Adultos - Betel
Apocalipse – O Livro do Trono
EDIÇÃO: 121 – 2º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 06 – 08 de maio de 2022
TEXTO ÁUREO
“E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono.” Apocalipse 4.2
VERDADE APLICADA
Independente das circunstâncias, podemos perseverar confiando no Senhor, pois o Seu reino é supremo e eterno.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Apocalipse 4
3- E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe e de sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e era semelhante à esmeralda.
4- E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentado sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro.
5- E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus.
6- E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal. E, no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Dn 7.14
Jesus: foi-lhe dado domínio, reino e glória.
Terça-feira – Mt 26.64
Jesus: assentado à destra de Deus.
Quarta-feira – Ef 1.21
Jesus: acima de todo principado e potestade.
Quinta-feira – I Tm 6.15
Jesus: Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Sexta-feira – Hb 1.3
Jesus: o resplendor da glória de Deus.
Sábado – Ap 1.5
Jesus: príncipe dos reis da terra.
INTRODUÇÃO
A palavra trono aparece 44 vezes no Apocalipse, deixando claro que este é o livro do trono. A revelação mostra a soberania e o poder de Deus em levar adiante o plano estabelecido antes da fundação do mundo: “congregar em Cristo todas as coisas” (Ef 1.10).
I – O TRONO
Até aqui, João está na ilha de Patmos. Mas, com o fim das mensagens às sete igrejas da Ásia, ele é arrebatado ao céu e lá continua a receber a revelação do Apocalipse. A primeira coisa que João vê é um trono: “E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu” (Ap 4.2). Trono fala de proteção (Ap 7.15); de poder de julgar (Ap 20.4); e de autoridade (Ap 7.17).
- Trono alto e sublime. Diferente dos tronos humanos, que são transitórios, limitados e falíveis, o trono de Deus é perfeito e elevado. A Bíblia mostra a grandeza de Deus em Seu trono, afirmando que o trono de Deus está no céu (Sl 11.4); Seu trono é tão alto e elevado que todo céu é o Seu trono (Mt 5.34); é santo e domina sobre as nações (Sl 47.8); domina sobre tudo (Sl 103.19). Temos um vislumbre de sua grandeza na visão de Isaías: “Eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.” (Is 6.1). A visão do trono divino mostra que o cristão deve, mesmo em meio às crises, manter-se firme e confiante, pois está debaixo de um governo soberano, poderoso e eterno, o de Deus.
- Trono de justiça e juízo. A Bíblia, ao falar sobre o trono de Deus, nos revela que “justiça e juízo são a base do teu trono” (Sl 89.14). Enquanto na história da humanidade, ao longo do tempo, surgem governos marcados por corrupção, violência e totalitarismo, o trono de Cristo é um trono de justiça. Nele o homem encontrará o real sentido de equidade, segurança e paz. O juízo nos lembra o que está por vir. No Apocalipse, vemos que o tempo de Deus tratar com a humanidade se aproxima: “Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer” (Ap 4.1). A Grande Tribulação é antecedida pela visão do trono, fazendo-nos entender que vem do alto, vem de Deus o juízo que se aproxima.
- Trono de Davi. O trono de Deus no céu nos faz lembrar que Cristo governará sobre este mundo, já que é dito a João: “Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.” (Ap 4.1). Quando Davi quis edificar uma casa a Deus, o Senhor não permitiu, mas lhe disse que seu trono, através de um descendente, “será firme para sempre” (II Sm 7.1-16). Maria recebeu o anúncio de que seria a mãe do Messias e que o “Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.” (Lc 1.32-33). Seu trono é um trono de vitória (Ap 3.21), pois Cristo venceu o diabo, a carne, o mundo e a morte (Hb 12.2). Este trono mostra o juízo iminente e também será “luz para alumiar as nações e para glória de teu povo Israel” (Lc 2.32).
II – EM VOLTA DO TRONO
Quando foi arrebatado ao céu, João viu coisas inefáveis que nunca tinha visto. Dentre elas viu os personagens que aparecem em volta do trono e compõem o majestoso cenário que tinha visto inicialmente (Ap 4). Vejamos quem são estes personagens e o significado desta visão.
- Os vinte e quatro anciãos. Há intérpretes que consideram os 24 anciãos como sendo anjos. Contudo, é mais provável que simbolize todo o povo de Deus ao longo da história: “E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre as suas cabeças coroas de ouro.” (Ap 4.4). Eles aparecem com coroas na cabeça e sentados em tronos, que são promessas de Cristo aos salvos e não aos anjos (Mt 19.28; Ap 3.21; I Pe 5.4). O número 24 relacionado a eles sinaliza uma cifra completa, que pode estar apontando para os patriarcas das tribos de Israel e os doze apóstolos, simbolizando, assim os salvos dos Antigo e Novo Testamentos. Vide as referências às doze tribos e aos doze apóstolos na descrição da Nova Jerusalém (Ap 21.12-14).
