Connect with us

Adultos - Betel

Buscando conhecer os caminhos do Senhor

Publicado

em

EDIÇÃO: 17 – 2º Trimestre – Ano: 2020 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 04 – 26 de abril de 2020

TEXTO ÁUREO

“Faze-me saber os teus caminhos, Senhor; ensina-me as tuas veredas.”, Sl 25.4

VERDADE APLICADA

Para crescer espiritualmente, é preciso aprofundar nosso relacionamento com Deus e conhecer os Seus caminhos.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Salmos 25

1. A ti, SENHOR, levanto a minha alma.

2. Deus meu, em ti confio, não me deixes confundido, nem que os meus inimigos triunfem sobre mim.

5. Guia-me na tua verdade, e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação; por ti estou esperando todo o dia.

12. Qual é o homem que teme ao Senhor? Ele o ensinará no caminho que deve escolher.

13. A sua alma pousará no bem, e a sua semente herdará a terra.

14. O segredo do Senhor é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança.

15. Os meus olhos estão continuamente no Senhor, pois ele tirará os meus pés da rede.

INTRODUÇÃO

O Salmo 25 expressa não apenas um pedido de socorro e perdão, mas, também, o desejo de alguém que quer conhecer mais ainda os caminhos do Senhor e viver de acordo com os padrões de Deus.

I. UM SALMO ACRÓSTICO E A ORAÇÃO DE DAVI

O Salmo 25 é um acróstico. Cada verso começa com uma letra diferente do alfabeto hebraico, com algumas irregularidades (vide Lição 1, Tópico 2). Os acrósticos servem para memorizar o alfabeto hebraico e o conteúdo nele enunciado. No presente salmo, é possível inferir que a atitude de Davi é expressa em dois aspectos:

1) Oração – quando apresenta a Deus as suas súplicas;

2) Meditação – quando percebe os atributos de Deus e refrete sobre eles.

1. Oração de Davi.

Interessante observarmos que o salmo registra a oração intercalada com meditação. Por meio da oração, Davi derrama a sua alma de forma profunda, fazendo a Deus os seguintes pedidos: a) Não me deixes confundido [Sl 25.2]; b) Faz-me saber os teus caminhos [Sl 25.4]; c) Lembra-te, Senhor, das tuas misericórdias [Sl 25.6]; d) Perdoa os meus pecados [Sl 25.18]; e) Olha para a minha aflição [Sl 25.18]; f) Olha para os meus inimigos [Sl 25.19]; g) Guarda a minha alma [Sl 25.20]. Por intermédio da meditação, Davi faz uma reflexão sobre os atributos e providências de Deus em prol daqueles que o temem. Percebemos que Davi tinha profunda intimidade com Ele, atentando para identificar a voz de Deus. O nosso relacionamento com Deus não pode ser, portanto, superficial. Precisamos habitar no Seu esconderijo, não sermos meros visitantes. Em nossas orações permaneçamos atentos para o que Deus tem a nos falar.

2. Não me deixes confundido.

Davi está pedindo ao Senhor para não lhe deixar envergonhado. Davi era aguerrido, batalhador e proativo. Dispunha-se fazer a vontade de Deus, cumprindo o seu chamado e partia para o enfrentamento das batalhas que lhes eram apresentadas. Em decorrência disso, sofreu duras oposições, não só de inimigos vorazes e experimentados na guerra [I Sm 17.42-44; 18.25-24], mas também da própria família [I Sm 17.28]. Ao fazermos a vontade de Deus, podemos atrair diversas oposições, até mesmo dos nossos familiares [Mt 10.36]. Os opositores são mestres nos seus propósitos, são traiçoeiros [Sl 25.15], estão carregados de ódio [Sl 25.19]. Traições, perseguições, incompreensões também estão presentes na caminhada daqueles que “piamente querem viver em Cristo Jesus” [II Tm 3.12]. Porém, a recomendação de Paulo para Timóteo é aplicável a nós: “Tu, porém, permanece…”[II Tm 3.14].

3. Perdoa os meus pecados.

Davi pede ao Senhor que não se lembre dos pecados de sua mocidade. O homem tem plena facilidade de transgredir a lei de Deus. Várias famílias foram destruídas por causa do adultério, trazendo consequências nefastas aos filhos. Várias vidas foram ceifadas em decorrência do ódio. Diversos ministérios reduziram-se a pó em decorrência de uma mentira. Após o pedido inicial por proteção [v. 1-3] e para ser guiado por Deus [v. 4-5], Davi, baseando-se na misericórdia e benignidade do Senhor, suplica Seu perdão [v. 6-8]. Interessante notarmos os pedidos: “Lembra-te…Não te lembres…” John W. Baigent comenta que se trata de “agir de acordo com”. Verdadeiramente carecemos que Deus nos trate com graça e misericórdia.

II. O DESEJO E RECONHECIMENTO DO SALMISTA

Davi declara: “Faze-me saber os teus caminhos” [Sl 25.4]. Vemos nessa declaração Davi pedindo direcionamento da parte de Deus, o que é reforçado no verso 15: “Os meus olhos estão continuamente no Senhor”. É impressionante a consciência de Davi. Sabia da fragilidade e limitação em discernir o que é bom ou mal, portanto, coloca-se na dependência de Deus. Note que a oração verbalizada quer conhecer os caminhos, as direções. Uma importante lição para nós em tempos de tanta supervalorização de conquistas pessoais e materiais, que a presente lição nos desperte para valorizarmos e priorizarmos conhecer os caminhos do Senhor (vontade, direção, propósito, plano), orando, meditando na Palavra de Deus e andando em Espírito.

