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Adultos - CPAD

As manifestações do Espírito Santo

Publicado

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LIÇÃO – 271– 03 de setembro de 2017

TEXTO ÁUREO

“Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39).

VERDADE PRÁTICA

Cremos na atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação.

INTRODUÇÃO

As manifestações do Espírito de Deus, tais como veremos, dizem respeito, primeiramente ao batismo no Espírito Santo e aos dons espirituais. São dois temas da teologia pentecostal que nunca se esgotam e são importantes porque se tratam de evidências bíblicas de que a comunicação divina com o seu povo, e com cada crente individual, nunca cessou. Não somente a Bíblia, mas também o testemunho da história, e da experiência cristã, corrobora essa verdade. É sobre isso que trata o nosso estudo.

I. A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO

A experiência do Pentecostes. Não é difícil descobrir na Bíblia o que é o batismo no Espírito Santo. João Batista disse: “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11). Há inúmeras interpretações dessa passagem. No entanto, o próprio Senhor Jesus se referiu a esse batismo como a promessa do Pai (At 1.4) e acrescentou: “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5). Essa declaração vincula Mateus 3.11 com a experiência do dia de Pentecostes relatada em Atos 2.2-4. A prova disso é que o apóstolo Pedro identificou a experiência de Cornélio (At 10.44-46) com a promessa anunciada por João Batista e reiterada pelo Senhor Jesus (At 11.15-17).

Batismo “no” Espírito Santo ou “com o” Espírito Santo? As duas traduções são legítimas à luz da gramática grega e aceitáveis de acordo com o contexto. A ideia de batismo no Novo Testamento é de imersão, submersão (Rm 6.3,4; Cl 2.12). A Almeida Revista e Atualizada tem uma nota em Mateus 3.11 e Atos 1.5 informando “com; ou em” e a Nova Versão Internacional também traz uma nota similar. A Versão Almeida Revisada da Imprensa Bíblica Brasileira emprega “batizar em água” e “batizar no Espírito Santo” nas referidas passagens, respectivamente. Nós adotamos “em água” e “no Espírito Santo”, pois “com”, pode parecer aspersão, o que contradiz a ideia de imersão.

Os sinais sobrenaturais. Há três sinais que mostram a ação sobrenatural do Espírito Santo por ocasião de sua descida no dia de Pentecostes: o som como de um vento (At 2.2), a visão das línguas repartidas como que de fogo (2.3) e o falar em línguas (2.4). Os dois primeiros sinais jamais se repetirão, pois foram manifestações exclusivas que tiveram como objetivo anunciar a chegada do Espírito Santo. Alguém tão importante quanto o Filho, cuja encarnação e nascimento em Belém, ainda que extraordinários, porque o Verbo se fez carne (Lc 2.9-11; Jo 1.4), não tiveram sinais semelhantes. Além de marcar a chegada do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, as manifestações sobrenaturais também inauguraram a Igreja. Assim, o som soava como vento, mas não era vento, e da mesma forma a visão não era fogo, mas lembrava o fogo de Deus (Êx 3.2; 1Rs 18.38). Foi um acontecimento singular, algo que ocorreu uma única vez.

II. A NATUREZA DAS LÍNGUAS

Fonte. As línguas do Pentecostes eram sobrenaturais, pois foram caracterizadas como “outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4). O termo grego para “outras” aqui é héterais, de héteros, “outro de tipo diferente”. Há quem questione esse conceito, mas a fonte delas é o próprio Espírito Santo, o que torna a evidência visível e contundente. A outra evidência está presente na audição, e não simplesmente na fala, pois “cada um os ouvia falar em sua própria língua” (2.6). Lucas repete essa informação por mais duas vezes (vv.8,11). E, no versículo 11, ele acrescenta: […] “Todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus”.

