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Adultos - CPAD

Eleição e predestinação

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EDIÇÃO: 407 – 2º Trimestre – Ano: 2020 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 03 – 19 de abril de 2020

TEXTO ÁUREO

“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.” (Ef 1.4,5)

VERDADE PRÁTICA

Segundo a sua presciência, Deus elegeu e predestinou para a salvação os que creriam e perseverariam na fé em Cristo Jesus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – I Pe 1.2
Fomos eleitos segundo a presciência de Deus
Terça-feira –
I Tm 2.4
Deus oferece a salvação a todos, mas nem todos a recebem
Quarta-feira –
I Co 10.12
Os eleitos devem vigiar para não cair e perderem a salvação
Quinta-feira –
Rm 8.30
Apenas os eleitos em Cristo foram predestinados
Sexta-feira –
Rm 8.28,29
A predestinação não é dupla, pois ela diz respeito apenas às dádivas da salvação
Sábado –
Ef 2.4-8
A salvação pela graça provém do amor de Deus

LEITURA BÍBLICA

Efésios 1.4-12

4 – como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor,
5 – e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,
6 – para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.
7 – Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça,
8 – que Ele tornou abundante para conosco em toda a sabedoria e prudência,
9 – descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,
10 – de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;
11 – nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade,
12 – com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que primeiro esperamos em Cristo;

INTRODUÇÃO

A eleição e a predestinação são termos importantes na compreensão da doutrina da salvação. Esses vocábulos ligados entre si elucidam o plano divino de salvar os pecadores. Nesta lição abordaremos os conceitos bíblicos e a interpretação pentecostal referente à eleição e à predestinação.

I – ELEITOS PARA UMA VIDA SANTA E IRREPREENSÍVEL

A dádiva da eleição precede a nossa existência. Antes da fundação do mundo, Deus planejou salvar e capacitar para uma vida de santidade os que Ele elegeu de antemão.
A Eleição divina. Eleição traz a ideia de escolha. Aos Efésios (1.4), Paulo menciona três aspectos dessa escolha: (1) Em quem fomos escolhidos? Em Jesus, por isso ela é Cristocêntrica; (2) Em que tempo se deu essa escolha? O tempo é dito como “antes da fundação do mundo”; (3) E qual a finalidade? Para que fôssemos “santos e irrepreensíveis”. Donald Stamps, editor da Bíblia de Estudos Pentecostal, afirma que a eleição de pessoas ocorre somente em união com Jesus Cristo e que ninguém é eleito sem estar unido a Cristo pela fé. Nossa Declaração de Fé assevera que Deus elegeu a Igreja desde a eternidade, antes da fundação do mundo, segundo a sua presciência (I Pe 1.2).
As condições da eleição. A Bíblia de Estudo Pentecostal ensina que a eleição para a salvação em Cristo é oferecida a todos (Jo 3.16; I Tm 2.4-6), e torna-se uma realidade para cada pessoa de acordo com seu prévio arrependimento e fé (2.8; 3.17). Entretanto, esse meio não é meritório e ninguém pode cumpri-lo sem a graça de Deus. Desse modo, fomos eleitos por iniciativa divina por causa da graciosa Obra de Cristo e não pelas nossas obras (2.8-9).
Vida Santa e irrepreensível. Paulo enfatiza que a eleição tem a finalidade específica de sermos “santos e irrepreensíveis diante dEle” (1.4). Nesse aspecto, o vocábulo grego hagios (santo) significa “separado do pecado” (I Pe 1.15,16); o adjetivo grego amõmos (irrepreensível) expressa algo “sem defeito” ou “inculpável” (Fp 2.15). Os termos apontam para a santificação, isto é, o mais alto padrão ético e moral de vida para agradar a Deus, que nos elegeu em Cristo (5.1-3).

“Não obstante, somente o Espírito Santo capacita o crente para esse novo estilo de vida”.

A nova vida dos eleitos. O tema é apresentado com exortações contra a velha conduta, tais como: mentira, furto, palavras torpes, amargura, ira e cólera (4.22,25, 28,29,31). E ainda severas advertências contra a fornicação, impureza, avareza e embriaguez (5.3,15,18). A finalidade é apresentar a Deus uma “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga… mas santa e irrepreensível” (5.27). Não obstante, somente o Espírito Santo capacita o crente para esse novo estilo de vida (Gl 5.22-25). Trata-se, portanto, de um processo contínuo de santificação até a glorificação final no dia de Cristo (II Co 3.18).

