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Adultos - Betel

Do Éden a Babel

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 168 – 2º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 01 – 02 de abril de 2023

TEXTO ÁUREO

“E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gênesis 3.15

VERDADE APLICADA

O Senhor Deus, que criou todas as coisas conforme a Sua vontade, é poderoso para cumprir o Seu glorioso propósito.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Gênesis 1

26- E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
27- E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28- E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que se move sobre a terra.
31- E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Gn 1.26-31
A criação dos seres viventes.
Terça-feira – Gn 3.1-8
A queda do homem.
Quarta-feira – Gn 3.7-19
Deus prometeu redimir a humanidade.
Quinta-feira – Rm 5.19-21
A graça superabundou o pecado.
Sexta-feira – Hb 8.6-11
Cristo é mediador de um pacto eterno.
Sábado – Ap 21.1-4
O novo céu e a nova terra.

INTRODUÇÃO

Neste trimestre, estudaremos lições baseadas no livro de Gênesis, identificado como o livro dos começos. Na presente lição serão enfatizados os seguintes assuntos: a maravilhosa e perfeita obra da redenção já tinha sido planejada por Deus antes da fundação do mundo; a multiplicação da maldade na humanidade; e a origem das nações e dispersão dos povos.

I – ELOHIN: O CRIADOR E SENHOR DA HISTÓRIA

Como o povo de Israel que nasce na glória dos propósitos de Deus acaba aparecendo em estado de escravidão no Egito? O livro de Gênesis nos responde esta pergunta.

  1. 1. O Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo. O plano da redenção divina não foi um desesperado plano B de Deus para resolver o problema da queda. Aquele que teria o calcanhar ferido pela serpente é o mesmo descendente da mulher que lhe esmagaria a cabeça na cruz (Gn 3.15). Mas Sua morte estava determinada antes da fundação do mundo (Ap 13.8). Precisamos ler toda a Escritura tendo isso em mente.
    2. O Deus que vela por Sua Palavra. O desenrolar histórico que se deu desde esta promessa divina no Éden até a sua consumação, não consiste de acidentes aleatórios, obras do acaso e trapalhadas humanas. Deus conduziu e conduz a história de uma forma misteriosa, amorosa e soberana para que o que Ele prometeu permanecesse de pé. O redentor viria como semente da mulher – uma referência clara à encarnação do Verbo e nascimento virginal do Cristo. E esta mulher descenderia de Israel. Daí, Deus, ao preservar Israel em toda a sua história de erros e fracassos, está garantindo o cumprimento daquilo que Ele prometeu, pois Deus mesmo cuida para que Sua Palavra se cumpra (Jr 1.12; Ml 3.6).
    3. A semente da mulher.A serpente que estava no Éden ouviu numa mesma frase Deus falar tanto do destino de Cristo assim como do seu próprio destino (Gn 3.15). Ainda assim passou a história tentando impedir que o descendente da mulher viesse ao mundo. Quando Israel estava no Egito, Faraó tenta exterminar a próxima geração de hebreus matando os recém-nascidos machos para eliminar possíveis ameaças de rebeliões (Êx 1.16).
    Se esta loucura tivesse pleno sucesso, a raiz pura de Israel de onde o redentor nasceria se perderia com a miscigenação egípcia. Por trás da intenção insegura e infanticida de Faraó, estava a serpente tentando “ferir o calcanhar” de Israel para que o redentor não chegasse a nascer.
    Deus, porém, salvou das águas a Moisés (Êx 2.1-9), varão hebreu de sangue puro que redimiria Israel da escravidão egípcia. Deus usou Moisés como um tipo Daquele que no futuro viria para libertar o povo da escravidão do pecado (Mt 1.21; Jo 8.36).

II – O CORAÇÃO DO HOMEM E O CORAÇÃO DE DEUS

Após a queda do homem, a caminhada da humanidade foi cada vez mais degradante. Gênesis, cujo significado simples significa começo, sinaliza de fato o começo de tudo. Inclusive do sofrimento na história humana.

