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As portas do inferno

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INTRODUÇÃO

A Igreja do Senhor Jesus Cris­to, ao longo de sua história, sem­pre teve de enfrentar muitas perse­guições. As artimanhas do inferno contra a Igreja visam frustrar o pia­no divino para a salvação da huma­nidade. Mas, felizmente, em todos os tempos, vem se cumprindo o que disse nosso Senhor em sua Palavra: “… as portas do inferno não preva­lecerão contra ela” (Mt 16.18).

A PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA

Perseguição do judaísmo (At 4.1-7). O início da perseguição dos judeus contra a igreja se deu quando Pedro e João, em o nome de Jesus, curaram um coxo de nascen­ça que ficava esmolando à “porta do templo chamada Formosa” (At 3.2). Naquele episódio, os apóstolos fo­ram presos (At 4.3), mas muitas pessoas creram, elevando o núme­ro dos cristãos a quase cinco mil (At 4.4). A igreja primitiva sofreu muito com as prisões, ameaças e mortes, mas nada disso impossibilitou seu extraordinário crescimento (At 5.19, 29; 6.8-15).

Perseguições religiosas na era pós-apostólica. Nesse pe­ríodo da igreja, os imperadores ro­manos intentaram, com crueldade, varrer o Cristianismo da face da ter­ra. Apesar de não realizarem seus intentos malignos, a perseguição nunca cessou. Nos últimos séculos, em muitos lugares, inclusive no Brasil, os crentes em Cristo continuam sendo cruelmente perseguidos por causa do evangelho. No interior de nosso país, houve casos em que se negava pão, água e leite para filhos dos evangélicos.

A PERSEGUIÇÃO TEOLÓGICA

Abertamente, ou de maneira sutil, “as portas do inferno” vêm tentando prevalecer contra a Igreja do Senhor por meio de certos movimentos teológicos liberais.

Liberalismo e modernismo teológico. São movimentos te­ológicos liberais que conspiram con­tra os fundamentos doutrinários da fé cristã, esposados nas Escrituras, Sagradas. Vejamos o que pensam os teólogos não-ortodoxos abaixo.

a) Friedrich Scheleiermacher (1768-1934). Teólogo alemão. Ele ensinou que “não há religiões falsas  e verdadeiras. Todas elas, com maior ou menor grau de eficiência, têm por objetivo ligar o homem finito com o Deus infinito, sendo o Cristianismo a melhor delas”. A Bíblia, porém, afir­ma que Jesus é o único caminho.

b) Paul Tillich (1886-1965). Este teólogo alemão chegou ao ponto de dizer “Deus não existe… Deus não é um ser, mas um poder de ser. É o fundamento de todo o ser, porém, não é objetivo nem sobrenatural…”. Ele ensinava que o Deus da Bíblia é fictício. Mas a Palavra de Deus é enfática: “Eu sou o Deus Todo-Pode­roso” (Gn 17.1 b); “Não há santo como é o Senhor; porque não há outro fora de ti; e rocha nenhuma há como o nosso Deus” (I Sm 2.2).

c) Rudolf Bultmann (1884- I 1976). Para ele, a Bíblia está cheia de mitos. Conforme ensinou, pode­-se crer em Jesus como Salvador, sem ter de crer em sua concepção virgi­nal, ressurreição, ou segunda vinda. Segundo ele, é impossível alguém crer na luz elétrica e nos avanços da Medicina e acreditar nos milagres do Novo Testamento. A Bíblia, con­tudo, sustenta: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que pere­cem…” (I Co 1.18,23; 2.14; 3.19).

d) Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955). Para este sacerdote je­suíta francês, o evangelho deve mo­dernizar-se, adaptando-se aos co­nhecimentos científicos. Pierre foi o defensor da teoria da evolução teísta, segundo a qual Deus criou a vida, mas ela evoluiu por si mes­ma. No entanto, esta é a verdade que as Escrituras encerram: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Ele fez todas as coi­sas pelo poder de sua Palavra (Gn 1.1-28; Hb 1.1-3).

Consequências do libera­lismo teológico. Este movimento traz em seu cerne outras distorções teológicas tais como a negação da infalibilidade da Bíblia, dos milagres do Novo Testamento, da concepção virginal de Jesus e, a recente “teolo­gia aberta”, segundo a qual Deus não é onipotente nem onisciente, pois, segundo seus proponentes, não pode prever as catástrofes na­turais, como as tsunamis.

