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Adultos - Betel

As parábolas do livro de Ezequiel

Publicado

em

EDIÇÃO: 109 – 1º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 06 – 06 de fevereiro de 2022

TEXTO ÁUREO

“Porque eu estabelecerei o meu concerto contigo, e saberás que eu sou o Senhor.” Ezequiel 16.62

VERDADE APLICADA

O discípulo de Cristo foi chamado para frutificar, ser fiel em todo o tempo e submeter-se ao plano de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ezequiel 15

2- Filho do homem, que mais é o pau da videira que qualquer outro, o sarmento que está entre as árvores do bosque?
3- Toma-se dele madeira, para fazer alguma obra? Ou toma-se dele alguma estaca, para se pendurar algum traste?

Ezequiel 16

15- Mas confiaste na tua formosura, e te corrompeste por causa da tua fama, e prostituías-te a todo o que passava, para seres dele.
60- Contudo, eu me lembrarei do meu concerto que contigo fiz nos dias da tua mocidade; e estabelecerei contigo um concerto eterno.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Sl 80
Israel, a videira de Deus.
Terça-feira – Is 59.1-2
O pecado separa o homem de Deus.
Quarta-feira – Dn 2.19-22
O agir de Deus é perfeito.
Quinta-feira – Lc 13.6-9
A parábola da figueira estéril.
Sexta-feira – Jo 15.1
Jesus Cristo, a videira verdadeira.
Sábado – Rm 5.8
Deus prova o Seu amor por nós.

INTRODUÇÃO

O Senhor Deus ordena a Ezequiel que anuncie a mensagem profética por intermédio de parábolas, que retratavam a situação pecaminosa de Seu povo, o juízo divino e promessas de restauração.

I – A PARÁBOLA DA VIDEIRA INÚTIL

Essa parábola compara os habitantes de Jerusalém a uma videira que não dá fruto, estéril, e que, por isso mesmo, é inútil, não serve. Nessa árvore faltava o fruto da justiça e da fidelidade ao Senhor. Ela expressa com muita direção e clareza o pecado, a rejeição consciente e deliberada de um povo que foi chamado por Deus (Ez 15).

  1. Videira, uma árvore símbolo da frutificação. A videira é uma árvore cultivada desde a Antiguidade por seus frutos abundantes, a uva. A colheita de uvas que produziam o vinho era cultura de subsistência e comércio. Usando uma metáfora, Jesus disse que toda vara que está ligada à videira pode dar muitos frutos. Nós somos as varas que precisam estar ligadas na videira verdadeira (Jo 15.2), mas, uma vez estéril, o lavrador (Deus) a corta. Mesmo as que dão frutos, precisam ser limpas, para continuar produzindo mais. Quando não permanecemos em Cristo, não produzimos frutos de justiça e de fidelidade, mas o pecado será o nosso fruto. Deus nos escolheu para sermos ramos da Videira, porque ela é árvore frutífera, e nós devemos produzir frutos para a Sua glória (Jo 15.8).
  2. A videira, mesmo frágil, pode se destacar pela sua boa produção. A fragilidade de uma parreira não é justificativa para não ser útil. Sua inutilidade está relacionada com sua resposta negativa ao trabalho do lavrador (Ez 15.1-5). O agricultor cultivava a vinha com muito cuidado e atenção, para que pudesse ser frutífera. A terra era preparada, as pedras retiradas, o terreno cercado para proteger a plantação, além de uma boa drenagem (Mt 21.33; Is 5.2). R. N. Champlin observou: “Um homem que quer ter uma boa colheita de uvas deve ser dedicado, pois esse tipo de plantação requer cuidados constantes”. No caso de Israel, não faltou cuidado e atenção por parte do Lavrador, pois é o próprio Deus (Sl 80.7-8; Jo 15.1).
  3. Que mais pode ser feito? A pergunta que intitula este tópico é encontrada em Isaías 5.4. O Senhor Deus cercou a vinha, limpou o terreno, plantou as melhores mudas, preparou uma estrutura para vigilância. Tudo visando a produção de uvas boas. Porém, o resultado foram uvas azedas. Tanto Israel precisava estar atento ao questionamento de Deus, como nós hoje. Temos as Escrituras Sagradas, o Espírito Santo, a graça do Senhor. Logo, não há justificativas para não corresponder ao que Deus espera: “esperando eu que desse uva”; “foi procurar nela fruto” (Lc 13.6); “eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto” (Jo 15.16). Portanto, Deus não apenas espera. Ele age e provê tudo que é necessário para frutificarmos. É preciso cuidado com a tendência humana de justificar a própria improdutividade com as adversidades e a ação de outros.

II – A PARÁBOLA DA ESPOSA INFIEL

Essa parábola compara Jerusalém com uma esposa infiel, que não cumpriu a aliança feita com Deus como nação escolhida; não correspondeu à bondade e à graça dispensada, vivendo desregradamente. Por causa da infidelidade, foi queimada e consumida pelos juízos divinos (Ez 16).

