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Adultos - CPAD

Confessando e abandonando o pecado

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 631 – 2º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 08 – 26 de maio de 2024

TEXTO ÁUREO

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Pv 28.13)

VERDADE PRÁTICA

Para desfrutar um caminho de restauração e reconciliação com Deus, precisamos confessar o pecado e abandoná-lo de uma vez por todas.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – Sl 12.5
Confessando as nossas transgressões ao Senhor
Terça-feira – Rm 3.10-12
Reconhecendo a nossa natureza pecaminosa diante de Deus
Quarta-feira – Gn 3.8;14-19
O pecado de nossos primeiros pais, Adão e Eva
Quinta-feira – II Sm 12.1-4; 7-9
O pecado do rei Davi, o ungido do Senhor
Sexta-feira – Mt 6.12
Em primeiro lugar, nos dirigimos a Deus para o perdão dos pecados
Sábado – II Co 5.18
Deus investiu homens para o ministério

LEITURA BÍBLICA

Salmos 51

1- Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
2- Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.
3- Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
4- Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mau, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.
5- Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
6- Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
7- Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.
8- Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
9-Esconde a tua face dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.
10- Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.
11- Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.
12- Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.

I João 1

8-Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
9- Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
10 Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.

INTRODUÇÃO

Atualmente, muitos acreditam que não é preciso confessar o pecado por denominá-lo mera fraqueza ligada ao ambiente e aos aspectos hereditários. Nesta lição, veremos que a Bíblia não ensina assim. Em sua epístola, o apóstolo João escreve que o pecado é real e, por isso, é um perigo para a vida do crente, pois suas consequências são trágicas. A orientação bíblica é a de que, caso ocorra um pecado, ele deve ser confessado, abandonado como evidência do arrependimento para que o crente arrependido possa receber o perdão de Deus (I Jo 2.9; cf. Sl 32.5).

I – A CONFISSÃO DE PECADO

1- Definição. O verbo “confessar”, da palavra hebraica yadah, aparece como “jogar”, “atirar”, “lançar” (1 Rs 8.33), uma palavra que vem da raiz verbal de hadah que significa “estender a mão”. Essa palavra está presente 900 vezes no Antigo Testamento, aparecendo com o sentido de “tomar conhecimento”, “saber”, “reconhecer”. A palavra aparece no AT no contexto de confissão de pecado (Sl 32.5). No Novo Testamento, o verbo grego para “confessar” é homologéo, que significa “concordar com”, “consentir”, “conceder”. Essa palavra é composta da raiz homou, junto de pessoas reunidas; e de lógos, do ato de falar. A palavra homologéo ocorre 25 vezes no Novo Testamento (Mt 7.23, Rm 10.9,10; Tg 5.16). Há um verbo grego importante para “confessar”, eksomologéo (Mt 3.6), que significa “professar”, “reconhecer aberta e alegremente para a honra de alguém”; “prometer publicamente que fará algo”, “comprometer-se com”. Logo, podemos dizer que confessar é uma maneira de declarar o que se crê ou sabe.
2- A confissão bíblica de pecado. O ensino bíblico geral da confissão de pecado traz a ideia de reconhecê-lo e fazer a sua confissão, pois o perdão depende desse ato (Sl 32.5; I Jo 1.9). Essa confissão pode ser no momento da conversão; ou depois dela, quando pecados cometidos podem ser contra Deus ou contra um irmão (Mt 5.21,22). Importante ressaltar, porém, que, segundo o ensino bíblico, era tão somente depois da confissão de pecados que se poderia viver verdadeiramente uma vida de oração e comunhão com Deus (Ne 1.6; SI 66.18; Lc 18.9-14).
3- O símbolo da confissão de pecado. No ato da confissão de pecados, a pessoa reconhece de maneira autônoma os pecados cometidos e que, por isso, se encontra indigna de estar na presença de Deus. Ela reconhece a sua natureza pecaminosa diante do Altíssimo (Rm 3.10-12). Então, em arrependimento sincero e em confissão, busca o que lhe é garantido por meio da Palavra de Deus: o perdão. Assim, quem experimenta o ato sincero e humilde da confissão de pecado alcança a misericórdia de Deus (Pv 28.13). Então, a alma é consolada e a vida espiritual é restaurada.