  1. 1. O mal no íntimo do homem. O primeiro homicídio dentro da primeira família com Caim e Abel mostra como a raça e sua história seria marcada pelo “morrerás” decretado no Éden (Gn 2.17). Não só a morte, mas o homicídio entrou na rotina humana e não saiu mais. Pelo contrário, foi institucionalizado (Gn 4.15; 9.6). Caim e Abel foram os primeiros irmãos e Caim o primeiro homicida. Champlin, em seu comentário sobre o primeiro homicídio em Gênesis, diz: “Essa narrativa simboliza a degeneração humana desde o princípio. Nada havia no meio ambiente de Caim que o tivesse levado a matar seu irmão. O ato originou-se da maldade no íntimo.”
    2. A tristeza no íntimo de Deus.O mal no íntimo do homem manifestou a tristeza no íntimo de Deus. A forma mais próxima de descrever esta tristeza de Deus estão nas palavras: “Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração.” (Gn 6.6). Esta tristeza é revelada depois que Deus constata o estado avançado do coração humano para o mal (Gn 6.5). Esta constatação culminou no dilúvio. É nos dito que Deus se arrependeu de haver feito o homem e decide fazê-lo desaparecer da face da terra (Gn 6.7). Porém, uma família foi salva. A família de Noé.
    3. Graça em meio ao juízo. Após descrever a corrupção que assolava a humanidade, a maldade se multiplicando e a decisão do Senhor de destruir da face da terra o ser humano, o escritor sagrado apresenta um, “porém” (Gn 6.8) – termo que expressa um contraste: há um homem que tem fé em Deus, obedece a Deus, anda com Deus. Pela graça de Deus, manteve-se puro em meio a uma geração corrompida (Gn 6.9; Hb 11.6-7). Noé não se conformou com o modus vivendi de sua geração (Fp 2.15; II Pe 2.5).
    O relato da epístola aos Hebreus e da primeira de Pedro [1Pe 3.20] fazem menção da salvação da família de Noé. Dentre tantas lições preciosas a serem extraídas deste texto, destacamos:

1) A graça de Deus continua se manifestando de maneira superabundante;

2) A influência positiva de Noé sobre sua família antes do dilúvio;

3) A fé que resulta em obediência a Deus e um viver justo e reto.

III – A ORIGEM DAS TRÊS CIVILIZAÇÕES ANTIGAS

Quando Noé estava construindo a arca, o som das suas marteladas na madeira era engolido pelo barulho da vida desregrada em que vivia sua sociedade. Agora, porém há um completo silêncio e uma terra vazia para um novo começo.

  1. 1. Uma nova terra. Deus deu a Noé o que deu a Adão: missão e autoridade. Ele deveria se multiplicar, encher a Terra e dominá-la (Gn 9.1-3). Temos um paralelo com o Éden aqui. O dilúvio é um novo começo. Porém, não no jardim, e não sem pecado. Por esta razão a lei a respeito do valor da vida foi estabelecida. Quem tirasse uma vida teria a vida tirada, sob a perspectiva de que cada ser humano carrega a imagem de Deus (Gn 9.5-6).
    Estabelecido este mandamento e dada a Noé sua missão, Deus faz com ele e seus descendentes Sua aliança. Esta aliança divina, porém, se enquadra mais com uma promessa divina, pois não há parte requerida ao homem para que Deus não destrua mais o mundo com águas (Gn 9.9-17). A partir dos filhos de Noé, toda a terra foi repovoada (Gn 9.19).
    2. As três civilizações. Com o início de uma nova humanidade, os três filhos de Noé se tornaram os pais das três grandes civilizações do mundo antigo (Gn 10.32). Sem deu origem aos semitas, de onde surgiriam os judeus, de quem nasceria o Messias. Os outros dois filhos de Noé deram origem às duas grandes civilizações gentílicas. Jafé se tornou o pai de uma grande parte dos gentios com história de expansão, poder e prosperidade. De Cam nasceram os povos canaanitas, que ocuparam as regiões de Canaã. Sob a bênção de Deus, similares às dadas a Adão (Gn 1.22, 28), as três civilizações se multiplicaram, repovoando a terra para um novo começo (Gn 10.1-3).
    3. A grande confusão. A criação de Deus indica a ordem sobre o caos [Gn 1.2-3]. O propósito criativo sobre o vazio. “Tudo foi criado por ele e para ele” [Cl 1.16]. Ou seja, tudo o que Deus fez e faz é para a glória do Seu nome. Ele cria a humanidade e dá dons e habilidades aos homens para que estes, por meio dos feitos, propaguem a glória do nome de Deus em sua multiforme sabedoria.
    Porém, o que vemos em Babel retrata como o homem falha em dois aspectos: ao invés de se espalharem como portadores da glória de Deus ao mundo, eles se ajuntam. Além disso, usam sua capacidade para honrar seu próprio nome [Gn 11.3-4]. A resposta de Deus à ordem humana que contraria o propósito de Deus é a confusão [Gn 11.7-9]. A ação divina, porém, em confundir a língua também foi solução divina para a propagação daqueles que carregam a Sua imagem.

CONCLUSÃO

A entrada do pecado na história afetou não apenas a humanidade, mas, também, a própria natureza. Porém, tal tragédia não surpreendeu o Criador, pois o perfeito plano da redenção já estava delineado desde a fundação do mundo.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

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