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Adultos - Betel

Membros da família de Deus

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EDIÇÃO: 95 – 4º Trimestre – Ano: 2021 -Editora: BETEL

LIÇÃO – 05 – 31 de outubro de 2021

TEXTO ÁUREO

“Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de Deus.” Efésios 2.19

VERDADE APLICADA

O perfeito sacrifício de Jesus Cristo resultou em reconciliação com Deus e permitiu que nos tornássemos membros de Sua família.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Efésios 2

11- Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisão feita pela mão dos homens;
12- Que, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.
13- Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
14- Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Is 53.4
Cristo: o ferido de Deus.

Terça-feira – Jo 3.16
Cristo: expressão do amor de Deus.

Quarta-feira – Rm 2.23-25
A verdadeira circuncisão.

Quinta-feira – II Co 5.18-20
Cristo: o ministério da reconciliação.

Sexta-feira – Cl 1.20-22
Cristo: autor da nossa redenção.

Sábado – I Pe 2.25
Cristo: Pastor e Bispo das nossas almas.

INTRODUÇÃO

Após sua brilhante exposição sobre a doutrina da salvação, Paulo agora trata acerca da condição dos gentios antes de Cristo e revela como Cristo desfez as barreiras que havia entre judeus e gentios naquele tempo.

I UM NOVO POVO FORMADO POR DEUS

Antes da vinda de Jesus, havia um desprezo muito grande por parte dos judeus em relação aos gentios, considerados indignos e incircuncisos (Ef 2.11).

1. Éramos gentios na carne, chamados incircuncisão. A Bíblia nos ensina que Israel foi o povo escolhido por Deus para Lhe representar e anunciar a salvação diante das nações da terra (Êx 19.5-6; Jo 4.22). Porém, ao detestar e até desprezar os pagãos, Israel fez mau uso desse privilégio. De acordo com Willian Barclay, os judeus acreditavam que Deus amava apenas a eles e mais ninguém. Diziam que os gentios haviam sido criados para serem combustível para o fogo do inferno. Até a vinda de Cristo, os gentios eram um objeto de desprezo para os judeus. Se por acaso um rapaz judeu se casasse com uma gentia ou vice-versa, era considerado como morto, e um enterro simbólico era realizado (At 10.28). Se uma mulher gentia fosse dar à luz, era proibido lhe prestar socorro, pois significava a vinda de mais um gentio ao mundo. O contato com um gentio era semelhante à morte.

2. Éramos sem Cristo e sem esperança. Existem momentos que essa palavra é muito apropriada em nossas vidas: “lembrai-vos” (Ef 2.11). O teólogo William Hendriksen faz o seguinte resumo acerca da situação dos gentios naquele tempo: estavam “sem Cristo, sem estado, sem amigos, sem esperança e sem Deus”. Essa era a terrível situação do antigo mundo gentio antes de Cristo. Os judeus esperavam o Messias, jamais duvidaram de Sua vinda (Lc 3.15; Jo 11.27). Mas que esperança havia para os gentios? Craig S. Keener, comentando sobre Romanos 1.18-32, discorre sobre o mundo pagão e assinala que o povo judeu considerava a idolatria (Rm 1.23) e o vício sexual (Rm 1.24-25), especialmente o comportamento homossexual (Rm 1.26-27), como pecados característicos gentílicos. F. F. Bruce lembra que o conhecimento do Deus verdadeiro era acessível aos homens, mas eles fecharam suas mentes para Ele.

3. Éramos estranhos às alianças da promessa e sem Deus no mundo. Paulo continua sua exposição sobre a situação dos gentios (Ef 2.12) dizendo que “estavam separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa”. John Stott comenta sobre esse texto: “A referência é provavelmente à promessa fundamental feita por Deus a Abraão. Israel era o povo da aliança, a qual era acompanhada de promessas específicas para esse povo”. Douglas Baptista lembra que os vários pactos que Deus estabeleceu com Israel giravam em torno da grande promessa da vinda do Messias: o pacto abraâmico (Gn 12.1-3), o pacto mosaico (Dt 28.1-14) e o pacto davidico (II Sm 7.13-16). Os outros povos não tinham conhecimento desses pactos e viviam envolvidos com “muitos deuses e muitos senhores” (ICo 8.4-6). Por isso, Deus ordenou que a nação de Israel fosse bênção a todas as nações (Gn 12.2-3; Êx 19.5-6).

II – A UNIDADE DO CORPO DE CRISTO

1. Estávamos longe e chegamos perto. A obra expiatória realizada por Jesus Cristo pôs um ponto final nas divergências sociais, culturais e religiosas entre judeus e gentios, e Paulo usa duas palavras para explicar esse contraste: “Longe e perto” (Ef 2.13). A situação do povo gentílico era semelhante à de navegantes que, sem bússola ou guia, flutuavam em um navio sem leme à noite, sem estrelas no meio do mar tempestuoso e longe do porto. Essa era uma realidade tanto literal, quanto espiritual. “Mas agora” tudo mudou e, pela fé em Cristo, todos aqueles a quem o Evangelho é pregado têm a oportunidade de se aproximar (Is 57.19; At 2.39). Nosso antes incluía estar separado de Deus, nosso hoje inclui estar salvo pela graça (Is 59.2; Ef 2.8-9).