  1. A infidelidade traz consequências desastrosas. Ser infiel trouxe a separação de Deus com Israel. Sempre que há infidelidade, os resultados são desagradáveis, e a tristeza, a angústia, as acusações e a falta de confiança tomam conta. Jerusalém é acusada por suas abominações e idolatrias, e o profeta Ezequiel refere-se a elas usando a figura de adultério e de prostituição espiritual (Ez 16.15-16, 26). O povo de Israel não podia perder de vista o fato de que suas abominações eram a causa de tanto sofrimento (Ez 16.2). As iniquidades separam o povo do relacionamento com Deus (Is 59.1-2).
  2. O perigo de desprezar a benignidade de Deus. Interessante notarmos que, após falar com Ezequiel para tornar conhecidas as abominações de Jerusalém, Deus revela ao profeta que iniciasse a mensagem trazendo à memória do povo a origem e o nascimento da cidade (Ez 16.1-3). Ou seja, quando estava desprezada por todos e abandonada totalmente indefesa, Deus a viu e não deixou que morresse, mas cuidou, proveu e fez uma aliança (Ez 16.5-8), para que fosse somente do Senhor. Esta descrição tão rica e detalhada também deve despertar-nos para que não esqueçamos o amor de Deus para conosco quando ainda éramos pecadores separados dEle (Rm 5.8). Não desprezemos, pois, as riquezas da benignidade de Deus (Lm 3.22; Rm 2.4).
  3. A graça de Deus revelada na aliança eterna. Nos últimos quatro versículos de Ezequiel 16 são identificadas expressões que apontam para a graça de Deus: “concerto eterno”; “estabelecerei o meu concerto”; “reconciliar contigo”. O Senhor Deus revelou por meios de outros profetas acerca de um novo concerto (Is 55.3; Jr 31.31-33). O povo de Israel saberia que o Senhor é rico em misericórdia quando a nova aliança fosse estabelecida (Ez 16.62). Champlin escreveu: “Yahweh, o Marido, julgaria, mas não esqueceria o contrato matrimonial restaurador. A esposa, jovem quando se casara, seria recebida de novo”.

III – A PARÁBOLA DAS DUAS ÁGUIAS

Após denúncia acerca do fato de Israel não ter correspondido aos cuidados do divino lavrador, se tornando, assim, como uma parreira inútil (Ez 15) e ter se comportado como uma noiva infiel que passou a se prostituir (Ez 16), a seguir o Senhor Deus utiliza mais uma parábola para tratar, agora, da insubordinação quanto à disciplina do Senhor por intermédio do império babilônico (Ez 17).

  1. A primeira águia. A primeira águia foi Nabucodonosor, rei da Babilônia (Ez 17.12). Uma grande águia de grandes asas, garras afiadas e penas de várias cores, capaz de empreender voos longos, ave de rapina, implacável. Assim era Nabucodonosor, rei da Babilônia. A primeira águia retrata a invasão babilônica contra o reino do Sul, Judá, tendo resultado em deportação de judeus para Babilônia promovida por Nabucodonosor quando Joaquim era rei em Jerusalém (II Rs 24.8-16; Ez 1.2). O profeta Jeremias também anunciou a queda deste rei (Jr 22.24-29). A seguir o rei de Babilônia “tomou da semente da terra” (Ez 17.5), ou seja, Zedequias, estabelecendo-o como rei de Judá (II Rs 24.17). Infelizmente, este também não aproveitou as oportunidades concedidas por Deus e “não se humilhou perante o profeta Jeremias, que falava da parte do Senhor” (II Cr 36.11-12).
  2. A segunda águia. A segunda águia foi Faraó, rei do Egito (Ez 17.7,15). Com grandes asas e cheia de penas, segundo F. F. Bruce, era, provavelmente o Faraó Psamético II. Porém, o profeta Jeremias alertou que o socorro que Zedequias esperava do Egito iria fracassar (Jr 37.5-7). Zedequias, como uma videira, “lançou suas raízes” e “estendeu seus ramos” para a direção errada, apesar do aviso divino (Jr 27.12). Tal atitude faz-nos lembrar de Provérbios 14.12, pois a mensagem anunciada por Ezequiel foi: “no meio de Babilônia certamente morrerá” (Ez 17.16).
  3. Os planos de Deus prevalecerão. Podemos aprender com o final desta parábola importantes lições, como: 1) O perigo de não nos submetermos à disciplina do Senhor e buscarmos ajuda ou escape fora da Sua presença (Ez 17.17-21; Os 5.13). O rei Zedequias não atentou para os alertas de Deus e, depois, não se submeteu à disciplina divina. O cristão não deve desprezar e desanimar quando repreendido pelo Senhor (Hb 12.5-8); 2) No futuro não será mais “uma águia” que Deus usará (Ez 17.3-4), mas o próprio Deus estará atuando para restaurar o Seu povo. E todos testemunharão que Ele muda os tempos, abate e exalta e o Seu agir é perfeito (Ez 17.22-24; Dn 2.19-22). Esta mensagem de Ezequiel aponta para a vinda do Messias e o estabelecimento do domínio mundial do reino messiânico.

CONCLUSÃO

É fundamental estarmos atentos aos ensinos e avisos de Deus contidos nas Escrituras (Rm 15.4; I Co 10.11). Assim, nesta lição aprendemos que fomos chamados para sermos frutíferos, fiéis e comprometidos com a nova aliança e que não devemos desprezar e desanimar quando disciplinados pelo Senhor.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

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