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Adolescente - CPAD

Efésios: a carta da fé, do amor e das virtudes

Publicado

em

EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 05 – 1º Trimestre – Ano: 2021 – Editora:CPAD

LIÇÃO – 05 – 31 de janeiro de 2021

OBJETIVOS

– Salientar A nossa condição espiritual antes da salvação;

– Enfatizar que a salvação é pela graça de Deus;

– Destacar que o Cristão foi salvo para praticar boas obras

TEXTO BÍBLICO

Efésios 2.1-10

1 E Vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,

2 Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.

3 Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

4 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,

5 Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),

6 E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;

7 Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça gpela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.

8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.

9 Não vem das obras, para que ninguém se glorie;

10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.

DESTAQUE

“Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. A salvação não é o resultado dos esforços de vocês; portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la.” (Ef 2.8,9)

LEITURA DEVOCIONAL

Segunda-feira – Ef 2.1-4

Terça-feira – Jo 2.15

Quarta-feira – Gl 5.16-21

Quinta-feira – Rm 5.8

Sexta-feira – Mt 5.13,14 

Sábado – Ef 2.10

Domingo – Rm 5.1

QUEM NÓS ÉRAMOS ANTES DE ESTAR EM CRISTO?

Essa pergunta diz respeito à nossa condição espiritual no passado, quando nós ainda não havíamos confessado Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas.

A resposta de Paulo a esta pergunta envolve três aspectos:

a) Estávamos “espiritualmente mortos” (2.1). Em Adão, independente de cor, condição social ou capacidade intelectual, todos nós fomos feitos pecadores, e por isso, estávamos “afastados da presença gloriosa de Deus” (Rm 3.23). Com o pecado, o ser humano morreu espiritual e fisicamente, e teria morrido eternamente se não tivesse aceitado a provisão de salvação oferecida pelo Pai por intermédio do seu Filho. O pecado nos tornou inimigos de Deus.

b) Seguíamos “o mau caminho deste mundo” (2.2). Ou seja, vivíamos com base no pensamento mundano, hostil e descomprometido com os valores eternos de Deus revelados em sua Palavra (Cl 3.5-7). Éramos, nas palavras de João, “amantes do mundo” (Jo 2.15); escravos de “argumentos sem valor, que vêm da sabedoria humana. Essas coisas vêm dos ensinamentos de criaturas humanas e dos espíritos que dominam o Universo” (Cl 2.8); percorríamos as “trilhas de Satanás” ao invés de andarmos no caminho de Deus.

c) Vivíamos de acordo com a nossa natureza humana, fazendo o que o nosso corpo e a nossa mente queriam (2.3).

O apóstolo afirma que a nossa vontade era satisfazer nossa própria natureza pecaminosa. Éramos escravos de nossa natureza e as obras que praticávamos eram más, porque brotavam de um coração enganoso e perverso (Mc 7.21-23), que conspira contra o que o Espírito deseja (Gl 5.16-21).

Como podemos perceber, nosso problema não estava no lado de fora, mas nas profundezas de nosso próprio coração. Como diz o apóstolo Paulo, éramos filhos da ira, merecedores do justo castigo de Deus; pecadores nas mãos de um Deus irado. Mas graças a Deus que apesar de um passado de inimizade e justa condenação pelos pecados praticados, na Cruz do Calvário Jesus Cristo ofereceu-se a Deus por nós, para nos salvar, oferecendo-nos seu gracioso perdão. Hoje temos paz com Deus por meio de Jesus Cristo (Rm 5.1).

SALVOS PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ

A salvação é um presente maravilhoso de Deus à humanidade. Não é fruto da engenhosidade dos filhos dos homens, mas do planejamento do Pai (Ef 1.4-6); não é conquistada por esforços pessoais de homens e mulheres bem-intencionados, mas ofertada gratuitamente pelo incalculável preço pago com o sangue de Jesus Cristo, o Filho (Ef 1.7-12). Essa salvação é aplicada e confirmada pelo Espírito Santo, o qual nos marcou como propriedade de Deus, sendo Ele mesmo a garantia de que receberemos o que Deus prometeu ao seu povo (Ef 1.13,14).

Paulo destaca que a salvação, do início ao fim, é obra de um Deus misericordioso e amoroso (Rm 5.8; Ef 2.4,5) que vem ao nosso encontro por intermédio de seu Filho Jesus Cristo. Se no passado estávamos mortos espiritualmente, no presente estamos vivos em Cristo. Agora pela graça de Deus somos salvos.

Em Efésios 2.8, Eo apóstolo ressalta que a graça, e não as obras, é a fonte da nossa salvação; caso contrário nós nos gloriaríamos em nossas próprias obras. Pois a graça é o favor de Deus para com aqueles que nada merecem. Entretanto, como bem afirmou o pastor Myer Pearlman: “uma dádiva precisa ser aceita. Como é que um homem aceita a salvação? Mediante a fé… A fé é a mão que recebe aquilo que Deus oferece”.

Como é possível observar, a salvação não pode ser comprada nem tampouco vendida pelos seres humanos. Ela não é uma moeda de troca, um bem negociável, mas um presente recebido pela fé das mãos de um Deus gracioso e que deve ser cuidado por nós.

Não se esqueça: você não é salvo porque é bom, bonito ou religioso, mas porque a graça de Deus revelada em Jesus o salvou. Valorize isso. Testemunhe dessa salvação. Não abra mão deste presente, é valioso demais para ser jogado na lata do lixo ou ser apagado como se faz com algo indesejado nas redes sociais.

UMA VIDA DE AMOR E DE BOAS OBRAS

Se é verdade que não fomos salvos porque praticamos boas obras, também é verdade que somos salvos para praticar as boas obras. Pois são por elas que demonstramos nosso amor, gratidão e serviço a Deus e aos homens. Paulo deixa isso claro quando diz que “em nossa união com Cristo Jesus, ele nos criou para que fizéssemos as boas obras que eleja havia preparados para nós” (2.10). A prática das boas obras não é uma opção para os salvos, mas um compromisso com o Deus que nos salvou.

Jesus, no sermão da montanha, disse aos seus discípulos que eles deveriam ser o “sal da terra” e a “luz do mundo” (Mt 5.13,14). Essas alegorias revelam o compromisso que Jesus espera de seus seguidores para com o mundo. Eles devem exercer influência positiva, contagiante e transformadora tanto na terra que está em estado de deterioração como no mundo marcado por profundas trevas, por causa do pecado; devem praticar boas obras para que os homens as vejam e glorifiquem ao Pai que está nos céus (Mt 5.16).

O Pai deve ser glorificado não apenas com mensagens virtuais, mas acima de tudo com atitudes reais na vida. Essa influência só será possível com um engajamento radical de nossa parte. Precisamos tornar nossa vida um instrumento de glorificação a Deus e de serviço ao próximo. Devemos utilizar toda nossa capacidade intelectual, criativa, emocional e física para o Reino de Deus. Nossas relações, sejam interpessoais ou virtuais, devem revelar Cristo.

O nosso compromisso deve ser integral; precisamos cuidar não só do próximo, mas também da terra que o Senhor nos deu (Gn 2.15); precisamos orar e respeitar tanto as autoridades, como nossos pais (Ef 5); devemos falar a verdade na igreja, mas também na escola, no trabalho, em casa. A nossa luz precisa brilhar em todos os lugares onde as trevas do pecado estão a dominar.

RECAPITULANDO

Mortos em nossos pecados decorrentes completamente de nascer quadros ao desafio de viver segundo a boa, perfeita e agradável à vontade de Deus. Mas a morte de Jesus nos deu condição de experimentar a graça do bondoso pai. Hoje temos paz com Deus e somos desafiados a viver em paz com os homens. Fomos salvos para manifestar o amor de Deus, E isso fazemos através das boas obras. Que Deus nos abençoe em Cristo e nos dê condições de continuar o ministério da Reconciliação deixada por Cristo à igreja (II Co 5.17-21).

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

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