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Motivação, propósito e tomada de decisão
Motivação é uma palavra de origem latina: “movere”, que indica uma situação de provocação de movimento, ou seja, um motivo em ação. Para Sylvia Constant Vergara, motivação “é uma força que nos impulsiona na direção de alguma coisa; que nasce de nossas necessidades. Quando ela acontece, as pessoas tornam-se mais produtivas, atuam com maior satisfação e produzem efeitos multiplicadores”.
Em diversas situações de nossa vida, e também em nosso ministério, temos desejos de desistir, de desanimar e de abandonar tudo. Porém, é na adversidade que o servo de Deus age de maneira diferente daquele que não conhece a Deus. João 16.33 diz: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”.
Só conseguimos motivar alguém quando estamos motivados. Não é correto, por exemplo, pregarmos um sermão para a igreja com o objetivo de motivar as pessoas quando, na verdade, nós mesmos não vivemos aquilo, ou pior, quando não acreditamos nessa mensagem.
O apóstolo Paulo, em II Coríntios 4.16, afirma que devemos estar animados: “Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia”.
O propósito, por sua vez, é a intenção de fazer algo, de tomar uma decisão. Trata-se de um desígnio e um intento. Quando vivemos com propósitos, vivemos motivados. A Bíblia Sagrada descreve a história de diversos personagens que foram motivados por seus propósitos.
No capítulo 12 do livro de Gênesis, Abrão recebe uma ordem para deixar sua terra e sua família. O propósito era divulgar a crença em um único Deus diante de um mundo que estava com seu coração dividido. Ele e sua descendência deveriam proclamar uma mensagem da necessidade de retomo ao único e verdadeiro Deus.
Noé era motivado pelo propósito de construir uma grande embarcação, crendo que Deus salvaria aqueles que acreditassem em sua palavra. Moisés foi motivado pelo propósito de conduzir o povo hebreu à Terra Prometida. Salomão era motivado pelo propósito de construir o Templo.
Os profetas eram motivados pelo propósito de impedir que o povo de Deus se desviasse dEle.
A capacidade de estabelecer um propósito e rnantê-lo é o diferencial entre obter sucesso ou amargar o fracasso. Sem propósito não se chega a lugar algum.
A improvisação é uma realidade, mas não pode se constituir regra. A falsa espiritualização procura justificar a falta de propósitos como sendo a vontade de Deus, mas não é assim. Quando o propósito é nobre, as pessoas se sentem inspiradas a criar algo de efetivo valor.
O estabelecimento do propósito requer conhecimento na tomada de decisões. A Bíblia Sagrada, em Provérbios 18.15, diz:
“O coração do sábio adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca a ciência”.
Para Shedd, “decisões banhadas em orações são muito mais prováveis de serem corretas do que aquelas que são baseadas exclusivamente na inteligência humana’.
“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tua veredas”, Pv 3.5,6.
Na busca pela correta tomada de decisão, é de extrema importância a verificação da nossa condição espiritual do que outros fatores. Uma vida guiada por Deus é fundamental, porque nossa decisão influenciará e afetará pessoas.
Como tomar decisões?
1) Ore, busque direção em Deus;
2) procure obter uma visão sistêmica (visão geral) das situações;
3) não haja por impulso, pense sempre antes de agir;
4) seja realista, tome por base os fatos;
5) procure estar equilibrado e haja com moderação;
6) pesquise, avalie, busque conselho;
7) não permita que o imediatismo te envolva;
8) não tome decisão diante de dúvidas e do nervosismo; e
9) não demore muito em tomar uma decisão.
E o processo decisório? É a ênfase que a administração dá para a tomada de decisões. Na igreja, uma boa parte do tempo exige de nós tomada de decisões e soluções para os problemas. É neste momento que os valores pessoais influenciam nossas escolhas.
Vejamos alguns passos que devem ser observados no processo decisório: Oração (Jr 29.11); definição (Sl 119.105); aceitar a resposta de Deus (Pv 3.5); e ter fé (Hb 11.6).
Paulo, em II Coríntios 4.16, adverte que não devemos nos desfalecer, antes devemos nos renovar de dia em dia.
Extraído
Autor: Pr. Eliel Gaby
Postado: Pb. Ademilson Braga