II – O PERIGO DO PECADO NÃO CONFESSADO

1- Os males dos pecados não confessados. Quando lemos e analisamos Provérbios 28.13, percebemos que a confissão de pecado não se trata apenas de um ensino judaico, mas também cristão. A Epístola de João corrobora com a necessidade de se confessar o pecado, deixá-lo e alcançar o perdão (I Jo 1.9). Em contrapartida, quem ignora a confissão de pecado, ocultando-o, vive uma vida de aparência e de morte espiritual; semelhante ao que os nossos primeiros pais, Adão e Eva, viveram ao tentar ocultar os seus pecados diante de Deus (Gn 3.8); bem como o rei Davi, o homem segundo o coração de Deus, que procurou ocultar do Senhor seus pecados (II Sm 11; 12).
2- As consequências do pecado de Adão e Eva. A realidade bíblica do pecado pode ser vista no primeiro casal, Adão e Eva, quando pecou e, por isso, recebeu sentenças devidas (Gn 3.14-19). Além disso, nossos primeiros pais perderam o direito de viver no ambiente mais perfeito e belo que Deus criou (Gn 3.24). Por isso na vida de Adão e Eva há consequências trágicas do pecado, tais como: alteração da condição física de ambos; a transição da natureza imortal para mortal; diversas tensões no gênero humano e na natureza. Assim, sabemos que as consequências do pecado de nossos primeiros pais não se limitaram a eles, mas perpassaram a todo o gênero humano e natural (Rm 5.12-14).
3- As consequências do pecado de Davi. O rei Davi pagou um alto preço com o seu pecado. A Bíblia mostra que, por isso, a espada não sairia da sua casa (II Sm 12.10-12). Os capítulos 11 e 12 de 2 Samuel revelam o conflito e o senso de culpa que marcavam a vida de um homem que, por certo tempo, ocultou o seu pecado, trazendo-lhe enfermidades morais e aflição que o levavam a gemidos. O Salmo 32 mostra que, por se manter em silêncio, não confessando o seu pecado, Davi enfraqueceu cada vez mais, perdendo o vigor espiritual (Sl 32.2-4). Já o Salmo 51 mostra a confissão de pecado do rei, reconhecendo todos os seus erros a fim de que eles fossem perdoados e o salmista purificado (Sl 51.2-6).

III – CONFISSÃO DE PECADO: UM CAMINHO DE CURA E RESTAURAÇÃO

1- Confessando o pecado a Deus. Segundo o ensino bíblico, a confissão de pecados deve primeiramente ser dirigida a Deus, por intermédio de seu Filho, pois só Ele pode perdoar os nossos pecados (Sl 51.3,4; Mt 9.2,6). Ao longo do seu ministério, o Senhor Jesus disse à mulher pecadora: “Os teus pecados te são perdoados” (Lc 7.48). Na oração do Pai-Nosso, o Senhor Jesus ensinou: “[Pai] Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). Em I João 1, lemos que os nossos pecados devem ser confessados a Cristo (I Jo 1.7-9). Dessa forma, perdoar pecado é uma prerrogativa de Deus Pai por intermédio do Senhor Jesus, mediante a sua obra no Calvário.
2- Alcançando cura e restauração. O texto áureo da presente lição nos lembra que ocultar o pecado é decidir por trilhar uma jornada de sofrimento espiritual e emocional. Mas quem deixa de lado o orgulho e a soberba para trilhar o caminho humilde da confissão de pecado vive uma vida mais leve. Não há nada mais restaurador que desfrutar das misericórdias do Senhor (Pv 28.13). Não há nada mais consolador do que confessar o pecado e deixá-lo definitivamente, pois assim encontraremos descanso para a alma. Todo esse processo de confissão e abandono de pecado revela a eficácia do ministério da reconciliação de Deus por meio de Jesus Cristo (II Co 5.18). Quem faz assim encontra o caminho de cura e restauração, conforme lemos nas palavras do salmista: “Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. […] Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado” (SI 51.3,5).

CONCLUSÃO

Em nossa caminhada cristã estamos sujeitos ao pecado. Encobri-lo e viver uma vida espiritual de aparência não é uma opção bíblica para o caminho da cura e da restauração. Logo, uma jornada de perdão só é possível com a confissão do pecado praticado e a resolução de abandoná-lo de uma vez por todas. Quem procede assim desfrutará das infindáveis misericórdias divinas.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista CPAD

 

 

 

 

 

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