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Adultos - Betel

Esaú – As bênçãos da promessa por um prato de lentilhas

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 176 – 2º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 09 – 28 de maio de 2023

TEXTO ÁUREO

“Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6.33

VERDADE APLICADA

Não podemos trocar os preciosos banquetes de Deus pelas migalhas deste mundo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mateus 22

2- O reino dos céus é semelhante ao certo rei que celebrou as bodas de seu filho.
3- E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir.
4- Depois enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.
5- Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o campo, outro para o seu negócio.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Ne 9.17
Deus perdoador, clemente e misericordioso.
Terça-feira – Pv 9.1-6
Andar no caminho do entendimento.
Quarta-feira – Mt 22.5-8
A parábola das bodas.
Quinta-feira – Jo 6.22-29
Jesus é o pão da vida para os que creem.
Sexta-feira – Fp 3.17-20
Pessoas que só pensam em coisas terrenas.
Sábado – Hb 12.15-17
Cuidado para não se privar da graça de Deus.

INTRODUÇÃO

Nem sempre compreendemos os caminhos de Deus no cumprimento de Suas promessas. Porém, estudando a história dos patriarcas é possível atestarmos a fidelidade, o poder, a soberania e graça de Deus no desenvolvimento de Seu perfeito e glorioso plano divino de redenção.

I – AS BÊNÇÃOS DA PRIMOGENITURA

Dois aspectos principais estão associados aos direitos de primogenitura na cultura hebraica: a liderança da família e a dupla porção da herança. No caso dos patriarcas, incluía também ser portador das promessas de Deus a Abraão.

  1. Bênçãos de prosperidade. Um dos direitos de primogenitura era o de receber o dobro da herança da família na morte do pai (Dt 21.17). J. A. Thompson(Deuteronômio – Introdução e comentário, Vida Nova, 1982, p. 220-221): “Um dos temas do Velho Testamento era que o filho mais velho podia ser substituído por um filho mais novo em circunstâncias especiais, como, por exemplo, Jacó e Esaú, Isaque e Ismael, Efraim e Manassés, Davi e seus irmãos mais velhos […] Estes casos, porém, são exceções à regra geral […] Naqueles exemplos do Velho Testamento em que um filho mais novo era escolhido em lugar do primogênito, fica claro o fato de que a escolha divina fora completamente imerecida e baseada somente na graça”.
  2. Bênçãos de autoridade.Além de riqueza, o direito de primogenitura passava ao primogênito autoridade sobre o clã da família que pertencia ao pai. Com a morte do pai, o primogênito seria responsável por cuidar da sua mãe, irmãos menores e todos os seus servos e animais. Isso dava ao filho primogênito, além de grande honra, o poder de decidir o destino da tribo como local de moradia, acordos comerciais, casamentos das mulheres da família e até os deuses que seriam cultuados pela família. Esaú, e não Jacó, tinha as qualidades naturais para esta função (Gn 25.27). Mas sua necessidade de satisfação imediata parece tê-lo deixado indiferente a estes privilégios
  3. Bênçãos de representatividade. Em se tratando dos patriarcas de Deus havia um elemento extra nos direitos de primogenitura. O primogênito teria também o privilégio de ser o portador das promessas patriarcais. As bênçãos e promessas que Deus fez vinicialmente a Abraão seguiram os primogênitos futuros conforme temos visto (Gn 26.3-5). Tais homens seriam um tipo de sacerdotes da família e representantes dela diante de Deus. Seria através deles que Deus governaria aquela família segundo Seu propósito. Este modelo de representatividade patriarcal divino por meio dos direitos de primogenitura preparava Israel para o sacerdócio levítico que nasceria mais tarde com Moisés.

II – O DESPREZO ÀS BÊNÇÃOS DA PRIMOGENITURA

Mesmo diante de todos os privilégios que vimos nos tópicos anteriores, precisamos perguntar: como Esaú pode abrir mão deles? Como pode deixar de dar valor a algo tão importante?

