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Adultos - Betel

Miquéias – Um viver de acordo com os caminhos do Senhor

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 187 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 07 – 13 de agosto de 2023

TEXTO ÁUREO

“Eu, porém, esperarei no Senhor; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.” Miquéias 7.7

VERDADE APLICADA

Somos chamados a cumprir a missão de anunciar a Palavra de Deus no poder do Espírito Santo, com amor e fidelidade ao Senhor.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Miquéias 1

1 Palavra do Senhor, que veio a Miquéias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém.
2 Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude; e seja o Senhor Jeová testemunha contra vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade.
3 Porque eis que o Senhor sai do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra.
5 Tudo isto por causa da prevaricação de Jacó e dos pecados da casa de Israel. Qual é a transgressão de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira  SI 51.17
Deus não despreza um coração quebrantado.
Terça-feira  Pv 17.5
Escarnecer do pobre é insultar o Criador.
Quarta-feira – Jo 1.8
A importância de testificar da luz, que é Cristo
Quinta-feira – II Co 5.20
O ministério da reconciliação.
Sexta-feira – Ef 2.7-8
A salvação é pela graça.
Sábado  I Pe 2.9
Geração eleita, sacerdócio real, nação santa.

INTRODUÇÃO

A profecia de Miquéias é uma denúncia contra o pecado, os falsos profetas, as injustiças sociais e a corrupção, mas, também, contém palavras que revelam a misericórdia de Deus.

I – O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA MIQUÉIAS

A opressão do povo assírio foi usada como instrumento de Deus para disciplinar o povo de Israel; desta forma, as palavras proféticas de Miquéias ecoaram antes, durante e um pouco após o ataque da Assíria. O primeiro versículo do livro de Miquéias situa o leitor sobre a periocidade de seu ministério que foi durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá (Mq 1.1).

1. Conhecendo um pouco mais o profeta.Sabe-se pouco a respeito da vida pessoal do profeta. Seu nome era Miquéias (Mq 1.1.); lugar onde morava – morastita – Moresete-Gate (Mq 1.1,14); a época em que profetizou foi “nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (Mq 1.1); e sua mensagem foi dirigida para Samaria e Jerusalém (Mq 1.1). O nome Miquéias significa “Quem é como Jeová?”. Este nome era um nome muito comum à época e pode ter as variações de Mica e Micaías. Segundo os estudiosos do Antigo Testamento, o profeta Miquéias e o profeta Isaías foram contemporâneos e, possivelmente, isso explique a semelhança entre seus textos (Is 2.2-4; Mq 4.1-3).
2.
A mensagem do profeta. As palavras proféticas de Miquéias se dirigiram às cidades de Samaria, capital do reino do Norte, e Jerusalém, capital do reino do Sul. Suas palavras foram de denúncias contra os habitantes e contra seus governantes. A época em que o profeta viveu foi um período de corrupção e violência no reino de Judá (Mq 7.2-4), A mensagem do profeta Miquéias era uma dura advertência ao povo, pois havia rejeitado a Deus e Suas leis. O juízo de Deus era iminente sobre os infiéis, no entanto Miquéias trazia consolo e esperança para uma minoria que permaneceu fiel a Deus, para esses havia uma promessa de restauração.
3. Os falsos profetas. Em meio a tanta apostasia, corrupção e violência, o esperado era que surgissem também falsos profetas. Contra eles, Miquéias também dirigiu suas palavras proféticas com coragem e ousadia: “…e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá” (Mq 3.11). A liderança em geral aceitava subornos: “Os seus chefes dão as sentenças por presentes, e os seus sacerdotes ensinam por interesse” (Mq 3.11). Tanto o povo quanto seus líderes civis e religiosos caminhavam longe das leis e da justiça de Deus. Contra esse estado de coisas, o profeta, como um arauto, anunciou a salvação (Mq 4-5). Ele falou da destruição, mas também anunciou a salvação.

II – A GANÂNCIA E A INSENSIBILIDADE

A cobiça pelas propriedades alheias predominava entre aqueles mais abastados, os governantes e os líderes religiosos, uma vez que a riqueza era avaliada pela quantidade de terras que se possuía. Para que tal objetivo fosse alcançado, não se importavam em oprimir e defraudar seus compatriotas (Mq 2.1-2)

