E.B.D
Fé – O ponto de partida de uma vida com Deus
EBD – Jovens – EDIÇÃO: 143 – 4º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 01 – 01 de outubro de 2023
TEXTO PRINCIPAL
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.” (Hb 11.1)
LEITURA SEMANAL
Segunda-feira – Gl 5.6
A fé que opera por amor
Terça-feira – I Pe 1.7
A prova da fé
Quarta-feira – I Pe 1.21
A fé e a esperança
Quinta-feira – At 15.9
Purificando o coração pela fé
Sexta-feira – Jo 1.12
Fé para se tornar filho de Deus
Sábado – II Co 5.7
Andando por fé e não por vista
TEXTO BÍBLICO
Hebreus 11.3-6
3 Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
4 Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala.
5 Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não foi achado, porque Deus o trasladara, visto como, antes da sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a Deus.
6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
INTRODUÇÃO
Graças a Deus por mais um trimestre de estudos bíblicos. Depois de estudar a respeito das Cartas Pastorais, estudaremos sobre a defesa da fé. Veremos questões importantes da apologética cristã na atualidade. A primeira lição será mais conceitual, pois estaremos construindo um alicerce para as demais questões.
I – A FÉ SALVÍFICA
1- Fé. No Novo Testamento, esse termo é encontrado com bastante frequência. Contudo, você sabe o que significa? Segundo o Dicionário Houaiss, “fé é a absoluta confiança (em alguém ou algo); comprovação de algum fato.” Entretanto, o autor da Carta aos Hebreus tem a melhor definição: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1). O substantivo pistis (fé) e o verbo pisteuõ (crer) ocorrem mais de 240 vezes na Bíblia. Essas palavras têm uma grande importância no Cristianismo.
A igreja do primeiro século tratou da questão da fé com muito zelo, pois reconhecia a sua importância. A temática da fé também estava presente nas ações missionárias da Igreja Primitiva, pois os crentes anunciavam a fé em Cristo e faziam um convite ao arrependimento (At 3.19). Na atualidade, a mensagem da Igreja deve ser um chamado à fé salvadora. Pregações que não são cristocêntricas e que não exigem fé e arrependimento, são discursos que podem até produzir uma satisfação momentânea, mas não oferecem a alegria da salvação.
2- Confiança no testemunho que Deus dá. Deus testemunhou da missão redentora de Jesus Cristo logo depois do batismo dEle por João (Mt 3.17). A fé em Jesus Cristo é necessária para obtermos a salvação e a vida eterna (Jo 3.15,16,18). A salvação é pela graça, entretanto é necessária a fé salvífica, que é um dom de Deus (Ef 2.8). O Espírito Santo é o único capaz de convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Nossa fé precisa estar firmada em Cristo e no seu sacrifício redentor (1 Co 15.3-11).
3- Crer mesmo não vendo. A fé é a confiança irrestrita em Deus e na sua Palavra. Tomé, ao saber da ressurreição de Jesus, não acreditou. Disse que para crer era preciso ver o sinal dos cravos nas mãos de Jesus, mas o Salvador o repreende dizendo: “Porque me vistes, Tomé, crestes; bem-aventurado os que não viram e creram! (Jo 20.29).
II – A FÉ E A VIDA
1- Fé e milagres. Você crê em milagres? Qual seria o real propósito de Jesus ter operado tantos milagres? João afirma que os muitos sinais, milagres, realizados pelo Mestre tinham como objetivo levar as pessoas a crerem que Ele era o Cristo (Jo 20.31). João deixa evidente que, mais importante que os sinais, é a mensagem da cruz. É preciso pregar o Evangelho, mostrando que Jesus ainda realiza milagres, mas o seu maior feito em nosso favor foi e é a sua morte vicária.