1. A vontade de ser guiado pelo Senhor.

Davi expressa: “Guia-me na tua verdade e ensina-me” [Sl 25.5a]. A palavra verdade possui diversos significados literais e figurados, dentre os quais destacamos: certeza, confiabilidade, estabelecimento, fidelidade. Um viver sábio inclui associar a verdade com a benignidade [Pv 3.3]. O desejo do salmista, e dos que estão em Cristo, deve ser o de viver de acordo com os padrões estabelecidos pelo Senhor, no poder do Espírito Santo.

2. Desejo de ter intimidade com Deus.

Davi declara: “O segredo do Senhor é para os que o temem; e ele lhes fará saber o seu concerto.” [Sl 25.14]. Percebe-se, claramente, que Davi queria ter profunda intimidade com Deus. Somente mediante uma aliança se pode ter intimidade com Deus. O homem natural não pode conhecer as coisas do Espírito [I Co 2.14]. Infelizmente nem todos que se declaram cristãos desfrutam ou anseiam por vivenciar um relacionamento mais profundo com o Senhor, consequentemente, permanecem como “crianças”, no sentido de não experimentar crescimento [Hb 5.11-14]. O salmista registra que Deus proporciona um relacionamento mais íntimo com os que o reverenciam e lhes ensina.

3. O reconhecimento que Deus é o seu salvador.

Davi, ao expressar suas convicções em relação a Deus, afirma: “Tu és o Deus da minha salvação” [Sl 25.5]. Davi tinha plena consciência de que somente Deus poderia protegê-lo e livrá-lo dos laços e ataques dos seus inimigos. Nesse ambiente hostil, Davi dependia da proteção do Senhor. A salvação aqui é entendida como livramento, ou seja, sair de uma situação de risco, o que é confirmado pela expressão “pois ele tirará os meus pés da rede” [Sl 25.15].

III. CONHECENDO OS CAMINHOS DO SENHOR

Há na atualidade uma ênfase nas conquistas pessoais restritas à vida na terra. Uma busca incessante por propriedade financeira, soluções imediatas dos problemas e o rol da fama. Cristo tem sido colocado na condição de “garçom” por muitos que se dizem servos do Senhor. A consequência é a imaturidade espiritual, pessoas sem raiz, sem identidade cristã. Logo, é fundamental conhecer os caminhos do Senhor.

1. O caminho da obediência.

Deus quer que o homem ande pelo caminho da obediência [Jr 7.23]. Conhecer sem obedecer é inócuo. A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que conheciam o caminho a seguir, mas eram desobedientes. O povo de Israel sofreu duras consequências em decorrência da desobediência. Eles foram levados cativos, perderam o lugar da adoração, tiveram o templo destruído. Sacrificavam animais, mas o coração não era convertido. Andavam conforme os seus preceitos. Nos tempos atuais não é diferente. Há muitos simpatizantes do Evangelho, frequentadores de cultos, mas o coração não é convertido. Seguem as suas próprias regras. Porém, Paulo nos ensina que não devemos nos conformar com este mundo, mas sermos transformados pela renovação da nossa mente [Rm 12.2] Devemos apresentar o nosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus [Rm 12.1].

2. O caminho da graça.

Com frequência o salmista menciona aspectos da graça de Deus [vs. 6,7,8,10,16,18,22]. O caminho do Senhor é o caminho da graça: “Todos os caminhos do Senhor são amor…” [v. 10 BKJ]. Somos recebidos e tratados pelo Senhor com graça. Portanto, é preciso que demonstremos atitudes de graça: “Grandiosamente recebeste, grandiosamente dai” [Mt 10.8 – BKJ]. Um exemplo de Davi no “caminho da graça” é quando busca saber se há algum descendente de Saul para lhe fazer “o bem” [II Sm 9.1]. A palavra “bem”, no hebraico, indica benignidade, misericórdia, bondade. Ou seja, manifestação da graça.

3. O caminho da perfeição.

O salmista faz menção da “sinceridade e retidão” [v. 21] ou “honestidade e sinceridade”. No grego, a expressão “sincero” indica “puro”, “não falsificado”, “genuíno”. São termos que devem caracterizar a conduta daqueles que são discípulos de Cristo [II Co 1.12; 2.17; Ef 6.26]. Evidente que se trata de um tremendo desafio, considerando que vivemos num contexto marcado pelo engano, hipocrisia, corrupção, desonestidade. Contudo, somos chamados para ser diferentes e fazer a diferença [Rm 12.1-2; Fp 2.15]. O próprio Senhor Jesus disse: “Sede vós, pois, perfeitos…” [Mt 5.48]. Trata-se do sentido moral, completo, íntegro. Barclay: “um homem é perfeito se cumprir o propósito para o qual Deus o criou e enviou ao mundo”. Nascemos de novo, temos a Palavra de Deus e somos templo do Espírito Santo.

CONCLUSÃO

Os perigos e as dificuldades presentes na realidade da caminhada cristã não devem nos impedir de crescermos no conhecimento acerca dos caminhos do Senhor e de buscarmos viver segundo a vontade de Deus.


Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista Betel

Compartilhe!
Clique aqui para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidos

Copyright © Seara de Cristo - Todos os direitos reservados