- Os quatro seres viventes. A descrição dos seres que João viu “no meio do trono, e ao redor do trono” (Ap 4.6), envolvidos em adoração contínua (Ap 4.8-9) e, também, estão atuantes em outros momentos revelados no Apocalipse (Ap 6.1, 3, 5, 7; 7.11; 14.3; 19.4) nos remete à visão de Ezequiel (Ez 1.4-6) que os identifica como querubins (Ez 10.20-21). Os querubins aparecem guardando a entrada do Éden após a queda do homem (Gn 3.24), eles aparecem no tabernáculo e no templo (Êx 36.35; II Cr 3.7, 14) e dois querubins de ouro foram colocados em cima do propiciatório, a tampa de ouro da arca do concerto (Êx 25.18). Em Sua glória, Deus é aquele que habita entre os querubins (I Sm 4.4; 2Sm 6.2; Is 37.16).
- As sete lâmpadas de fogo. João vê sete lâmpadas de fogo diante do trono e nos é dada, junto da visão, a sua identificação: as sete lâmpadas de fogo são os sete espíritos de Deus (Ap 4.5), que, como já estudamos na lição 2, fala da múltipla e perfeita operação do Espírito Santo (Is 11.2). A visão do Espírito como sete lâmpadas de fogo pode significar Sua capacidade de perscrutar, conhecer todas as coisas, expressando Sua onisciência e onipresença. Este conhecimento deve nos levar a uma vida de santidade e obediência à Palavra de Deus, tendo em vista que Deus abomina o pecado (I Jo 3.6).
III – NO TRONO
O apóstolo João, ao ser arrebatado, chega a um lugar onde há um trono “e um assentado sobre o trono” (Ap 4.2). Deus, o soberano Senhor sobre todo universo, é visto em Seu esplendor, majestade e glória. Esta visão de Deus em Seu trono é um despertamento para que busquemos “as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus” (Cl 3.1). Devemos nos manter firmes na fé em Cristo, como filhos de Deus, porque naquele dia, como Ele é, nós também O veremos (I Jo 3.2).
- Como jaspe e sardônica. Duas pedras aparecem para definir a aparência de Deus, em Seu trono: “E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe e de sardônica” (Ap 4.3). Estas pedras falam do esplendor e beleza, da presença de Deus, já que são utilizadas para mostrar a glória e fulgor da nova Jerusalém (Ap 21.11, 18-20). Porém, é interessante notar que, no Antigo Testamento, jaspe e sardônica aparecem no peitoral do juízo usado pelo sumo sacerdote no ofício sacerdotal (Êx 28.15-20). O que indica que, além de majestoso e singular, este trono é também um trono de juízo.
- Arco celeste. O arco de Deus aparece, pela primeira vez, como sinal da promessa de Deus de nunca mais destruir a terra com água (Gn 9.8-16). Quando Noé e sua família saem da Arca, Deus estabelece Seu arco no céu como sinal permanente desta promessa. Assim como o arco celeste se estabeleceu como símbolo de esperança e restauração depois da destruição do dilúvio, o arco celeste aparece aqui novamente indicando que, mesmo com toda a destruição que está prestes a vir, haverá restauração e vida. Recordemos que “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos” (Lm 3.22). O arco ao redor do trono nos remete, também, ao texto de Hebreus 4.14-16: porque Nosso Senhor Jesus Cristo intercede por nós, é possível, junto ao trono, alcançar misericórdia e achar graça.
- Semelhante a esmeralda. O arco celeste tem sete cores, mas o que João vê em volta do trono é totalmente diferente de qualquer arco-íris visto aqui na terra: “E o arco celeste estava ao redor do trono, e era semelhante à esmeralda.” (Ap 4.3). A esmeralda, assim como as outras pedras citadas, também aparece no peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.15-20). É a pedra que representa ou corresponde à tribo de Judá, a tribo real. Mostrando a soberania e poder deste trono. Que visão gloriosa foi esta vista por João e revelada a nós!
CONCLUSÃO
Vimos que, sendo o Apocalipse o livro do trono, devemos confiar em Deus, que cumprirá Suas promessas. Assim, a Igreja de Cristo vivenciará tudo o que Deus tem planejado para ela, pois Jesus Cristo voltará e arrebatará a Sua Igreja. Permaneçamos firmes mantendo nossos olhos em Cristo.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel