Adultos - CPAD
As Virtudes dos Salvos em Cristo
Lição-58 / 4 de Agosto de 2013
TEXTO AUREO
“Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13).
VERDADE PRÁTICA
A salvação é obra da graça de Deus, garantida à humanidade mediante a morte expiatória de Jesus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 12.2,3
A salvação é garantida na cruz
Terça – Ef 2.8
A salvação e pela graça
Quarta – Ef 2.9,10
As boas obras evidenciam a salvação
Quinta – I Ts 4.15·18
A consumação da salvação
Sexta – Fp 2.15,16
Não corremos em vão
Sábado – Rm 1.16,17
A salvação e pela fé
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, aprenderemos que a obediência a Deus e uma virtude que deve ser buscada por todos aqueles que são salvos em Cristo. O apóstolo Paulo não duvidava da obediência dos irmãos filipenses, contudo, ele reafirma aos crentes a verdade de que a submissão ao Evangelho de Cristo é uma das principais virtudes dos salvos. Assim, a intenção do apóstolo é estimular os cristãos de Filipos a continuar perseverando na obediência ao Santo Evangelho.
I – A DINÂMICA DA SALVAÇÃO (2.12,13)
O caráter dinâmico da salvação. No texto de Filipenses 2.12, podemos destacar três aspectos da salvação operada em nossa vida pelo Senhor Jesus. O primeiro refere-se a obra realizada e consumada de forma suficiente na cruz do Calvário. E a salvação da pena do pecado. Não somos mais escravos, e sim libertos em Cristo (Rm 8.1). O segundo aspecto diz respeito ao caráter progressivo da salvação na vida do crente. Mesmo que o nosso corpo ainda não tenha sido transformado, resistimos ao pecado e este não mais nos domina (Rm 8.9; cf. I Jo 2.1,2).
Não obstante o fato de a salvação eterna vir de Deus, Paulo diz que o Senhor nos chama a zelar e a “desenvolvê-la” em nosso cotidiano. Por último, o texto trata da plenitude da salvação, quando finalmente o nosso corpo receberá uma redenção gloriosa e não mais teremos dor, angústia ou lágrima, pois estaremos para sempre com o Senhor (I Ts 4.14-17).
Deus é a fonte da vida. Por si só o crente não pode ser salvo (Fp 2.13), pois é o Espírito Santo quem “opera” no homem a salvação (Jo 16.8-11). Sem o Senhor, a humanidade está cega, morta no pecado e carente da iluminação do Espírito para o arrependimento. Se na vida dos ímpios Satanás opera instigando-os à prática das obras más (II Ts 2.9), é o Espírito de Deus quem opera nos crentes a vida eterna (Jo 16.7-12; cf. Rm 8.9,14). Dessa forma, o salvo torna-se um instrumento de justiça num mundo corrompido.
A bondade divina. A ideia que a salvação tem um caráter seletivo não é bíblica. Todos têm o direito de recebê-la. O querer e o efetuar de Deus não anulam esse direito, pelo contrario, a operação do Eterno habilita qualquer pessoa salvação através da iluminação do Evangelho (Jo 1.9), tornando-se posteriormente útil ao Corpo de Cristo (Ef 4.11-16; I Co 12.7).
II – OPERANDO A SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR (2.12-16)
“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas”. No versículo 14, o apóstolo Paulo destaca duas posturas nocivas predisposição dos filipenses:
a) Murmurações. O Antigo Testamento descreve a murmuração dos judeus como uma atitude de rebelião. Quando os israelitas atravessaram o deserto, sob a liderança de Moises, passaram a reclamar da pessoa do líder hebreu. Para eles, Moisés jamais deveria ter estimulado a saída do povo judeu do Egito (Nm 11.1; 14.1-4; 20.2-5). Esse ato constrangeu o homem mais manso da face da terra, e os israelitas receberam dele a alcunha de “geração perversa e rebelde” (Dt 32.5,20). Tal “titulação” não se aplicava aos filipenses, pois eles não eram rebeldes nem murmuradores, ainda assim o apóstolo Paulo os exortou a fazer todas e quaisquer coisas sem murmurações ou queixas, tal como convém aos mansos.
b) Contendas. Em o Novo Testamento, a expressão grega para contendas e dialogismos. Essa expressão descreve as disputas e os debates inúteis que geram duvidas e separações na igreja local. É o mesmo que discussões, litígios e dissensões. Infelizmente, muitos hoje as promovem levando, inclusive, seus irmãos aos tribunais (I Co 6.1-8). Esta, definitivamente, não é a vontade de Deus para a sua Igreja.
“Sejais irrepreensíveis e sinceros”. O apóstolo apela aos filipenses para que se achem irrepreensíveis e sinceros. Ser irrepreensível significa conduzir-se de forma correta e moralmente pura, não necessitando de repreensão. É alguém que dominou a carne, pois anda no Espírito (GI 5.16,17). A sinceridade é outra virtude que se opõe ao mal, ao dolo, ao engano e à má fé. A pessoa sincera pauta-se pela lealdade, a lisura e a boa fé. Nada menos que isso é o que o Eterno espera do seu povo.
“Retendo a palavra da vida”. Para o apóstolo, reter a Palavra de Deus não é apenas assimila-la, mas, sobretudo praticá-Ia, pois o poder da Palavra gera vida (Hb 4.12). Por isso, Paulo encoraja os filipenses a guardarem a Palavra, pois além de promover a vida no presente, ela ainda nos garante esperança e vida eterna para o futuro próximo.
III – A SALVAÇÃO OPERA O CONTENTAMENTO E A ALEGRIA (2.17,18)
O contentamento da salvação operada. O apóstolo Paulo reporta-se ao Antigo Testamento para mostrar aos filipenses como, a fim de servi-Ios, ele entregou sua vida: “ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé” (v.17). O apóstolo está ciente das privações que impôs a si mesmo para edificar o Corpo de Cristo em Filipos. Ele, porém, se regozija e alegra-se pelo privilégio de servir aos filipenses. Em outras palavras, a essa altura, o sacrifício e os desgastes do apóstolo são superados pela alegria de contemplar, naquela comunidade, o fruto da sua vocação dada por Cristo Jesus: a salvação operada em sua vida também operou na dos filipenses.
A alegria do povo de Deus. O apóstolo estimula os filipenses a celebrarem juntamente com ele esta tão grande salvação (Hb 2.3). O apelo de Paulo e contagiante: “regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo” (v.18). A alegria de Paulo é proveniente do fato de que uma vez que Jesus nos salvou mediante o seu sacrifício no Calvário, agora o Mestre nos chama para testemunharmos a verdade desta mesma salvação operada em nós (v.13). Portanto, alegremo-nos e regozijemo-nos nisto.
CONCLUSÃO
O Evangelho nos convoca a desenvolvermos a salvação recebida por Deus através de Cristo Jesus. Devemos ser santos, como santo é o Senhor nosso Deus. Para isso, precisamos nos afastar de todas as murmurações e contendas e abrigarmo-nos no Senhor, vivendo uma vida irrepreensível, sincera e que retenha a palavra da vida (Fp 2.16). Somente assim a alegria do Senhor inundara a nossa alma e testemunharemos do seu poder salvador para toda a humanidade.
Postado por: Pb. Ademilson Braga