  1. Desejou um prato imediato a um banquete futuro. Nossos primeiros pais, Adão e Eva, foram tentados exatamente com a comida, numa busca de satisfação imediata e passageira sem Deus no lugar de uma satisfação futura e abundante com Deus. A história de Esaú parece nos fazer voltar ao início. Ele chega da sua rotina de caçada faminto e sente o cheiro do cozido de Jacó. Ele pede um pouco de comida e Jacó, percebendo a oportunidade, lhe faz uma proposta indecente. Meu prato de ensopado por seu direito de primogenitura (Gn 25.30-31). Tão absurda quanto a proposta de Jacó foi a autojustificativa de Esaú: “Eis que estou a ponto de morrer, e para que me servirá logo a primogenitura?” (Gn 25.32).
  2. Preferiu o que é escasso ao que é abundante.Jacó revela o interesse pelas coisas sagradas que o seu irmão Esaú não tinha (Gn 32.24-30). Isso com certeza é valorizado por Deus. O problema de Jacó está nos caminhos que ele está disposto a tomar para obter tais coisas. Ele é oportunista em um momento de necessidade do seu irmão (Gn 25.31). Por sua vez, seu irmão é profano. Ignora o sagrado. Despreza valores. Vende algo precioso por uma satisfação efêmera. Ambos erraram. Deseje o que Jacó desejou, mas não tome caminhos como os dele. Não podemos de forma alguma passar por cima da necessidade dos outros para chegar a lugares mais altos. Por sua vez, não podemos “vender” o que Deus reservou para nós por coisas tão banais.
  3. Priorizou o prazer pessoal que o propósito espiritual. Além de desprezar as bênçãos da primogenitura, Esaú se casa com mulheres estrangeiras (Gn 26.34), o que não era aceito para as sucessões sacerdotais. Hebreus 12.16 diz que Esaú era imoral e profano. A profanação é o pecado de tratar comum aquilo que é sagrado. E foi exatamente isso que Esaú fez ao estipular o valor da primogenitura por um prato de lentilhas. Já sua imoralidade, obviamente estava relacionada a sua ligação com mulheres estrangeiras em cultos pagãos, que envolviam orgias cultuais (Gn 36.2). Não há registro de Esaú ter tido estas práticas, mas não é impossível, visto que é condenado por sua imoralidade.

III – EFEITOS DE DESPREZAR AS BÊNÇÃOS DE DEUS

Deus nos abençoa para revelar Seu valor a nós e Seu amor por nós. Quando desprezamos as bênçãos de Deus, desprezamos o próprio Deus que nos abençoa.

  1. Buscar o que não pode mais ter.Para Esaú, os direitos da primogenitura e as bênçãos de Deus através do seu pai Isaque eram coisas distintas. Por isso, ele buscou ser abençoado por seu pai mesmo depois de ter vendido a primogenitura para Jacó, a quem diz que dele tomou (Gn 27.36). Mas, nos propósitos de Deus na história de Israel, estas coisas são inseparáveis. Quando Esaú desprezou os privilégios do seu nascimento, desprezou também as bênçãos especiais para o seu futuro. Nem mesmo suas lágrimas de remorso puderam restituir aquilo que por natureza já lhe pertencia, mas que desprezou (Gn 25.34).
  2. Uma bênção inferior.Quando chega o dia tão esperado de Isaque abençoar seu filho Esaú, Isaque lhe pede cozido preparado com uma caça capturada por ele. Após o prazer desta refeição, a bênção seria impetrada (Gn 27.1-4). Rebeca ouve tudo e se adianta, tramando um plano para que Jacó recebesse a bênção que Isaque pretendia dar a Esaú (Gn 27.5-26). Isaque, enganado por Rebeca e Jacó, o abençoa no lugar de Esaú (Gn 27-29). As bênçãos proferidas por Isaque a Jacó determinarão o destino do povo de Israel. Bênçãos muito superiores às que “sobraram” para Esaú e seus descendentes, os edomitas (Gn 27.38-40), embora estas também fossem enormes (Gn 36.6-8).
  3. Uma mágoa interior. Esaú bradou (Gn 27.34), chorou (Gn 27.38), passou a sentir ódio por Jacó e planejou matar seu irmão após a morte de seu pai Isaque (Gn 27.41). Matando Jacó, Esaú recuperaria os direitos cíveis da primogenitura. Porém, não recuperaria em hipótese alguma a bênção de Deus para sua vida. Esaú tenta de alguma forma consertar as coisas casando agora com mulheres da sua parentela, como ouviu ordenar Isaque a Jacó (Gn 28.6-9). Mas isso não mudava seu espírito mundano. Esaú segue por anos profundamente magoado com seu irmão, vindo a se reconciliar muito tempo depois (Gn 33.1-4). Mas isso só aconteceu por iniciativa humilde de Jacó (Gn 32.3).

CONCLUSÃO

Há lições e avisos para nós no estudo das histórias dos patriarcas (Rm 15.4; I Co 10.11). Temos visto como a nossa natureza pecaminosa é capaz de nos levar a tomar decisões erradas! Mas não podemos trocar as preciosas bênçãos de Deus pelas coisas deste mundo caído.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

 

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