1. A crise da integridade.Como já dito anteriormente, a crise ética, moral e espiritual permeava toda a sociedade daquela época. Mesmo sendo o povo escolhido de Deus, há muito Israel não escolhera mais o Senhor como Deus em suas vidas. Haviam adotado o estilo de vida dos povos pagãos, bem como a corrupção dos mais influentes contra os mais vulneráveis. Quando os camponeses encontravam dificuldade em produzir aquilo que lhes era exigido para custear o alto estilo de vida das pessoas mais abastadas e influentes, os proprietários de terras tomavam as suas propriedades e posses, e subornavam os juízes, influenciando as decisões da justiça.
2.
A verdadeira religião. Diante de todo o quadro até agora visto, seria coisa muito difícil retomar a vida com Deus? Seria possível para aquele povo fazer um concerto com Deus? Miquéias clamou por um arrependimento sincero, ele anunciou o juízo iminente, que seria enviado pelo Senhor. Chamou o povo de Deus a agir com justiça, a amar a misericórdia e a andar humildemente com Deus. O próprio profeta deu a receita do que seria a verdadeira religião diante de Deus: “Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.7-8). Há nas palavras de Miquéias o encorajamento necessário a todos que genuinamente desejam servir a Deus.
Ele mesmo prescreveu em Levítico a liturgia e as festas religiosas. O que deixou Deus irado foi o povo imaginar que seguindo corretamente os rituais, estariam isentos de uma vida de fé e das obrigações sociais da Lei quanto ao auxílio dos pobres [Mq 6.7-8]. O profeta deixa claro o desejo de Deus para os israelitas, numa referência que serve também para a Igreja do Senhor: a prática da justiça, o amor à bondade e o andar de forma não soberba diante de nossos pares e do próprio Deus.”
3. Juízo e esperança. O profeta advertiu que os assírios dominariam o povo de Israel e isso seria tão devastador, que quem observasse não entenderia como um povo escolhido por Deus estava naquela situação ou diria que Deus retirou o Seu favor deles. Miquéias interpreta a invasão assíria como julgamento de Deus contra Jerusalém. Eles não somente perderiam tudo, como também seriam entregues nas mãos de um povo terrível e cruel. Contudo, Miquéias não anunciou somente o juízo de Deus, ele também profere palavras de esperança e salvação. Ele mostrou também um caminho de esperança, pois Deus é justo para salvar o inocente e o que se converte dos seus maus caminhos.

III – MIQUÉIAS PARA HOJE

A profecia de Miquéias, apesar de ter sido direcionada ao povo de Jerusalém e Judá, aborda temas que nunca deixaram de existir em todas as sociedades em todos os tempos. Ele denunciou os pecados, a corrupção, as injustiças e os falsos profetas. Apesar de Miquéias ter anunciado o iminente juízo de Deus, também profetizou esperança e restauração mediante o arrependimento e a misericórdia de Deus.

1. Esperança em meio à aflição.O profeta, em meio ao caos em que se encontrava, profere palavras de esperança em meio à aflição: “Eu, porém, esperarei no Senhor; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.” (Mq 7.7). Miquéias encontrou em Deus a solução para os males que o afligiam. O profeta confiou no juízo e na misericórdia de Deus e sabia que tudo estava sob Seu controle. Essa certeza traz a Miquéias a força necessária para continuar sua missão, ainda que não houvesse qualquer sinal de mudança daquele cenário, pois, por todos os lados havia pecado, deuses estranhos e injustiças.
2.
Apelo à fidelidade e à justiça.Deus quer que Seu povo viva à altura dos padrões morais e éticos que Ele traçou. Nos dias de Miquéias, muitos deixaram de viver à altura dos altos padrões divinos. Deus os havia livrado da escravidão egípcia e os estabelecera como nação. Convocou-os a ser uma sociedade exemplar que atraísse para Ele outras nações (Dt 4.5-6), No entanto, eles exploraram os pobres e se dedicaram com egoísmo à busca de suas próprias vantagens. Rebelaram-se contra a autoridade de Deus e rejeitaram os seus profetas.
3. A esperança na misericórdia do Senhor. Miquéias apontou os pecados de Israel e Judá como sendo a idolatria (Mq 1.5-9), a exploração dos mais pobres (Mq 2.1-2-3.1-3) e a falsa religiosidade (Mq 3.5-7). Eles sofreriam o julgamento de Deus e o cativeiro seria o seu destino (Mq 2.10; 6.9-16), Tanto o reino do norte quanto o reino do sul experimentaram o cativeiro. O reino do norte foi destruído, mas Judá, reino do sul, não foi exterminado. A nação não seria exterminada totalmente. Assim como o profeta denunciou o pecado, ele também anuncia a misericórdia de Deus àqueles que O buscam com o coração arrependido (Mq 7.18).

CONCLUSÃO

A mensagem de Miquéias ensina o segredo para aqueles que desejam permanecer firmes apesar das circunstâncias – o segredo é manter os olhos fixos em Deus e não nas circunstâncias.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

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