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Adultos - CPAD

Eliseu e o milagre da multiplicação do azeite

Publicado

em

LIÇÃO – 125  –  16 de novembro de 2014

TEXTO ÁUREO

“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” Fp 4.19

VERDADE APLICADA

Os grandes milagres vividos pelos servos de Deus em todos os tempos sempre se originaram da simplicidade das coisas ou das pessoas que deles se acercavam.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Apresentar o contraste da visão de Eliseu e da viúva, e a importância de um profeta;

2. Mostrar as atitudes de fé e os passos que produziram esse grande milagre;

3. Alertar sobre os tipos de vasos e o valor de um vaso moldado pelo oleiro.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

II Rs 4.1-3

INTRODUÇÃO

A Bíblia relata que uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, pois seu marido havia falecido, e deixado uma dívida que ela não tinha condições de pagar, e por isso, os credores vieram a sua casa para levar seus filhos como escravos (II Rs 4.1).

I. CLAMANDO POR UM MILAGRE

Como se não bastasse perder o marido, essa mulher ainda teve que suportar a pressão dos credores, que desejavam a todo custo levar seus filhos cativos como pagamento das dívidas deixadas pelo falecido. A escravidão naquele tempo era tão séria que era iminente a destruição de sua família.

Eliseu é chamado pela viúva

É muito edificante quando existe alguém habilitado por Deus para a realização de milagres. Eliseu é convocado exatamente por isso, porque era um representante legal de Deus naquela região.

Ela lhe conta seu drama, e ele lhe faz a seguinte pergunta: “Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite” (II Rs 4.2). Observemos que ela diz que não tinha nada. E nada é nada! E conclui: “senão uma botija de azeite”. Então ela tinha alguma coisa! Porém, diante de sua dívida e da pressão sofrida, ela jamais poderia imaginar que aquilo que via como nada se tornaria a fonte de seu milagre. Ela sabia que a quantidade de azeite que possuía não pagava sua dívida.

A visão do profeta diante da viúva

“Que hei de te fazer? E ela disse: “Tua serva não tem nada em casa…” (II Rs 4.2). Quando a visão do nosso entendimento é aberta por uma verdade espiritual, aquilo que antes reputávamos como nada, pode se tornar a coisa mais valiosa que temos na vida. O profeta sabia que em sua casa havia o produto do milagre, então a despertou dizendo: “Dize-me que é o que tens em casa”. Para a mulher aquela botija de azeite não representava muita coisa, para o profeta era a fonte do milagre. Ela via apenas o azeite. Mas o profeta, viu além, viu o futuro. Enquanto ela viu uma pequena botija, ele estava vendo dezenas de vasilhas cheias a partir daquele azeite, ou seja, em situações de aperto a receita do sucesso é apresentar o pouco que temos Aquele que tudo pode!

A necessidade do profético em nossos dias

Nós somos uma igreja carente de profetas (não nos referimos ao dom de profecia, que muitos estão manipulando e usando insensatamente). Os profetas veem o futuro, eles têm sensibilidade para penetrar no mundo espiritual e mostrar a realidade do amanhã. Assim é o ministério profético (Ef 4.16). No episódio aqui relatado devemos destacar duas coisas importantes: a visão da mulher e a visão do profeta. “Ela vê a botija de azeite como nada, ele vê como a fonte de tudo o que ela precisa”. Os profetas existem para nos ensinar a usar a ferramenta que temos para seguir adiante. Uma palavra profética pode mudar a nossa vida (Mt 8.8; Lc 7.7). Se olharmos para nossas limitações e não cremos na palavra profética nada se moverá. Nosso maior problema com milagres é visualizar o que temos nas mãos.

II. Os passos para um grande milagre

Eliseu pede que aquela mulher corra até seus vizinhos, e lhes peça muitas vasilhas emprestadas para que o azeite daquela pequena botija venha enchê-las. Ela deveria confiar na palavra do profeta e agir por intermédio da fé no que ele disse. A fé também exige uma atitude, uma ação (Hb 11.1-6).

Pedindo vasilhas emprestadas

A vida cristã pode apresentar muitos contrastes. No caso dessa viúva, ela começa pedindo emprestado algo a alguém, e pedir nunca é fácil (At 20.35). Pelo empréstimo conseguido, observa-se que tinha relacionamento e boa convivência com seus vizinhos. Pois, sendo de má índole e sem relacionamentos seu milagre seria embargado. O profeta não fala a quantidade de vasos que ela deveria pedir, esse ato revela a qualidade e o nível daquilo que ela acreditava. Se ela pedisse mil, todos seriam cheios, se pedisse dez, aconteceria o mesmo. O que nos revela esse tipo de ação? Que podemos tanto limitar o milagre quanto ampliá-lo. Nossa fé pode determinar o tamanho do milagre que desejamos ver acontecer em nossas vidas (Jo 4.50-53; II Co 5.7).

