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Adultos - CPAD

Desenvolvendo uma consciência de santidade

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 633 – 2º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 10 – 09 de junho de 2024

TEXTO ÁUREO

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hb 12.14)

VERDADE PRÁTICA

Na jornada para o Céu, devemos estar conscientes a respeito da necessidade de ter uma vida santa para nos encontrarmos com o Senhor

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – Jo 17.17
A Palavra de Deus gera verdadeira santidade
Terça-feira – Rm 6.19-22
Um chamado para a santificação na jornada
Quarta-feira – Rm 8.29; I Jo 3.2
O propósito de ser como Jesus
Quinta-feira – I Co 6.11
A santificação inicial na jornada
Sexta-feira – Ef 4.20-24, 27-30
A santificação progressiva na jornada
Sábado – I Ts 4.13-18
A glorificação final após a jornada da vida cristã

LEITURA BÍBLICA

I Pedro 1

13- Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo,
14- como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;
15- mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,
16- porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
17- E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,
19-mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
20- O qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós;
21- e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus.

INTRODUÇÃO

A palavra “consciência” nos remete a ideia de percepção a respeito de algo que está em nossa volta, é o estado em que estamos despertos, acordados e lúcidos no tempo presente e, por isso, sabemos que existimos. Desse jeito, o crente em Jesus, que iniciou a sua jornada de fé com Cristo, deve estar consciente a respeito de viver uma vida santa, sem a qual, a Bíblia afirma: “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Nesta lição, estudaremos a importância da santidade em nossa jornada para o Céu.

I – A PERSPECTIVA BÍBLICA DA SANTIFICAÇÃO

1- Santificação no Antigo Testamento. Do hebraico qõdesh, santidade é um substantivo masculino que significa “sacralidade”, “posto à parte”, que pode se referir a Deus, aos lugares, coisas, algo à parte, separado. Essa palavra deriva da raiz verbal hebraica qadash, que traz a ideia de “consagrar”, “santificar”, “preparar”, “dedicar”, “ser consagrado”, “ser santo”, “ser santificado”, “ser separado”. Nesse sentido, a palavra qodesh aparece cerca 469 vezes no Antigo Testamento como santidade (Êx 15.11), coisa santa (Nm 4.15), santuário (Êx 36.4). Outrossim, o adjetivo qâdôsh, muito presente no Pentateuco, os primeiros livros da Bíblia, traz a ideia de um dia, uma pessoa ou uma nação inteiramente consagrada, separada, santificada a Deus (Gn 2.3 Êx 19.6).
2- No Novo Testamento. O verbo grego hagiadzô, quer dizer “santificar”, traz a ideia de “tornar santo”, “purificar ou consagrar”, “venerar”, “ser santo”. Esse termo abrange o sentido de o crente tornar-se puro, de modo a estar purificado e santificado por obra graciosa do Espírito Santo (I Co 6.11). Nesse sentido, no Novo Testamento, a santidade operada na vida do crente é uma obra autêntica do alto (Ef 5.26; I Ts 5.23).
3- A santidade exigida pela Palavra. Em nossa jornada cristã rumo ao Céu, a Palavra de Deus exige santidade em todas as áreas de nossa vida. Isso porque a palavra da verdade nos santifica (Jo 17.17). Desse modo, o crente em Jesus não pode ter compromisso com o comportamento pecaminoso, visto que em sua lida diária, ele tem um compromisso de buscar um estilo de vida santo, pois sabe que sem ele não podemos ver o Senhor (Hb 12.14).

II – A SANTIFICAÇÃO E SEUS ESTÁGIOS

1- A realidade da santificação. A partir do que estudamos sobre os termos bíblicos a respeito da santificação, podemos afirmar que se trata de um ato, um estado é um processo pelo qual o pecador se torna santo (Rm 6.19-22; I Ts 4.1-7). Em primeiro lugar, a santificação é um ato de separação do mundo. Em segundo, ela é um processo cujo propósito é levar o cristão a se tornar semelhante ao nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 8.29). Assim, a santificação busca aperfeiçoar o crente de modo que a imagem de Cristo se reflita plenamente em sua vida (II Co 7.1; Ef 4.12,13; 5.26). Nesse caso, a santificação bíblica é um processo que abrange pelo menos três estágios: Santificação inicial (posicional), Santificação Progressiva e Glorificação.
2- Três estágios da santificação. Em primeiro lugar, a santificação do crente inicia com o Novo Nascimento, pois por intermédio do Espírito Santo, o crente é declarado justo diante de Deus, completamente regenerado, declarado sem pecado; trata-se da santificação inicial ou posicional (I Co 6.11). Em segundo lugar, há o estágio progressivo da santificação neste mundo, em que o crente se despoja do “velho homem” e vai se revestindo do “novo homem” até alcançar a perfeita imagem de Cristo (Gl 5.16-18; Ef 4.20- 24,27-30). Esse estágio leva ao último: o da glorificação. Esse é o momento em que o crente será como Jesus é (Rm 8.29; I Jo 3.2) e receberá um corpo ressurreto tal qual o do nosso Senhor, por ocasião da sua aparição após a ressurreição (Jo 20.24-29; cf. I Ts 4.13-18).
3- O alvo da santificação. Segundo o estudo dos três estágios da santificação, percebemos que o propósito da santificação é tornar o crente perfeitamente coerente com a plenitude do caráter divino (Mt 5.8). Nesse aspecto, todo crente regenerado é chamado por Deus para ouvir, guardar e praticar seus mandamentos, de modo que seja a sua santa habitação de Deus (Jo 14.23).

III – O JULGAMENTO DO DEUS SANTO

1- O Deus Santo. A Bíblia revela Deus como o Santo de Israel (Is 1.4), com um nome Santo (Is 57.15); os serafins declaram a sua santidade (Is 6.3) e, em santidade, ninguém pode se igualar a Deus (I Sm 2.2). Desse modo, a Bíblia afirma enfaticamente que Deus é Santo. Assim, Ele é o nosso parâmetro para uma vida de santidade, conforme registra o texto bíblico: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2; cf. I Pe 1.16). Portanto, à luz da santidade de Deus, somos chamados a ser santos em nossa jornada.
2- Santidade exigida a todos os crentes. A Igreja de Cristo neste mundo é o santuário dedicado ao Senhor (Ef 2.21). Por meio do nosso amado Salvador, o Senhor Jesus Cristo, a Igreja foi santificada para apresentar-se gloriosa, santa e sem defeito diante de Deus (Ef 5.26,27). Por isso, como membros do Corpo de Cristo neste mundo, comprados pelo seu precioso sangue, somos exortados e convocados a andar em santidade (Hb 12.14). Empenhamo-nos a nos consagrarmos a Deus em verdadeira santidade (Rm 12.1)!
3- Santidade e justiça de Deus. Biblicamente, a santidade e a justiça são atributos divinos que se relacionam. Como vimos, essa virtude aponta para a essência de Deus, que é totalmente puro, como bem afirma João: “Ele é luz e nEle não há treva alguma” (I Jo 1.5). Tudo em Deus é santo, puro e verdadeiro. A justiça dele aponta para a sua retidão, para a harmonia de sua justiça com a Lei. Desse modo, compreender a santidade e a justiça de Deus como atributos é importante para reconhecermos que Ele é santo, reto, justo e verdadeiro. E que, por isso, jamais deixará o ser humano impune diante de sua rebelião contra a sua santidade e justiça (Gn 6.12,13).

CONCLUSÃO

Na jornada para o Céu, o cristão precisa desenvolver uma consciência da santidade de Deus para que possa tomá-la como o padrão perfeito de vida. Devemos sempre progredir em santidade desde o momento em que iniciamos a vida com Cristo até o final de nossa jornada (I Jo 2.3). Estamos no tempo de ser conscientes de que Deus ama a todos e não deseja que ninguém se perca. Todavia, os que rejeitam uma vida santa e se entregam ao pecado sofrerão a condenação eterna, pois santidade e justiça são atributos de Deus que não se contradizem.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista CPAD

 

 

 

 

 

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