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Adolescente - CPAD

Confrontando a Nossa Natureza

Publicado

em

EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 04 – 1º Trimestre – Ano: 2021 – Editora:CPAD

LIÇÃO – 04 – 24 de janeiro de 2021

OBJETIVOS

1- Conscientizá-los sobre a permanente luto entre a carne e o Espírito;

2- Descrever os resultados de uma vida dominada tanto pela carne quanto pelo Espírito;

3- Convocá-los a uma vida frutífera diante de Deus e dos homens,

TEXTO BÍBLICO

Gálatas 5:16-26

6 – Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.

17 – Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.

18 – Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.

19 – Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia,

20 – Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,

21 – Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.

22 – Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

23 – Contra estas coisas não há lei.

24 – E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.

25 – Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.

26 – Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

DESTAQUE

“Porque o que a nossa natureza humana quer é contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a natureza humana quer. Os dois são inimigos, e por isso vocês não podem fazer o que vocês querem.” (Gl 5.17)

LEITURA DEVOCIONAL

Segunda-feira – Lc 6.43-45

Terça-feira – Jo 15.16

Quarta-feira – Rm 8.12,13

Quinta-feira – Ef 4.17-24

Sexta-feira – Cl 3.1-3, 5-11

Sábado – Gl 5.16

Domingo – Rm 13.13,14

ESTUDANDO A BÍBLIA

Não podemos nos esquecer de que os seres humanos são produto tanto da Criação como da Queda; embora criados à imagem e semelhança de Deus, fomos deformados pelo pecado. Depois que o pecado entrou no mundo nunca mais fomos os mesmos. Agora, a criatura vive em conflito com o Criador, com seus semelhantes e o restante da Criação; vive segundo sua natureza pecaminosa.

Somente a ação poderosa do Espírito Santo no interior do ser humano pecaminoso é capaz de transformá-lo em nova criatura e conduzi-lo à liberdade plena para uma vida frutífera.

O confronto com a nossa natureza

Todos nós passamos da condição de inimigos para amigos de Deus por meio da graça revelada em Jesus Cristo no Calvário. Entretanto, apesar desta nova condição desfrutada a partir do novo nascimento (Jo 3.3-8; Gl 3.2; 4.29), ainda que perdoados, purificados e habitados pelo Espírito Santo, não deixamos de hospedar, dentro de nós, uma fera chamada “carne”.

Tal expressão, no capitulo 5 de Gálatas, sobre a qual iremos refletir, não guarda nenhuma relação com aquilo que envolve o nosso esqueleto, ou o corpo, mas sim com a natureza pecaminosa que herdamos de nossos primeiros pais, Adão e Eva, quando resolveram desobedecer ao Criador (Gn 3).

A partir desse raciocínio Paulo diz que diariamente, em nós, ocorre um conflito, uma luta, uma ferrenha oposição entre nossa velha natureza (carne) e o Espírito Santo, pelo qual recebemos essa nova natureza por intermédio do novo nascimento (Gl 5.17).

Como solução do conflito entre a carne e o Espírito que ocorre em nosso interior, a Bíblia nos convida a lutar contra a carne, mas entregando totalmente o controle da nossa vida ao Espírito Santo, a fim de que Ele, que é capaz de efetuar em nós a verdadeira justiça que vem pela fé, nos ajude a combater efetivamente os desejos de nossa natureza pecaminosa, a qual conspira diuturnamente contra Ele e, conseguintemente, a nossa santidade (5.1,16-25).

Ora, o Espírito Santo não é uma influência ou força ativa; Ele é uma pessoa divina, assim como o Pai e o Filho. De maneira que se o Filho, na cruz, pagou o preço pelos nossos pecados como parte do plano que o Pai nos planejou, é o Espírito Santo que aplica isso à nossa vida quando nos submetemos a Ele.

Somente pelo e no Espírito somos fortalecidos e podemos vencer a carne. Não abra mão de viver uma vida cheia do Espírito Santo. Não temos nada a perder, muito pelo contrário, com o Espírito e em sua força somos mais que vencedores. Ande no Espírito!

