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Joel: O poder do Espírito Santo nos últimos dias
EBD – Jovens – EDIÇÃO: 28– 3º Trimestre – Ano: 2021- Editora: CPAD
LIÇÃO – 03 – 18 de julho de 2021
TEXTO DO DIA
“E há de ser que depois. derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. “(Jl 2.28)
AGENDA DE LEITURA
Segunda-feira – Joel 11-4
A descrição de uma calamidade publica
Terça-feira – Joel 113
A interrupção do culto ao Senhor
Quarta-feira – Joel 2.12,13
O apelo a uma conversão sincera
Quinta-feira – Joel 223-27
Promessa de restauração e restituição
Sexta-feira – At 2.14-17
O cumprimento da promessa do Espírito Santo
Sábado – Jo 14.26
A capacitação do Espírito Santo
SINTESE
Mesmo em um contexto de desastre natural e apatia religiosa, Joel profetizou o derramar do Espírito Santo sobre toda a carne
TEXTO BÍBLICO
Joel 2:28-32
28 E há de ser que depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
29 E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o Espírito
30 E mostrarei prodígios no céu e na terra sangue, fogo, e colunas de fumaça
31. O sol se convertera em treva e a lua em sangue antes que venha grande e terrível dia do SENHOR.
32 E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o SENHOR tem dito e nos restantes que o SENHOR chamar.
INTRODUÇÃO
Joel iniciou sua pregação a partir de um desastre natural. A praga dos gafanhotos. Enquanto Oseias se apropriou de uma tragédia pessoal para compor a sua mensagem. Joel se utilizou de uma calamidade nacional para escrever as linhas do seu sermão profético. O livro de Joel pode ser dividido em duas partes. Na primeira, há uma descrição histórica da devastação de Judá imposta por uma praga de gafanhotos na segunda. o profeta anunciou o juízo divino que viria sobre o povo de Deus, seguido por uma restauração futura sem precedentes O profeta não ficou limitado as dificuldades do presente à tragédia natural ou ao indiferentismo religioso, mas transportou sua visão para uma época vindoura e enxergou o derramar do Espírito sobre toda a carne
I – O PROFETA JOEL
1. Seu nome. Joel, no hebraico “Yo e significa “Yahweh é Deus” ou “O Senhor é Deus’. Na cultura hebraica o nome do individuo apresentava uma conexão muito forte com sua vida Diferente da cultura ocidental os judeus não escolhiam o nome dos seus filhos pela beleza, mas pelo significado espiritual. O pai de Joel se chamava ‘Petuel que significa “persuadido por Deus” (Jl11). Concluímos que seu pai era um homem temente a Deus sendo o nome “Joel uma confissão de fé da parte de Petuel. Joel surgiu no cenário para pregar o significado do seu nome “O Senhor é Deus. Esta mensagem não foi pregada em um período de prosperidade ou bonança, mas em um momento de agonia e infortúnio.
O momento de dor, às vezes gera um colapso na fé, de modo que muitos chegam a arguir a gestão divina. Como Joel, devemos testemunhar nossa fé no Criador, independente das circunstâncias, sejam elas favoráveis ou desfavoráveis (II Co 6.10).
2. Para quem profetizou. Em toda a Bíblia o profeta Joel é citado apenas em duas ocasiões sendo uma única vez em ambos os Testamentos, a primeira na apresentação do seu livro (Jl 1.1) e a segunda, em lembrança ao cumprimento de sua profecia (At 2.16). O texto bíblico não fornece informações pessoais sobre ele o que sabemos é por inferência. Devido à sua familiaridade com o Templo. em sido identificado como um profeta do Templo ou até mesmo um sacerdote (Jl 1.13,14; 2.17), uma vez que suas profecias demonstram muita familiaridade com as cerimônias do templo (Jl 2.1,15. 32;3.17,20,21). Joel profetizou para Jerusalém os “filhos de Sião”.
Em princípio, Joel fala para o sou povo (Reino do Sul), no entanto, sua profecia abrangeu a igreja, conforme o próprio apóstolo Pedro reconheceu (At 2.16.17). Não podemos negar que também existe um caráter abrangente e escatológico em sua mensagem (Jl 3.1-21).