2. Estávamos sem reconciliação e alcançamos a paz. Jesus Cristo em seu anúncio de “boas novas” trouxe a paz de Deus ao coração perturbado do homem. A paz que excede todo entendimento (Fp 4.7), não a que o mundo dá, mas a paz que transforma o homem ao se reconciliar com Deus (Rm 5.1). A obra de Jesus Cristo na cruz do Calvário não apenas concedeu a paz entre Deus e nós, mas também estabeleceu a paz entre os dois povos: “gentios e judeus”. Dessa maneira, e pelo Seu sangue, agora todos os crentes são transformados em um único povo, um único corpo (Ef 2.15; Cl 1.20-22). “Pelo sangue de Cristo”, o pecado, poderoso separador, foi derrotado (Ef 2.13-15).

3. Éramos dois povos e nos tornamos um só povo. Elienai Cabral cita que a cruz de Cristo serviu de elo de reconciliação e também de destruição. Ela foi o ímã para a reconciliação dos homens com Deus (Rm 5.10; II Co 5.18-20; Cl 1.20), e foi também o símbolo de morte e destruição das inimizades existentes entre Deus e o homem. No templo antigo havia uma parede que separava os judeus dos gentios, onde um gentio era proibido de avançar. Agora, em Cristo, não existe mais parede, nem templo. Hoje somos todos iguais diante de Deus. Pela graça, nos tornamos filhos de Deus, herdeiros juntamente com Cristo, povo santo de Deus e membros de Sua grande família (Ef 2.14, 19).

III – O EDIFÍCIO DE DEUS

Já não somos mais estrangeiros em terra distante. Cristo nos tornou cidadãos de Seu Reino e membros da família de Deus (Ef 2.19). Paulo compara a Igreja como um grande edifício que cresce a cada dia, e a cada dia é edificado.

1. O fundamento dos apóstolos e profetas. A obra de Jesus Cristo não apenas reconciliou o homem com Deus, mas, além de tornar os dois povos um, os reúne em um projeto, como um edifício, chamado “congregação dos santos” ou “congregação dos justos”, o que conhecemos hoje como “Igreja” (Rm 5.10-11; II Co 5.17, 21). É como uma casa santa, completamente edificada na rocha, a “pedra angular”, que é Cristo (I Pe 2.7). O fundamento dos apóstolos e dos profetas são as verdades reveladas pelo Espírito Santo acerca do plano de Deus e da pessoa de Jesus Cristo (Ef 2.20-21).

2. Nossa posição no edifício de Deus. Para ilustrar nossa posição em Deus, Paulo usa a figura de um edifício. Pensa a Igreja como parte de um grande edifício e em cada cristão como uma pedra viva no serviço da igreja (Ef 2.21; I Pe 2.5). Paulo nos apresenta a Igreja como um edifício que cresce dia a dia. Indicando, assim, uma construção progressiva e contínua. Importante também notarmos que a figura do edifício aponta para o aspecto da coletividade, tão enfatizado nas Escrituras e, às vezes, desprezado por alguns que dizem ser “igreja”, porém não cultivam a necessária comunhão em uma igreja local (Ef 2.22 – notar a expressão – “vós juntamente”; 4.16; Hb 10.25). A Igreja, como resultado do sangue de Cristo derramado na cruz (Ef 2.13, 16), continua a crescer, constantemente edificada pela obra do Espírito de Deus até “o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13).

3. Morada de Deus em Espírito. Nossa posição em Deus é digna de nota. Recebemos uma salvação muito poderosa em Jesus Cristo. Como gentios, estávamos totalmente fora de qualquer promessa da parte de Deus, e de um Salvador. Mas a expiação de Cristo não somente tornou possível a nossa entrada ao templo, Ele nos tornou Seu próprio templo, Sua habitação através de Seu Espírito Santo em nós. “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, provenicente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (I Co 6.19). Tal verdade revelada – que somos templo do Espírito Santo – deve despertar-nos para o fato de que não devemos pensar acerca de nós mesmos como independentes, como se tivéssemos plenos direitos sobre o que fazer com o nosso corpo, como muitos gostam de expressar.

CONCLUSÃO

Cristo morreu para reconciliar consigo mesmo toda a humanidade. O resultado é que não somos mais estrangeiros, mas, sim, cidadãos do Reino sobre o qual o Senhor reina. Somos a família que Ele ama e o templo em que Ele habita.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

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