2- Andar com fé. O crente, que experimentou o milagre do Novo Nascimento, não está mais debaixo do jugo do pecado e não anda mais segundo aquilo que ele pode ver, com os seus olhos naturais (II Co 5.7). O cristão não vive mais na prática do pecado, segundo o curso deste mundo, e também não teme mais a morte. Pois, para nós que cremos em Cristo a morte é apenas uma passagem para a vida eterna com Deus. Enfrentar o desconhecido pode até causar um receio, mas não medo, pânico. Graças a Deus, nós podemos desfrutar da mesma confiança que Paulo tinha na vida eterna. A fé, plantada pelo Senhor em nossos corações, nos leva a crer que a morte e a ressurreição de Jesus são reais, ainda que não tenhamos visto (I Pe 1.8).
3- A fé e a volta de Jesus. A esperança da salvação eterna, de habitar junto a Deus no Céu, é resultado de uma fé genuína em Jesus e nas Escrituras Sagradas. O crente aguarda a sua completa salvação crendo que, em breve, Jesus voltará para buscar a sua Igreja. Não sabemos o dia e nem a hora da sua vinda, mas temos fé de que Ele voltará (Mt 24.36). Porém, será que quando vier o Filho de Deus, encontrará fé na Terra? (Lc 18.8) Vivemos tempos trabalhosos, em que muitos estão vivendo uma grande frieza espiritual e não esperam mais a vinda de Jesus.
III – FÉ: DOM E FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
1- A fé e os dons de curar. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus define que “o dom da fé se distingue da fé salvífica e da fé como fruto do Espírito; trata-se de uma fé especial usada num momento específico.” Para o crente receber os dons que estão relacionados em 1 Coríntios 12, é necessário ter fé. Sem fé não recebemos nada da parte de Deus. Em seu ministério terreno, ao visitar algumas cidades, Jesus não pôde realizar muitos milagres. Sabe por quê? Devido à incredulidade do povo: “E não fez ali muitas maravilhas por causa da incredulidade deles” (Mt 13.58). Há uma necessidade urgente em nossos dias de avivarmos a nossa fé colocando-a em ação. O Cristo revelado nos Evangelhos permanece o mesmo. Precisamos buscar a Deus em oração, jejum e leitura da Palavra a fim de experimentarmos uma fé viva, capaz de produzir boas obras, pois a fé sem as obras é morta (Tg 2.17).
2- A fé como fruto do Espírito. O saudoso pastor Antônio Gilberto definiu de forma simples, porém profunda, a questão da fé como fruto do Espírito. Ele afirma que “diferentemente do dom da fé, a fé como fruto do Espírito cresce dentro de nós.” Fé e amor também caminham juntos. Sua fé em Jesus é evidenciada mediante suas ações, ou seja, seus frutos. Partindo do princípio de que a fé é a nossa confiança inabalável em Deus, ela pode ser comparada como o tronco de uma árvore e o amor é um dos seus frutos. Amor, fidelidade a Deus e paz são atributos de quem tem fé no Cristo ressurreto.
3- Fidelidade. A fé produz novidade de vida e fidelidade, pois o servo de Deus é fiel ao seu Senhor, à sua igreja, liderança e família. Tomemos como exemplo Timóteo e Tito que, embora fossem ainda jovens, foram fiéis ao Senhor e a Paulo, cuidando da igreja com dedicação e amor. Infelizmente vivemos em um mundo em que as pessoas já não tem mais temor a Deus e são infiéis. Só quem já experimentou o Novo Nascimento pode viver de modo fidedigno nesse mundo tenebroso. O desejo de Deus para a sua vida é que você tenha fé diante das tribulações. No mundo temos tribulações, mas podemos ter a certeza de que não estamos sozinhos, Cristo está conosco em todo o tempo (Mt 28.20).
CONCLUSÃO
Diante das situações adversas, tendemos a esfriar na fé, mas nesses momentos precisamos nos voltar para o Senhor. Talvez você esteja enfrentando um tempo difícil, mas peça que o Pai revigore a sua esperança em suas promessas. A fé em Deus é fundamental para que você vença o mundo (1 Jo 5.4). Então, busque ao Senhor e peça mais fé.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora CPAD