Milagres extraídos daquilo que não é aparente

Uma atitude de fé sempre estará alicerçada na espiritualidade e na sensibilidade (Gl 5.16; Tg 2.18). Essa mulher estava desesperada, com medo de perder seus filhos, por isso, não pôde ver que o pouco azeite daquela botija era a fonte para sanar suas dívidas. Em muitos casos somos levados pela religiosidade e aparência das coisas, raramente não somos ludibriados pelas belas embalagens que nos rodeiam. A palavra certa aqui seria discernimento, e nesse tempo de coisas tão maquiadas, seria importante que a igreja se aplicasse em buscar o precioso dom de discernir os espíritos (I Co 12.10; I Jo 2.20). O milagre partiu de onde ela menos imaginava, e aconteceu quando ela tirou de onde aparentemente não havia nada, um sinal de que não podemos esperar ter para depois entregar. É do nada que deus tira o tudo que precisamos.

Milagres de portas fechadas

“Então entra, fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia” (II Rs 4.4). Uma grande verdade ressalta dessas palavras: “Existem milagres que só acontecem quando a porta está fechada”. Quando a porta está fechada geralmente pensamos em guerrear e lutar com Deus para que se abra. Uma porta fechada pode ser o prenúncio de um grande milagre que está para acontecer. Deus também trabalha no silêncio. Pedro foi salvo milagrosamente enquanto as portas da prisão estavam fechadas (At 12.710) José estava com as portas fechadas, quando ele se tornou governador (Gn 40.3; 41.14).

III. Botijas que enchem vasos

Na casa de Deus existem vários tipos de vasos, e cada um tem uma função específica. Existem vasos pequenos, médios, e grandes; vasos de ouro, de prata, de pau, e de barro; vasos para a honra, e vasos para a desonra (II Tm 2.20). Porém, o destaque desse milagre não foi um vaso, e sim uma botija.

O valor de uma botija

Como seres humanos temos muita dificuldade em valorizar coisas pequenas. Mas esse milagre nos ensina a preciosidade de observar essas coisas (I Co 1.27, Is 53.2-3). O que a mulher tinha em casa? Uma botija. O que o profeta mandou ela pedir aos vizinhos? Vasos. Na lógica e na visão humana é o vaso que enche a botija. Porém aqui as posições estão inversas. É costume primeiro pensar que o pequeno sempre receberá do grande. Todavia, nesse milagre, é o pequeno quem dá a vida, é o pequeno quem é a fonte, é o pequeno que visto como nada é quem sobressai. Ela disse: não tenho nada, e foi exatamente do que via como nada que os vasos foram cheios.

Vasos de ouro e de prata

Esses tipos de vasos não existem em qualquer casa, eles além de valiosos, se destacam numa grande mansão. Muitos adorariam ser de ouro e de prata como esses vasos, mas nasceram apenas para ser de pau e de barro, materiais fáceis de tomar uma forma diferente, enquanto os valiosos são mais rígidos. Quando os vasos de ouro e prata aparecem é porque os de pau e de barro já trabalharam por eles. Porque não se prepara uma boa comida em vasos de ouro e de prata! O segredo não é o material com que o vaso é feito, mas a função que desempenha: honra ou desonra (II Tm 2.20). Uma pequena botija pode ser a salvação de muitos vasos vazios, observamos que não é o tamanho, o material ou a forma, mas o que possui dentro de si que faz a diferença (Mt 25.4).

Vasos de barro

O vaso de barro possui algumas características interessantes. Ele é frágil, quebra com muita facilidade, o que possibilita o oleiro a refazê-lo sempre que desejar, dando a forma que melhor lhe convém (Jr 18.4). A beleza do vaso de barro está no seu interior. Ele não tem parecer nem formosura mas porta dentro de si um inestimável tesouro (I Co 4.7). Ou seja, ele porta consigo a grandeza de alguém, todo seu valor pertence ao dono do tesouro que nele está. Vivemos um tempo difícil, onde belos vasos apresentam grosseiras rachaduras de pecado, e o óleo se esvai. E na escassez de vasos para embelezar a mansão, o Senhor está recrutando botijas, e multiplicando o azeite que elas dividem com outros vasos.

CONCLUSÃO

O primeiro estágio dessa mulher era de calamidade total, mas seu final foi milagroso, próspero e sobrenatural. O importante não é como começamos, mas como iremos terminar diante de Deus. Ainda há tempo para mudanças, façamos como essa mulher, convidemos ao Senhor para vir a nossa casa e contemos a Ele o que se passa conosco.

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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2 Comentários

2 Comments

  1. Nayara

    25 de agosto de 2023 at 12:46

    Lindo estudo , muito edificante
    Riquíssimo em detalhes.

    • Pr. Ademilson Braga

      15 de outubro de 2023 at 15:53

      A paz do Senhor;

      Agradecemos pelo comentário!

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