Todavia, Ele é o Deus Todo-Po­deroso criador dos céus e da terra. Ele fez todas as coisas e as mantém com o seu poder. Ele tudo sabe e tudo conhece. Nem o passado, nem o presente nem o futuro lhe são ocultos. Aleluia.

A PERSEGUIÇÃO POLITICO-IDEOLÓGICA

Durante o domínio do co­munismo. Morreram mais cristãos no século XX que em todos os sécu­los anteriores. O comunismo foi o principal agente desses assassinatos. Só na Rússia, foram destruídas cerca de 70 mil igrejas. Mas, como afirmam as Escrituras, as portas do inferno não prevaleceram, pois o sistema comu­nista foi praticamente aniquilado por Deus (Dn 4.17,32; 5.21; Is 43.13).

A perseguição na China. O líder comunista Mao Tsé Tung, mandou queimar todas as Bíblias que fossem encontradas na China. Milhões de cristãos foram mortos. Porém, mais uma vez a Igreja saiu vencedora! Apesar de ainda haver grande perseguição naquele pais, milhões de pessoas têm sido salvas por Cristo.

Os inimigos da Igreja são destruídos. “Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará de­les” (SI 2.4). Temos na Palavra de Deus a promessa de que o ímpio desaparecerá (SI 37.10).

A PERSEGUIÇÃO LEGAL

Restrições e proibições legais. A Igreja também tem sido perseguida por restrições baseadas em diversas leis.

a) Leis do meio-ambiente. São normas que visam coibir os abusos no trato com o meio-ambiente de todas as formas, inclusive, quanto à poluição sonora. Aparentemente a lei é justa, mas, em muitos casos, tem sido usada para fechar igrejas, em razão dos limites da intensida­de de do som. Ora, enquanto essa lei restringe as igrejas, pouco é feito concernente aos pontos de venda de drogas, bares, lugares de prostituição e vadiagem. Apesar disso, os salvos devemos andar com prudência e mo­deração, fazendo todas as coisas com “decência e ordem”, confor­me recomenda a Bíblia, para não darmos ocasião ao adversário. Levemos em consideração o que a Bíblia ensina sobre à obediência às autoridades (Rm 13.1-7).

b) Leis que regulam a constru­ção de templos. Estas leis têm difi­cultado a divulgação do evangelho e consequente expansão do reino de Deus. São as “portas do inferno” em ação, através de legisladores ímpios e materialistas. A Palavra de Deus nos assegura: “Ai dos que decretam leis injustas e dos escrivães que escrevem perversidades, para prejudicarem os pobres em juízo, e para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo…” (ls 10.1 ,2a).

Sabendo que o adversário tudo faz para achar ocasião contra nós, obedeçamos, pois, as leis humanas a fim de mostrarmos a superioridade das leis divinas. Afinal, somos um povo ordeiro e cumpridores de nos­sos deveres tanto como cidadãos dos céus como da terra.

A PERSEGUIÇÃO CULTURAL

Através da literatura. Es­critores e intelectuais seculares, a serviço do inferno, têm feito de tudo para profanar e perverter o evangelho de Cristo. Certo autor, de renome interna­cional, publicou recentemente um livro que relata uma falsa história sobre a vida sentimental de Jesus. Este livro possui o mesmo teor dos livros hereges e antibíblicos rejeitados pela igreja nos primeiros séculos do cristianismo.

Através de outras manifestações culturais. Além da lite­ratura, outras manifestações cultu­rais têm sido usadas para desquali­ficar e desacreditar o Cristianismo. Peças teatrais, filmes como “A Última Tentação de Cristo”, músicas, pinturas, e outras formas de expressão artística têm sido manipuladas pelo Diabo para afastar as pessoas do evangelho de Cristo.

CONCLUSÃO

As “portas do inferno” se abrem de diversas formas através da per­seguição aberta ou disfarçada, das leis, da literatura, da cultura e até da teologia liberal, que predomina em muitos seminários. Contudo, a verdadeira Igreja do Senhor Jesus Cristo, como sua Noiva, jamais se contaminará, nem será derrotada pela ação do Maligno (Ef 5.26,27).

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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