II – PREDESTINADOS PARA FILHOS DE ADOÇÃO

A palavra “predestinar” mostra que o destino dos eleitos foi feito na eternidade.
A predestinação. O termo grego proorizõ, traduzido como predestinar (1.5a), é formado pelo vocábulo orizõ que significa “determinar” e pela preposição pro que indica algo feito “antes”, ou seja, predestinar significa literalmente “determinar antes”. A Bíblia de Estudo Pentecostal esclarece que a predestinação se aplica aos propósitos de Deus inclusos na eleição. Que a eleição é a escolha feita por Deus, “em Cristo”, de um povo para si mesmo (1.4), e que a predestinação abrange o que acontecerá ao povo escolhido por Deus (1.5). Por conseguinte, nossa Declaração de Fé ensina que a predestinação dos salvos é precedida pelo conhecimento prévio de Deus daqueles que diante do chamamento do Evangelho recebem a Cristo como seu Salvador pessoal e perseveram até o fim (Rm 8.29,30). Logo, foi vontade de Deus reconciliar os pecadores e torná-los seus filhos (1.5b).
Filhos por adoção. Paulo é o único escritor do Novo Testamento que emprega o termo “adoção” (Rm 8.15,23; 9.4; Gl 4.5; Ef 1.5). Essa prática não fazia parte do sistema legal judaico, mas era comum entre os romanos e perfeitamente conhecida entre os gregos. Assim, o apóstolo enfatiza que foi agradável a Deus inserir, no plano da salvação, a adoção dos eleitos como filhos “segundo o beneplácito da sua vontade” (1.5b). Ele ainda assinala que o amor foi o que moveu o Pai a nos adotar (2.4,5). Se noutro tempo éramos estranhos e inimigos de Deus, agora estamos reconciliados com Ele em Cristo e somos Seus filhos (Cl 1.21; Rm 8.17). Essa posição nos é imerecida, contudo, aprouve ao Pai fazê-la assim (Mt 11.26).
Os privilégios da adoção. Deus criou o ser humano para estar em comunhão com Ele, mas o pecado rompeu com essa dádiva (Gn 1.26; 3.23,24). Entretanto, em Cristo, o Pai reconciliou-se com os homens, adotando os escolhidos (1.5). Nesse sentido, o apóstolo Paulo usa uma analogia da adoção na sociedade romana, em que o filho adotado recebia o direito ao nome e aos bens de quem o adotava. Igualmente, na filiação divina, Deus predestinou as bênçãos de um novo nome e de uma nova imagem – a imagem de Cristo – aos eleitos (Rm 8.29; Ap 2.17). Então, Deus concede a redenção e a remissão de pecados (1.7,8) e restabelece a comunhão com o pecador, dando-lhe o direito de clamar “Aba, Pai” (Gl 4.6), isto é, o direito de ter intimidade com o Pai. Isso significa que passamos a ser herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo (Rm 8.17), das promessas a Abraão (Gl 3.29) e da vida eterna (Ef 3.6; Tt 3.7). Tendo sido aceitos por Deus, fomos transformados em filhos para Seu louvor e glória (1.6).

III – A SUBLIMIDADE DO PROPÓSITO DIVINO NA PREDESTINAÇÃO

A excelência da predestinação está na provisão de bênçãos espirituais aos eleitos pela vontade divina em Cristo e por seu incalculável amor.
Predestinação e salvação. O Soberano Deus não predestinou incondicionalmente pessoa alguma à condenação eterna, mas deseja que todos se arrependam e convertam-se de seus maus caminhos (At 17.30). Nas seis vezes que a palavra aparece no Novo Testamento (At 4.28; Rm 8.29,30; I Co 2.7; Ef 1.5,11), nenhuma delas faz referência a condenação de pecadores. Portanto, não houve uma dupla predestinação em que Deus decretou e escolheu que uns vão para o céu e outros para o inferno. Nossa Declaração de Fé assevera que a predestinação bíblica diz respeito apenas à salvação, sendo condicionada ao arrependimento e à fé em Cristo Jesus segundo a presciência divina (1.4,5; I Pe 1.2).
Predestinação e o amor. Antes de Deus criar qualquer coisa, o seu plano de redimir a humanidade e de definir o destino dos crentes estava estabelecido (1.4,5). Por conseguinte, a Bíblia mostra que a redenção divina não foi uma medida de emergência; ao contrário, era o plano imutável do amor de Deus desde sempre (II Ts 2.13; II Tm 1.9). Aqui consiste a sublimidade dos propósitos eternos em prover a salvação: o amor de Deus (Jo 3.16, I Jo 4.10,19). Foi por amor que Ele nos elegeu e nos predestinou em Cristo (Rm 8.29, Ef 1.4,5). Isso implica dizer que a salvação, como “favor imerecido”, provém do amor de Deus (2.4,8). Não obstante, os que se achegam a Cristo não são coagidos, mas atraídos a Ele (Jo 12.32).

CONCLUSÃO

Cristo morreu por todos e por cada um dos pecadores. Desde a eternidade, segundo a sua presciência, em Cristo, Deus elegeu e predestinou os que creriam e perseverariam na fé a viver em santidade, receber a filiação divina e a desfrutar de todas as bênçãos espirituais divinamente estipuladas.

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

 

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