3. Quando profetizou. Há muitos debates sobre o tempo em que Joel profetizou Alguns consideram que ele tenha sido contemporâneo de Amós. outros acreditam que ele viveu na época de Eliseu A tradição judaica considerava o livro de Joel o mais antigo entre os Profetas Maiores e Menores. E presumível que muitos profetas posteriores tenham bebido da fonte de Joel. Acreditamos que Joel representou a ponte entre os profetas antigos com os demais profetas escritores do Antigo Testamento. De acordo com as evidencias internas do livro, ele profetizou no tempo de rei Joas, de Judá por volta de 835 aC. a 830 aC. pois o livro não cita o nome de nenhum rei, visto que isto era o período de menoridade do governo de Joás quando o sacerdote Joiada respondia pela liderança da nação (II Rs 12:2).
O livro não faz nenhuma alusão a Babilônia, Assíria ou Síria, pois os inimigos desta época eram outros (Jl 3.4,19). A idolatria não representou um problema em sua profecia considerando que durante a reinado de Joas, o período da adoração a Baal tinha terminado (II Rs 10 e 11). O problema do povo não era a idolatria, mas a apatia. O indiferentismo religioso é tão grave quanto à apostasia religiosa. Podemos dizer que a apatia é o prelúdio da apostasia.
II – O CONTEXTO HISTÓRICO DE SUA PROFECIA
1. A praga dos gafanhotos. Joel apresentou a devastação, a seca e a fome que atingiu a nação de Judá ao ser atacada por uma praga de do profeta e registrar para as gerações posteriores o relato da catástrofe que atingiu a nação (Jl 13). Trata-se de um evento histórico e de um texto narrativo A devastação foi total. O que ficou da lagarta, comeu o gafanhoto, e o que ficou do gafanhoto, comeu a locusta e o que ficou da locusta, o comeu o pulgão” (Jl 14). No original hebraico “lagarta gafanhoto, locusta e pulgão” não indicam insetos de diferentes espécies, mas o mesmo inseto o gafanhoto em quatro fases de seu desenvolvimento.
A lagarta’ representa o gafanhoto em seu estágio inicial ao nascer sem asas quando apenas consegue roer. O gafanhoto representa o estágio que começa a procriar e se multiplicar. No estágio de locusta” desenvolve asas, mas ainda não voa, apenas salta e já começa a devorar. Ao se tomar pulgão já está plenamente desenvolvido, com asas completas. Judá foi desolada por causa deste ataque de gafanhotos em seus vários estágios de desenvolvimento. O descaso para com Deus precipitou o povo a assolação. O fruto de quem vira as costas para Deus sempre será amargo.
2. A indiferença de sua geração. Os compatriotas de Joel agiram com indiferença diante da tragédia. Acreditavam que essas situações simplesmente aconteciam. O profeta começou sua mensagem fazendo uma invocação solene para chamar a atenção do seu povo Suas palavras iniciais foram ouviste (Jl 12) Os ébrios deveriam se despertar (Jl 15) a virgem deveria lamentar (Jl 18) e os sacerdotes deveriam gemer e clamar (Jl1.13). A devastação foi tão grande que não havia material para oferecer a oferta de manjar (Jl19. O mesmo ocorria com as libações e com o vinho. A seca se alastrou pela terra (Jl112). Não havia matérias para o culto. A interrupção da adoração ao Senhor deveria ser considerada uma grande calamidade (Jl 1.13). Joel se incomodou com a indiferença de sua geração por isto chamou a atenção deles dizendo que mais calamidades estavam por vir.
As vezes, Deus permite certas situações no proposto de despertar-nos permanecer indiferente diante da adversidade e um sinal claro de insensibilidade espiritual, O verdadeiro cristão se vale de todos os momentos para buscar ao Senhor, na tristeza clama pelo consolo, na alegria, louva o com gratidão.
3. O simbolismo da tragédia.Enquanto o primeiro capitulo narrava um acontecimento histórico, o segundo previa uma calamidade que assombraria a nação A derrota para uma nação estrangeira. Parecia que Joel estava descrevendo um futuro ataque de gafanhotos, pois falava de um diluvio escuro com milhares de gafanhotos cobrindo as céus (Jl 2-2), Ele comparou os insetos ao fogo (2-3) e descreveu-os com a aparência de um cavalo (em miniatura) (2-4). Em suas palavras o exército invasor seria obstinado. Como valentes correriam cada um polo seu carreiro (Jl 2.7,8) Joel se valeu do simbolismo do ataque dos gafanhotos para prever um ataque militar como resultado de um juízo divino sobre o povo.
