o amor de um marido que ama intensamente sua esposa e não suportaria vê-la nos braços de outro homem (Êx 34.14). O que Ele tão zelosamente protege nesse mandamento é a honra de Seu amor. Como Salvador, Ele tem o direito de exigir como o adoremos. Assim como nos ama, Ele não deseja que a qualidade de Seu amor por nós seja desprezada (Dt 7.6-8; Ez 16.38-43).

II – AVISOS E PROMESSAS

É preciso cuidado na exposição de Êxodo 20.5-6 no que concerne à palavra de Deus sobre “visito a maldade dos pais nos filhos” e “faço misericórdia” pois há os que fazem uso destes e outros textos para respaldar e defender a ideia de “maldição hereditária”, criando confusão, principalmente em pessoas que não valorizam o estudo contínuo e sistemático da Palavra de Deus.

  1. A iniquidade dos pais nos filhos. Conforme o Dicionário Hebraico de Strong, “maldade” em Êxodo 20.5 é uma das principais expressões no Antigo Testamento para indicar pecado. Esta expressão aponta para a ideia de desvio ou depravação intencional. Ou seja, o Senhor Deus está falando sobre aqueles que conhecem a Sua vontade que estava sendo revelada, mas se recusam a viver de acordo com ela. Tais pessoas serão alcançadas pelo juízo de Deus. Assim como as próximas gerações, caso compartilhem dos pecados de seus antepassados. Notar o final do versículo 5; “que me aborrecem”. Portanto, o texto está enfatizando a durabilidade do juízo divino enquanto permanecer as práticas abomináveis as transgressões da lei Evidente que há decisões, comportamentos e modo de vida dos pais que podem resultar em consequências na vida dos filhos. Mas não significa que estes filhos estão debaixo de maldição. Vide Ezequiel 18 – Deus não condena o filho por causa do erro do pai e nem o pai por causa do filho (Dt 24.16; II Rs 14.6).
  2. A bênção para os que guardam os mandamentos. Assim como o juízo divino viria sobre os que se recusam a viver segundo a vontade de Deus revelada, também o Senhor Deus promete agir com bondade e misericórdia para com os que O amam e obedecem (Êx 20.6). Estas expressões – amar e obedecer – nos remetem às palavras que Nosso Senhor Jesus Cristo proferiu pouco antes da crucificação aos Seus discípulos. Ou seja, aquele que verdadeiramente O ama é o que aceita ou tem os Seus mandamentos e os guarda (ou obedece) – João 14.21. O apóstolo João escreveu que “este é o amor: que andemos em obediência aos seus mandamentos” (II Jo 6). Interessante notarmos a extensão ilimitada do amor de Deus expressa nos termos “em milhares” (“por milhares de gerações” – NTLH) em contraste com a durabilidade do juízo expressa no versículo 5: “até à terceira e quarta geração”.
  3. Deus quer ser ouvido, não visto. Vivemos um tempo em que as pessoas para serem levadas a acreditar em Deus necessitam de um veículo de fé. Deus não se revelou no Sinai de maneira visível, mas audível (Dt 4.15-16). Estudiosos acreditam que a imagem pode ser uma distração em termos de adoração e que precisamos ter mais cuidado em ouvirmos mais a palavra. O ponto central do pensamento pagão era fazer ídolos para poder controlar os deuses. Esse pensamento não difere muito de nosso tempo, porque a espiritualidade contemporânea age do mesmo jeito. As pessoas não se comprometem com Deus e com Sua Palavra. Elas querem uma forma fácil de servir, querem um “deus”, mais amigável, um deus que pode ser adaptável aos seus propósitos. Um deus que atende aos pedidos quando é solicitado (Dt 6.5; Mt 22.37).

III – O CUIDADO COM AS IMAGENS

Deus proibiu imagens de todo o tipo. Isso é uma ordem. Ele não criou esse mandamento apenas por exclusividade, mas com a finalidade de cuidar daqueles que são Seus.

  1. Fugindo da idolatria. A forma primitiva certamente dizia: “Você não fará uma imagem esculpida”. Todos os povos têm tendência a isso. Mas Deus não pode ser fixado, localizado, limitado por uma representação. A imagem tem o objetivo de conduzir ao que ela representa, mas também tem o perigo de substituir a “meta divina” pelo próprio objeto antes que o encontro com Deus seja alcançado (I Co 10.14, 19 -21). O ser humano, rapidamente satisfeito com o que é visível e palpável, corre o risco de não ir além das aparências, do visível, do físico, do que pode ser verificado pelos sentidos da visão etc. A imagem tem um poder de captura quase mágico da pessoa, por isso pode facilmente tornar-se um ídolo, isto é, uma representação que ocupa o lugar que pertence exclusivamente a Deus, o Senhor da história e da liberdade (Is 45.15).
  2. A idolatria da mente. Nem todas as imagens falsas de Deus estão apenas nos templos; elas também existem nas mentes e corações de homens incrédulos. Frases como as seguintes são frequentemente ouvidas: “Gosto de pensar em Deus como ‘o grande arquiteto ou artista’ ou ‘não penso em Deus como um juiz, mas apenas como um pai amoroso”: É importante apontar que aqueles que se sentem livres para pensar em Deus como quiserem também estão quebrando o segundo mandamento. Não temos o direito de pensar em Deus como quisermos. A triste realidade é que todos aqueles que não conhecem o verdadeiro Deus fabricam ou inventam um falso Deus em suas mentes. O mundo está cheio de pessoas que têm ideias falsas sobre Deus, e isso ocorre porque elas se recusam a acreditar no que Deus tem dito acerca de si mesmo em Sua Palavra.
  3. A imagem que Deus aceita. A mente finita natural não tem como entender ou captar a grandeza das coisas que Deus realiza (I Co 2.14). Quando Deus criou todas as coisas, fez homens e mulheres à Sua imagem (Gn 1.26-27. Aqui está o porquê de Deus rejeitar a imagem. Ele já tem Sua imagem e somos nós. Nós não temos permissão para fazermos imagens que representam a Deus. Afinal o próprio já criou à Sua imagem e semelhança. Nossa presença na terra já é um testemunho do poder e da glória do Criador: O pecado mas a perfeita obra redentora de Jesus restaura (Rm 8.129; I Co 15.49).

CONCLUSÃO

Existem princípios que jamais devem ser esquecidos ou quebrados, eles podem determinar tanto a bênção quanto a maldição em nossas vidas. Assim é o segundo mandamento.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

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