A glossolalia. É a manifestação das línguas estranhas no batismo no Espírito Santo bem como das línguas como um dos dons espirituais. Trata-se um termo técnico de origem grega glossa, “língua, idioma”, e de lalía, “modo de falar” (Mt 26.73), conjugado à “linguagem” (Jo 8.43), substantivo derivado do verbo grego lalein, “falar”. A expressão lalein glossais, “falar línguas” (I Co 14.5), é usada no Novo Testamento para indicar “outras línguas”. É importante saber que as línguas manifestas no dia de Pentecostes são as mesmas que aparecem na lista dos dons espirituais (I Co 12.10,28; 14.2). Ambas são de origem divina e sobrenatural, mas são diferentes apenas quanto à função.

Sua continuação. O falar em “outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4), é a evidência inicial do batismo no Espírito Santo. Essa experiência se repete na história da Igreja. Isso aconteceu na casa do centurião Cornélio: “E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus” (At 10.45,46), exatamente como aconteceu no dia de Pentecostes. Outra vez, o mesmo fenômeno acontece com a chegada de Paulo em Éfeso, em sua terceira viagem missionária (At 19.6). As línguas, as profecias e a ciência são válidas para os nossos dias, mas vão cessar por ocasião da vinda de Jesus (I Co 13.8-10).

III. SIGNIFICADO E PROPÓSITO

O batismo no Espírito Santo não é sinônimo de salvação. Trata-se de bênçãos diferentes. Todos os crentes em Jesus já têm o Espírito Santo. Na regeneração, o Espírito promove o novo nascimento, que é um ato direto do Espírito Santo (Jo 3.6-8). O pecador recebe o Espírito no exato momento em que aceita, de verdade, a Jesus (Gl 3.2; Ef 1.13). Os discípulos de Jesus já tinham seu nome escrito no céu (Lc 10.20) e igualmente tinham o Espírito Santo mesmo antes do Pentecostes (Jo 20.22).

Definição e propósitos. O batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder espiritual para realizar a obra da expansão do Evangelho em todo o mundo (Lc 24.46-49). O seu propósito é capacitar o crente a viver uma vida cristã vitoriosa e, sobretudo, para testemunhar com ousadia sobre a sua fé em Cristo (At 1.8). É um revestimento de poder para viver a vida regenerada, um poder espiritual que contribui para a edificação interior da vida cristã do crente e que o ajuda quando a mente não pode fazê-lo.

IV. OS DONS ESPIRITUAIS

Os dons espirituais. São manifestações do poder de Deus que nos capacitam a continuar a missão de Cristo no mundo e as demonstrações desse poder na vida da Igreja (At 1.8). A Igreja não se sustenta sozinha, por isso o Senhor Jesus enviou o Espírito Santo (Jo 14.16-18). Há pelo menos três listas desses dons (Rm 12.6-8; I Co 12.8-10,28-30), embora não ousamos dizer que sejam apenas esses, pois não existe uma lista exaustiva deles no Novo Testamento.

Os dons são dados aos crentes individualmente. A manifestação dos dons ocorre por meio das três Pessoas da Trindade: pelo Espírito, na “diversidade de dons” (I Co 12.4); pelo Senhor, na “diversidade de ministérios” (v.5); e pelo Deus Pai, na “diversidade de operações” (v.6). Mas a fonte dos dons é o Espírito Santo e, por isso, essa manifestação é dada por Ele “a cada um para o que for útil” (I Co 12.7) e não para exibição ou ostentação do crente, porque o mérito é do Senhor Jesus (At 3.12). Outra vez o apóstolo enfatiza a origem dos dons, o Espírito Santo, pois reconhece que é este mesmo quem “opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (I Co 12.11).

CONCLUSÃO

A descida do Espírito Santo é acompanhada dos dons espirituais. Eles são atuais na vida da Igreja e são dados a cada um para o que for útil, sempre para o bem da igreja local. Trata-se de ferramentas importantes e indispensáveis para os crentes, razão pela qual devemos lhes dar a devida atenção.

 

Postado por: Ev. Ademilson Braga

 

 

 

 

 

 

 

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