Provavelmente o profeta estava se referindo ao futuro ataque da Babilônia. Para Joel, a praga dos gafanhotos prefigurava uma desolação muito maior. Não era tempo de ficar indiferente ou passivo era preciso se voltar para Deus. Quando não aprendemos nessas primeiras lições, outras nos alcançarão. Por isto, é fundamental que desenvolvamos, o quanto antes, a maturidade para entendermos o que Deus deseja de nós diante das situações que estamos vivendo
III – O PODER DO ESPÍRITO SANTO NOS ÚLTIMOS DIAS
1. Apelo ao arrependimento.Joel conclamou seus compatriotas ao verdadeiro arrependimento. A expressão “agora mesmo” revelou a urgência do apelo (Jl 2.12). Arrependimento não é algo que pode ser procrastinado. Na Bíblia, o arrependimento é sempre para hoje (Mt 3.2; 4.17: At 2.38; 319). O profeta afirma que Deus não se deixa enganar com “falsos arrependimentos ou com rituais aparentes. A conversão deve ser de todo o coração (Jr 29.13). Eles deveriam se humilhar diante de Deus com sinais claros de um coração quebrantado, realizando jejuns.com choro e pranto (Jl 212).
A penitencia deveria ser profundamente sentida Não era uma questão meramente ritual. Eles deveriam rasgar o coração e não as vestes (Jl 2.13). A nação inteira precisava se voltar para Deus UL 216) Os sacerdotes deveriam chorar e clamar pelo povo (Jl 2.17) .Eles estavam tão envolvidos com a politica na frente do governo durante o período de menoridade do rei Joas que deixaram suas atividades sacerdotal de lado. Era preciso voltar a interceder pelo povo. A promessa do derramar ao Espirito Santo requer de nós uma conversão sincera e uma entrega total.
2. Bênçãos materiais.O arrependimento muda destinos. Mediante a conversão sincera, Deus prometeu derramar fartura. A resposta viria com a providencia dos mantimentos que antes estavam escassos: trigo, vinho e óleo (Jl 2.19) Deus prometeu agir não apenas como o provedor de recursos mas também como o protetor do seu povo (Jl 2. 20.21), Deus prometeu ordenar aos recursos naturais a chuva (temporã e serôdia) e ao próprio desenvolvimento da colheita e do fruto, que fossem derramados na medida correta para trazerem prosperidade sobre Israel.
Aqui vemos a benção ofuscando a tragédia. Deus prometeu restituir os anos de sofrimento (Jl 2.23-25). Toda restauração tem o propósito de revelar a presença de Deus e fornecer motivos para uma adoração verdadeira e ininterrupta (Jl 2.26.27). Deus sempre deseja nosso bem, entretanto permite a adversidade como uma alternativa pedagógica para instruir-nos. Precisamos entender que as fendas de Deus nos curam. Não despreze a disciplina divina, pois ela traz em si a voz da instrução, principalmente quando aplicada por um Pai amoroso(Pv 3.12).
3. O Espirito Santo nos últimos dias.A benção material vem acompanhada de graça espiritual Joel profetizou sobre uma nova era inaugurada após o arrependimento. Pedro interpretou esse “depois” como sendo os últimos dias (At 2.17). ‘Os últimos dias representam um período bem abrangente, que começa com a primeira vinda de Cristo na Terra e se encerra em sua Segunda Vinda. O derramar do Espírito Santo marca o período da dispensação da Igreja Atualmente vivemos o cumprimento da profecia de Joel.
No Antigo Testamento somente sacerdotes e profetas recebiam a unção, todavia, a benção do Espirito Santo e universal, não só para Israel, mas para todos os povos: homens e mulheres jovens e velhos. servos e livres (Jl 2.28, 29). Os efeitos da efusão do Espirito são as profecias sonhos e visões cujo principal propósito e gerar a nossa edificação ( I Co 14.12).
CONCLUSÃO
Joel fez o registro histórico da praga dos gafanhotos e exortou sua geração sobre a iminência do juízo divino. No entanto a promessa da descida do Espírito Santo foi o tema-chave de sua profecia O livro de Joel nos ensina principalmente a respeito da atualidade das ações do Espirito Santo, pois mediante uma conversão verdadeira o Consolador será derramado de forma efusiva e sobrenatural sobre todos aqueles que se aproximam de Deus em busca de salvação.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora CPAD