Fruto do Espírito X Obras da Carne

Dando sequência em seu argumento, Paulo fala de dois tipos de comportamentos possíveis produzidos pelas respectivas naturezas quando assumem o controle de nossas vidas, a saber:

1. Obras da Carne (vv. 19-21).

As obras da natureza humana caída, embora invisíveis, são conhecidas por todos: “As coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas” (Gl 5.19). Ainda que não exaustiva, o apóstolo relaciona, em uma lista, quinze práticas que demonstram uma vida controlada pelos desejos humanos pecaminosos, conhecidas como obras da carne. Tais obras, segundo o pastor John Stott, abrangem pelo menos quatro áreas da vida humana:

1) área do sexo: imoralidade sexual, impureza e ações indecentes; 

2) área da religião: Adoração de ídolos, feitiçarias;

3) área social: inimizades, brigas, ciumeiras, acessos de raiva, ambição egoísta, desunião, divisões, invejas; e

4) área da alimentação: bebedeiras e farras.

Paulo deixa evidente que aqueles que escolhem viver suas vidas debaixo do domínio da natureza pecaminosa, produzindo suas más obras, recebem uma dura advertência: “[…] não receberão o Reino de Deus” (v.2l).

2. Fruto do Espírito (vv.22,23).

A nova natureza que recebemos com o novo nascimento marca uma maneira completamente diferente de vivermos, que é permitir o Espírito de Deus dirigir nossa vida (vv.16,18). Agora, como bem afirmou Paulo, “já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim” (2.20). Ou seja, aqueles que andam no Espírito têm sua carne controlada, mortificada diariamente, e neles o Espírito produz o que o apóstolo chamou de “fruto”.

Na carta, o “fruto do Espírito” apresenta nove virtudes que descrevem a atitude do cristão para com Deus, consigo mesmo e com próximo:

1) Atitudes relacionadas a Deus: amor, alegria, paz;

2) Atitudes relacionadas ao próximo: paciência, delicadeza, bondade;

3) Atitudes relacionadas com o indivíduo: fidelidade, humildade, domínio próprio. Aqueles que andam no Espírito e manifestam visivelmente seu fruto, o apóstolo ratifica: “Contra essas coisas não existe lei” (v.23).

Não se esqueça, sua nova natureza tem sede de comunhão com Deus e de uma vida santa. Porém, sua velha natureza anseia pelos perversos desejos pecaminosos.

A manifestação do Fruto do Espírito

O fruto do Espírito se manifesta em nossas vidas por meio das obras. Não há como negar que nossas atitudes falam mais alto que as palavras. Foi o próprio Jesus quem disse que as pessoas são conhecidas ou reveladas pela qualidade dos frutos que produzem, pois “a árvore boa não dá frutas ruins, assim como a árvore que não presta não dá frutas boas” ( Lc 6.43 ).

Ou seja, assim como a mangueira não pode produzir nada diferente de manga, igualmente o ser humano descomprometido com Deus — que rejeitou Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor — não pode produzir nada além de obras que manifestam os desejos pecaminosos escondidos em seu coração.

O fruto que o Espírito Santo produz em nós não é produzido para ser apenas admirado ou usado como adereço, ou ainda, publicado como troféu nas redes sociais, a fim de ser compartilhado e curtido. Mas para ser oferecido como alimento às pessoas carentes da graça de Deus que estão ao nosso redor, pois elas estão famintas e sedentas de amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio.

Jesus é a videira verdadeira e nós os galhos, enquanto estivermos ligados nEle, o Espírito Santo produzirá belos e saborosas frutos em nós ( Jo 15), pois o próprio Cristo disse “não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome” ( Jo 15.16).

Recapitulando

Nós cristãos vivemos uma luta interna permanente. A carne e o Espírito lutam pelo controle de nossa vida. A carne ao dominar o ser humano produz obras perversas. Em contrapartida, o Espírito ao assumir o controle de nossa vida produz em nós amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio.

Devemos assumir um compromisso diante de Deus e dos homens de sermos adolescentes guiados pelo Espírito Santo, pois assim seremos capazes de influenciar uma geração perversa e rebelde. Somente pelo Espírito somos capazes de vencer a carne e frutificar em toda boa obra. Jesus disse: “sem mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15.5). Viva pelo Espírito. Ande no Espírito.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

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